Domingo

Domingo Ana Lis Soares




Resenhas - Domingo


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Pri 22/07/2021

Uma escritora de miudezas pulsantes
“[...] porque hoje é domingo, e domingos não têm fim nem começo.”

Domingo, de Ana Lis Soares, publicado pela Editora Instante, é mais do que o primeiro (ou último?) dia da semana, dia de descanso. Neste romance ele pode ser um estado de espírito, um lugar de conforto, de silêncio, de dor, de alegria, de acolhimento, de solidão, de decisão, de reminiscências.

Durante as horas de um domingo, 7 protagonistas mulheres tecem reflexões, lidam com suas perdas, elaboram dificuldades, relembram alegrias, dissabores, experimentam o êxtase que envolve estar viva ou simplesmente revivem por meio da memória de seus amados.

Outros personagens-contrapontos se conectam e formam as vozes do domingo, repleto de ecos e de uma força que move a linha de cada uma delas (são personagens complexas e fortes). Domingo conta a história de todas as mulheres, permeando raça, classe, religião e cultura. E é o fio condutor entre as narrativas de cada uma e talvez o maior protagonista desse desenho que se forma pelas mãos do destino.

A escrita da Ana Lis encanta, pois nos coloca em contato com os sentimentos mais íntimos dos personagens por meio do desvelamento de inquietações e angústias existenciais. Logo no início, a narradora (ou seria a própria autora?) relata o desejo de não iniciar nem finalizar nada. O romance começa in media res, com profundidade e potência, apesar de contar pequenezas tão cotidianas (fracassinhos e alegriazinhas, como ela diz), memórias que podem estar contidas na vida de qualquer um, de todo mundo, de alguém que conhecemos. A identificação com algum personagem vem e pode ser arrebatadora. Eu dormi e sonhei com Bárbara após ler a carta pulsante que ela deixa para José. Domingo é híbrido (como encaixá-lo em gênero?), pois há poesia e se divide em capítulos que podem ser lidos em qualquer ordem à maneira de contos.

Depois de conhecer essas 7 personagens-ilhas, nunca mais meus domingos serão os mesmos. Depois de Ana Lis e seu Domingo, que é tão lindo, tão livro, tão cheio de vida, estou para sempre marcada, inspirada, olhando pela janela e enxergando espelhos. Eu sou tão Bárbara!

“Sou rio doce, forte, bravo, rio com força de ser rio. Sou mar, correnteza, maremoto. E é assim que deveria ser, sempre, para sempre. Se não posso, não sou mais; se tenho de ser conforme o que dá, já não me sou mais.
Sou força de correnteza, de mar, de maremoto, José. Mas não sei onde estou, onde fui parar se não posso mais fazer travessias.”
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TatianaTati 24/12/2021

Criativo e sensível
O domingo de cada personagem é diferente. Um é mais melancólico, outro é mais "dia da família", outro é o dia de lazer, mas todos têm um traço introspectivo, e eu amei isso nas personagens. Me lancei na leitura sabendo pouco do livro e me surpreendi em ver que existe uma conexão entre as histórias de cada mulher, mas ela é bem sutil. Fiquei com a sensação de ter lido contos, não um romance, mas esta é mera questão de gosto pessoal mesmo. Adorei a sensibilidade da escrita, o impacto que cada capítulo deixa na gente. Me deixou com vontade de explorar outras obras da autora!
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Pandora 05/09/2021

Conheci Ana Lis assistindo aos seus vídeos no YouTube. Sempre delicada, sempre educada, quando ela diz: ”comentem, vamos conversar”, é genuíno!, tem resposta, tem troca de indicações de leituras, tem diálogo.

Eu nunca tive preconceito com livro de YouTuber, porque, pra começo de conversa, o YouTube é muito diverso: tem velhos e jovens, de direita, de esquerda e de lado nenhum, com pouca ou muita instrução, tem técnicos, doutores, escritores, estudantes, tem gente sem noção, sem e com educação, maximalistas, minimalistas, perdidos na selva… é um mundo; vasto mundo.

Mesmo que eu não gostasse nada deste livro, eu buscaria dizê-lo com as melhores palavras que Ana Lis sempre dedica aos livros de autores estreantes. Mas eu gostei, ufa! Claro que tem uma coisinha aqui e outra ali que não me agradou, mas várias que sim, que são: uma escrita fluida e poética, um vocabulário apurado, a sensibilidade em retratar vidas diversas, mulheres plurais e de entrelaçar estas histórias de maneira sutil e primorosa. Vou guardar este livro com muito carinho.

