A extinção das abelhas

A extinção das abelhas Natalia Borges Polesso




Resenhas - A extinção das abelhas


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@retratodaleitora 14/07/2021

Muitíssimo atual
“O fim do mundo exigia decisões impossíveis. Decisões que estavam prontas e precisavam ser aceitas. Como a morte, a proibição ou o esquecimento. Naquele momento tão breve, houve travessia e prosseguimento. As pessoas limparam o cenário da despedida e foram descansar. A vida sempre segue seu fluxo.”



A Extinção das Abelhas (@companhiadasletras, 2021) é o segundo romance de Natalia Borges Polesso, vencedora do prêmio Jabuti e internacionalmente conhecida com seu livro de contos Amora (que é sensacional).

Como boa fã da autora, fui correndo ler o livro assim que tive a oportunidade. O título por si só já é instigante, e a sinopse me deixou com algumas pulgas atrás da orelha. Aqui conhecemos Regina, que resolve se tornar camgirl após ver um anúncio na internet, e assim começa a se expor para desconhecidos online para ganhar dinheiro e seguir sua vida no Brasil colapsado que a autora elaborou.

Um Brasil que deveria ser distópico, mas é tão realista e possível que até arrepia. Colapso ambiental, econômico… a extinção das abelhas!!! Tão, mas tão atual e doloroso ler sobre esse país que a Natalia apresenta, e mais doloroso ainda por ter noção de que nos aproximamos cada vez mais depressa desse cenário aterrador. Se já não estamos vivendo nele.

A Extinção das Abelhas é, como eu disse, um livro muitíssimo atual, que toca em feridas ainda abertas, como a pandemia e o nosso desgoverno genocida. É um soco no estômago, mesmo, e a autora faz muitas críticas pertinentes enquanto apresenta personagens bem interessantes que lutam pela sobrevivência em situações precárias.

Não consegui me ligar muito a Regina, mas gostei de conhecê-la. E o livro é rapidinho de ler, com suas 312 páginas e uma narrativa envolvente. Não é meu favorito da Natalia, mas adorei realizar a leitura de mais um livro seu, e recomendo.


@retratodaleitora

site: https://www.instagram.com/p/CRUh0r4LLdu/
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Marcianeysa 05/05/2022

Depressivo
Um livro bastante real, apesar de ser uma distopia, me perturbou profundamente justamente pela possibilidade do colapso mundial.
Algumas passagens são desnecessárias, como se autora tivesse alongado demais, chegando a ficar cansativo e repetitivo.
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bibia 15/06/2022

Ai eu achei tão bobo, tão sem graça
O livro, no geral, é bom. Porém algumas partes da narrativa são muito arrastadas e entediantes, principalmente a segunda parte do livro, mas tirando isso é bom, traz muitas reflexões, me fez ficar em crise existencial pela forma como a autora deixou tudo tão parecido com a nossa realidade.
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geives.pacheco 31/03/2024

"A Extinção das Abelhas" é um livro da Natalia Borges Polesso que te prende do começo ao fim. Ela explora a relação entre a gente e as abelhas de um jeito que faz a gente pensar duas vezes antes de matar uma mosquinha. É um tapa na cara sobre como a natureza é importante e como nós estamos destruindo tudo.
Recomendo a leitura pra quem quer entender mais sobre o assunto e se ligar na importância de preservar as abelhinhas e o nosso planeta.
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Pandora 01/05/2022

Este livro foi escolhido num grupo de leitura do qual participo. Não é um livro ruim, é bem escrito e tal, mas não consegui me conectar muito com ele, parei várias vezes para fazer outras coisas porque não estava envolvida. Ainda assim, a discussão que tivemos sobre a leitura foi bem produtiva para um livro considerado mediano pela maioria.

