Lauraa Machado 03/07/2021
Bem clichê e batido, mas é uma leitura rápida
Nota verdadeira: 2,5. Infelizmente. Eu tinha altas expectativas, esperava que fosse melhor ainda que Defy the Stars e que fosse a perfeita mistura de Invictus com space opera. Tanto Defy the Stars e Invictus entraram para a lista dos meus favoritos, mas Aurora Rising não chegou nem perto. Tinha todos os ingredientes para ser ótimo e épico, como falam em propagandas dele, mas não é nenhuma das duas coisas.
Não é péssimo também, já deixo claro. Se você nunca leu nada desse tipo, é provável que goste bem mais do que eu gostei. Por um lado, li bem rápido, porque a leitura flui fácil e até que dá para entreter. Por outro, o enredo é bastante batido em muitos sentidos, a ponto de até suas reviravoltas serem previsíveis. Além disso, tinha algumas coisas que se tornaram rapidamente irritantes, a ponto de eu começar a revirar meus olhos em todas as vezes que aconteciam.
O final até que é bacana, mas tinham me falado que seria incrível e eu só achei okay mesmo. É interessante, mas não me fez querer continuar lendo a história. Na verdade, achei até um pouco revoltante ser essa a grande descoberta e explicação, porque foi tarde demais para o meu gosto e raso demais também. Não satisfez toda a expectativa que o próprio livro criou em mim durante todos seus mistérios e problemas.
A maior decepção para mim foram os personagens, porque era o que eu esperava que fosse fazer toda a história valer a pena. Eu amei o Fin, de verdade, que é a única coisa realmente boa do livro, mas todos os outros são muito clichês, estereótipos do começo ao fim e forçados em vários níveis. O romance é forçado, a linguagem que eles usam também, suas motivações são bastante repetitivas e eles narravam do mesmo jeito sempre, o que me irritava muito quando mudava o narrador do personagem, porque eu nunca conseguia identificá-lo! Tinha que ficar voltando ao começo do capítulo para lembrar quem era.
A linguagem forçada foi o que os estragou de vez, porque ficou claro que o livro foi escrito por dois adultos tentando parecer jovens e descolados. Não funcionou. Nem de longe. Só me fez morrer de vergonha alheia desde o primeiro capítulo. Mesmo sem isso, a personalidade deles é chata e sem graça, quando não é insuportável e irritante como a da Cat. Meu deus, Cat é muito, muito chata! Nem sei como aguentei até o final! O Kal vai de mal a pior. Pareceu bem interessante no começo, mas só decaiu dali para a frente. Aurora tinha muito potencial, mas logo no seu primeiro capítulo já se mostrou superficial e infantil. Tyler é a pessoa mais sem graça do universo, Scar é um estereótipo do começo ao fim e Zila mal aparece para ter personalidade. Não consegui me importar com nenhum deles para seu final ter algum efeito.
Em compensação, o Fin é a coisa mais preciosa do universo desse livro. Ainda bem que ele existe, e é por ele que vou ler o próximo.
Não são só os personagens que foram forçados. A criação do universo passou um pouco do limite, chegando a ser meio ridículo. Os aliens diferentes, todos aleatórios para serem estranhos, só fizeram a história perder credibilidade. E os Betraskans e Syldrathis (tá, aliens também), que são realmente importantes na história, só me deram a impressão de ser fantasia, em vez de ficção científica. Syldrathis, como o Kal, são basicamente elfos. Não teria achado tão ruim se o resto todo não tivesse parecido aleatório, arbitrário e vago demais para uma construção de universo (literalmente).
Não quero julgar esse livro para decidir se leio os outros dos autores, mas é difícil não julgar. Nunca li mais nada de nenhum dos dois e foi bem decepcionante começar logo com esse. Não sei se algum dia vou ler outros livros deles, mas ainda devo continuar com essa série e vou torcer para os próximos serem melhores!