Resenhas - O Chamado do Falcão

Queria Estar Lendo 15/07/2021

Resenha: O Chamado do Falcão
Eu sei que sempre falo que não consigo resenhar livros que me impactam demais, mas com O Chamado do Falcão é verdade. Eu terminei esse livro e fiquei olhando para o nada durante um bom tempo porque, mais uma vez, Maggie Stiefvater me roubou todas as palavras, deixando pra trás só o surto.

Esta resenha vai conter leves spoilers da série Os Garotos Corvos.

Começando um tempo depois de onde O Rei Corvo encerrou a história dos nossos garotos, Maggie inicia essa história apresentando os quatro pontos de vista que vão liderar toda a narrativa, além de alguns adicionais ligados a cada um deles. Temos Farooq-Lane, uma mulher ligada a uma organização responsável por caçar e eliminar Zeds, que são sonhadores - e, por isso, perigosos ao destino do mundo.

Temos Jordan, que é parte de Hennessy e dela mesma e de outras muitas garotas iguais a elas. Jordan que pertence ao mundo dos sonhos e dos vivos e que acompanha a saga desesperadora que é estar ligada a uma sonhadora. Temos Declan, com seu terno alinhado e pose de mauricinho e coração puro pronto para mentir por todas as coisas que já viveu. E temos Ronan, com seus olhos incisivos e sua presença poderosa e seus sonhos que sonham coisas demais.

O Chamado do Falcão é uma montanha-russa de confusão e de revelações bombásticas e de muita bizarrice poética, no melhor sentido da colocação possível. A narrativa da Maggie já se estabeleceu como uma coisa estranha e linda por isso; se em os Garotos Corvos a jornada era para encontrar um rei adormecido e o desejo que ele cederia aos meninos, em O Chamado do Falcão a corrida é contra o tempo.

"O que é real? Presta atenção: você pega no sono, sonha com penas, e acorda com um corvo em suas mãos, e ainda se pergunta: O que é real?"

Mas tempo de quê? Para as garotas de Jordan, de sobreviver. Para Farooq-Lane, de se encontrar. Para Declan, de se perder. Para Ronan, de entender. E em cada um desses pontos de vista, Maggie tece tramas paralelas que se conectam e tornam toda a história uma coisa mais grandiosa do que se imaginava.

Conforme a confusão cresce, as explicações se aproximam. Não é uma trama bagunçada, ela é confusa de propósito. Ela fala sobre sonhos e a instabilidade deles, de pessoas ligadas a eles tentando entender como sobreviver as coisas que vivem ali - e às coisas que trazem dali consigo. Principalmente para Ronan e Hennessy, toda a questão de sonho e sonhador é maior do que o mundo e as pessoas nele; é sobre uma força que, quando compreendida, pode se tornar mortífera.

Farooq-Lane foi uma surpresa para mim. Se no começo ela parecia desinteressante, com sua organização misteriosa e a presença de um Visionário - um vidente, basicamente - ao seu lado, com o tempo ela se mostrou uma personagem complexa e tensa. Ao mesmo tempo em que o senso moral começa a despertar nela sobre tudo que tem feito, o senso de estar fazendo tudo aquilo por um bem maior ainda impera e a freia. É todo um desenvolvimento bem feito que te conecta com a personagem sem que você perceba.

"Faça da sua vida uma obra prima. Você só tem uma tela em branco."

Jordan e as garotas de Hennessy, por outro lado, já chegaram cheias de personalidade e emoção e perguntas. De onde surgiram por que surgiram por que estão ali quem são a quem pertencem? Tudo isso e muito mais que a gente vai descobrindo conforme o livro avança; e quanto mais a gente descobre, mais sente falta do desconhecido. Porque ao mesmo tempo em que os sonhos podem ser bons, também podem cobrar um preço terrível dos seus sonhadores.

Declan me pegou completamente desprevenida. De um personagem que eu pouco me importava para um que eu morreria para proteger, o mais velho dos Lynch mostrou toda a fragilidade e vulnerabilidade que esconde tão bem de Ronan e seu irmão mais novo, Matthew - todas as cicatrizes emocionais deixadas pela instabilidade da família, pelos traumas da perda dos pais, os fantasmas que cercam os irmãos. Cada ponto de ruptura do Declan era um ponto para me aproximar mais dele.

E Ronan. Ah, Ronan. Meu sonhador instável e maravilhoso.

