Resenhas -

Gárgula 05/01/2022

As Crias de Hastur, de A Z Cordenonsi
A Irmandade do Corvo se reúne
O primeiro volume da Irmandade do Corvo é o livro As Crias de Hastur, de A Z Cordenonsi. Uma história que se passa na Nova York pós-Segunda Guerra, onde o mal se levanta sorrateiramente.

Esta publicação da AVEC Editora agrega em um ano recheado de histórias de terror na editora. O livro de Cordenonsi se soma a outras obras como As Vozes Sombrias de Irena (leia nossa resenha aqui) e os três volumes de Narrativas do Medo, organizado por Vitor Abdala. A capa é de Matias Streb.

As sombras ganham forma
A história da Irmandade do Corvo apresenta um grupo bastante peculiar. Primeiramente aquele que é o narrador e um dos personagens centrais, o Padre. Para sermos mais exatos um ex-padre que armado com duas pistolas e uma katana seria um líder improvável, visto que não tem muita paciência. Convocado por Madame Dyer, uma estranha senhora manipuladora e cheia de conhecimento ele se depara com um grupo muito estranho.

Uma estranha sacerdotisa chamada apenas de Princesa Moura, o arquivista árabe Abdul Alhazred, um Golem completamente louco e à jovem engenheira Cláudia Tesla. Se este grupo não bastasse por si só, eles precisam tutorar o jovem Humphrey Lovecraft. Se o sobrenome lhe chamou atenção, você não leu errado não. Ele é filho adotivo de H. P. Lovecraft.

Mas Cordenonsi não para por aí. Ele joga sua estranha liga em uma missão sobrenatural nos subterrâneos da Manhattan de 1950, no meio da Chinatown. Dessa forma, o enredo remete às boas aventuras de RPG e isso é um ponto alto da leitura. A história introduz o cenário e os personagens, funcionando muito bem. Ademais, além de divertida, traz bons clichês que somam perfeitamente à narrativa.

Considerações finais
Em resumo, se tem o nome A. Z. Cordenonsi estampado na capa, você pode apostar. O autor, inegavelmente conhecido pelos bons personagens que cria, neste livro nos entrega uma gama excelente de personagens que promete mais histórias futuras.

Confesso que já estou bem curioso com o segundo volume. Sem dúvida alguma teremos mais aventuras deste grupo completamente insólito, exatamente como já podemos percebemos neste livro.

Já conhecia esta obra? Me conte nos comentários!

site: https://cantodogargula.com.br/2021/07/29/as-crias-de-hastur-de-a-z-cordenonsi/

Dhiego Morais 03/08/2022

Muito bom!
Em um cenário estrangeiro, Cordenonsi reúne uma trupe incomum de personagens que compartilham especialmente um detalhe: o enfrentamento do sobrenatural, do oculto, do mau.

Narrado por um ex-padre perigosamente armado (e com um conhecimento valioso sobre o sobrenatural e suas criaturas malévolas), o Padre é convocado por Madame Dyer para liderar um grupo que deve investigar e deter raízes do mal que se infiltram cada dia mais nas profundezas da cidade. Uma Princesa Moura e sacerdotisa, um arquivista árabe estranho, uma jovem e promissora engenheira (Tesla) e um inesperado Golem são os membros restantes desse grupo pouco comum. Junto a ele, une-se Humphrey Lovecraft ? sim, ele tem ligação com o controverso H. P. Lovecraft!

"As Crias de Hastur" compõem mais uma das grandes obras tecidas por Cordenonsi, deliciosamente escritas em qualidade tão boa quanto as da série "Lê Chevalier". Super indicadas aos leitores que curtem histórias lovecraftianas.

De uma Manhattan dos anos 1950 a uma Chinatown caótica; com personagens formidáveis, "As Crias de Hastur" são mais um atestado da criatividade e maestria de Cordenonsi.

Davenir - Diário de Anarres 27/06/2023

O início de uma saga que promete
"As Crias de Hastur: A Irmandade do Olho do Corvo (Livro 1)" é o primeiro livro de aventuras demoníacas do Padre, que promete ser uma série de pequenos livros com historias curtas para um romance. Acompanhamos o Padre, em uma narrativa em primeira pessoa, quando ele é convocado pela misteriosa Madame "Gelo" Dryer para liderar em campo a Irmandade do Olho do Corvo. Uma espécie de agência que tem em comum seres como o próprio Padre. Combatentes do mal em sua forma sobrenatural. Povoam este mundo vampiros e demônios e outros males ainda não explorados pelo autor. Na equipe, temos uma princesa árabe, mortalmente mal humorada e em combate com espadas também; o filho negro de Lovercraft; Um golem praticamente indestrutível entre outros.

A narrativa em primeira pessoa, acompanhando sempre o Padre foi uma excelente sacada do autor. Por sua visão de mundo sarcástica e divertida, nos apegamos aos personagens e a leitura das 111 páginas passam como se fossem apenas 11. Durante a obra acompanhamos três momentos principais. O primeiro é uma pequena aventura solo do Padre em um vilarejo assolado por vampiros, onde podemos ver como o Padre trabalha e como pensa. O segundo quando é recrutado e conhece seu time e tem que descobrir como vai se tornar o líder que se espera dele. Por último, o primeiro chamado da Irmandade, com seu novo líder em campo quando são deslocados até Chinatown de Nova Iorque onde uma sacerdote chinesa foi possuída por um demônio exatamente no lugar que deveria ser o mais seguro contra ameaças do mundo espiritual, que é seu próprio centro religioso. A investigação vai levar a trupe a muita pancadaria, sangue e conflitos de gangues de artistas marciais, mercenários e figurões do crime. Em resumo, uma leitura divertida e gostosa de acompanhar e um mundo muito instigante que pede uma coleção com vários volumes para acompanhar. Já quero ler o segundo volume!

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2023/06/resenha-291-as-crias-de-hastur.html