Casa de alvenaria

Casa de alvenaria Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Casa de alvenaria


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Andrea 13/12/2021

Memórias
Casa de Alvenaria faz parte dos conjuntos de diários de Carolina Maria de Jesus, que é considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século XX. Mineira de nascimento que morou quase toda a vida em São Paulo, alcançou sucesso nacional e internacional ao revelar como era a sua vida morando na favela no livro Quarto de despejo. Sucesso que desagradou seus vizinhos e a fizeram ir junto com os seus três filhos para Osasco, em uma casa alugada provisoriamente até ela ter condições de comprar sua própria moradia.

O volume um se refere justamente a este tempo que Carolina e seus filhos moraram em Osasco, narrando o período de 30 de agosto de 1960 até 20 de dezembro de 1960, véspera de natal.

Um livro para quebrar a bolha de quem vive longe da pobreza e entender como o país funciona para quem não tem nada, para admirar toda a persistência e superação que Carolina atinge usando uma caneta, para refletir como tudo é mais amplo que o nosso umbigo.

Resenha completa no blog: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2021/11/casa-de-alvenaria-volume-1-osasco.html?m=0
Debinha 14/03/2022minha estante
Superação muito sofrida, porém maravilhosa.?


Andrea 17/03/2022minha estante
É verdade


Daiane 30/01/2024minha estante
Terminei "quarto de despejo" e estou ansiosa para ler esse, mas confesso que me quebrou várias vezes, as dificuldades, as crianças pedindo as coisas, tive uma infância difícil, mas nada se compara. Tenho que preparar meu psicológico para seguir com essas leituras.




Fer Paimel 09/08/2022

Viva, Carolina!
Cada vez mais enxergo como Carolina foi e é uma exponente da literatura brasileira. Quando eu leio sua escrita, eu a imagino como uma mulher tão inteligente, tão à frente de seu tempo, sempre disposta a reconhecer seus erros e a aprender. Uma mulher que aprecia a cultura e a educação.
Acho importante, antes de ler esse livro, ler o Quarto de Despejo, porque, de certa forma, este é uma continuação; é a continuação de sua vida, após sua revelação como escritora.
Eu amei o título "casa de alvenaria", pois estas simples palavras representam o sonho de tantas pessoas representadas na escrita de Carolina... Achei bem legal ler como ela descreve as mudanças repentinas em sua vida... Neste livro, ela discorre sobre seus jantares com políticos renomados e grandes jornalistas da época, visitas a museus e livrarias, além de várias viagens pelo país, de Sul a Nordeste, divulgando seu livro. Chama a atenção que mesmo em meio a todo o luxo, ela não perde sua essência, constantemente refletindo sobre a fome do país, o baixo poder de compra do povo, e a desigualdade social, sempre latente.
Eu imagino como deve ter sido difícil e solitária, essa mudança. Ela afirma ser odiada pelos "favelados", por causa do que ela escreveu no Quarto de Despejo, ao mesmo tempo em que sabe não ser realmente aceita na classe social a qual ela passa a frequentar.
A imagem dela foi explorada por tantos... deve ter sido extremamente cansativo, enquanto ela tinha que criar seus três filhos e produzir mais obras, mesmo sem ter efetivas condições de trabalhar (como não lembrar do "Teto todo seu", da Virginia Wolf?).
Continuo a me surpreender com Carolina, recomendo muito a leitura!
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Vanessa.Alessi 05/08/2022

Da favela para a alvenaria
Este é a continuação do livro Quarto de Despejo.
É importante ler o primeiro livro antes para compreender melhor a história da Carolina.

Conta a saída dela da favela para a tão sonhada casa de alvenaria.
O livro é bem mais leve do que o primeiro. Achei que na casa de alvenaria ela ia ter mais paz e tranquilidade, mas não foi exatamente isso que aconteceu

"Pensei nas reviravoltas da minha vida depois do lançamento do livro. A fama espalhou-se que estou rica. E adeus, tranquilidade. Todos desejam ser ricos."
Gustavo195 05/08/2022minha estante
?


Ricarda Caiafa 06/08/2022minha estante
Ainda não li Casa de Alvenaria. Mas está na minha lista!


DANILÃO1505 06/08/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Vanessa.Alessi 06/08/2022minha estante
Ricarda, é reconfortante e perturbador ao mesmo tempo.




