Poemas

Poemas Louise Glück




Resenhas - Poemas (2006-2014)


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Samuel.Juca 31/03/2024

Ecos
1.

Houve um tempo em que podia imaginar minha alma
podia imaginar minha morte.
Quando eu ia imaginar minha morte
minha alma morria. Disso eu me lembro claramente.

Meu corpo persistia.
Não prosperava, mas persistia.
Por quê, não sei.

[?]
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Paula1735 24/03/2024

"Tudo indica
que não há um final perfeito.
Há, na verdade, infinitas possibilidades.
Ou, quem sabe, depois que começamos,
só nos restam os finais."
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@monicadoceu_ 07/03/2024

Me levou para outro lugar...
É um dos meus livros favoritos até agora. Atendeu perfeitamente ao que eu buscava...um livro de Poemas com que eu pudesse me envolver.

No início, achei algumas traduções um pouco distorcidas (pro meu nível de entendimento, que não é profissional). Mas em geral eu amei a proposta de ter o original e a tradução juntos. Ao longo do livro eles vão se costurando melhor, e em alguns poucos momentos, a tradução chegou a me tocar mais que o original

Os poemas do Uma vida no interior foram os meus favoritos. Tudo evoca a sensação de estar entregue ao silêncio e imensidão da natureza. É magnífico visualizar isso tudo..

Li no Kindle e quero comprar o livro físico pra deixar entre os livros selecionados para ficar na estante.
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Mila F. @delivroemlivro_ 05/10/2023

é uma obra que traz um tom de conversa da poetisa consigo mesmo,
Recentemente embarquei na leitura de mais um livro de poesia que, na verdade, contempla três volumes em um único volume: Poemas 2006-2014. Aqui temos três dos últimos livros escritos (Averno, Uma Vida no Interior e Noite Fiel e Virtuosa) pela poeta norte americana Louise Glück que é descendente de judeus húngaros e, diga-se de passagem, foi laureada, ano passado (2020), com o Prêmio Nobel de Literatura.

Não vou negar que ler Louise Glück foi um "tiro no escuro" porque eu não conhecia a escritora e, acredito, que muitos brasileiros também não a conheça, mas saber que ela foi ganhadora de tão renomado prêmio me atiçou a curiosidade.

Claramente eu já esperava que Poemas 2006-2014 fosse um livro com poesias diferentes da que ultimamente tenho lido, então seria de fato desafiador ler mais de 500 páginas, porém, que livro divisor de águas! Deparei-me com poesias que parecem um devaneio, uma conversa da própria poeta com seu próprio estado de espírito, consigo mesma, com seus sentimentos de nostalgia, suas desesperanças e sua solidão.

É óbvio que muitas das poesias vão exigir uma conexão, ou seja, uma interrelação do leitor entre o que está escrito e suas próprias vivências, sua bagagem tanto pessoal, cultural e até sua intimidade com textos poéticos.

No entanto, ao passo que Poemas 2006-2014 é um grande mergulho, todas as poesias são escritas de forma acessível para quem consegue se conectar com elas, pois são capazes de nos levar a identificação daquilo que está escrito, pois, como humanos temos nossos momentos metafísicos, filosóficos, de desconcertos, racionais e emocionais em que nos pegamos falando sozinhos, com nossos sentimentos, com nosso "eu" interior, até porque muitos dos poemas retratam muito do cotidiano, então é intrínseco ao que todos vivem.

Poemas 2006-2014 foi uma grata surpresa, aliás conhecer Louise Glück e deixo minha recomendação expressa nesse post, porém vá sabendo que poemas exige uma leitura bem subjetiva, "emocional" como gosto de dizer, no mais espero que se divirta com esse livrão. Até o próximo post e boas leituras!

site: www.delivroemlivro.com.br
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biacs 10/06/2023

Finalmente!
Depois de um ano inteiro, terminei. Em defesa do livro, foi por má organização de minha parte mesmo. O livro, que parece enorme, na verdade são três obras da escritora compilados em uma edição. Além disso, as páginas pares são em inglês, com a tradução nas páginas ímpares. Meio bagunçado, eu sei.

Li o primeiro no feriado de Corpus Christi ano passado. Adorei! Poesia misturada com mitologia grega nunca erra, e com essa autora genial (prêmio Nobel de literatura, respeito por favor) mais difícil ainda errar.

O segundo livro constrói, por meio de poemas não interligados, a vida no campo e suas figuras chave. Com grande foco na imagem da natureza, foi definitivamente meu favorito, simplesmente por frases e versos que deixam aquele sentimento de um soco no estômago, e que preciso tirar um tempo para refletir, de tão bom.

Já o terceiro e último não deixa nada a desejar comparado com os outros. Com poemas que contam a história de um artista solitário e introspectivos, a autora consegue criar uma narrativa concreta mesmo com as poesias ?fora de ordem?.