Aqui ele mostra mais segurança do que em Os Garotos Corvos, tendo aprendido com todas as aventuras bizarras que viveu. Aqui ele é um sonhador que conhece o terreno dos sonhos e dos pesadelos, mas que está começando a encontrar alguma coisa neles para o qual não foi preparado; vem através de uma voz, uma presença, lembranças desconhecidas. E investigar isso é o que move Ronan através das outras histórias.

"Quanto mais longe e mais alto você chega, quanto mais instável se torna, mais você percebe que não entendeu as fronteiras do que é possível."

Se tem uma coisa que me deixou desapontada em toda a maravilhosidade que foi esse livro, essa coisa diz respeito a Adam Parrish. Eu esperava mais participações dele; entendo que é um livro sobre os sonhadores e que Adam pertence a um plano de fundo por causa do que está vivendo, mas queria ver mais dele ao lado do Ronan. Seus momentos, mesmo que poucos, foram suficiente pra me deixar surtando e chorando porque o amor entre os dois é tão vivo e importante e gigante, significa o mundo pra eles e pra mim. Espero que tenha mais de Pynch pro meu coração na sequência.

No quesito narrativo, nem consigo tecer mais elogios à Maggie. O que essa mulher faz com as palavras é arte, pura e simplesmente. O tipo de arte que marca e encanta e fascina, que te emociona e enche de confusão e te faz querer mais.

O Chamado do Falcão é um pontapé absoluto e emocionante nessa nova série do meu garoto Lynch. Um livro sobre sonhos e o preço que cada um deles cobra, com um final de arrasar seu coração e te deixar gritando pela sequência.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/12/resenha-call-down-hawk.html

Jess 18/09/2022

Releitura!
Mais uma releitura fantástica desse livro.

Eu realmente perdi a conta de quantas vezes embarquei na aventura dessa história desde o seu lançamento. E sei que sempre irei voltar para ela no fim, de uma forma ou de outra.

Uma história encantadora de arte e sonhos, em que os sonhos também são a realidade.

Uma história mais aprofundada sobre uma que conhecemos, ao nos ter sido apresentada na série anterior, porém com mais mistérios e com todos os personagens, novos e velhos, sendo testados e levados aos seus limites, ao desconhecido e ao assustador.

oz. 07/03/2023

Um sonhador; um sonho; um mentiroso
Se estiverem querendo ler esse livro por conta de Ronan e Adam ? como um casal ?, pensem duas vezes antes de encarar mais de 500 páginas. É uma história nova, com personagens e desenvolvimentos novos. Uma trama estendida da magia do sonhador vista em "A saga dos corvos", apesar que de forma um tanto rasa. 

Assim como no universo anterior, a história acompanha vários pontos de vista no enredo. Em "O chamado do falcão", Maggie Stiefvater leva o leitor a uma caçada para evitar o fim do mundo em que os sonhadores são a presa. A autora deixou sim um gancho nos livros anteriores pra escrever essa história, como a magia (linha ley) enfraquecendo de alguma forma quado os sonhadores traziam algo dos sonhos. Embora eu ainda tenha achado um caminho sem sentido. 

O livro em si tem altos e baixos. A escrita em alguns momentos chaga a ser maçante. Personagens que surgem do além e acabam confundindo a história. Personagens irritantes que não servem para nada. E uma série de eventos que não levam a lugar nenhum. Quem é Bryde??????

Ódio eterno da Maggie Stiefvater por me fazer querer ler o segundo (espero que o adam apareça mais) ? ABRA SUA MENTE, GAY TAMBÉM É GENTE 

?Você é feito de sonhos e este mundo não é para você.?

Bruna 14/03/2024

Aaaah, Ronan! Impossível não se envolver na história, é difícil parar de ler. Imaginava que o Adam não se faria tão presente, confesso que senti falta dele. Fiquei feliz por conhecer um pouco mais de Declan e entender o seu lado. Acho que não posso dizer mais nada, pois não quero dar spoiler ?

Alê | @adagaliteraria 21/05/2023

O livro conta a história de três irmãos, que conseguem ser completamente diferentes em suas personalidades.

Ronan Lynch é um sonhador, ele consegue extrair a curiosidade e o desastre de seus sonhos e coloca-los em sua realidade, ou seja, ele pode consegue trazer objetos e pessoas de seus sonhos. Declan é irmão mais velho, costuma manter as aparências usando tédio como arma de proteção e Matthew é o caçula da família.

