O mapeador de ausências

O mapeador de ausências Mia Couto




Resenhas - O mapeador de ausências


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llammer 17/03/2024

Excelente!
Tantas histórias minuciosamente entrelaçadas, pautadas pelas lutas de um Moçambique contemporâneo e a constante ameaça do ciclone Idai.
As sobreposições de relatos, a importância do não-dito, a pura incerteza de absolutamente tudo, tudo, tudo. Certamente vale uma, duas, várias releituras para juntar as peças do quebra-cabeças novamente e, inclusive, em novas disposições.
Minha única ressalva é o ritmo do início, que leva um tempinho para engrenar. Em compensação, logo as complexas dinâmicas e personagens vão se tornando familiares, e o suspense do caleidoscópio de relatos sobre os mesmos fatos fica irresistivelmente envolvente.
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JuliaMarques 08/03/2024

Livro bonito, recheado de História e cultura. A prosa é pura poesia, é uma escrita bela e que não se apresenta de forma "difícil". A leitura é fluida e te prende em meio ao presente vs passado dos personagens ali narrados.
Obra excelente!
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Ana Karolê || @anakaroline_gc 29/02/2024

Ausências ... De todos os tipos
"sou o último coveiro. Todos os dias me desenterro"

Diogo Santiago é um poeta que sai à procura do passado de seu pai , também poeta , Adriano Santiago, retornando a Beira , sua cidade natal .

Voltar ali é mais que uma viagem , é um regresso a sua história da infância e juventude , é reencontrar as dores e sabores de sua memória, e conhecer coisas que, quando pequeno, não conseguia entender .

O livro tem como ambientação Moçambique em tempo de colônia português , o medo da repressão e da guerra , angústias de um tempo marcado na história .

Entre memórias pessoais , relatos de terceiros , escritos de seus pais e documentos da polícia , vamos acompanhando e montando um quebra-cabeças que vai além de qualquer intriga familiar. São vidas e vivências que desapareceram sem "nenhuma explicação".

Essa foi a 3a vez que tentei ler este livro. Definitivamente, não foi uma experiência fácil para mim. Consegui terminar e no fim vejo que consegui apreciar a leitura , embora em muitos momentos a vontade de abandona-lo tenha sido grandiosa.

O livro é um tesouro de poemas , frases que me impactaram e eu marquei todas. Impossível não se pegar refletindo sobre cada uma delas.

#DLL24: Um livro que começou e não terminou
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brusilvah 11/02/2024

Sensacional!
Nunca tinha lido uma história redigida em português de Moçambique. Confesso que tive certo receio com a linguagem, além do fato de ser uma escrita mais poética, mas a leitura fluiu de forma muito natural. A história toda é muito envolvente e bem contada, mesmo com as inúmeras metáforas. O que por sinal, gostei demais. De alguma forma a linguagem poética serviu pra suavizar o horror retratado nas lembranças do personagem principal. Os personagens todos são construídos riquíssimamente, sentimos amor, ódio, compaixão, descrença, tristeza, um pouco de tudo, por todos eles. A narrativa por meio das cartas também foi muito interessante (tudo bem que os diálogos presentes pareceram um pouco inverossímeis, pois não é muito usual transcrever diálogos de forma direta em cartas). Elas nos davam algumas pistas do que aconteceu no passado, ou do que alguém imaginou ter acontecido, mas sem revelar tudo. Inclusive, esse é o grande mistério do livro, que é um pouco autobiográfico, mas nem tudo. As memórias pertencem ao personagem principal, mas nem tudo. O que é memória ou o que é inventado, nunca saberemos, mas fica a interrogação.
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Matheus.Giovanazzi 11/02/2024

Eu simplesmente amei esse livro. Todas as personagens foram construídas de maneira incrível por Mia Couto, e todas elas trazem um nível de profundidade excelente. E pude também conhecer um pouco da história de Moçambique, que tão pouco conhecia.
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Ana Livia 09/02/2024