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Kako 27/03/2024minha estante
Oi ainda não li casa de alvenaria, mas o seu comentário se baseia no próprio livro ou em alguma outra fonte, se for em uma fonte alternativa poderia mencionar por favor, obrigada.


Daniel.Freitas 30/03/2024minha estante
Oi, se baseia no próprio livro. Copiei de algumas páginas, são palavras da própria Carolina




Carlos.Vergueiro 02/09/2021

Carolina Maria de Jesus é maior que Clarice Lispector (mas o Brasil não está preparado pra este debate)
"Eu ainda não habituei com este povo da sala de visita. Uma sala que estou procurando um lugar para sentar..." (p.94. Casa de alvenaria vol. 1)

É muito polêmico o que direi aqui. Não vou comparar duas grandes escritoras brasileiras, mas sim o fato de Clarice ter sua obra há décadas nas prateleiras e a Carol somente nos últimos anos. O resgate histórico que a Cia das Letras está fazendo vai ampliar este debate nos próximos anos ou viveremos mais um elitismo racista velado?

Carol foi mulher, negra, solteira, mãe, migrante e durante parte da vida catadora de lixo. Clarice foi uma mulher branca de família judaica que fugiu da guerra civil na URSS e esposa de diplomata. São contemporâneas, tiveram ao menos um livro best-seller, mas uma viveu boa parte da vida em um quarto de despejo e a outra na sala de visitas. Não é mais uma discussão sobre identitarismo, é uma breve análise classista sobre racismo estrutural.

Clarice seria Lispector se morasse na Favela do Canindé e ocupasse sua crise existencial catando restos da xepa na feira pra sobreviver? Carolina seria Lispector se pudesse escrever o que quisesse "Mas, o Audalio exige o diário"(p.50. Casa de Alvenaria vol. 2), se tivesse que escrever sem ter que pegar papel no lixo, cuidar sozinha dos filhos, limpar o barraco, sem ter uma visita inesperada do repórter Audalio? Como diz Carolina "quando estou entre os brancos, tenho a impressão que eles detestam a minha presença, ou talvez seja, a não estar habituada com estas damas, que não sabem o que é ter fome. (p. 137. Casa de alvenaria vol. 1) A qualidade literária de ambas não está em discussão, até porque boa parte dos textos de Carolina não eram o que ela queria publicar, mas aquilo que o mercado editorial via qualidade para o seu lugar . Ela queria ser poeta, mas diziam: "- Carolina, você não é literata! O teu livro não é literatura. É documentário." (p. 63. Casa de alvenaria vol. 2), pois contavam histórias do cotidiano da favela que a imprensa burguesa não conseguia atingir ou dos bairros que morou após seu sucesso estrondoso. A sua visão de mundo, sempre em conflito, demonstrava apreço pelos mais pobres e operários "Os escritores de Academia não quer considerar-me escritora. Mas, o povo quer." (p. 54. Casa de alvenaria vol. 2).

Gostava de políticos populistas, mas repudiava militares no poder. Veio a ditadura. Seus textos encontraram a censura e entraram em esquecimento popular. O povo retratado foi engolido pelos milicos por 21 anos de retrocesso que ela já profetizava "Escrever contra a burguesia, eles são poderosos, pode destruir-me"(p.144. Casa de alvenaria vol. 1). Morreu em parelheiros em um cemitério municipal. Mas a Clarice continuou nas prateleiras, sendo publicada, lida pela nata da sociedade, no rol dos grandes escritores, sendo colocada como na lista obrigatória para vestibulares, no cânone literário, mesmo sendo mulher, enquanto para Carol "as portas das academias do Brasil ainda estão fechadas para Carolina Maria de Jesus"(p.127. Casa de alvenaria vol. 1). Os conflitos de Clarice não ultrapassaram as paredes da sociedade burguesa, logo não encontravam muros nos olhos da censura. E é desse feminismo (majoritário no Brasil) desapegado a classe trabalhadora, desapegado ao povo pobre, que utiliza a ideia de representatividade feminina exclusiva que precisamos começar a debater. Que Angela Davis influencie mais, pois Simone Beauvoir já foi muito lida.

