Sobre estar doente

Sobre estar doente Virginia Woolf




Resenhas - Sobre estar doente


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Bruna Jéssika 06/04/2024

Sobre estar prostrado e contemplar o céu.
O título singelo ?Sobre estar doente? pode enganar os desavisados. O presente ensaio é muito mais do que o título sugere.
Virgínia reflete nas linhas de seu texto sobre como a doença nos retira do exército dos eretos, onde a visão está sempre direcionada para a frente, rumo ao futuro, e nos coloca recostados na cama, para cima e para o céu, em um tempo que parece ficar suspenso.
Li esse ensaio enquanto me recuperava de uma pequena cirurgia. Não podia falar, nem trabalhar, nem me movimentar como o costume. Mas podia ler, escrever, pensar? E isso foi o que me salvou.
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Mel 09/11/2023

1º contato com Virginia
Livro pequeno, mas com uma densidade incrível e cheio de sensações e reflexões. É preciso concentração para conseguir transcender o momento real e mergulhar no pensamento dela. Achei uma delícia esse primeiro contato!
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Laura 28/06/2023

Fui lendo a versão em inglês e a tradução ao mesmo tempo pq tava muito difícil entender tudo em inglês.... mas é muito gostoso de ler, curto e fácil (tendo a tradução pra ajudar kkkkk). Achei que ia ser mais tocante não sei, mas eu gostei muito mesmo assim e até chorei em uma partezinha lol
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Maria Luksys 09/06/2023

?O contorno firme desenhado pela imaginação cooperativa?
Esse livro é um poço de sensibilidade? acho que foi a primeira vez que vi um texto da perspectiva de alguém acamado que não tem um tom de sofreguidão, mas de metaforização da condição do doente. Essa mulher tem um talento de botar em palavras algo que, talvez, muita gente perceba, mas de um modo a compor um cenário interessante pro leitor refletir, fugindo do clichê (valorizando a autossuficiência do indivíduo pra preservação das belezas do mundo, dizendo que o bem-estar do corpo deve ser prioritário, etc). Além dos temas super importantes que saem com leveza da escrita dela, a autora relaciona a humanidade à vida em sua essência, enquanto fala sobre o isolamento da doença, os limites da linguagem (aliás, defendendo uma língua viva e inclusiva), os prazeres e a importância da leitura e a dor da morte. O modernismo, de modo geral, é sensacional por abordar assuntos centrais sem o filtro do tradicionalismo, mas essas histórias de Virgínia Woolf em específico trazem o melhor da sinceridade. Incrível de verdade, recomendo
demais!!!!
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Tina Lilian Azevedo 25/12/2022

Os recostados contemplativos
Neste ensaio Woolf faz um contraponto sobre o modo que vemos o mundo quando estamos doentes - recostados, e como o vemos quando estamos saudáveis - eretos. O olhar sobre a literatura também é alterado quando estamos recostados. No final ela discorre sobre algumas obras que considera ter o entendimento ampliado enquanto estamos recostados. É belo, é crível, é unico. É inspirador. Virgínia Woolf.
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Luciana Fátima 01/09/2022

A alma de Virginia
Comecei a ler este ensaio da Virgia Woolf por acaso. Eu estava atrasada para o trabalho e simplesmente não consigo sair de casa sem um um livro na bolsa. Passei na estante e peguei o primeiro que acenou para mim... e que grata surpresa!!
O livro, além de falar sobre a natureza dos enfermos, trata "da circunstância que cria diferentes formas de ler -- a literatura, as outras pessoas, o mundo. [...] Um texto extremamente atual e cujos insights sobre o isolamento da doença, os prazeres da leitura, os limites da linguagem e a dor da perda continuam sendo capazes de arrebentar quem o lê."
Uma das partes que mais me chamou a atenção é a analogia que ela faz entre o corpo ("esse milagre, sua dor, que nos encurrala no misticismo, com um rápido bater de asas, até os êxtases do transcendental") e a alma. Segundo a autora, "o corpo não passa de um vidro transparente através do qual a alma espia de forma direta e clara. [...] A criatura ali dentro (a alma) pode apenas olhar pela vidraça; não consegue se separar do corpo". Até o dia da morte, quando "o corpo se estilhaça e a alma escapa". Não é lindo isso?!
Esta edição é bilíngue e traz a versão que foi publicada pela Hogarth Press, a editora do casal Leonard e Virginia Woolf, em tradução de Ana Carolina Mesquita e Maria Rita Drumond Viana.

site: https://www.instagram.com/luciana_fatima_
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