Poesia genial, e metáforas para construção de pensamentos sobre o mundo ao seu redor e tempo incríveis. Quero reler algum dia, mas primeiro meu organismo precisa digerir essas palavras um pouco. Recomendo demais!
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Biblioteca Álvaro Guerra 05/05/2023

Somando 41 poemas, ele retrata o dia a dia numa vila não nomeada, aparentemente localizada na região mediterrânea. Um local onde o trabalho é regida pelas estações do ano, determinado pelo levantar e o por do sol, trazendo à luz uma atmosfera bucólica arranhada pelas emoções arquetípicas dos seus habitantes.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786559210596
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Leila 06/08/2022

Louise Glück
Edição bilíngue (inglês e português)...
Gostei do livro, porém achei cansativo por ser bilíngue... Ela é vencedora do Prêmio Nobel de literatura de 2020...
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arthur966 18/06/2022

once you enter the earth, you will not fear the earth;
once you inhabit your terror,
death will come to seem a web of channels or tunnels like
a sponge's or honeycomb's, which, as part of us,
you will be free to explore.
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Alisson da Hora 01/04/2022

Uma porta para o abismo
Diferentemente de poetas como Sylvia Plath ou Anne Sexton, Louise Glück (aparentemente) abre mão do confessionalismo, que pode ser muitas vezes uma faca de dois gumes aos poetas em geral no que diz respeito à construção de "topoi" poéticos que vão marcar sua dicção. Como Bukowski, alguém que parece diametralmente oposto à ela, envereda pela edificação de ficções, poemas narrativos de ritmos estranhos, mas que fazem com que se descortinem em nossas mentes, imagens tremendamente familiares, mas ao mesmo tempo estranhas. E aí a relação entre a sua poesia (explícita) com a psicanálise, de um inferno que acessamos pelo Averno e eventualmente por lá ficamos, vindo à tona de nossas vidas, como Perséfone, uma vez por ano. Mas nossa vida é de sombras, muitas sombras. Mesmo quando evoca imagens campestres não é ao idílico arcádico que ela chama, mas de sombras que se movimentam pela memória e se perpetuam nas noites onde vamos se refugiar depois de uma sessão de análise, a linguagem só como muleta, a música das árvores abraçando um casal imaginário...
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mariasbookdrama 06/03/2022

Conheci Louise Glück através de um poema dela em inglês, alguns anos atrás. "First memory" me encantou muito. Desde então fiquei aguardando ansiosamente que seus poemas fossem trazidos... Lendo esse livro me encantei mais ainda com Louise!
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M. S. Rossetti 24/02/2022

Verso em prosa
Fascinante a leitura de poemas que parecem pequenos contos de tão fluidos. Encerrei a leitura desta obra (3 livros mais recentes da escritora, reunidos em um único volume) justamente no dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. Coincidentemente, o penúltimo poema apresenta o seguinte verso:

"No alto os aviões iam e vinham, pacíficos, pois a guerra chegara ao fim."

Assim, desejo que o conflito bélico que se iniciou hoje acabe logo, com o mínimo possível de vidas perdidas para a arrogância humana.
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Nathani 10/01/2022

Achei uma nova poetisa favorita
Existem livros que nos abraçam, nos entendem e nos inspiram. Esse é um deles.

Edição bilíngue da Companhia das letras contém os três livros de poesia mais recentes da autora: Averno, A village life (Uma vida no interior) e Faithful and virtuous night (Noite fiel e virtuosa).

Em Averno, Louise revisita o mito de Perséfone, sequestrada (ou não) por Hades para o submundo. A partir da visão de Perséfone tece as descobertas da juventude com a liberdade, inocência e o sentimento de luto pela infância.

Em Uma vida no interior, as forças da natureza representam os sentimentos mais primitivos do ser humano: tudo que nos parece tão íntimo e único mas é na verdade comum e intrínseco a todos nós.

Noite fiel e virtuosa:
?Me ocorreu que todos os seres humanos se dividem
entre os que querem seguir adiante
e os que querem voltar atrás.?
O apego ao que e a quem já foi, a dor e a culpa em seguir em frente, vínculos familiares eternos, amor, melancolia, solidão e esperança.

É extremamente difícil falar sobre o que exatamente são esses poemas de modo que transpareça sua sensibilidade e força. Posso dizer que eles falam sobre tudo, sobre a vida e a morte e que senti como se eles falassem diretamente comigo. É incrível o poder que a Louise tem de se expressar e de associar de forma tão bela seus sentimentos à natureza. Favoritado e com a certeza de inúmeras releituras.

site: instagram.com/livrosparaviver
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Daniel Andrade 18/12/2021

Dois livros ótimos, um nem tanto.
Meu primeiro contato com Louise Glück e gostei bastante. Averno e Uma Vida no Interior são ótimo, Noite Fiel e Virtuosa não me agradou muito. Espero que a Companhia das Letras continue publicando outros livros dela.
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KKbarros82 14/11/2021

"Meu silêncio, porém, nunca foi completo"
A primeira impressão ao ler os Poemas 2006 - 2014 da Luise Glück foi: estou realmente lendo poesia? Se estou, então o que é poesia afinal? Frases soltas, palavras sem sentido ou com sentido?