Eles costumam a serem arrastados pelo caos induzido pelo sono, ou podem abrir caminho para se tornarem as pessoas que desejam ser. Seus sonhos trazem as mais infinitas possibilidades. Contudo, também podem ser mais ameaçadores do que a realidade.

?Os irmãos Lynch, os órfãos Lynch. Todos tinham sido feitos por sonhos, de uma forma ou de outra. Eram lindos pra diabo, até o último deles.?

Além disso, também há caçadores de sonhos, aqueles que viram o que pessoas com o poder similar dos irmãos podem fazer e causar na vida de outros, a Carmen é um bom exemplo disso. Por mais que ela vá de contra os irmãos no fundo eu gosto dela, ela está tentando alcançar a paz.

?Você é feito de sonhos e esse mundo não é para você.?

Fazia muito tempo que este livro estava na minha lista, além da capa ser lindíssima e instigante, com a cor metalizada. A história não decepcionou em nenhum momento, é muito difícil de interromper a leitura, porque é fluida e muito gostosa.

Para quem gosta de ler histórias de romance com representatividade, o livro também apresenta romance LGBTQIA+.

alice 02/03/2022

"Você é feito de sonhos e este mundo não é para você."
Ronan Lynch está de volta em uma nova história, aqui ele não precisa mais buscar por um Rei adormecido mas precisa lidar com um grupo de assassinos de sonhadores. Esses moderadores não medem esforços e nem recursos para salvar o mundo de uma possível destruição, se uma pessoa é um sonhador ela automaticamente se torna uma ameaça para eles.

Eu achei a primeira parte desse livro extremamente chata e arrastada, o que tornava a história um pouco mais emocionante eram os capítulos narrados pelo Ronan e as migalhas que a autora ia dando do relacionamento dele com o Adam. Estava com muitas expectativas por ser o meu personagem preferido e foi só por ele que continuei lendo até o final.

Após os 50% a história finalmente começou a engrenar e as pontas soltas foram se conectando. Ronan e Hennessy formam uma boa dupla assim como Declan e Jordan, gostei do grupo inusitado que eles formaram e a narrativa ficou bem melhor quando eles se encontraram.

As partes narradas pelos moderadores foi para mim uma quebra em toda emoção que os capítulos narrados pelos outros personagens criava. Pense em uns personagens chatos e sem sal esses moderadores, teve um acontecimento que era pra ser triste mas eles são tão entediantes que nem senti, foi indiferente pra mim.

A história vale a pena, Maggie escreve muito bem mas o mesmo talento que ela tem pra criar narrativas fantásticas, ela tem pra enrolar com cenas que não acrescentam em nada no livro.

O final é um verdadeiro BUM na cabeça, não dá pra terminar sem sentir vontade de iniciar o próximo livro e saber o que vai acontecer com o Ronan, a Hennessy e o Bryde.

sabrina 19/01/2022

Era uma vez os Irmãos Lynch
Primeira vez que faço uma resenha em muito tempo, então é possível que tenha muita enrolação e desordem. Falei "Vou escrever sobre os Lynch" daí me vieram uns pensamentos desalinhados e joguei aqui nesse textão.

Só sei que Maggie fez um ótimo trabalho e me deixou entusiasmada pra compartilhar.

Eu estava com um pouco de receio de começar o livro, tanto que adiei a leitura por uns bons meses. Quando comecei, bom, foi estranho.

Estava vivendo no limbo depois da ‘Saga dos Corvos’ e pisei em ovos conhecendo os novos personagens. Foi surpreendente ingressar numa narrativa que de certa forma já conheço, ao mesmo tempo que “não mulher, você não sabe de nada”. A sensação de flutuar nesse espaço entre o familiar e o desconhecido deslizava por debaixo da pele e puxava lá longe uma coisinha no cérebro.

Então logo as coisas se encaixaram e quando percebi, havia terminado o livro e estava olhando pra parede por sabe lá quanto tempo tentando entender o que diabos aconteceu.

⚠ Essa resenha contém spoilers ⚠

O livro está dividido em quatro narrativas e apresenta sonhadores, caçadores e o iminente fim do mundo, porém isso fica em segundo plano porque Maggie deixou claro que essa é uma história sobre os Irmãos Lynch.