A personagem principal é Regina, uma jovem mulher meio perdida na vida, sem muitos propósitos e sem grana. Como a mãe abandona a família e o pai morre cedo, ela acaba socorrida de todas as formas pelo casal de vizinhas que a conhece desde criança e estabelece uma relação de irmãs com a filha delas que sofre uma violência e acaba saindo do país. Apesar de todas as dificuldades, ela ainda dá abrigo a uma moradora de rua. Tudo isso num mundo caótico prestes a colapsar por várias questões políticas e ambientais que culminam na extinção das abelhas.

Vocês sabiam que as abelhas são cruciais para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas? Que a polinização de plantações de frutas, legumes e grãos feita por elas é indispensável, pois é através dessa polinização que cerca de 80% das plantas se reproduzem? E que o número de abelhas já diminuiu drasticamente devido ao uso de pesticidas, mudanças climáticas e uma espécie de parasita que mata abelhas jovens e adultas? Se as abelhas forem extintas, amiguinhos, deem adeus ao mundo como o conhecem hoje.

Mas não foi neste livro que aprendi isso, então vamos nos informar melhor e abraçar a luta em defesa do Meio Ambiente antes que seja tarde.

Voltando à Regina, apesar de ser a personagem principal, sua mãe, Guadalupe, é uma personagem mais interessante. Sua própria história de vida - contada em paralelo à da filha - tem um andamento mais consistente, pois embora fosse itinerante, estava sempre em busca de algo e corria atrás: “Eu sempre soube muito bem para onde eu queria ir e onde não queria estar, o que eu queria ver e o que não queria, até que um dia fiquei muito cansada de cumprir listas e parei.” - pág. 300

É meu primeiro contato com Polesso e gostei da escrita dela. Só que, para mim, ela pecou pelo excesso, colocando muitas “causas” neste livro, vários pontos importantes, mas que acabaram se perdendo em três partes um tanto desconectadas umas das outras. Mesmo que no final ela tenha retomado algumas dessas discussões, senti falta de um fio condutor e de um aprofundamento nos outros personagens.

Acho que a própria autora descreveu bem esta narrativa um tanto anárquica nos Agradecimentos ao fim desta edição:
“Estou escrevendo um livro sobre uma mulher, não, sobre um bando de mulheres, um bando de gente no fim do mundo, não, estou escrevendo um livro sobre o colapso, estou escrevendo um livro sobre uma mãe e uma filha, estou escrevendo um livro sobre amizade, estou escrevendo um livro sobre o agora, até eu acertar sobre o que estava escrevendo e justamente por isso não poder mais dar uma resposta curta.”

Menos, aqui, poderia ter rendido um livraço.
Alê | @alexandrejjr 11/05/2022minha estante
Denise, parabéns por mais um excelente texto! É sempre um prazer ler sobre as tuas experiências com os livros.


Pandora 11/05/2022minha estante
Oi, Alê, muito obrigada! Este ano estou engatinhando, mas espero que ainda venham umas experiências arrebatadoras.




Gabriela3420 05/10/2021

A extinção das abelhas
"A Extinção das Abelhas" é o segundo romance da incrível autora Natalia Borges Polesso. Neste livro nos deparamos com um Brasil distópico, embora pertubadoramente real, onde há uma grave crise climática, democrática e social. A personagem principal é Regina, uma mulher de 40 anos, que tenta sobreviver em meio ao caos trabalhando de camgirl na internet.

Este é um livro bem profundo, que toca em feridas ainda abertas como a pandemia, negacionismo e o governo atual. Através de Regina vislumbramos um país colapsado, em que não há condições de salubridade ou segurança para viver, acompanhamos também outros sentimentos da personagem como culpa, abandono e ressentimentos.

A saga pela sobrevivência de Regina é acompanhada por outras personagens femininas, igualmente fortes e muito bem construídas pela autora, aliás eu me liguei muito mais às personagens secundárias do que com a própria protagonista. Apesar do ritmo de leitura fluir bem, em alguns momentos eu me senti um pouco perdida na narrativa, por ser muito fragmentada, talvez. É um bom livro, porém não é o meu favorito da autora.

