spoiler visualizarLuize.Soares 23/09/2023
Pat de Silver Bush
Patrícia Gardiner nasceu e foi criada na bela e antiga casa chamada Silver Bush, "onde as coisas sempre pareceram as mesmas" e as coisas boas nunca mudavam
Logo de cara já dá para perceber que Pat realmente não gosta de mudanças e gosta de viver sem alterações em sua vida
Pra ser bem sincera, não gostei muito da família dela, senti que eles não sabem valorizá-la e não a tratam como ela merece. Mas apesar disso, a Naninha é realmente adorável
Judy Plum é realmente incrível, ela fez o que a família de Pat não fez por ela. Admito que no começo me irritei com a forma que transmitiram o jeito de falar dela, mas depois me acostumei
Jingle se tornou um dos meus favoritos, adorei a forma como ele trata e adora a Pat, queria muito que os dois tivessem um final mais concreto, queria que eles realmente fossem além da amizade
E Bets? Ela simplesmente foi a melhor amiga que Pat poderia ter tido. Fiquei derrotada com a morte dela , não acreditei que a autora realmente faria isso. Foi bem triste ver que os planos das duas foram interrompidos pela morte, mas enfim, ela foi incrível enquanto durou
E por fim, Patrícia: amei ela desde a primeira página até a última! A forma como ela olha e ama as coisas da vida. Só queria que ela fosse um pouco mais flexível com Jingle e aceitasse amar ele sem ser apenas como amigo
Recomendo muito esse livro, e estou louca para começar A Senhora de Silver Bush
Trechos:
?Se você não acreditar em coisa nenhuma, que diversão vai ter nesta vida?
?Enquanto houver vida, há esperança
?Bem, acho que o mundo seria um tédio se ninguém fizesse coisas que não devia
?"Venha, pois a noite tortura
E o luar congelado agoniza
Buraco, fenda e fissura
Nos sinistros morros de Ardisa"
?A vida é curta de mais para perder tempo odiando
?Uma manhã escura e sombria, muitas vezes, anuncia um belo dia
?Um olhar como o teu vale todos os olhos azuis e todas as bocas rosadas do mundo
?Você sabe que seria um tédio se nada fora do comum acontecesse, Judy. E, se nunca tivermos qualquer aventura, não teremos nada de que nos lembrar quando ficarmos velhos
?Jingle se demorou atrás de uma barreira de jovens abetos para observá-la... Os olhos castanhos-dourados fixos sonhadoramente no céu... Um sorriso provocador ocasionado por pensamentos ocultos ainda remanescentes em sua boca... Apenas um traço suficiente de sorriso para fazer o coração de Jingle agir de forma esquisita toda vez que o via
?Soube o momento em que ele entrou... Seu coração bateu sufocantemente quando ela ouviu seu riso no corredor. Ela nunca o ouvira antes, mas só havia uma pessoa no mundo que podia rir daquele jeito. Foi maravilhoso vê-lo entrar na sala com os outros garotos... Com eles, mas não parte deles... Diferenciado... Um deus grego jovem
?Tão branca é a geada que cobre o narciso,
Tão calado, tão alvo é o meu jardim,
Certamente, os campos do Paraíso
Não são tão belos assim.
Estradas peroladas, portões dourados,
Contêm, de fato, mais paz latente
Do que esse deleite branco puro e gelado, sob o âmbar do sol poente?
?Os garotos com quem Bets costumava brincar a carregaram até lá por uma trilha repleta de folhas molhadas de um ano que desaparecera, e Pat ouviu, sem se mover, o som mais pavoroso do mundo... O da terra caindo sobre o caixão de uma pessoa amada
?Como se podia começar de novo quando não havia mais nada no coração?
?No entanto, na sombra da flora
E sob a chuva cinza e aquecida
Pitadas de um luto de outrora
E da dor esquecida
?Uma garota magricela, com suéter dourado e alaranjado, o sol outonal polindo os cabelos castanho-escuros e reluzindo nos olhos âmbar; seu rosto brilhava com um rubor quente, maduro, beijável; seu corpo parecia uma muda que jamais se quebraria, por mais que se dobrasse
?Confiável, sombrio, vívido, verdadeiro,
Com olhos dourados, como orvalho no espinheiro
?Onde quer que você esteja, Pat, sempre será meu lar