Fico feliz pela decisão de escrever, aprofundar-se em suas individualidades e abraçá-los. Feliz especialmente por Declan. Nada me comoveu tanto quanto finalmente conhecer seus pensamentos sobre a própria família e sobre si mesmo. Declan mereceu ter algo só dele. Mereceu porque ele é um irmão incrível que segurou as pontas de uma família destruída. Ele se mostrou vulnerável pela primeira vez e isso acabou comigo. Terminei completamente apaixonada por ele.

Ronan como sempre intimidante e assustador (só por fora, porque ele na verdade é um docinho), agora está mais seguro de si e finalmente tem algum controle sobre os sonhos e eu amei demais vê-lo assim. A jornada do meu sonhador favorito é enfrentar a solidão e entender os pepinos da família enquanto foge - mesmo sem perceber por metade do livro - de seus caçadores.

Matthew, o irmão mais novo, é uma incógnita para o futuro da trilogia. Apesar da relação entre os irmãos mais velhos ter melhorado, o menino ainda é a cola que os une. Não sei o que espero que Maggie faça por ele. Nesse livro, ele parece mais um sonho que nunca. Aliás, os chás de sumiço que o levaram a grande revelação de sua existência extraordinária, foi uma das partes mais dolorosas de ler.

Agora sobre Hennessy, Jordan e as garotas, elas chegaram cheias de personalidade e trouxeram muitas emoções e muitas perguntas. No decorrer da trama a gente vai descobrindo tudo sobre elas e ainda assim não parece suficiente. No fim conclui-se que ser um sonhador não é para qualquer um.

Ronan, nos livros anteriores, nos deu um gostinho agridoce quanto ao preço dos sonhos. Adam mesmo os descreveu em certos episódios com assombro e fascínio, como se fossem uma dádiva, um dom. Ronan era como um deus. Para Hennessy e suas garotas, os sonhos eram uma maldição. Para ambos, ser um sonhador é conhecer a morte mais cedo.

Quanto a Farooq-Lane, mesmo depois de seu desenvolvimento na história, ela continua sendo uma personagem desinteressante para mim. Além de fazer parte dessa organização bizarra que sai por aí caçando sonhadores, ela cumpre o papel de babá de Visionários (os profetas do fim do mundo).

Volta e meia surge uma inquietação sobre estar ou não fazendo o certo, mas ela continua com seu trabalho. Queria que ela fosse mais curiosa sobre a real motivação dos caçadores. Senti que está faltando alguma coisa, que estão escondendo algo. Me pergunto se ela pensa o mesmo. Essas "segundas intenções" são coisa da minha cabeça? Vai saber.

Personagens conhecidos foram mencionados e matou um pouquinho a saudade. Adam esteve pouco presente, mas quando aparecia era sempre um alívio. As cenas entre ele e Ronan são sempre um gole de água fresca. O romance ainda está de pé. Eles são tão apaixonados um pelo outro, dói demais o coração. Espero que Mister Impossible tenha mais deles. Preciso disso.

‘O Chamado do Falcão’ é uma trama um pouco complexa, meio bagunçada de um jeito intencional e tem um tom poético esquisito que é simplesmente a cara da Maggie. A narrativa dela entrega TUDO! A história emociona e o final empolgante te deixa ávido para ler a continuação :)

Para finalizar, deixo a pergunta que alugou um duplex na minha cabeça: quem é Bryde?

Karini.Couto 21/03/2023

"Faça da sua vida uma obra prima. Você do tem uma tela em branco."

Esse é um spin-off da série " Garotos corvos", que eu simplesmente amei, então, pega seu branquinho e senta que lá vem história.

Nesse enredo temos os Visionários, que vêem o futuro, isso mesmo meu povo, eles têm vislumbres de um futuro apocalíptico que vai ocorrer através de um "Sonhador".

Além desses, somos apresentados aos "Moderadores", que caçam os Sonhadores, como maneira de evitar o tal futuro apocalíptico visto pelos Visionários. Sim, caçar=m@tar. Sabe aquelas atitudes de pessoas ignorantes? O que não compreendemos, eliminamos. Para eles, essa é a melhor maneira de evitar as visões.

E finalmente somos apresentados aos Sonhadores, e vamos conhecer alguns e como funciona para eles o "papel que lhes foi designado", alguns conseguem seguir os sonhos, enquanto outros se perdem neles.

