Família de quem

Família de quem Ana Sá




Resenhas - Família de quem


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Eric Luiz 08/09/2021

Uma grata surpresa!
Descobri pelo Skoob que Ana Sá tinha lançado seu primeiro livro de contos. Mesmo não a conhecendo (por ignorância minha), resolvi arriscar e adquirir a obra tendo em vista os comentários positivos tanto aqui, quanto na Amazon. Olha, foi uma grata surpresa! Este livro foi um ótimo achado!

São cinco contos fortes, com um retrato social perfeito da maioria dos brasileiros. O conto "Madagascar" me nocauteou, bateu pesado. Foram muitas lembranças dos meus avós que me fizeram chorar.

Ana Sá tem o dom de nos transportar e fazer viver/sentir cada história narrada, e poucos escritores conseguem isso com tamanha qualidade.

Estas são apenas impressões de alguém que realmente se envolveu na leitura de cada conto. Não sou nenhum crítico literário mas, na minha humilde opinião, tenho certeza de que a autora já estreou grande.

Resumindo: Leiam, leiam já!
Everton Vidal 10/09/2021minha estante
Também fiquei surpreso mano. Tive a sorte de encontrar ótimos livros de novos escritores aqui pelo Skoob, e esse da Ana Sá realmente é incrível.


Eric Luiz 10/09/2021minha estante
Uma baita leitura! Para mim, acho que foi a melhor de 2021 até agora.


Tamires Durães 20/09/2021minha estante
Amo contos de autores nacionais, obrigada pela indicação!


Eric Luiz 20/09/2021minha estante
Você vai adorar esse, Tamires. Pode apostar! ?


Shollo 15/12/2021minha estante
Já tá na minha lista.




dani 12/12/2021

Elisas, Luanas, Terezinhas, Josés...
Li ótimos comentários e resenhas e já estava super ansiosa para ler "Família de quem". Como não gosto de fazer suspense, já vou logo dizendo que extrapolou todas as minhas expectativas!

Consegui mergulhar em cada conto de um modo que acho bem difícil acontecer em narrativas mais curtas. Mas cada história me fisgou de um jeito, que não me senti apenas espectadora, me senti mesmo parte da família. Os personagens foram construídos de forma tão delicada e autêntica que geram uma identificação instantânea, uma conexão imediata.

O que me surpreendeu mesmo, foi como cada conto me comoveu profundamente. Alguns são de partir o coração e outros deixaram o coração quentinho. Impossível sair indiferente de qualquer um deles.

Terminei a leitura com aquela sensação de que os personagens eram velhos conhecidos. E pensando bem, eles são! Já devo ter esbarrado com uma multidão de Elisas, Luanas, Terezinhas, Josés. Talvez no mercado, na rua, no ônibus às 5h da manhã... Afinal são histórias da família de quem? Talvez seja a história da sua também.
Eric Luiz 13/12/2021minha estante
Esse foi pro rol dos meus favoritos. Quero muito ler mais textos da Ana.


Cleber 13/12/2021minha estante
Sim, está entre os melhores livros que li esse ano. Quero mais histórias da Ana Sá.


Ana Sá 13/12/2021minha estante
Dani, que resenha mais querida! Fico muito feliz em saber da sua experiência positiva com o livro! Fez o meu dia! ??

E os comentários do Eric e do Cleber foram a cereja do bolo hoje... Com certeza a galera do Skoob são os meus "leitores de escolha" ! ???


dani 13/12/2021minha estante
Ana, eu que agradeço por ter compartilhado essas histórias tão queridas!

Aproveito para unir minha voz ao coro: Queremos mais!


Sara.Marques300 14/12/2021minha estante
Amiga ia ler a resenha, mas vi que era o livro que você me presenteou, vou deixar para ler depois kkk




Everton Vidal 13/08/2021

Reúne cinco contos cujo objeto é a família, cada conto oferecendo um enfoque diferente ao sentido do título, “Família de Quem”.

O primeiro deles aborda a dura realidade das famílias pobres de mães solteiras. A autora revela as lutas de uma garota que cresce entre quartinhos de empregadas de mansões e o colégio particular onde ela consegue entrar por meio de cota, com muito esforço. Comove a ausência paterna, e a crueldade de uma sociedade que não perdoa quem insiste em sair do lugar que o condenaram.

O segundo conto, narrado em primeira pessoa, mostra a relação de um menino com os seus avós. Enfoca a passagem inevitável do tempo e como ele é diferente na percepção da criança. Entre as suas memórias estão reflexões sobre a pressa dos adultos, a paciência dos velhos e a saudade. No terceiro relato, a moça que vai morar sozinha sente a presença da mãe em tudo. Outra vez a sociedade, presente como um fantasma, com os seus estigmas deteriorando a relação das pessoas que se amam. A imagem do ferimento que sangra, feita pelos cacos de vidro é uma metáfora pungente desses vínculos que insistem apesar das separações.

