Sara.Delfino 04/08/2023
A guerra está no ar que você respira
O livro é narrado pelo George Bowling, um homem de 45 anos que sente falta de como era sua infância, pois ela significa uma vida antes da guerra. Lá a vida era melhor, sentia falta da sensação de não ter medo, de não ter que se preocupar tanto com o futuro e até mesmo de coisas simples, que ainda podem ser feitas agora, mas não é a mesma coisa, porque há uma grande diferença entre o antes e o depois da guerra, principalmente se você lutou nela.
A ideia é realmente boa, mas não senti que foi uma leitura tão boa como 1984 por exemplo, os temas que ele abordava eram muitos repetitivos, claro que gostamos de falar sobre algo que amamos, mas ele se agarrou tanto em algumas coisas que foi um pouco desnecessário na minha opinião.
O personagem não é realmente admirável, é bastante autodepreciativo, e também reclamava de todo o resto. (porque claro, nada seria como o antes da guerra) Mentiu, reclamou da família que formou, e compartilhou pensamentos sobre mulheres e outros que não adicionaram muito na história. Mas por que ele seria carismático, afinal? Não era pra ser uma história bonitinha sobre um cara super contente com a própria vida e que faz tudo certo. É um homem realista com uma história realista, que não vê muito sentido nisso tudo pois tudo de bom foi apagado pela guerra, que reclamaria de tudo em qualquer outra situação, porque a guerra está no ar e ele a sente, porque nada será igual antes. É amargo, é frio, e é real.
Enfim, não é um livro tão pesado, pois ele não focou muito no tempo da guerra em si, e sim o antes dela. Não sei se recomendo a leitura, pois eu estava esperando algo a mais.