"O fim do mundo já acontecia fazia tempo bem na nossa vizinhança. E assistíamos a ele como se fosse ficção, como se não fosse problema nosso. Nos recusávamos a encará-lo, a vivê-lo."
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Lediani0 07/06/2023

A extinção das abelhas - Natália Borges Polesso
Neste livro conhecemos a história de Regina, de sua mãe, que a abandonou ainda criança, e de suas vizinhas e amigas, que passaram a entregar sua família.

Mas a narrativa vai muito além disso, pois este também é um livro sobre o fim do mundo, ou melhor, do colapso desastroso para o qual a humanidade se encaminhou.

E ainda mais, uma história sobre amizade, sobre enfrentar seus medos e se adaptar diante a um contexto completamente novo e diferente.

Apesar de não ter sido uma leitura cinco estrelas para mim e apresentar pontos de discussão que divergem das minhas concepções, não há como negar que se trata de um texto forte e impactante, que retrata um futuro distópico não tão distante de um que já podemos vislumbrar os contornos.

Eu, que criei altas expectativas desde que descobri o livro, gostei muito da história e da experiência de leitura.
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Leidi 01/03/2024

Bom mas..
O livro começa com uma história superinteressante, que nos prende muito a história da Regina e Lupe, nos fazem querer ler muito rápido.
Na segunda parte achei tudo muito confuso e custei a continuar a leitura.
A terceira parte foi mais tranquila.
Acredito que se a autora tivesse mantido o mesmo ritmo do primeiro capítulo a leitura seria mais agradável.
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VinAcius49 08/12/2022

Nós somos a extinção das abelhas ?
O mais assustador sobre a história da Regina é o quão atual é. O quão o nosso presente e um possível colapso do cenário mundial
estão separados por uma linha absurdamente tênue... Assustador!
LaAsa.Gabrielle 08/12/2022minha estante
doida pra ler esse livro!


VinAcius49 08/12/2022minha estante
Não vai se arrepender




Ju Harue 18/09/2022

O agro é tech mas não deveria ser pop
Eu achei a premissa interessante, um fim dos tempos distópico - talvez nem tanto - que leva o Brasil a escassez e tudo que trás de degradação consequente, quando o uso de agrotóxicos exagerados acaba dizimando as abelhas e isso foi só o início do colapso. E acontece não somente no cenário nacional, há problemas do tipo em diversos países, medidos através do colapsômetro, mas achei bem interessante a história se passar em uma cidade brasileira pequena e interiorana. A personagem Regina, imersa em não-sentimentos, trazendo debates raciais, políticos, culturais e econômicos incomodamente próximos do cotidiano, reais demais, causou-me sentimentos que levei para o lado de não gostar da leitura, mas depois da oportunidade de ouvir a autora e outros participantes do projeto Piquenique Literário, eu entendi que foi intencional da autora e repetiu-se mesmo efeito em muitos outros leitores - objetivo atingido com sucesso rsrsrs. Esses sentimentos fazem parte de tudo que a história é e representa.
Com um estilo de escrita de experimentação, de muita intensidade e momentos fortes, Natalia trouxe histórias de mulheres diferentes e semelhantes ao mesmo tempo, cada uma com sua história e seu eixo de acontecimento, que se entrelaçam e separam-se conforme o desenvolvimento. A forma narrada é muito característica e acaba sendo uma leitura rápida apesar de ser indigesta em muitos momentos. As notícias que parecem ficção mas são reais foram outro soco no estômago e saber hoje, que ela escreveu antes da pandemia, torna ainda mais potente e significativo - ela revisou acrescentando falas pontuais sobre a pandemia, quando a obra não foi publicada originalmente na data prevista.
Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 20/09/2022minha estante
Amei suas observações!


Ju Harue 20/09/2022minha estante
Obrigada Tha, e agradeço novamente por coordenar junto com o Bruno, um projeto tão especial e que proporcionou o encontro com a autora que agregou tanto. Vocês arrasam com o @piquenique.literario ??


Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 21/09/2022minha estante
??????




