Mais Mortais que os Homens

Mais Mortais que os Homens Graeme Davis




Resenhas - Mais Mortais que os Homens


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Cris 18/01/2024

Mulheres do terror

“Quando terminei, ele riu bem alto por um bom tempo: as rochas ecoavam sua gargalhada. Parecia que o inferno se ria de mim à minha volta.” Pág. 39

Este livro reúne contos de 26 escritoras que viveram no século XIX e início do século XX. Algumas autoras são bem conhecidas, como é o caso da Mary Shelley, autora de “Frankenstein” (que já li e adoro) e Louisa May Alcott, de “Mulherzinhas". Mas a maioria das autoras para mim eram desconhecidas.
Eu já tinha lido um conto deste livro que é “O papel de parede Amarelo, da Charlotte Perkins Gilman. Este conto, inclusive não considero como sobrenatural, mas é uma história muito perturbadora.
A temática dos contos são variadas, mas todos são considerados como sobrenaturais. Temos histórias de fantasmas, seres amaldiçoados, múmias e muitas casas mal assombradas.
Eu não achei quase nenhuma história assustadora de verdade pra ser sincera, e olha que sou bem medrosa, então acho que quem não gostar de terror muito pesado, pode gostar dos contos.
Como em todo livro de contos, tem alguns contos no meio que eu não gostei, mas tem uns que adorei o enredo e narrativa.
Os meus favoritos foram:

A história de um maquinista - Amelia B. Edwards: Acompanhamos dois amigos que se conhecem desde a infância, mas que vêm a amizade enfraquecer por causa de uma mulher. Tem uma narrativa gostosa de acompanhar e um desfecho trágico e sombrio.

Perdido numa pirâmide ou A maldição da Múmia - Louisa May Alcott: Um homem conta uma história de uma expedição às pirâmides do Egito, envolvendo uma múmia e uma maldição.

O fantasma de Kentucky - Elizabeth Stuart Phelps: História que se passa em uma embarcação em algo mar. Algo sinistro ocorre entre os homens embarcados.

Na abadia de Chrighton - Mary Elizabeth Braddon - A história de uma mulher que retorna à sua cidade após anos morando no exterior. Ela é de uma família famosa e tradicional, e vai ficar hospedada em uma imensa mansão que guarda muitos segredos. A narrativa da autora é muito cativante.

Inexplicado - Mary Louisa Molesworth: Um conto bem longo. Traz uma história sobrenatural em uma cidade no interior da Alemanha. Adorei a narrativa.

A missa de réquiem - Edith Nesbit: Este conto fala sobre uma história de amor, que para ser vivida foi até às últimas consequências. Conto curtinho envolvendo música.

O terreno baldio: Mary E. Wilkins-Freeman: Uma história com uma mansão mal assombrada. Gostei bastante e tem um final bem sugestivo. Uma das melhores.

Uma história não científica: Louise J. Strong: Lembra muito a história do Frankenstein. Um professor cria uma estranha criatura, e isto tem consequências bem terríveis.

No início de cada conto, temos uma mini biografia de cada uma das autoras, todas elas ou norte-americanas ou europeias (a maior parte do Reino Unido). E foi muito interessante conhecer um pouco de cada uma. Muitas mulheres que ficaram esquecidas na história, mas que obtiveram feitos impressionantes para a época.
A editora fez um belíssimo trabalho com a publicação deste livro, a edição está muito caprichada. O livro possui muitas notas, a maior parte da tradutora, que realizou um trabalho incrível também.

“Fui despertado por uma sensação indescritível que instintivamente nos avisa sobre a iminência de um perigo e, ao me levantar de repente, vi que estava sozinho.” Pág. 160


site: http://instagram.com/li_numlivro
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Nathalia184 17/11/2023

Puta coletânea boa, vários nomes que apenas pude conhecer através dessa seleção de contos.
A editora podia fazer um volume 2 com essa mesma temática ?
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Gabrielle 30/10/2023

Olha, de início eu estava achando um pouco maçante, porque tem muitos contos parecidos e a maioria deles é sobre orgulho, então tem muita trama parecida, mas conforme os contos vão passando fui capaz de me prender com contos mais interessantes.
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its.duda 11/09/2023

Rainhas do Terror
Apesar de eu não ter gostado de alguns contos, pois achei esses foram mais "mornos" que os demais, em sua grande maioria os contos trazidos nesse livro são incríveis.