Ainda contaremos a história dos negros perseguidos pela ditadura. Pra eles a tortura, a prisão, o exílio ou anistia ocorreram, mas pra eles houve também o esquecimento sem direito a uma comissão própria da verdade, da memória e da justiça. Que a Carolina invada os lares do Brasil. Que a mulher negra, o pobre trabalhador e operário tenham acesso a sua escrita. Que o elitismo racista brasileiro que está no poder, mais do que nunca, e que agora ameaça um novo golpe se incomode com esta ousadia.

#ForaBolsonaro
#VivaCarolina
Daniel1841 22/12/2021minha estante
Excelente texto.




Max 14/01/2022

Nessa primeira parte de Casa de Alvenaria é possível acompanhar algumas mudanças que ocorreram na vida de Carolina e de sua família. Apesar do aparente prestígio que ganhou com o estrondoso sucesso de seu livro ?Quarto de Despejo?, Carolina continuava sentindo o preconceito por ser uma mulher negra, semi-analfabeta e, agora, ex-favelada. De forma mais contida, Carolina continua tecendo algumas críticas sociais e políticas que representavam o Brasil na década de 60, mas que parece não ter sido alterada a realidade até os dias de hoje.
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NARA DIAS 20/07/2022

Mais reflexões!
Para quem já leu o famoso livro da autora QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada, sabe que a narrativa acaba quando o livro da autora foi descoberto e está para ser publicado.

Então apesar de dizerem que o Casa de Alvenaria 1 e 2 poderiam ser lidos de forma independente, achei que ler na ordem seria a melhor forma de acompanhar a continuação desse história, já que nesse livro a Carolina continua a narrativa exatamente de onde parou a anterior.

Muito bom ver a Carolina ganhar uma nova vida longe da favela. Ter comida na mesa. Poder alimentar os filhos. Conhecer o Brasil.

Mas o que me irritou muito foram os oportunistas que cercavam-se dela para pedir, coisa que ela mesma não fazia quando estava passando fome, ela trabalhava o dia e muitas vezes a noite inteira catando papelão... Só lendo o QUARTO DE DESPEJO para ver o tamanho das agruras pelas quais ela passou.

Muito difícil a Carolina conseguir administrar a fama, tantas viagens para divulgar seu livro, esgotamento físico, filhos, casa... e principalmente lidar com o não pertencimento, saiu da favela sob apedrejamento e em sua nova moradia seus filhos eram espancados pelos vizinhos que não aceitavam uma negra escritora famosa.

Um livro que nos faz refletir sobre os problemas que ainda encontramos no Brasil da década de 1960. E nos reforça a ideia de que os livros tem o poder de mudar pessoas.

site: https://www.instagram.com/quelivrotalendo/
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Daniel1841 25/12/2021

Uma voz sem igual
Carolina nos arrebata mais uma vez, agora já na tão sonhada casa de alvenaria. Os relatos continuam atuais, por mais que não se façam de dentro da favela.
Mesmo com uma condição de vida melhor, Carolina nunca esquecia dos seus, sempre preocupava-se com aqueles que ainda passavam fome e nas palavras dela "Eu dou tanto valôr a palavra "comida", porque quando não temos, ficamos loucos!"

Quem tiver oportunidade, leia esta obra prima e que venham mais obras relançadas dessa voz única da nossa literatura! Viva Carolina! Carolina sempre!
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Nado 31/12/2023

O livro Casa de Alvenaria volume 1 é o segundo diário escrito e publicado por Carolina Maria de Jesus, uma escritora negra e ex-favelada que alcançou fama e reconhecimento com seu primeiro livro, Quarto de Despejo. Neste volume, ela narra sua vida de agosto a dezembro de 1960, após se mudar da favela de Canindé para uma casa de alvenaria em Osasco. Ela conta como foi sua adaptação a essa nova realidade, as dificuldades que enfrentou, as viagens que fez, as pessoas que conheceu e as opiniões que formou sobre diversos assuntos.
O livro é um relato sincero, crítico e às vezes irônico da sociedade brasileira da época, vista pelos olhos de uma mulher que saiu da miséria e entrou no mundo da literatura. Carolina mostra sua visão sobre a política, a religião, a educação, a cultura, a família, o amor, a amizade, a inveja, a hipocrisia, a corrupção, a violência, a discriminação, a solidão, a felicidade, a tristeza e a esperança. Ela também fala sobre seus sonhos, seus medos, seus desejos, seus planos, seus projetos, seus livros, seus poemas, suas músicas, seus desenhos e suas fotografias.
O livro é uma obra de grande valor histórico, social e literário, que revela a personalidade forte, a inteligência aguda, a sensibilidade profunda, a criatividade imensa e a originalidade única de Carolina Maria de Jesus, uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos.
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Portela 24/07/2023

"A França tem Sastre. Nos, temos a Carolina!"
Casa de Alvenaria é a continuação direta de Quarto de Despejo - Diário de Uma Favelada da brilhante Carolina Maria de Jesus.

