bru 07/06/2021RedescobertasDesafogo após o último livro do clube.
Leitura super fluída e bem envolvente.
Susan, uma mulher na casa dos 40, que vê sua vida de forma pratica, resolvida e simples, possui um humor super ácido, é extremamente metódica e controladora, chega a ser irritante. Engraçado que ela me lembra um dos meus professores favoritos da graduação.
Seu modo de ver e desenvolver a vida é tão rígida que acaba gerando um incomodo no leitor, ponto pra você, Sarah.
Ela é tão dicotômica que chega a avaliar o comportamento de uma criança de dois anos que não quer tomar café e não demora a reclamar de fome como culpa da mesma. Para ela é sempre tudo tão diretivo e óbvio que julga o comportamento de seus colegas de trabalho como de uma inutilidade enorme.
Tudo começa a mudar após a morte de sua mãe, pois, precisa entrar em uma briga judicial com seu irmão por conta do testamento, momento mesmo, que descobre que está grávida, bebe este que é fruto de uma relação casual que dura alguns anos.
Susan, sempre fora muito decidida e muito solitária, nunca deu brecha para nenhum tipo de emoção ou vulnerabilidade.. Até Kate, sua vizinha e minha personagem favorita, entra em sua vida.
É lindo o desenvolver e crescimento da personagem principal, obvio que a relação com o Rob teve uma pitada de clichê, mas isso não é uma reclamação.
Conseguimos observar claramente como sua forma de ver e viver se da por seu desenvolvimento familiar, afinal, aprendemos por modelação e ela tem conseguido dar, o que recebera, ou seja. Temos um leve plot twist e confesso que como cria de Joel Dicker, não fiquei surpresa, ate esperava.
O último capítulo me arrancou enormes sorrisos, pois, vimos uma personagem se permitindo, ousando e vendo a vida de uma forma tão doce e flexível. O que a maternidade não faz, não é mesmo?
Super recomendo.