Luly @projetocabeceira 26/10/2021

Distopia pandêmica
Imagina um mundo colapsado pós pandemia de 2020. Natália BorgesPolesso imaginou e escreveu. Mas esse velho novo normal é apenas o pano de fundo pra história de mãe e filha, abandono, solidão, tudo vivido por Regina, e do outro lado, Guadalupe, sua mãe que fugiu. Não fiquei envolvidona, mas é uma leitura legal, com críticas sociais e políticas e uma narrativa muito envolvente.
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Pri 17/04/2022

Nem parece uma distopia
Nesse livro há um retrato do mundo pós pandemia vivendo um colapso climático tendo como um dos motivos a extinção das abelhas pelo uso abusivo de agrotóxicos. Nem diria que é uma distopia, parece mais uma previsão futura do que vivemos hoje no nosso país. Não só por isso mas como outras questões da sociedade como a solidão, um trabalho remoto de camgirl, problemas de fome, alta de preços e perseguição da população LGBTQIA+ e outras questões que permeiam nosso cotidiano. A primeira parte do livro tem uma construção narrativa interessante em que uma frase será completada por uma palavra que inicia o outro capítulo e com isso a autora consegue interligar duas histórias diferentes, a da mãe e sua filha, Regina, a personagem principal da trama. A segunda parte é mais caótica e dá uma dimensão do caos que está o mundo com notícias verídicas mas fora de ordem e por último a tentativa da protagonista de se encaixar nesse mundo após ser resgatada por uma antiga conhecida. O livro e angustiante por parecer tão real. Por outro lado, trata de muitos assuntos ao mesmo tempo, alguns não são abordados com tanta profundidade mas é uma leitura cativante.
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rhana.condado 17/03/2022

?Nós somos a extinção das abelhas??
O livro diz muito sobre a extinção do real significado de humanidade.

Regina é uma personagem extremamente realista, ultrapassando a linha e chegando na negatividade que ronda seu campo de visão. A sua vida inteira também não foi fácil, e isso me fez perguntar: Como posso julgar a tristeza do outro sem saber dos seus traumas?

Em paralelo temos a vida da mãe de Regina que viaja num passado e futuro.

Também temos o fundo do livro onde o mundo vive um apocalipse, esse cenário ficou totalmente perdido do meio para o fim. Também ficou perdido a parte sobre Regina ser camgirl.
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Thammy 18/07/2021

Duro, amargo, realista e belo.
Esse é um livro que fala sobre abandono, ressentimentos, sofrimento. Abandono na esfera individual e coletiva, socialmente falando. Usando como pano de fundo personagens mulheres fortes e com histórias de vida diferenciadas como Regina, Lupe e Pietra, trata-se de uma crítica sobre a sociedade de consumo e a desigualdade que castiga os mais pobres. Mostra claramente o impacto dos "podres poderes", como já diria Caetano Veloso, no colapso da humanidade. Uma ficção tão impactante, tão próxima e tão absurda ao mesmo tempo da nossa realidade.

Entendo o título do livro como uma metáfora da própria vida do homem em franca e rápida extinção. Extinção de sentimentos, de sentidos, de coerência, de humanidade. É uma leitura mais profunda, que nos faz mergulhar na história e desperta a sensibilidade e a reflexão para questões cotidianas importantes e muito necessárias. Recomendo demais essa leitura.
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Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 23/01/2022

Natália tem uma linguagem gostosa que penetra na gente. Este é meu primeiro contato com a sua obra, e ao começar não conseguia parar de ler. Adoro escritores que brincam com as palavras e seus significados,  e Natália faz isso com maestria.

Em A Extinção das Abelhas vemos um retrato fiel das mazelas que temos enfrentado neste cotidiano pandêmico, misturado em mundo distópico onde seus personagens tentam sobreviver através da amizade, do amor e da dor. No fundo no fundo o que levamos desse mundo são nossas relações e alianças que construímos ao longo dos dias.

Livro que quando você termina passa vários dias dentro de você,  vale muito a pena.

Se puder, leia.
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