Minhas impressões foram estas:

Beatriz - Conforme fui lendo a história de Beatriz fiquei surpresa com o tanto de identificação que senti, parte por sua trajetória, parte por seus pensamentos. Quando em determinado momento ela se tranquiliza ao contemplar o farol do quadro na parede, pensei: mas o que que é isso, gente? Eu sou apaixonada por faróis!

Bárbara - o que eu mais gostei aqui foi a linguagem, a forma como Ana Lis nos colocou naquele bar com tipos diversos e isso pareceu muito real, talvez uma lembrança pessoal. E a carta… ah!… a carta é de uma força poética avassaladora.

Sofia - não consegui me conectar com a Sofia, apesar das duas últimas páginas desta parte serem belíssimas. No todo, não me pegou.

Isabella - para mim a melhor história: no lirismo, na escrita, no cenário perfeito da casa da avó, que traz nos cheiros e sabores, nos gestos, nas particularidades e nas parecenças, uma memória que parece nossa. Ana Lis recriou a atmosfera perfeita, economizou nos diálogos - o que me agradou - e fechou lindamente esta história.

Omolara - “(…) senhorinhas reclamam do calor, das escadas e da falta de educação das pessoas (…)”. Me senti tão representada!!! rs…
Eu não gosto de competições esportivas, então o cenário não me agradou muito, mas gostei especialmente das lembranças de Omolara e da forte ligação familiar.

Antônia - história preferida, empatada com Isabella. Bastante verídico o retrato de uma grande família de poucos recursos enfrentando o dia a dia difícil de quem não tem segurança nem financeira, nem do dia de amanhã. Amei tudo aqui, inclusive a agilidade dos diálogos, a figura dessa mãe, tudo, tudo. Amei bem amado.

Carolina - importante narrativa sobre um relacionamento abusivo e como não é tão simples assim percebê-lo e sair dele, independente de educação e classe social.

Notas:
Prefácio de Maria Valéria Rezende.
Ana Lis é filha do escritor de livros infantojuvenis Marco Túlio Costa.
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Biblioteca Álvaro Guerra 27/10/2021

Domingo
São sete trajetórias que se tangenciam para formar um romance autêntico e precioso, em que, ao longo das horas de um domingo, tais personagens tecem reflexões, lidam com perdas, elaboram dificuldades e alegrias e percebem, no sofrimento ou no êxtase, a epifania de estar vivo.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786587342191
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Marcianeysa 22/01/2023

Domingo
O livro é um romance, mas bem poderia ser classificado como livro de contos. Cada capítulo conta a história de uma mulher, levemente ligadas. Gostaria que algumas histórias fossem mais desenvolvidas e o excesso de personagens em tão poucas páginas gera certa confusão. A escrita,por outro lado, é muito boa, muito fluída, o que faz com que seja uma leitura bem agradável.
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isabelfilardo 10/07/2021

Um livro tecido de delicadeza, afeto e beleza
Ana Lis Soares transborda delicadeza, afeto e beleza nesse livro interessante, em que vidas de mulheres são entrelaçadas aos domingos. Ao mesmo tempo, são sete histórias quase independentes, mas também são uma história só, a minha história, a nossa história, a história de Ana Lis. Há uma singeleza no que ela narra, uma universalidade, detalhes que permitem que entre seus vãos possamos nos aproximar da essência da vida. É um livro cíclico como a própria vida. Termino a primeira leitura já com vontade de a releitura. Privilégio ver assim uma escritora competente voar para o mundo. Bem-vinda, Ana Lis Soares.
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Elane.Medeiross 07/01/2023

A leitura dessa obra foi muito agradável e proveitosa, me fez refletir sobre forma como cada um conta a sua história.
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romulorocha 26/11/2022

Domingo, de Ana Lis Soares - 8/10
Ana Lis Soares nasceu em Passos (MG), em 1989. Formada em Jornalismo, exerceu o ofício de 2012 a 2019, quando começou a produzir conteúdo sobre livros e literatura para redes sociais (Instagram e YouTube). Domingo, selecionado no edital ProAc do ano passado, é seu primeiro livro.

Domingo é um romance em formato de oito contos, todos eles protagonizados por mulheres. Embora as histórias não se cruzes narrativamente, elas se cruzam inevitavelmente através dos detalhes, olhares e escolhas. Gostei da forma como a autora brinca com as palavras e com o significado delas como, por exemplo, o caso do domingo. Esse é um livro para se ler, se ouvir, se encantar e se descobrir também.

Trechos do livro:
"É triste admitir, mas o ser humano preenche-se de ocos quando lhe falta conteúdo."