Me surpreendi com algumas autoras, como por exemplo a Louisa May Alcott (Mulherzinhas), não sabia que ela tinha contos nesse gênero e me surpreendi pois eu adorei o conto dela.

Eu achei incrível que trouxeram as biografias de suas respectivas autoras (mesmo que de forma resumida), pois isso deixou os contos ainda mais interessantes, pois foi possível ver o contexto no qual aquele conto estava inserido.
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Roberta Irds 26/05/2023

Amo contos do século XIX, como adivinhou?
Uma coisa que facilmente chama a minha atenção são contos de terror escritos por mulheres do século XIX. Que a minha pessoa é apaixonada por esse conjunto de fatores já é algo nítido neste perfil, então quando me deparei com o livro "Mais Mortais que os Homens", meu interesse foi inevitável.

Sobre: Mais Mortais que os Homens é uma compilação de raros contos de terror surpreendente, que reúne não só as mais emblemáticas autoras mulheres que se debruçaram sobre este gênero literário, como também aquelas pouco ou nada conhecidas na modernidade. De Mary Shelley (Frankenstein) e Louisa May Alcott (Mulherzinhas) ou Harriet Beecher Stowe (A Cabana do Pai Thomas) até aquelas que merecem ser redescobertas, como: Alice Rea, Charlotte Riddell ou Charlotte Perkins Gilman.

Embora a quantidade de páginas possa parecer intimidante, a seleção de contos é viciante e excepcional. Muitas das autoras apresentadas são desconhecidas pelo público brasileiro, tornando a maioria dos contos algo inédito para nós. São histórias de terror gótico que mereciam destaque na época, mas foram obscurecidas pela condição feminina das escritoras.

O livro apresenta um total de 26 contos que variam em qualidade, mas isso é comum em antologias. Alguns contos são satisfatórios, enquanto outros nem tanto, mas isso depende do gosto e do momento de cada leitor. É importante destacar que Mary Shelley é uma das queridas famosas desse tema, mas também temos Louisa May Alcott, que surpreende com um conto fora do comum se comparado com sua obra mais conhecida, "Mulherzinhas". Além disso, algumas autoras eram desconhecidas para mim, o que tornou a leitura ainda mais interessante.

O livro traz uma variedade de temas, desde maldições, vinganças e aparições, até fantasmas, túmulos e a natureza vil do ser humano. Antes de cada história, há uma breve apresentação da autora, com informações fascinantes.

No geral, este livro me conquistou e espero que conquiste você também!
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Coisas de Mineira 09/05/2022

MAIS MORTAIS QUE OS HOMENS – AS PIONEIRAS DO TERROR GÓTICO E FIM GANHAM VISIBILIDADE! |
“Mais Mortais que os Homens” foi um livro que me chamou a atenção imediatamente pelo título! Lançado no ano passado, a antologia organizada por Graeme Davis tem a proposta de trazer a público algumas obras de terror de escritoras pioneiras e transgressoras do século 19.

Algumas muito famosas e outras quase desconhecidas (pelo menos em publicações aqui no Brasil), são mulheres que não receberam o crédito por sua escrita como deveriam, uma vez que o campo do terror/gótico sempre foi considerado predominantemente masculino. Suas obras então ficaram “suspensas”, aguardando o momento de serem trazidas à luz e reconhecidas com a importância que merecem. Pois bem, pra 26 delas, chegou a hora!

Antes de qualquer coisa, adianto a vocês que o livro é um calhamaço dos bons! Com 654 páginas, era de se esperar algo cansativo ou repetitivo, mas já garanto que a seleção é das boas. Todas as histórias são bastante interessantes, com ótimos desenvolvimentos e desfechos.

Estão dispostas em ordem cronológica, indo de 1830 a 1903, com autoras inglesas, norte-americanas e uma russa. Então, prestem atenção nesse período, pois é importante pra entender o teor da obra.