Diferente do primeiro livro, esse é um pouco menos feito por vontade própria. Como o diário foi um sucesso de vendas o editor pediu que Carolina continuasse a escrever sobre sua rotina, mesmo que ela quisesse escrever outras coisas. Inclusive esse é uma das queixas constantes dela.

É incrível ver como a vida da autora mudou drasticamente. Agora ela tem uma casa, dinheiro e comida pra criar seus filhos. Inclusive, ela viaja em vários momentos do relato e ganhou bastante reconhecimento, uma trajetória muito legal de se acompanhar.

Como sempre, Carolina faz comentários muito certeiros e críticos, sempre muito sensata. Eu simplesmente amo a forma dela de escrever, por ela ser muito poética. Não pretendo ler o volume 2 de Casa de Alvenaria porque são muitas páginas e confesso que estava achando esse volume 1 um pouco repetitivo. Agora vou focar em ler seus poemas.

Recomendo apenas pra quem tem curiosidade de saber o desfecho de Quarto de Despejo, até porque acredito que o primeiro seja melhor e mais profundo que o segundo.
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readwithjuly 08/01/2023

carolina vive
mais um diário/livro lido de carolina maria de jesus e novamente sinto o impacto de sua escrita

apesar de em casa de alvenaria termos um cenário diferente de quarto de despejo, ainda assim, percebemos a persistência da marginalização

um dos pontos altos é ver como a literatura e a escrita era uma paixão para carolina, já quero comprar e ler o volume 2

nota: ?????
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nath191 29/10/2023

#VivaCarolina
Realmente muito feliz de ter lido esse livro, queria ler o Volume 2 e ter acesso às outras obras dela, além dos diários
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Paulinha 14/10/2023

Tenso
Difícil avaliar a autobiografia de uma pessoa, é a história dela.

Mas da para perceber o quanto foi sofrido para a Carolina mudar de vida sem ter de fato alguém para apoiar e ajudar ela. O audalio foi alguém que tratou a Carolina como objeto e que achava que ela devia devoção a ele.

Carolina não sabia e ninguém informou que ela podia dizer não,que ela tinha o direito de descansar e fazer só o que ela quisesse, que era ler e escrever.

Quando a gente olha por esse ângulo o livro se torna triste ?
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Brenda Rafaele 31/03/2022

Um ponto marcante da obra é que Carolina não se esquece da situação em que vivia, sofrendo pelos pobres, por seus antigos vizinhos na favela, protestando contra o custo de vida, a fome, o capitalismo (tanto que até teme ser rotulada de comunista). Em várias passagens, em momentos de fartura de comida, a autora recorda sua vida passada e pensa nos mais necessitados, que não têm aquilo que ela conquistou.
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Fagi 05/03/2022

Carolina
Aih deos faz tempo que li o livro.. mas fazendo a resenha pra contar como lido..
Eu amo a Carolina. O livro eh um pouco repetitivo, e em alguns pontos um pouco tedioso, pqe é um diário, o qe me faz pensar que gostaria de ler outras coisas da autora.. mas também, acredito que o que mais gosto nela são seus pensamentos sobre a vida, sobre as opressões, sobre politica, sobre viver.. Carolina é delicada e afiada, no livro muita gente quer um pouco de Carolina o que da dó dela, como as pessoas, a mídia e a sociedade queriam um pedaço de Carolina, e o quanto isso custou pra ela. Com certeza é bom ver ela numa situação melhor do que do quarto de despejo, mas até onde pesquisei ela não recebeu financeiramente o correto pelo seu sucesso, acho q ela é a autora mais vendida fora do brasil até hoje, isso é gigante.
Enfim, apesar do livro ter diminuido meu ritmo d leitura.. terminei ele querendo ler a continuaçao, e qrendo ler outras obras dela, pqe amo sua sensibilidade e sua poesia.
Alias p qm n sabe a carolina fez musicas tbm, um cd ótimo tem disponivel no site do ims, recomendo.
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