Bom, esse enredo promete fortes emoções, e temos uma introdução inicial do que está por vir nos próximos livros da trilogia. Iremos adentrar mais na família Lynch, com Ronan, Declan, Mathew e como suas vidas vão se desenrolando, seus dramas e ações diante a tudo que vai segundo.

Conforme a leitura vai fluindo, vamos entrando cada vez mais nesse universo e para aqueles que já conhecem a escrita de Maggie Stiefvater, é um deleite, e quem não conhece, impossível não se sentir cada vez mais impulsionado a ler mais e mais.

Todos os personagens são bem caracterizados, com um enredo rico e recheado de aventuras, dramas, e muitos cenários envolvendo os personagens que nos deixa ávidos a cada leitura de páginas.

Quem ainda não conhece essa trilogia, recomendo fortemente, e quem ainda não leu nada da autora, bora? Vocês não sabem o que estão perdendo!




site: https://instagram.com/alempaginas

deysiane 11/07/2023

Se eu achei A Saga dos Corvos doida, eu tive que amplificar meus conceitos para a leitura do Chamado do Falcão. Foi tão confusa e sem noção que tá sendo difícil encontrar palavras para descrever melhor o livro. Porém não estou reclamando: é diferente, mas legal.
Eu só queria mais Adam ?.

Thânia Deak 28/10/2021

O Chamado do Falcão
Gente que livro top!
Nesse novo universo Ronan vai descobrir que não está sozinho no mundo dos sonhos, vai enfrentar novos perigos e novas descoberta. Com esse novo universo vem novos personagens, na verdade muitoooosss personagens rsrs tive que anotar para conseguir entender kkkk e nessa leitura podemos ver vários pontos de vista. A interação dos irmãos Lynch está maravilhosa.
Eu adorei esse livro

Emily817 27/04/2023

O Chamado do Falcão
Eu sou completamente rendida pelo Ronan, ele sempre foi meu favorito dos Garotos Corvos então sou suspeita na recomendação.
Amo a escrita da Maggie Stiefvater, o jeito que ela conta a versão de cada personagem é perfeito principalmente com a junção entre eles.

O Chamado do Falcão conta mais sobre a família Lynch e principalmente os irmãos Lynch, tenho que confessar, o Declan ganhou meu coração. O Niall é uma caixinha de surpresas até depois da morte e a "Aurora" é outro mistério.
Ganhamos personagens super bem desenvolvidos como a Jordan Hennessy, na verdade Jordan e Hennessy, Hennessy é uma sonhadora que está lidando com muitos problemas e eu amo a Jordan. Farooq-Lane é uma caçadora de sonhadores e ela tá atrás dos meus protegidos, mas eu também gosto dela, é uma boa personagem. Não quero dar mais detalhes por conta dos spoilers, recomendo ler Os Garotos Corvos pra pegar todas referências maravilhosas!

notdion 08/01/2022

Maggie nunca decepciona.
Nos primeiros capítulos desse livro eu me senti uma órfã da série "Os Garotos Corvos". Estava hesitante porque meu personagens favoritos, a magia de Henrietta e toda a ambientação foi colocada de lado, agora substituídos por novos personagens que eu não conhecia e lugares diferentes e perspectivas diferentes. Mesmo assim, depois de olhar melhor, deu pra sentir que ainda era o mesmo mundo, com novas regras. E aí foi que a magia voltou pra mim e eu li como se fosse um livro que eu já amasse muito. Só a Maggie consegue fazer eu me sentir como se a magia fosse real e possível e por isso eu sou muito grata. Aguardando ansiosamente os próximos livros ?

Isa 29/10/2021

Mais da metade do livro foi uma história sem pé nem cabeça, são 3 narradores e isso me bugou muito no começo pois não especifica e tals. A história em si é bem confusa para um primeiro livro pois conta conta conta e não conta nada, só fui entender de verdade lá para os 60% do livro. O final me deu um gostinho de quero mais (o que eu não senti na metade do livro), mas parece que não foi lançado o dois aqui no Brasil (nem sei se tem).
Se você estiver afim de ler esse livro, leia mesmo você não gostando no começo porque no final você vai ficar ????? e vai querer mais e eu acho que os outros livros vão valer a pena (assim eu espero né)

Gramatura Alta 29/09/2021

http://gramaturaalta.com.br/2021/09/29/o-chamado-do-falcao/
Maggie Stiefvater é a autora da Saga dos Corvos, uma série, muito amada, de livros de fantasia. A autora tem uma escrita toda particular, meio lírica, que transmite toda a magia dos personagens com perfeição. Com O CHAMADO DO FALCÃO, ela inicia uma nova aventura com alguns dos personagens dos livros anteriores e outros novos. Não é uma continuação, mas algo independente, com raízes que farão você se interessar por ler os livros anteriores.


