Casa de alvenaria

Casa de alvenaria Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Casa de alvenaria


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Camila | @lendocomamigos 30/11/2021

Casa de Alvenaria. Volume 2: Santana
*Nota (?) "ilustrativa" explicação na resenha ??

"? Não ha nada de excepcional na minha vida. Fui lendo que adiquiri conhecimentos. Se houve transformação na minha vida, dêvo agredeçer aos livros."

Depois de muito esforço Carolina conseguiu comprar uma casa, sua 1ª casa, no bairro de Santana e mudou-se dia 24 de dezembro de 1960.
A partir daí Carolina passa a narrar em formato de diário, o período de 1961-1963 em que residiu em Santana e todos as modificações em que ocorreram em sua vida devido ao sucesso do livro "Quarto de Despejo".

Reforço que o que trago aqui na resenha são apenas constatações feitas durante a leitura e não uma "opinião" visto que é um DIÁRIO DA VIDA da autora e deve ser respeitado como tal.

O fato de o livro ser em formato de diário nos aproxima da autora e permite que entendamos melhor o que acontecia e conheçamos os demais "personagens" pela visão de Carolina.

Em diversos momentos fiquei chocada com o fato de todos os dias alguém ir pedir dinheiro/favores para Carolina, como se fosse obrigação dela prover, quando ela não tinha nem pra comer ninguém queria ajudá-la, depois todos iam até ela em busca de um favor.

No decorrer do livro percebe-se a confusão nos contratos com editoras tanto estrangeiras como nacionais, o Audálio recebia os pagamentos e controlava as contas bancárias dela, regulando quanto Carolina gastava. Pra mim ficou claro que ela foi enganada pelas editoras e editores, visto que seu livro já havia sido traduzido para 21 idiomas e ela não estava recebendo o que deveria por isso, tanto que ela e os filhos até voltaram a passar fome.

Com tudo isso ela passou ficou ressentida com a literatura, se sentia escravizada pelo diário e prometia que "Casa de Alvenaria" seria seu último livro e que depois se precisasse voltaria a catar lixo, mas não escreveria mais pois perdeu toda a sua paz depois que entrou para o meio literário e por conta disso enfrentou problemas de saúde, tanto físicos como psicológicos, resultantes do estresse de toda a situação.

Mas mesmo com todo esse descontentamento ela nunca parou lutar pelo que acreditava ser certo e ajudar quem realmente precisava.
Buscar uma vida melhor para os filhos era seu ideal.
E sua luta diária é uma lição de vida para todos.
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Lucikelly.Oliveira 15/02/2023

Que vida triste a de Carolina
Mesmo depois do sucesso de seu livro "Quarto de despejo" Carolina não teve uma vida plena, sua vida foi uma sucessão de episódios tristes.

Apesar de todo sucesso Carolina não conseguiu sair da pobreza, pelo diário percebe-se o quanto ela foi explorada e espoliada pelo editor e pelo seu descobridor o Dantas.


Muito boa a leitura. Triste mas boa!
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Ká - @shotdaspalavras 29/12/2022

Casa de Alvenaria vol.2 é o segundo livro publicado dos diários integrais de Carolina Maria de Jesus.

Carolina deixa a favela do Canindé, passa a morar em Osasco (volume 1) e compra sua tão desejada casa em Santana - SP.

Encontramos seus escritos nesse livro até dezembro de 1963, onde acompanhamos sua vida movimentada e suas dificuldades como escritora e também com o racismo.

Estamos falando de um diário com 520 páginas, então foi uma leitura cansativa pra mim.

Como destaque, reforço que muitas das dificuldades que ela passou ainda permanecem até hoje, infelizmente.
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MarciaCannecchia 12/09/2023

Inspirador ao mesmo tempo desolador
Nunca me esquecerei de Carolina Maria de Jesus. A sua história parece q se mistura com a história de minha vó. As duas mineiras , filhos trabalhosos , mas Carolina foi artista, foi escritora minha vó não. Minha vó é gente comum, mas sofrida como Carolina.
Neste livro, Carolina retrata o início da sua "decadência". Triste em ver como as pessoas tratavam Carolina. E ela msm também não tinha consciência de sua importância.
Carolina, vc vive e sua história jamais se apagará.
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Andrea Janaina 09/07/2022

Continuação do Quarto de despejo - parte 2
Mais um diário da escritora Carolina Maria de Jesus, que é uma continuação do Quarto de despejo.

Dividido em dois volumes: Osasco e Santana, as duas casas onde morou antes de ir embora para um sítio.