Fernando Pessoa em seu "Livro do Desassossego" enfatiza que: "Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."

Concluí então, poesia é o que leio. Poesias da ganhadora do Nobel, Luise Glück. A poeta. As páginas passam e palavras, frases e silêncios invadem meus sentidos. Não é difícil ler Luise. Seu vocabulário é simples, talvez, por isso, o estranhamento, mas sua visão de mundo é avassaladora. Seus versos são uma invasão dos sentidos. Tempo, solidão, desilusão, morte e quase tudo ao redor da poeta é uma desculpa para sua percepção de mundo transformar em poesia.

A ambiguidade do cotidiano da vida no campo também surge como uma metamorfose de poemas. O bucólico é seu grande mestre, isso não quer dizer que alma, medo e até um átomo não seja percebido pela autora. Nada escapa do seu olhar poético. Não só o ser humano, mas também o mundo real ou não, é seu é tema.
Logo, Luise Glück faz poesia? Nunca duvide da capacidade de uma poeta em expressar "ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega" isso é pura poesia e Luise a faz com mestria.
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Luiz Pereira Júnior 13/11/2021

O Nobel e o sinfronismo
Primeiramente, transcreverei os primeiros parágrafos de uma resenha que fiz sobre o livro “A Poesia Possível”, de Francisco Espinhara (eu o farei não por preguiça, desleixo ou por qualquer outra razão, a não o ser o simples fato de que minhas palavras anteriores servem exatamente para o que sinto agora):

“Não costumo fazer resenhas de livros de poesia, pois reconheço o imenso peso do fator identificação com o leitor na leitura desse gênero.
Assim, já li muitos livros de poesia (sou professor de Literatura no Ensino Médio e sempre procuro ficar por dentro dos lançamentos – sempre digo que sou contra qualquer preconceito, até mesmo contra o preconceito literário).
Mas também devo dizer que não me identifiquei até mesmo com alguns dos ganhadores do Nobel (todos os anos fico na expectativa de quem será o ganhador do ano – não torço por time nenhum, mas as semanas que antecedem o anúncio do Nobel de literatura sempre me parecem a decisão de um campeonato mundial).
Dito isso, não me identifiquei em nada com Louise Gluck, ou com Seamus Heaney, por exemplo, e em várias ocasiões fiquei me perguntando como esses autores puderam ganhar um prêmio de importância mundial, se nenhuma emoção passaram a mim e, com certeza, a centenas de seus outros leitores.
Bem, como disse anteriormente, sou apenas um professor do Ensino Médio, leitor onívoro e irrestritamente contra qualquer tipo de preconceito literário...”

Após escrever esses parágrafos, lembrei-me de que, ainda à época distante de minha faculdade, comprei um livro de teoria literária (não, não era de nenhum autor famoso nem de nenhuma celebridade intelectual da moda, mas simplesmente pelo fato de ter sido o único livro de teoria literária que tive condições de comprar – e, como detesto mi-mi-mi, digo que valeu a pena cada centavo). Descobri, entre outros, um termo que me recordo até hoje: sinfronismo, que é, resumidamente, a identificação entre o leitor e o autor.
Sim, compreendo perfeitamente as demais resenhas desse livro e também sei que o puro sinfronismo não é critério algum para um autor ganhar o Nobel de Literatura. Afinal, se centenas (milhares, milhões...) de leitores não se identificaram com os poemas de Glück, outras centenas (milhares, milhões...) encontraram na autora uma voz de si mesmas. E eu respeito isso.
Apesar disso, houve momentos em que eu me perguntava sobre o que estava lendo e tudo me parecia ser apenas as queixas de uma mulher privilegiada (branca, rica, adulta, professora universitária, bem casada, família amorosa, que gasta milhares de dólares fazendo análise – sobre o quê mesmo?) remoendo o que passou e olhando a natureza pela janela – e nada fazendo, apenas deixando que os outros transformem o mundo...
Sim, sei que Emily Dickinson construiu seus poemas como descrevi acima, mas ao escrever “I shall not live in vain”, Dickinson ilumina toda a sua angústia, toda a sua introversão, todo o seu “leave me alone” (leia o poema, ou melhor, veja e escute o vídeo de Bill Douglas, um músico canadense que musicou esse poema).
Lev Tolstoi, James Joyce, Henrik Ibsen, Virginia Woolf, Marcel Proust, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Clarice Lispector – não ganharam o Nobel, mas mudaram a Literatura... Já Louise Glück...
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