#resenhasdoromulo
#literaturabrasileira
#domingo
#analissouares
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lautorres 07/02/2023

pequenas eternidades, coletânea de domingos
ana lis soares tem a capacidade admirável de criar uma experiência imersiva pro leitor, com cada capítulo tocando em feridas e cicatrizes, perdas e superações. a capa é um toque importantíssimo pra ilustrar a conexão entre as sete mulheres retratadas
amei a escolha do domingo como o dia pra contar essas histórias, achei que humanizou mais os relatos de alguma forma, os quais achei que sensibilizam muito pela feminilidade que carregam, em diversos âmbitos
lindo lindo lindo e muito bem escrito, apaixonante
espero por mais livros da autora?? só achei um pouco difícil acompanhar o número de personagens, muitos nomes, li ao longo de um mês, talvez lendo mais rápido seja mais fácil!
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Mariana Dal Chico 20/06/2022

“O que conto são detalhes, fracassinhos cotidianos ou alegriazinhas escondidas em pensamentos que surgem no estômago” p. 13

A narradora - seria a própria autora? - de “Domingo”, já nos alerta sobre o tom e ritmo de leitura que vai dominar as próximas páginas. Não há acontecimentos extraordinários ou cenas mirabolantes de ação, esse é um livro que mostra o recorte da vida de sete personagens-ilhas que de alguma forma se conectam.

Ana Lis Soares publicou seu primeiro romance pela Editora Instante e me mandou um exemplar autografado.

A autora apresenta um olhar poético do quotidiano, aborda temas como saudades, memória, solidão, distanciamento familiar, luto.

É na capacidade de identificação com as pequenezas dos personagens que permite que Domingo seja um livro capaz de nos afetar profundamente.

Isabella me fez voltar no tempo e me lembrar dos domingos de infância em que o almoço era na casa da minha avó, a família se reunia, tínhamos pequenas tradições que se repetiam sem que ninguém precisasse falar sobre elas. Os anos passaram, alguns familiares já não estão mais aqui, muita coisa mudou, mas a conexão que tenho com minha avó ainda é muito forte e a leitura me transportou para memórias muito felizes.

As descrições são poderosas e percebe-se que a autora escolheu cada palavra presente em seu texto. Há espaço para o leitor completar a caracterização física de personagens e há descrições mais específicas como a que me transportou para dentro de uma feira com o aroma de mexerica no ar.

Amei a leitura, é perfeito para quem gosta de procurar pequenas felicidades e grandes reflexões , em momentos banais do quotidiano.


site: https://www.instagram.com/p/Ce3wG7jrPXe/
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Pati 29/11/2022

Bom
É um livro bom! Não é um livro apaixonante, talvez até porque traz tanto de nosso dia a dia, que acaba não encantado. Já estamos tão cansados na correria e nos perrengues da vida, que ler sobre isso acaba cansando ainda mais.

Senti falta da conexão de alguns personagens, pois acreditei que todos iam se conectar. Talvez alguém diga que sim, que estejam todos conectados, porém finalizando o livro não tive essa percepção.

Também tem que levar em conta o momento que cada um está vivendo, talvez em outro momento a percepção do livro seja diferente.
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lis 15/02/2023

Um novo olhar sobre domingos.
Se pegarem esse livro no meu kindle vão encontrar marcações a cada parágrafo. a escrita da autora é pura poesia!

as primeiras histórias são muito boas, mas as últimas te fazem se conectar mais com os personagens (mesmo em poucas páginas). sei que não era o propósito do livro desenvolver mais cada mulher, porém isso não fez com que eu não sentisse falta haha

agora estou ficando mais reflexiva com meus domingos!
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leiturasdabiaprado 18/01/2023

Sete mulheres, sete histórias independentes, sete histórias que se cruzam...
Domingo é um romance formado por sete contos, cada um de uma mulher diferente, todas fazem a sua narrativa num domingo!
É um livro que exalta a força feminina, sua luta, seu amor, seu apego e o empoderamento!
Uma obra de vida, de linhas, de pontos e contrapontos...
A escrita da autora, apesar de ser o seu primeiro livro, é madura, é envolvente e cativante!
Li o livro rapidamente, degustando e sugando cada história!
E para finalizar não poderia deixar de elogiar a maravilhosa capa, tão sutil e ao mesmo tempo tão forte e conectada com a história (as histórias)!
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Carol Bazanini 15/11/2021

Eu estou apaixonada por esse livro, é de uma singeleza e poética sem igual. Por favor, leiam essa preciosidade e não a deixem cair no esquecimento!!
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Thais.Carvalho 06/05/2022

Livro lindo. Conta a história de 7 personagens. Nas pequenas sutilezas das vidas das personagens fui me identificando, admirando a força e a beleza de cada uma delas.
DANILÃO1505 09/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




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