O Mapeador De Ausências
Primeiro livro de Mia Couto que leio, gostei e achei muito envolvente.
Uma viagem por Moçambique, através das lembranças e relatos do passado do poeta Diogo Santiago.
Com a ajuda de Liana, ele vai à procura de sua história. Ela tem importantes documentos da época da prisão do pai de Diogo. Uma viagem pelos acontecimentos da década de setenta e atual.
O final que me surpreendeu.
Recomendo a leitura.
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Miah.Kan-Po 07/02/2024

Incrível!!
Mia Couto nos leva em uma viagem emocionante através das memórias familiares e da história de Moçambique, pré e pós-independência.

O livro é lindamente escrito e me deixou completamente imersa na narrativa. É incrível como o autor consegue misturar a realidade com elementos poéticos, criando uma atmosfera única.

A figura do próprio pai do autor é tão bem explorada, tornando-se uma presença marcante ao longo da história. É através de suas lembranças que conhecemos mais sobre a cultura moçambicana e o impacto da colonização e da busca pela independência.

Confesso que fiquei fascinado com os detalhes descritos sobre a sociedade moçambicana, suas tradições e desafios enfrentados ao longo dos anos. Essa mistura de ficção e realidade torna o livro ainda mais envolvente e reflexivo.

Ao ler essa obra fui conduzida por uma jornada emocionante e reflexiva sobre a importância das memórias e a evocação de sentimentos profundos.

Mia Couto descreve o romance como uma homenagem à cidade de sua infância destruída, uma forma de recompor as lembranças e preencher o vazio deixado pela ausência. Suas palavras nos conduzem a refletir sobre as diversas formas de ausência que podem estar presentes em nossas vidas - seja a falta de alguém querido, a ausência de lembranças ou até mesmo a ausência de sentido em certos momentos.

Ao longo da leitura, pude compreender o título em sua plenitude. Em cada página o autor nos convida a mergulhar em um universo singular, onde o protagonista se coloca como um verdadeiro mapeador de ausências, buscando preencher espaços vazios com suas recordações e reconstruindo a cidade destruída por meio de suas palavras.

É admirável a habilidade do autor em nos transportar para um estado de contemplação profunda, fazendo-nos refletir sobre as próprias ausências que temos ao nosso redor. Mia Couto utiliza uma linguagem poética e sensível, que nos envolve e nos conecta com as emoções e reflexões presentes em cada personagem e cada detalhe da história.

Nesse sentido, "O Mapeador de Ausências" se torna não apenas uma obra literária, mas também um convite à introspecção e à valorização das memórias que carregamos. É uma leitura que nos faz repensar o presente, reconhecendo que a ausência muitas vezes está presente em nossas vidas, seja de forma física ou emocional.

Recomendo a leitura desse livro a todos os amantes de literatura que buscam uma obra que desafia nossos pensamentos e nos leva a refletir sobre as nossas próprias ausências. Mia Couto nos presenteia com uma obra-prima, capaz de tocar nossa alma e nos fazer enxergar o vazio que por vezes negligenciamos.

Em suma, é uma leitura enriquecedora e marcante, que nos faz refletir sobre a importância das memórias e a necessidade de preencher os vazios em nossas vidas. Recomendo que mergulhem nessa história e se permitam ser levados pelos sentimentos e pensamentos profundos que ela desperta.

Mia Couto é, sem dúvida, um mestre da escrita e da sensibilidade.
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Gabi Petroni 19/01/2024

Revirar o passado dói e faz a gente sofrer demais. Esse livro é uma visita a histórias e passados de muita agonia e sofrimento. É um conhecimento profundo de almas interligadas por histórias cruéis e cruas.

É o primeiro livro que leio ?fora da minha casinha?. Busco neste ano sair da zona de conforto e comecei muito bem.

