TarcAsio0 10/01/2024
É de outro mundo quando você acompanha o desenvolvimento de uma criança infeliz e mimada, sendo tirada de um contexto triste que faz você se sentir péssimo lendo, pra ser inserida em um mundo completamente novo, com pessoas que estão ali COM ela e não PRA ela. Com o tempo ela entende e separa essas duas coisas, abrindo a mente e o coração e fazendo dela a menininha mais formosa e encantadora, ela finalmente pode sonhar e ser criança.
Esse lugar onde ela foi inserida moldou ela por completo e permitiu que ela fizesse o mesmo com outros personagens que tiveram sua vida mudada pra sempre, como o Colin, um menino hipocondríaco histérico que não andava e odiava a todos. Ele volta a andar, volta a viver, assim como Mary, ele aprende a sonhar.
Tudo isso está ligado a um jardim secreto que é descoberto por Mary. Um lugar que não tinha nada, mas que graça a Mary e a Dickon eles se transformaram. Não é mágico, mas ali está ele unindo cada um dos homens, mulheres e crianças, mostrando o que há de mais lindo naquela mansão, além da riqueza.
O jardim é mágico porque traça linhas entre as pessoas as ligando, porque é um descanso pra alma, sua atmosfera difere de um jardim comum. A sombra que o jardim carregava transformou o cinza de madeiras secas em flores coloridas e um verde abundante, onde as estações do ano irão tocar suas folhas e transformar. O jardim é humano e está em constante mutação.
É um livro que vale a pena.