Lições Amargas

Lições Amargas Gustavo Franco




Resenhas - Lições Amargas


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Anderson 05/06/2021

A coisa está ruim, mas pode melhorar
A coisa está ruim, mas pode melhorar. A boa notícia é que Gustavo Franco nos mostra um caminho neste excelente livro: e só depende de nós.

Apesar de termos usado bem nosso direito de "errar soberanamente" nos assuntos de economia, a globalização e a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real ainda nos trazem esperança para o futuro. No fundo, parece que sabemos o que é preciso para que o Brasil possa crescer e se desenvolver de forma sustentável, mas a má notícia é que não existem soluções milagrosas e, mesmo na desgraça, há aqueles que prosperam e não querem perder os privilégios.

Gustavo Franco, com sua peculiar mistura de erudição, clareza e bom humor, nos mostra onde erramos, onde estamos errando e onde ainda erraremos em matéria econômica; mas também onde o Brasil melhorou - e não foi pouco, apesar de insuficiente.

Apesar desta fase autoritária e populista aliada com a crise econômica internacional resultante da pandemia da Covid-19, ainda há esperança. A globalização e as lições aprendidas pelo país com o fim da hiperinflação, aliadas à reorganização da administração financeira e econômica do Estado brasileiro na década de 90, nos deram as bases e apontaram os caminhos para o Brasil avançar. Nós resta realizarmos as reformas necessárias para que, enfim, sejamos uma economia próspera e dinâmica, onde empreender não seja uma atividade quase criminosa e que nossa economia se abra e, finalmente, se integre de vez à economia internacional, possibilitando o aproveitamento de todas as vantagens da globalização e do comércio internacional. Isto é fundamental para dar melhor qualidade de vida à nossa população, principalmente aos mais pobres.

Parafraseando Winston Churchill: o Brasil sempre fará o certo no final, mas não sem antes tentar todas as alternativas erradas!
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GuidoBR 31/05/2021

A pandemia de COVID-19 na visão de Gustavo Franco
"Lições Amargas: uma história provisória da atualiadade", de Gustavo Franco é o retrato da pandemia de COVID-19 feito por um dos economistas mais importantes da história Brasileira. Nele o autor registra e analisa o que foi e o que não foi feito, e tenta explicar como líderes podem ficar cegos com suas ideias e agir contra o seu próprio interesse e daqueles que governam.

O livro é curto e não aprofunda nenhum dos temas que menciona, mas acho interessante como um registro. Na correria do dia a dia e na sucessão de absurdos que vemos nos jornais, esquecemos fatos iconicos como a apreensão de R$ 51 milhões de reais em caixas (no capítulo sobre dinheiro em espécie x dinheiro digital), a foto do presidente oferecendo cloroquina a uma Ema, e tantos outros.

Senti falta de um pouco mais de enfase nas críticas ao atual ministro da economia. Ele é comparado com o ministro da fazenda do governo Nazista pouco antes da guerra, com a frase "ruim com ele pior sem ele". Eu discordo fortemente dessa avaliação.

Um livro bom e importante para entender o Brasil dos anos 2020/21.

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Alguns trechos que destaquei:
"O Brasil ainda está preso a um anticapitalismo selvagem."

"A oposição às reformas pró-mercado no Brasil tem uma longa história, um passado glorioso e um futuro promissor; era o que Roberto Campos dizia sobre a burrice nacional."

"Não é de hoje que temos uma obsessão nacional por não balançar o barco e por contornar os assuntos que levam ao gás lacrimogêneo. Essa nossa cordialidade vai nos levando a versões leves e inofensivas das “reformas”, a maior parte delas, inclusive, admitimos abertamente fazer pela metade, por medo da encrenca; e outras, as mais transformadoras, vamos deixando para um “depois” bastante distante no tempo."

"Deveríamos ter descoberto as melhores práticas (ESG, OCDE, investment grade, Doing Business) antes."