O poder dos laços de famílias que nascem pela escolha, indo além do sangue é o enfoque do quarto relato. Também narrado em primeira pessoa, pelos olhos de uma menina que vai com a madrinha passar as férias no sítio. O último conto é como uma volta ao primeiro, mas desde outra perspectiva, a do irmão mais velho que tenta proteger a irmã caçula da crueldade do mundo que ele, e a mãe, sofrem na pele.

Com um modo de descrever muito próprio, que mescla passagens singelas com aguda crítica social, pendor filosófico e poesia, tudo muito equilibrado, a autora nos entrega um livro lindo, desde a capa, verde jade com o desenho da criança com uma borboleta. E é curtinho, tem quase 70 páginas. Vale muito a pena ler!
Ana Sá 13/08/2021minha estante
Everton, que alegria ver que você teve uma experiência positiva com o livro, e o quanto você notou cada detalhe... Fico muito feliz e agradeço pela leitura e pelas palavras! ??




Cleber 31/10/2021

Emoção e sentimento
Já faz algum tempo que terminei de ler esse livro e não finalizei por aqui pois gostei tanto que gostaria de deixar a minha impressão. Não sou bom de fazer resenhas, mas aí vai.
Nunca fui um bom aluno, mas lembro que certa vez minha professora de português - um abraço prof. Edna - disse algo que guardei pra mim. Ela falou que a leitura não serve somente para buscar conhecimento e que um bom leitor é na verdade um colecionador de sentimentos, de emoções e principalmente de vivências. Que bonito né?
E é assim que eu me senti lendo os contos da Ana Sá, contos que nos trazem emoções e mexem com nossos sentimentos. Já no primeiro conto pude sentir a indignação e revolta por com as dificuldades que nossa pequena protagonista estava passando e perceber que está historia é tão verdadeira que se repete em diariamente em nosso país. E os próximos contos são de uma sensibilidade incrível, saudades e lembranças dos meus avós, tios e primos do interior surgem num crescente. Um sentimento de carinho e pertencimento nos abarca, quanta emoção! Famílias de diversas formas e todas são família. Como diria uma amiga, esse é um livro pra deixar o coração quentinho e percebe-se que foi escrito com muito cuidado e carinho. Muito obrigado, Ana Sá, por nos proporcionar tantos sentimentos!
Ana Sá 01/11/2021minha estante
Quem ficou com o coração quentinho agora fui eu! ?? Que alegria saber que você gostou, Cleber! Obrigada por essa troca!! ?


Cleber 01/11/2021minha estante
??




gabriel 24/02/2022

Excelente livro sobre infância e família

Achei interessante este livro, ele é um conjunto de contos abordando questões familiares em meio a um cenário de pobreza e privação, com seus personagens sofrendo toda a sorte de opressões (alguns deles acumulando várias "identidades", portanto várias opressões cumulativas). Isso é especialmente claro no último conto, em que os dois protagonistas acumulam vários "P's" (como preto, pobre, etc), até finalizarmos com um otimista "P" de professora. Mas que, mantendo a tônica geral do livro, termina também amargo, com um travo na garganta...

E eu acho que é este o gosto que o livro deixa ao final. É um livro triste, amargo, reflexivo, e por vezes bastante denso (denso até demais). Mas ele também consegue incluir beleza e esperança, com muita poesia, principalmente nas pequenas coisas do cotidiano. Achei que a autora é muito bem sucedida em observar estes pequenos fatos, e são cenários fascinantes, quase sempre domésticos, com muitas cores, sons, pequenos momentos de beleza... para mim, são os momentos em que o livro mais cresceu.

Isto fica bem claro no conto "Compota dos amores", que para mim é o melhor do livro, diria até de longe. Toda essa habilidade da autora, que é o seu ponto forte, é posta à prova aqui, e ela se sai muito bem. O conto é o passeio fascinante de uma criança por um sítio de parentes, e toda a poesia deste pequeno fato banal (que adquire um ar "grandioso" para a criança) é magistralmente expresso.

Há um equilíbrio sutil entre este delicado momento e uma perigosa pieguice, e a autora, feito o "Neo" do Matrix, desvia destas balas com impressionante competência. Conto profundo, cheio de momentos ambíguos e alusivos, com ótimos jogos de imagens e de palavras. Ressalto, por exemplo, uma visita a uma senhora de idade, e como não há assunto nesta visita (fato comum); denotando, possivelmente, ou um início de demência, ou então uma mágoa antiga (dentre outras inúmeras leituras). Muito bom! São vários momentos deste tipo, aqui neste conto.