Leitura doída é difícil. Mas que valeu a pena.
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Adriane.Camille 30/12/2023

O Mapeador de Ausências (4?) - Mia Couto
Pura poesia. É um livro que traz consigo diversos significados e consegue de fato fazer com que o leitor sinta cada situação que nele se encontra, principalmente as mais tristes, por se passar durante um governo totalitário e em uma época onde o preconceito racial dominava.

É um daqueles livros que dependendo da época da sua vida que você pega pra ler, pode mudar sua opinião a respeito. Eu, no momento dessa resenha, reconheço que é uma história muito tocante e em muitos momentos fez minha curiosidade transbordar, porém, achei a linha cronológica um tanto quanto confusa, nada que voltar nas páginas com as datas não resolva, mas isso acaba tornando a leitura menos dinâmica.

Fora isso, a poesia e os elementos que a cercam são um pouco fora da minha zona de conforto, por isso não creio ser parte do público alvo da obra. Ainda assim, considero esta uma leitura muito interessante.
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Tiago 19/12/2023

Reflexões lindas de um poeta prosador
Mia Couto é um dos escritores mais prolíficos q eu conheço na atualidade. Ele n só domina a lingua portuguesa, ele dança com ela em cada página, todo capítulo com reflexões lindamente construídas; sem brincadeira, eu devo ter tirado pelo menos uma citação a cada 20 páginas no mínimo, e foi porque eu me segurei em algumas e esqueci de outras enquanto lia no metrô

A história tem impactos muito fortes nos seus pontos principais e traz um sentimentalismo muito singelamente formulados. Me importei com todos os personagens e senti suas dores, apesar de as vezes sentir que estava vagando sem rumo na narrativa, acho que afinal é tematicamente consistente. Adorei!
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Carla.Cerqueira 25/10/2023

Poético
Minha primeira leitura de Mia Couto. Ele conseguiu contar uma história pesada de maneira leve. É incrível descobrir a ligação entre os personagens! Muito bom
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Gislaine 15/10/2023

Necessita material extra
Ou estou de ressaca literária ou realmente tive dificuldade de compreender a história.
A escrita é linda e poética, no entanto as idas e vindas de narrativa e diferentes narradores me deixaram um pouco tonta.
Acredito que ainda vou precisar de muito material para conseguir absorver tudo o que li.
Mas foi divertido!
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Cantareli 13/10/2023

Biografia ou ficção?
Esse foi meu primeiro livro de Mia Couto, apesar de já ter lido algumas resenhas de outros livros desse autor durante a faculdade. Além da história sensacional, fiquei encantada com sua escrita, o modo como intercala os narradores, de modo que não sabemos mais se quem conta a história é Diogo Santiago ou se ele somente é um pretexto para que a história se conte por si só. Até na última passagem do livro há uma alusão a essa técnica literária dizendo que ele era o ?guardião da história?, como se fosse um artifício para que a história pudesse ser revelada ao mundo. Mia Couto foi brilhante em nos intrigar sobre os limites do que é real e o que foi inventado.
Para além da técnica, o roteiro é desenvolvido sobre alguns mistérios: a vida do pai de Diogo, Adriano Santiago, poeta e figura importante no desenrolar dos acontecimentos; o desaparecimento de seu primo/irmão Sandro; e a morte da mãe de Liana Campos, Ermelinda.
Tudo isso com os acontecimentos que circundam a queda do regime colonial em Moçambique.
Uma história empolgante e bem construída do início ao fim. Quero revisitá-la algum dia para me deter mais na poesia que transparece em suas páginas, as páginas de Adriano Santiago e também nas de Diogo? ou Mia Couto?
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luísa 28/09/2023

Mia Couto veleja junto comigo entre tantas entrelinhas de passados embaraçados. O mapeador de ausências conta a história dos caminhos que seguimos por causa de quem faz parte do nosso eu. Tudo que tem antes. Tudo que ainda ressoa o presente.
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