Em Mais Mortais que os Homens temos autoras de vários países

Apesar de não haver apenas autoras da Inglaterra, os contos selecionados estão compreendidos no período de reinado da Rainha Victoria no país, ou seja, o período Vitoriano. Este é famoso pelo desenvolvimento da paranormalidade, crescimento do gótico e do horror, disseminação de pennydreadfull (pequenos contos de horror vendidos bem baratos)…

Ao se aprofundar na história de vida da Rainha Victoria, é possível descobrir que perder seu amado marido bem jovem a impactou e deprimiu, fazendo com que procurasse formas alternativas de contato com o falecido a qualquer custo. Sendo assim, pode-se dizer que este fato serviu como pano de fundo para uma época já com seus indícios sombrios, influenciando várias outras regiões e histórias de fantasmas, aparições, contatos mediúnicos e etc.

Logo, aproveito para tranquilizar os corações medrosos, aqueles que fogem do terror e do sangue para conseguir dormir à noite em paz. Este livro vai funcionar para vocês também! É importante diferenciar o conteúdo do horror gótico das histórias sombrias e sangrentas que conhecemos hoje.

Os contos deste livro trabalham o medo intrínseco, o sobrenatural, o paranormal. São fantasmas, situações apreensivas, o improvável, o psicológico… Nada semelhante ao gore, à violências extremamente descritivas e escancaradas.

Sobre as autoras

Acredito que algumas vão surpreendê-los, assim como aconteceu comigo. É o caso de Louisa May Alcott, autora de “Mulherzinhas”, de quem eu nunca esperava uma história assim. E esse fato acaba dizendo muito mais sobre a época do que eu poderia expressar, não é mesmo?! Vemos que era muito mais “aceitável” que uma mulher escrevesse um romance do que algo no gênero do horror. Mais um ponto então para a criação de “Mais Mortais que os Homens”! E já adianto, o conto da Alcott é um dos meus preferidos!

Outra que aparece por aqui, e obviamente não poderia faltar, é nossa queridinha Mary Shelley, autora de “Frankenstein”. Na verdade, Mary Wollstonecraft Shelley, como a edição faz questão de registrá-la, incluindo o sobrenome de sua famosa mãe (apesar de não tê-la conhecido, a mãe de Mary foi uma famosa autora feminista de sua época, sendo referência até hoje).

Na época do lançamento de “Frankenstein”, muitos creditaram a criação ao seu marido, de quem herdou o sobrenome Shelley, então é um detalhe bastante significativo a inclusão do SEU sobrenome.

Charlotte Perkins Gilman aparece por aqui com uma obra que eu já conhecia muito e tenho o livro especificamente dela, inclusive: “O papel de parede amarelo”. O engraçado é que eu nunca tinha visto a obra com olhos de horror, mas acabou sim fazendo todo o sentido. É uma história angustiante e psicologicamente aterradora, principalmente para as mulheres.

No total, são 26 histórias que casam muito bem com o estilo proposto.

Algumas das autoras eu nunca tinha lido, e nem conhecia, o que se tornou uma oportunidade sensacional de expandir conhecimentos. A edição está maravilhosa, em capa dura, verniz localizado, fitilho, uma arte linda, além de detalhes iniciais em cada capítulo seguindo os tons de capa. Além disso, antes de cada história temos uma breve apresentação de cada autora, com informações bastante interessantes e necessárias.

A tradução de “A tradução de “Mais Mortais que os Homens” ficou à cargo de Thereza Cristina, de quem preciso elogiar o excelente trabalho. Suas notas e informações fazem toda a diferença nesse mergulho de época. Temos também um prefácio feito pela Michelle Henriques, do Leia Mulheres”. Aconselho uma leitura devagar, aproveitando cada trama, sem empurrar um conto sobre o outro. A antologia representa reconhecimento, ainda que tardio, e valorização feminina. Algo que, se formos pensar, nossas autoras (principalmente as nacionais) ainda precisam muito nos dias de hoje.

Por: Karina Rodrigues
Site: www.coisasdemineira.com/2022/05/mais-mortais-que-os-homens-resenha/
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Julinho 17/04/2022

Uma coletânea morna
Ao contrário da coletânea "Vitorianas Macabras", de proposta semelhante, achei a seleção de "Mais mortais que os homens" imensamente cansativa: mesmo os contos mais interessantes ficaram pálidos em meio a tantos exemplares medianos e mornos. No entanto, vale como registro histórico e representativo das mulheres na ficção gótica, indo do satírico à ficção científica, elas se aventuraram pelos mais diversos caminhos.
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Coruja 14/10/2021

Às vezes é um título que te chama a atenção; em outras, a capa te captura o olhar, ou ainda, é a sinopse que te abre o apetite. Há muitas razões para tirar um livro da prateleira, dependendo até do humor do dia. Fato é que Mais Mortais que os Homens apertou todos os botões certos para me fisgar, incluindo aí a conveniência de lê-lo antes de outubro para fazer parte das minhas resenhas para o All Hallow’s Read.

