bardo 22/05/2021
Algo um tanto recorrente em obras de Sci-Fi que se propõe a tratar do contato com alienígenas é uma razoável familiaridade a forma ou costumes humanos, Octavia entretanto, foge desse padrão. Por mais que seus seres guardem alguma semelhança humanoide a narrativa pouco a pouco destrói essa impressão dada a originalidade e complexidade do relacionamento aqui proposto.
Talvez seja uma narrativa que pela sua estranheza não agrade a todos, de certa forma não acontece tanta coisa, o que temos aqui é a consumação da "permuta" antecipada no primeiro volume da trilogia, a despeito de alguns momentos de ação a história se centra no desenvolvimento e maturação do protagonista. O conflito final resolve-se com uma facilidade que pode parecer forçada e é aí que está talvez o ponto mais perturbador, nunca existiu um conflito de fato. Destaque especial para a cena em que o protagonista tem sua maturidade confirmada, que é de uma beleza simbólica impressionante.