Fala da saída da favela para uma casa de alvenaria, que ela chama de Sala de Visita. Ela conta as vantagens e desvantagens, mas deixa bem claro que no primeiro era odiada por expor a vida dos favelados e no segundo era ?bajulada? por expor as mesmas vidas.

Não tinha certeza se era mais feliz na casa de alvenaria, queria tempo para escrever, mas os compromissos com o sucesso do primeiro livro não tinha tempo e, tudo que ela queria era tempo para se dedicar à escrita.

Apesar da humildade e ser praticamente analfabeta traz à tona tantos questionamentos para a década de 60 com referência às posturas dos políticos que, infelizmente, ainda hoje são as mesmas questões.

Arrisco a dizer que uma obra atemporal.

Vale muita a pena a leitura!
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Biblioteca Álvaro Guerra 01/08/2023

Por meio de registros inéditos ou fora de circulação há décadas, acompanhamos a nova vida de Carolina na sua metrópole, a movimentação em sua casa, a intensa divulgação do primeiro livro e, sobretudo, a paulatina decepção com a literatura e a dificuldade de transpor as barreiras do racismo e da estigmatização para ser reconhecida como escritora.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535930702
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Acho que quando a gente lê um livro de não-ficção, sobretudo um diário, não espera grandes viradas de enredo... mas aqui, na vida de Carolina, tudo se revira, capota; há uma montanha russa que sobe, desce, descarrilha, volta aos trilhos...

mesmo após a a ascenção da autora com a publicação de Quarto de Despejo, continua sendo doloroso ler seus relatos. há a fama inesperada, o convívio com a burguesia, os aproveitadores, sua vontade de viver tudo de que havia sido privada, o racismo escancarado que sofre a todo tempo, seu desencaixe - e também o desencaixe dos seus filhos - no novo contexto em que passa a viver e, por fim, de novo a pobreza e, agora, o ostracismo...

a escrita de Carolina é delicada e ao mesmo tempo dura. e foi fundamental mergulhar nesse calhamaço que é o segundo volume de Casa de Alvenaria, republicado pela Companhia das Letras, dessa vez sem cortes e sem pudores. Carolina não devia coisa sequer a alguém e sabia disso.
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Samantha.Ultramari 24/02/2023minha estante
Uma pena saber que seus descendentes ainda passam por privações. As "netascarolinadejesus" podem ser seguidas com este nome no instagran




_5illgabriel_ 18/01/2023

Necessário
A continuação mostra uma Carolina mais realista, que começa a enxergar o mundo da maneira como ela realmente é. Embora seja triste que ela tenha perdido um pouco mais de esperança na sociedade, ela parece ter evoluído muito seu intelecto durante o tempo em que esses cadernos foram escritos, podem dizer que ela "abriu os olhos" mas pra mim, ela sempre foi muito lúcida com base no que aprendeu. Esse livro é uma leitura tão necessária quanto o "Quarto de Despejo". Queria não ter enrolado por quase 1 ano pra terminar de ler.
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Samueldoprado_ 10/12/2023

Neste diário da Carolina Maria de Jesus vemos sua vida na sonhada casa de alvenaria.

Mas mesmo vivendo seu sonhos, a escritora tem várias barreiras impostas pela sociedade, devido ao racismo da época.

É um livro triste, mas inspirador. Já que Carolina não desistiu de realizar os seus sonhos, mesmo com muitas dificuldades ao longo dos anos.
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Tice 28/09/2022

Casa de Alvenaria 2
Carolina Maria de Jesus segue com seus registros em diário, fomentando todas as suas mudanças da favela ao bairro de Santana, onde realizou sonhos que pareciam, talvez a sua ingenuidade, responsáveis por um pouco de tranquilidade e conforto.
Confesso que não é uma leitura que eu faria novamente. Um livro longo e de escrita muito repetitiva, o que me trouxe um pouco de cansaço, mas terminei com a mesma admiração que tive ao ler Quarto de Despejo e Casa de Alvenaria 1. A autora enriquece ainda mais uma das suas mais fortes características: sede de conhecimento, visão de mundo, leitura para além dos livros.
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Jamille Madureira 07/01/2023

Vida sofrida de Carolina
Engana-se quem acha que a vida de Carolina melhorou depois que saiu da favela. Mesmo com o livro traduzido em 21 países, ela voltou a passar dificuldades e até mesmo fome. Uma rotina cansativa, entre pessoas pedindo ajuda financeira (que ela nem sempre tinha condições de dar) e andanças pela cidade para cumprir compromissos. Leitura essencial.
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