Trata-se de uma antologia reunindo vinte e seis contos de autoras pioneiras do terror - algumas hoje desconhecidas do grande público, outras muito famosas, embora em diferentes gêneros literários. Estão lá Mary Shelley, Louisa May Alcott, Edith Wharton, Elizabeth Gaskell… um elenco escolhido a dedo, muitas das quais me eram familiares por vir na esteira da leitura de Vitorianas Macabras e Monster, She Wrote. O interessante é que Davis fez questão de selecionar contos representativos do estilo dessas autoras, mas que não aparecem tanto em antologias. Com exceção de O Papel de Parede Amarelo, da Charlotte Perkins Gilman, eu não tinha lido antes nenhuma dessas histórias.

Cada conto abre com uma pequena biografia da autora e a edição brasileira veio repleta de notas explicativas que fazem uma enorme diferença para contextualizar as coisas. Pela introdução da tradutora, fiquei com a impressão de que boa parte das notas são uma exclusividade dessa versão em português, de forma que bato palmas para o cuidado dela e da editora.

Como toda antologia, Mais Mortais que os Homens tem seus altos e baixos. Há contos mais trabalhados, que te deixam com a respiração suspensa, outros cujas narrativas fantásticas atiçam mais o humor que o medo propriamente dito. Na maior parte do tempo, contudo, minha impressão foi de contos folclóricos, repletos de superstição e um sabor local (ou italiano, porque góticos têm uma certa fixação com a Itália), bem pouco aterrorizantes - mas não menos interessantes.

Um bom exemplo disso é A Porta Oculta, da Vernon Lee, que traz um narrador não confiável fazendo toda a diferença para o final da narrativa. Passei o conto todo curiosa, esperando para ver o que o narrador tinha libertado da câmara secreta (talvez um basilisco?) e cheguei no final dando risada. O Terreno Baldio, de Mary Wilkins-Freeman é de fato fantasmagórico, e há uma sugestão mais sombria de um crime inexplicado ao final; mas a cabeça dura do patriarca da família torna o conto cômico.

Em compensação, Inexplicado, de Maria Louisa Molesworth (cujo tamanho faz dele praticamente uma noveleta) me deixou realmente angustiada - mais pela sensação de impotência da narradora e sua família, e o senso de perigo real puxado pelo breve assédio sofrido por Nora que pela ameaça fantasmagórica que ali existe. À Solta, de Mary Cholmondeley me gelou o sangue quando o narrador se tranca na cripta e seu cão começa a agir de maneira estranha.

Há maldições de múmias, aparições de todos os tipos, mãos decepadas estrangulando pessoas por aí, vinganças frustradas e bem-sucedidas, traições, estátuas e xícaras de porcelana, missas sonhadas, cientistas malucos, assassinatos, casas construídas sobre túmulos esquecidos, mestres cruéis e castigos divinos.

Normalmente, sou uma medrosa para esse tipo de livro, mas devo confessar que contos clássicos de terror não me causam muito medo. Esse não é um daqueles títulos que vai te deixar de olho arregalado de noite, olhando paralisado para o canto mais escuro do quarto (ou se negando terminantemente a olhar), arrependido de não ter deixado o abajur ligado. Recomendo a leitura para amantes de romance gótico, curiosos ou estudiosos do terror - a organização cronológica faz do livro uma bela ferramenta de pesquisa - ou que se interessam pelo papel das mulheres na criação e popularização do gênero.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2021/10/mais-mortais-que-os-homens-obras-primas.html
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Karla Lima @seguelendo 29/09/2021

@seguelendo
Sabe quando você termina um livro e já fica com saudades? Foi esse o sentimento ao finalizar o último conto dessa coletânea.