A história é um romance sobre sonhos. Os personagens podem ser arrastados pelo caos induzido pelo sono, ou podem abrir caminho para se tornarem as pessoas que desejam ser. O que importa é que eles sonham, e sonham muito, de todas as formas possíveis. Mas sonhos são inconstantes, ambíguos e também podem ser mais ameaçadores do que a realidade.

A narrativa se divide entre quatro personagens principais, e um pouco entre os secundários. Ronan é um sonhador e consegue retirar objetos de seus sonhos; Declan, o irmão mais velho de Ronan, que sente a responsabilidade de manter todos unidos; Carmen Farooq-Lane, que pertence a um grupo de pessoas que desejam acabar com os sonhadores, porque existe uma profecia que diz que eles acabarão com o mundo, e isso parece que já começou; e Jordan, uma nova personagem, que é uma falsificadora de arte, uma ladra, que usa os sonhos para essa função.

Os quatro são incríveis. Ronan consegue trazer objetos e pessoas de seus sonhos; Jordan sonha acordada com a normalidade de sua vida; Declan mantém uma máscara de tédio, apenas para se proteger; Carmen é uma caçadora, mas no fundo só quer ter seus momentos de paz. Os quatro desejam coisas que acreditam que não podem ter. E é a escrita da autora que transforma esses personagens em algo único, exuberante e mágico. A história é inteligente, elaborada nos detalhes, o ritmo é constante, com picos bem colocados, não existe um espaço para tédio, com passagens sensíveis, íntimas, alternadas com passagens sombrias e cheias de perigo.

Aliás, a autora tem grande competência da forma como apresenta um romance LGBT, tudo muito certo e positivo. Adam, o namorado de Ronan, que participou da série anterior, é um dos personagens que retorna. Não é algo forçado, mas simples, da forma como é qualquer romance. Entretanto, os leitores que acompanharam o enlace que perdurou por quatro livros, não terão que se preocupar, porque o romance deles não é o foco da nova história, embora esteja plenamente presente.

Embora O CHAMADO DO FALCÃO seja o primeiro volume de uma trilogia nova, com uma história nova, muitos dos personagens têm um passado que é comentado ou influencia de alguma forma o que acontece. Não é necessário ler os livros anteriores para compreender o que acontece, mas eu considero que leiam assim mesmo, principalmente para compreender a mudança de maturidade e comportamento dos personagens e de que forma eles são conectados. Então, aproveite e leia tudo em sequência 😉

site: http://gramaturaalta.com.br/2021/09/29/o-chamado-do-falcao/

Sabrina 20/11/2021

Maggie Steifvater, entra na minha casa ?
"Sua vida em preto e branco; aquele momento em cores."

Caras... O QUE FOI ESSE LIVRO??? Por Deus, essa mulher faz TUDO!
Eu simplesmente amei como a história aqui é contada, com três subtramas principais que, aos poucos, vão se conectando. No começo eu não estava entendendo p0rra nenhuma, confesso. Mas quando as coisas vão se encaixando... PUT@ QUE PARIU!
Todas as tramas, mesmo quando ainda estão desconectadas, me deixavam intrigada e querendo ler mais a respeito delas. Mas o ponto alto desse livro, para mim, foram os personagens (RONAN LYYYYYCH). Todos eles são tão distintos uns dos outros e, ao mesmo tempo, tão cativantes que- sério, se algum deles morrer, eu caço essa mulher!
A trama geral também é magnífica, extremamente bem construída e com espaço para um maior desenvolvimento cheio de potencial. E o final (O FINAL!!!) só deixa as portas ainda mais abertas para uma continuação tão maravilhosa quanto esse primeiro livro.
Enfim, eu amei e estou muito curiosa e animada para o que vem por aí.

"Quanto mais você se afasta, quanto mais abre o círculo, quanto mais se eleva, mais você vê que entendeu errado as fronteiras do que é possível. Do que é certo e errado. Do que você pode realmente fazer."