Mariaine.Amaral 16/06/2021
Quem diria que um romance no século XIX poderia ser tão movimentado
Uma das coisas que mais me cativam na leitura de um livro é o cuidado do autor em pesquisar na hora de criar os personagens, o cenário, a cultura...
Esse livro se passa na Espanha no século XIX. Quando li me senti muito naquele ambiente com vestimentas específicas, touradas, o clima, dialetos. Cada capítulo demonstrou muito estudo da Sarah.
Isabel perdeu os pais e precisou ir morar com o tio e sua prima, a partir desse ponto sua vida mudou completamente.
Ela, sua prima e a dama de companhia passaram por várias situações "complicadas" para damas no século XIX, o que amei. Eram mulheres que não se contentavam com que a sociedade exigia delas: iam a touradas, aprenderam a atirar facas, Isabel tinha aptidão para medicina...
Essas ações deixaram elas mais expostas a riscos, mas quando paramos para pensar, nós mulheres estamos em risco até mesmo dentro de casa.
Numa dessas situações de risco Isabel acabou conhecendo Erick, um futuro barão, que possui qualidades maravilhosas, muitas que não costumamos esperar de homens na sua posição.
Era um homem muito honrado e, apesar de dizer não acreditar no amor, não era um completo babaca, como estamos acostumados a ver. As complicações do destino acabaram os colocando juntos e o casamento dos dois não demorou a vir.
(Mas quem disse que um casamento é garantia de um "felizes para sempre"?)
Esse é o grande ponto, o clímax do livro não está na proposta de casamento, o antagonista não é um outro pretendente, não é o próprio noivo, a história fica mais interessante quando o maior vilão é o próprio irmão de Erick.
Tendo o vilão praticamente debaixo do mesmo teto fica mais difícil, né?!
Ao contrário de Erick, seu irmão não era nem um pouco honrado e nada era capaz de pará-lo quando o assunto era ambição, estava disposto fazer o que fosse pelo poder, o que colocava nosso casal muito exposto ao risco.
Essa uma daquelas histórias que te deixa curiosa desde o prólogo e você não consegue mais parar. São muitos ares presos, suspiros exasperados, possíveis ciscos nos olhos... Cada acontecimento um baque diferente.