Adorei conhecer autoras cujo trabalho e estilo eu ainda não conhecia, mas mais do que isso: amei redescobrir autoras com as quais eu já tinha tido contato em outras obras e gêneros.

A cada conto, e a cada resumo de biografia que eu lia, só conseguia pensar que essas mulheres poderiam ter se destacado ainda mais no gênero se não fosse a época em que viveram.

Os resumos biográficos das autoras, localizadas antes de iniciar cada história, são fundamentais para entendermos um pouco da realidade da época e, em alguns casos, dos motivos para que algumas delas não sejam tão conhecidas.

Para quem não está acostumado com o gênero, é uma boa pedida começar por aqui. São clássicos, não são tão viscerais e explícitos, mas mais um terror psicológico, cheios de sutilezas.

Eu li na ordem das páginas, mas não teria problema em ler alternado ou escolhendo histórias específicas para começar. São todos independentes, com narrativas bem diferentes. Isso é bom, pois não há tempo de ficar entediado, o fluxo muda, os contos são curtos e dinâmicos. Um deles, inclusive, já era um dos meus preferidos. Já tinha lido, e relido, em uma edição separada: O papel de parede amarelo.

Eu amei a seleção das obras, reunidas em uma edição belíssima, cheia de pequenos detalhes que fizeram a diferença.

Recomendo demais! Foram 26 contos que alterei com outras leituras, enquando avançava algumas histórias por dia. Vale a pena!

E você? Gosta de contos de terror?
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Bia 13/09/2021

Nem só de romances, as mulheres vivem.
Quem diria que as mulheres seriam ótimas no gênero de terror, mesmo séculos atrás?

Você deve conhecer algum autor clássico de terror.

❝ O remorso amansa algumas naturezas, mas envenenou a minha. ❞

Todavia,”Mais Mortais que os Homens” traz uma coleção de contos escritos por mulheres no século 19. Moças que foram contra o seu tempo e trouxeram suspense, boas doses de humor ácido e críticas sociais envoltas em suas histórias.

O camalhaço da @editorajangada pode dar medo a alguns e mesmo tendo uma certa dificuldade em me adaptar aos contos, creio que aos poucos fui sentindo a leitura fluir mais. Tornando uma experiencia desafiadora, mas memorável.

Trazendo alguns nomes conhecidos, como : Mary Shelley, autora de Frankenstein , Louisa May Alcott , Charlotte Perkins Gilman , entre outras. A leitura enche os olhos com as visões sombrias, perspectivas apuradas e o poder das palavras em um tempo que as mulheres não tinham grandes oportunidades como escritoras.

Alguns contos me deixaram arrepiada, outros tive uma certa dificuldade para ter empatia. Mas, todos tem um motivo para estarem nessa coletânea.

Trazendo terror psicológico, boas doses de suspense, histórias de fantasmas. Alguns mais leves, outros mais pesados. Mas, com toda certeza uma experiencia incrível.

A edição com capa dura, tradução propicia e adaptada dos contos e que ainda traz uma biografia resumida das autoras é um luxo a parte.

Mulheres que foram além do seu tempo e permanecerão através das suas escritas. Uma antologia para apreciar, sair da zona de conforto e viver alguns sustos.



site: https://www.instagram.com/meus2literario/
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Laís Anulino 26/08/2021

Mistério que prende do início ao fim
Aqui temos 26 contos.
Com uma pegada gótica, encontramos histórias trágicas e com um suspense que atiçam nossa curiosidade a cada página lida.

O que mais gostei desses contos, foi que são todos bastante completos, com início, meio e fim, sem nos deixar com aquele vazio que às vezes histórias curtas nos causam. Também amei que eles focam mais no suspense e mistério, e mesmo os que têm detalhes sobrenaturais são tranquilos de ler, o que para pessoas medrosas como eu, é maravilhoso.
Aqui você vai encontrar personagens violentos e vingativos, avarentos e alguns fantasmas em quartos esquecidos pelo tempo.

Todos os contos são muito bem escritos, e a tradução está impecável, o que nos ajuda bastante quando estamos lendo livros clássicos.

Eu fiquei encantada com essa edição. A editora caprichou demais. E além do livro físico ser lindo, possui conteúdos extras muito relevantes para leitura, como notas de rodapé, que nos ajudam a entrar no contexto histórico da leitura e pequenas biografias sobre as autoras. Fiquei maravilhada ao conhecer um pouco sobre a vida delas e ver como eram a frente do seu tempo.