"Em seu conjunto, o Império foi um desastre econômico. Portanto, não é a primeira vez que experimentamos uma estagnação prolongada sem perceber. A historiografia cultiva um olhar benigno sobre o Império, exaltando a estabilidade das instituições e sobretudo a preservação da unidade territorial, um contraste positivo considerando a vizinhança. Porém, é impossível dissociar o péssimo desempenho econômico do Império de uma equação política viciosa, da qual faziam parte não apenas a escravidão, como os impedimentos à livre iniciativa ricamente resenhados na agonia do Visconde de Mauá."

"O “debate” acabou gerando contingentes relevantes de “hesitantes” diante da vacinação e bolsões de vulneráveis a doenças raras e evitáveis, que acabaram retornando, como o sarampo. Um “debate”, quando se trata de assunto de saúde pública, é questão muito séria para ser banalizada e tratada como mera diferença de opinião. Não é como o “debate” em assuntos de economia, boa parte do qual palavras ao vento."

"As escolhas de estratégias de combate à pandemia por parte dos governos populistas foram trágicas. Essas respostas, em diferentes países, exibiram notável semelhança, o que sugere muita afinidade e, possivelmente, algum mecanismo de imitação/emulação e/ou mesmo de liderança, como se esses governos estivessem bebendo na mesma fonte."

"É esse o contexto em que se verifica o avanço de um fenômeno que já vinha se firmando, o ataque sistemático à expertise ou à ideia do uso de conhecimento especializado para lidar com temas complexos. Essa morte da expertise é uma das consequências mais devastadoras do politicamente correto, originado pela esquerda, e pelos populismos de direita, ambos atacando o conhecimento especializado e a complexidade em muitos assuntos de políticas públicas, virando assim pelo avesso o incentivo à crítica, destruindo o mainstream e reabilitando todas as formas de saber alternativo, inclusive o fabricado para servir aos poderosos."

"A pessoa não estúpida sempre subestima o poder destrutivo dos indivíduos estúpidos, sempre erra ao interagir com eles, que são os piores tipos, mais perigosos que os vigaristas, pois são erráticos e irracionais."

"As famílias brasileiras vêm sendo dilaceradas pela política desde a Proclamação da República, conforme tradição inaugurada por Esaú e Jacó, romance de Machado de Assis de 1904, ano da Revolta da Vacina, sobre dois irmãos – Pedro, o médico monarquista, e Paulo, o advogado republicano – que amavam a mesma mulher. Desde então a política vem sistematicamente arruinando a harmonia familiar em almoços e jantares, todos gritam e ninguém come direito, sobretudo se o assunto é a intervenção do Estado no domínio da economia."

site: https://www.guidopercu.dev/library/licoes-amargas/
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Lutffalla 02/06/2021

Bom livro
O livro traz boas reflexões, principalmente quando discute sobre as empresas-zumbi, novas relações de trabalho e papel-moeda.

O diagnóstico sobre a interminável saga de reformas que o Brasil tenta empreender é certeiro, principalmente as reflexões sobre o sequestro desse tema pelas corporações, que deu origem ao uso paradoxal da "defesa das reformas" como uma forma de não se mudar nada ou se mudar pouco, de forma a se evitar pressões sociais.

Também apreciei a análise do posicionamento que muitos setores da sociedade tem diante da abertura comercial: aqueles beneficiados pelo status quo evitam defender diretamente o isolacionismo, mas sempre há o dedo apontado às consequências vistas como malignas da abertura.

A defesa da responsabilidade fiscal como um meio de se viabilizar políticas sociais, refutando a tese de que ambas são incompatíveis, é essencial e carece muito no debate público do país, principalmente nos setores mais a esquerda.

Em resumo, o livro é muito bom e traz boas reflexões, mesmo que em alguns momentos deixe de se aprofundar em alguns assuntos. É uma leitura rápida, li em três dias. Vale a pena.
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Coelho 13/05/2022

Bom, mas não é necessário
Gosto muito do Franco, mas nunca consegui achar nenhum dos livros por ele escritos nada demais. Esse livro é uma reflexão quanto ao momento que o Brasil passou na pandemia, com alguns comentários pontuais quanto ao futuro da economia em geral. Não vai mudar a vida de ninguém, mas é uma janela interessante pra se observar como uma das mentes mais importantes da economia brasileira está lidando com os eventos recentes.
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Bruno 28/06/2022