Os outros contos variam em qualidade. Achei que o primeiro e o último conto são muito arrastados, acredito que se beneficiariam de uma narrativa mais curta. Por conta das preocupações políticas da autora, ficaram muito esquemáticos, e acho que simplificaram temas complexos. De toda maneira, possui importantes denúncias, não só abordando os temas das identidades/minorias (tema que é a "bola da vez"), mas também sempre ressaltando o caráter social e de classe. Neste livro, branco pobre também se ferra, ainda que um pouco menos do que o negro.

Senti, no geral, que os contos poderiam ser todos eles um pouco mais curtos, porque aí focariam mais nas suas qualidades e pontos fortes, fora que em alguns casos são um pouco repetitivos. São contos relativamente longos e a gente sente falta de mais contos para encher a seleção. Porém como são todos no mesmo tema, contém uma interessante unidade, e achei isso muito bem feito.

É interessante como a infância tem um caráter de "força" no livro, e à medida que os personagens envelhecem, vão ficando amargos e reflexivos. Vi esta característica em pelo menos dois contos. Não a toa, o conto mais belo (talvez por ser o mais otimista) é o que fica parado só na infância. O texto não dá tempo da personagem virar adulta e "quebrar" esta magia.

São várias relações e dinâmicas familiares retratadas. Há a relação do irmão mais velho com a menina (o irmão fazendo as vezes de pai); há tios e padrinhos/madrinhas, em relações lúdicas; há a moça com lembranças amargas da mãe (e que luta para aceitá-la, com belas cenas que "empatizam" com isso); etc etc.

O livro tem uma preocupação muito grande com a criação de cenas significativas e com os sons das palavras. Assim, uma moça em sua nova casa transita entre caixas de mudanças, que são como "campos minados"; o prato se mancha de vermelho, em meio às flores (representando a pureza e "breguice" da mãe, ouvinte de um Amado Batista); uma menina está de azul em meio ao verde dos colegas, criando um cenário "oceânico"; dentre outros muitos momentos.

"A inalação oscilava presença", belo jogo sonoro, com sons sibilantes, junto à imagem de panelas fervendo e um inalador de uma menina com bronquite. E a pobreza não é exatamente privação, mas ter que fazer o almoço muito cedo. O cheiro de alho pela manhã incomoda e perturba. E o banquete é um prato de salsicha com purê, a melhor refeição do dia.

Algumas notas sobre contos individuais. Todas elas apenas revelam minhas preferências, sem a pretensão de ser uma análise "séria" ou "objetiva".

"(Cha)cota social". Gostei deste conto, mas ele caiu um pouco pra mim do meio para o final. Ele começou muito bem, com ótimas imagens e cenas, mas depois se perde um pouco em meio a taxistas gente fina (meio irreal) e um excesso de cenas e situações. Nota 3/5.

"Madagascar". O livro aqui retoma os eixos, neste excelente conto. Mas ele seria como uma carne mal passada no meio, achei que exatamente neste momento o conto dá uma queda brusca. A autora, no entanto, é malandrinha, e fecha o conto de maneira surpreendente e bela. O título é engraçado e remete a uma infância pré-internet, em que crianças mais nerdolas reviravam enciclopédias (outros só batiam figurinhas mesmo e jogavam videogame). Nota: 4/5.

(Aliás, tema central no livro, estamos sempre numa época atemporal sem smartphones ou internet. Podemos localizar vagamente um anos 80, ou então um início dos 90).

"Dia das Mães". Conto belíssimo, muito puxado na reflexão, a autora exagera numa linguagem quase que formal (não chega a ser, mas há escolha vocabular muito erudita, violando certa delicadeza), termina de maneira poética e tensa, com sangue e flores. Sinceramente, 5/5, os momentos belos compensaram certo pedantismo.

"Compota dos Amores", para mim o ponto alto do livro, junto ao conto sobre o dia das mães, formou os dois melhores contos da seleção. O passeio da menina pelo sítio é muito bem retratado, com descobertas pessoais e momentos poéticos. O livro flerta com a pieguice, sem nunca cair nela. Nota: 5/5.

"Mais um", sinceramente não gostei muito deste conto, achei muito pesado e um pouco repetitivo, além de burocrático. No entanto tem alguns bons momentos, trabalha alguns temas importantes e explora alguns aspectos da relação entre irmãos. Achei que há um excesso de temas e ficou muito embolado. Nota: 3/5.

Livro de estreia de Ana Sá, os contos são um passeio pelas diversas relações familiares, em meio a um cenário de pobreza e desigualdade. É muito interessante como este cenário de privação molda as relações familiares e vice-versa. A pobreza é retratada de maneira factível e com um olhar poético, sem no entanto glorificá-la. A escrita é fluida, bela e inteligente. Livro mais do que recomendado!