Adorei essa leitura e vou destacar aqui os contos que mais gostei:

"A história de um maquinista" - Amelia B. Edwards: tem tudo!!! Traição, vingança e mistério.

"O fantasma de Kentucky" - Elizabeth Stuart Phelps: uma história triste que me deixou com o coração apertadinho.

"Na abadia de Chrighton" - Mary Elizabeth Braddon: uma história trágica e muito bem escrita, que prende do início ao fim.

"O fantasma de Beckside" - Alice Rea: esse causa um pouco de medo e até paranoia. O que foi incrível!!

Gostei muito da experiência de ler histórias clássicas de terror. Me fez ter vontade de ler mais desse gênero. Inclusive amei conhecer a escrita da Mary Shelley, autora de Frankenstein, me deixou muito curiosa sobre sua obra mais famosa.

@livrosdalais

site: https://www.instagram.com/p/CSu8IXnLSXP/
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Alessandra @euamolivrosnovos 22/08/2021

Instagram @euamolivrosnovos
Quando pensamos no gênero terror, logo nos remetemos a grandes escritores como H. P. Lovecraft e Edgar Allan Poe. Porém, embora tenha predominância masculina, grandes histórias macabras e sagazes surgiram da mente de mulheres que marcaram seu tempo.

Mais Mortais que os Homens traz uma seleção de contos elaborados por escritoras do século XIX, como, por exemplo, Mary Shelley, autora de nada mais, nada menos, que Frankenstein.

O que achei?

Dentre temas variados, o leque de histórias desse livro aborda assuntos como medo, coragem, resiliência e, inclusive, tem suas pitadas de humor.

A edição é luxuosa, com capa dura, fitilho e detalhes que fazem a diferença. Traz, também, antes de cada conto, uma pequena biografia resumida de cada escritora.

Mesmo sendo um calhamaço, senti que voei com a leitura. Como sempre, a diagramação da Jangada é maravilhosa e tive uma experiência excelente com o livro.

O único conto que conhecia era "O papel de parede amarelo", da Charlotte Perkins Gilman, que recomendo que vocês leiam. Foi trazido para essa coletânea por abordar o terror psicólogo vivido pela protagonista e acredito que é um dos melhores que já li na vida.

Uma ótima pedida para quem gosta de contos e quer algo diferente do padrão. Uma oportunidade para dedicar seu tempo a mulheres incríveis, que escreveram histórias inesquecíveis e que merecem ser lidas.

site: https://www.instagram.com/euamolivrosnovos
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Jaque @blogmalucadoslivros 12/08/2021

Amei demais!
A PREMISSA:
Mais mortais que os homens é uma obra que reúne contos de terror de várias autoras do século XIX. Algumas autoras já são conhecidas como Mary Shelley e Charlotte Perkins Gilman, e outras não.

Além disso a obra conta com "minis biografias" de cada autora, que conta um pouco da vida delas e de suas carreiras literárias, no início de seus respectivos contos. Autoras que foram a frente de seu tempo e escreveram grandes histórias.

O QUE EU ACHEI:
Mais mortais que os homens é calhamaço que deu gosto de ler. Que obra mais completa! É incrível poder conhecer contos tão bem escritos de autoras que eu já conhecia ou não. Vários destes contos inclusive, pretendo reler assim que possível.

Mas confesso que o conto que mais gostei foi "O fantasma de Beckside" de Alice Rea. O conto aborda a história de um casal, chamados de Joe e Ann, que morava em uma fazenda e trabalhavam duro para dar uma vida confortável ao filho. Até que um dia Joe precisou viajar deixando apenas sua esposa e seu filho em casa.

Já tarde da noite uma desconhecida bateu na porta de Ann pedindo ajuda, e apesar de desconfiar disso, ela aceitou. Mas essa mulher era muito estranha e aos poucos Ann foi percebendo que talvez não deveria ter ajudado essa mulher.

Este foi um conto que conseguiu me dar um frio na espinha. Todos os contos foram especiais, alguns foram tensos e outros leves, mas esse, conseguiu me deixar me deixar impactada. Com certeza foi meu favorito.