O Brasil é o país do futuro, e sempre será.
Gustavo Franco é um dos nomes por trás do pouco de dignidade que esse país ainda tem. Qualquer avanço tímido nos últimos 30 anos se sustenta no trabalho dele quando do plano real.
O Brasil não corre o menor risco de dar certo. Pelo menos não sem mudanças estruturais que começam na mentalidade de cada um. Lições Amargas é um livro amargo do início ao fim. A revolta eloquente de Gustavo Franco ecoa em cada página, e segue retinindo após fechar a capa.
"O Brasil adora um remédio milagroso." Infelizmente este não existe. Estamos morrendo sem tratamento.
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Douglas.Santos 09/07/2022

Vale a leitura, mas é bastante superficial
  Gustavo sabidamente é uma das mentes mais brilhantes que esse país já produziu mas, nesse livro em específico o conjunto da obra não ficou bom.

Não que o livro seja ruim. Ao longo da leitura você encontrará as ideias que só ele consegue concatenar, as sempre oportunas observações do contexto pós-pandêmico no âmbito social, econômico e trabalhista mas, tudo meio que solto como numa conversa em círculos sem necessariamente um acabamento das ideias. Dá se a impressão que uma série de 5, 6 artigos já era suficiente e pra virar livro foi necessário criar uma barriga o que tornou meio repetitivo apesar do livro ser curtinho.

Ainda assim, é uma leitura válida já que se espremer  está ali conjecturas sobre porque individuos estúpidos continuam relevantes na sociedade e uma associação com as leis de Cipolla, o melhor capítulo onde ele disserta sobre o que ele espera de juros e política fiscal e finaliza o livro projetando o futuro no que tange a modernização de relação trabalhistas com home office, o impacto do Pix no controle de lastro do Banco Central de dinheiro físico e de regulação da circulação de moeda além da necessidade de maior abertura da nossa economia.

Vale a leitura mas, não é das melhores obras do Gustavo.
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Alemão 16/07/2022

Lições amargas
Ótimo livro!!! Acredito que todos os gestores públicos brasileiros deveriam ler este livro e colocar em prática seus ensinamentos!! Gustavo Franco um dia maiores economistas brasileiros e um ótimo escritor também!!! Livro trás uma mensagem de esperança porém não uma esperança ingênua! Precisamos melhorar muito pra sair dessa mediocridade em que nos colocamos! Indico muito essa leitura!!!
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Rafael.Liszt 02/12/2023

Excelente
Dinâmico, objetivo e fácil. Livro pra ser lido em pouco tempo. Passa muito rápido. Vasta gama de citações. Me deixo bastante curioso em uma obra de Carlo Cipolla. Bem como Machado de Assis, pra entender o paralelismo com essa daqui.
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Renato 13/12/2021

Muito bom
Nesse
Livro, Gustavo Franco discorre sobre vários assuntos da atualidade, incluindo COVID e Cloroquina? e claro, as muitas escolhas erradas e certas da nossa economia brasileira
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alex 21/02/2022

Lições amargas, de Gustavo Franco (2021)
Livreto direto e ligeiro. Escrita boa, com reflexões sobre nossa sociedade e economia. Lembra muito uma publicação de jornal, como colunas sobrepostas, mas bem mais longas.

Uma passagem particularmente gostosa é o uso das leis da estupidez, do Carlo Cipolla, para analisar a nossa atual realidade.
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Wilson 29/10/2022

Uma aula/palestra de economia e finanças públicas atuais
Livro de fácil leitura, mas que demanda um conhecimento prévio de economia e finanças públicas para uma melhor absorção do conhecimento transmitido pelo autor. Me senti em uma sala de aula da faculdade ao passar pelas páginas do livro.
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Bruno.Moraes 12/04/2024

O livro me surpreendeu, superou minhas expectativas. Pretendo ler outros livros do autor. Muito bom, pois mudiu minha perspectiva sobre a economia brasileira. Estranhamente me identifiquei com o autor, no sentido de ter fé e acreditar nas mudanças políticas, mesmo tendo um visão um pouco pessimista.
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