Enfim, não posso falar de todos os contos mas garanto que valem a pena. Mais mortais que os homens é uma obra que honra a escritas dessas autoras que merecem demais todo reconhecimento.

site: https://www.instagram.com/p/CSXzDdUrtAa/
Nicolly RS 12/08/2021minha estante
Caramba, sua resenha me deixou com vontade de ler!! Adicionada na TBR ??


Jaque @blogmalucadoslivros 13/08/2021minha estante
??




Bia Sousa 10/08/2021

Terror também são para mulheres
"E isso apenas prova o que eu disse: que não há nada melhor para afastar fantasmas do que tinta fresca."

"Mais Mortais Que os Homens" é uma antologia de contos de terror organizada por Graeme Davis e escritos por grandes autoras do século XIX, como Louisa May Alcott e Mary Wollstoneceaft Shelley.

Logo de cara achei que os contos seguiriam uma linha do terror que causasse medo, mas não é bem isso. Os contos são mais sombrios, nos deixando apreensivos e até um pouco assustados.

No início de cada conto, temos uma breve biografia de cada uma das autoras, o que de certa forma nos aproxima delas e que nos levam a crer que tinham as mesmas tinham grande potencial para se destacarem escrevendo mais do gênero.

Mesmo se tratando de um livro clássico, a leitura é completamente fluida, envolvente e mal senti as mais de 600 páginas passarem. Aliás, para quem nunca leu nada do gênero e tem vontade de ler clássicos é um bom ponto de partida.

Os contos podem ser lidos na ordem que é apresentada no livro ou na ordem que o leitor desejar, já que os mesmos não tem conexão.

Posso adiantar que a experiência de leitura foi incrível! É fantástico encontrar autoras que escreveram um gênero que na época era dominada por homens, e o melhor que a qualidade da escrita delas é equiparada e por vezes chegam até a serem melhores.

Como se tratam de contos, uns me conquistaram mais que outros mas sem dúvidas os que me ganharam completamente foi o "Uma História de Fantasma" da Ada Trevanion e "Perdido Numa Pirâmide ou a Maldição de uma Múmia" da Louisa May Alcott.

Em relação a edição, ela está linda! O livro é bem capa dura, com fitilho, todo início de capítulo temos uma página trabalhada com um design vermelho.

Além disso o livro tem conta com um prefácio incrível escrito pela Michele Henriques e também tem uma introdução para a edição escrita pela tradutora do livro Thereza Christina Rocque da Mota.

Com certeza é uma leitura mais que recomendada, e que será lida e relida sempre por aqui.

site: https://www.instagram.com/p/CSQK0m2MWWK/
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Natasha.Baltore @ceuliterario 06/08/2021

Mulherada poderosa no terror! <3
A leitura dessa obra foi uma viagem surpreendente. É incrível ver o tanto de mulheres criativas e imaginativas havia naquele tempo, e a qualidade de seus escritos. Cito, com honra, Louisa May Alcott, autora de Mulherzinhas, uma obra clássica que eu adoro e que me surpreendeu muito com sua habilidade no gênero terror! Quem diria que a mente brilhante por trás daquelas meninas tão queridas de Mulherzinhas se sairia tão bem escrevendo um conto assustador?! Destaco também ‘A Transformação’, da Mary Shelley, autora de Frankenstein, e ‘Na Abadia de Chrighton’, cuja autora eu não conhecia mas que foi um dos meus contos preferidos do livro.

O início de cada conto traz uma breve biografia de cada autora, enriquecendo a obra e nos apresentando as mais variadas situações e histórias de vida de cada uma. Os contos são curtinhos e ágeis, então o livro é ideal para intercalar com outras leituras e também uma boa pedida para quem tem vontade de se aventurar no gênero, mas ainda tem um pé atrás, já que na época, o terror era mais velado, não trazendo a crueza que vemos em livros mais atuais. Ainda, a própria ordem de leitura pode ser determinada pelo leitor, já que são todos independentes entre si. A temática dos contos é variada, mas todas elas são narradas de forma mais sutil, sem um escancaramento muito forte das situações. Recomendo demais a obra, tanto para quem já ama o gênero, como para quem apenas procura uma leitura diferente. Tenham a certeza de que estarão servidos de um livro extremamente bem produzido, com um conteúdo rico e uma beleza e um capricho inegáveis.
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