Ana Sá 25/02/2022minha estante
Eu já tinha dado risada com a sua observação sobre os taxistas, agora a referência ao Matrix me fez rir mais uma vez! ?

Gabriel, eu adorei acompanhar as suas impressões e a sua resenha (mais do que completa) dispensa comentários. Dá frio na barriga jogar um livro independente no mundo e são essas trocas com quem lê que fazem o desafio valer a pena!

Obrigada por compartilhar sua leitura! ?


gabriel 25/02/2022minha estante
Eu é que agradeço pela disponibilidade, não é sempre que temos a chance de dialogar com o autor. Você sempre muito acessível neste sentido. Sucesso nas próximas empreitadas. Valeu!




Layla.Ribeiro 19/03/2022

Desafio literário 2022- Autoria Independente
O livro apresenta 05 contos, nesses contos encontramos temas como: ausência paterna, maternidade, amor de irmãos, avós que deveriam ser eternos e laços fortes, independente de possuir ou não laços sanguíneos. Os contos são muito bem escritos, os personagens são cativantes e bem reais, o leitor sente como se tivesse conhecido algum deles. Destaque para os contos ?(Cha)cota social? que gostei bastante e ?Mais um? do qual me emocionei.
rodrigo963 19/03/2022minha estante
Os contos são bons!! Uma narrativa maravilhosa!! ??


Layla.Ribeiro 19/03/2022minha estante
Obrigada pela recomendação


rodrigo963 19/03/2022minha estante
???


Eric Luiz 19/03/2022minha estante
Minha melhor leitura de 2021.


Ana Sá 20/03/2022minha estante
??




Kiki 29/12/2022

Leitura avassaladora
Que livro lindo! Que leitura avassaladora.
Fiquei encantada com todos os contos, nem consegui escolher o conto preferido. Todos me tocaram e marcaram de forma diferente. Foi muita emoção envolvida.
Ana Sá é uma excelente escritora.
Ana Sá 29/12/2022minha estante
????




Arthur 13/11/2021

Sobre a instituição família
Dermeval Saviani, dentre tantos outros intelectuais, já apontava a influência da instituição família na manutenção ou não do status quo social. Partindo de um relato pessoal, a família pode ser berço de grandes potencialidades, mas também a gênese de traumas e autossabotagem.
Todo esse "preâmbulo" para dizer que Ana Sá perpassa por todas essas nuances em 5 contos. Ambientes familiares com maior ou menor organização, mas em comum, sempre a lembrança das estruturas de opressão socioeconômica tão marcantes em nosso país.
Por falar em opressão, logo de cara se nota a influência de Paulo Freire na escrita, o que é sempre muito bom. Posso, claro, estar enganado, mas essa impressão se reforçou quando li a sessão sobre a autora e vi que ela é pesquisadora na área de Educação.
No mais, é leitura para ser feita com o coração aberto, porque alguns contos vão machucar justamente porque a nossa realidade machuca e, no fim, o livro é sobre o real. Livro muito bom.
Ana Sá 13/11/2021minha estante
Quantas referências boas associadas ao livro, muito obrigada! ?? Conscientemente não foi, mas Freire faz parte do que sou hoje, então gostei de abraçar a sua leitura e ver possíveis ecos dessa influência nos contos. Fico feliz que tenha gostado! ?




Talita.Lobo 05/10/2021

Encantador
Precisei de uns dias para me aventurar a escrever essa resenha. Terminei o livro com uma euforia muito grande. Nada que eu escrevesse estaria isento de um ?bololô? de sentimentos indefinidos e não bem descritos.
Hoje, mais serena, ainda me pego pensando nos contos, nas personagens, na história. Acho que o que mais me encantou no livro foi projetar um pouco de mim em cada história. Alguns contos pareciam demais com a minha realidade, outros não tinham nada a ver, mas ainda assim eu conseguia me reconhecer em algum cenário, em alguma fala, em algum ponto final. Gosto de leituras que estão assim, perto de mim, acessível às memórias, que fazem morada no pensamento.
Joao 05/10/2021minha estante
Esse livro da Ana é maravilhoso. Alguns contos me fizeram lembrar não da minha infância em específico, mas da atmosfera dela. Livro sensacional.


Talita.Lobo 05/10/2021minha estante
Super experiência!!!!


Eric Luiz 06/10/2021minha estante
Acho que foi minha melhor leitura de 2021 até agora.


Ana Sá 06/10/2021minha estante
Ah, que alegria ter essa troca com você, Talita!! ??




Renata 21/10/2021

Família de quem
Contos incríveis e acolhedores.E o meu preferido foi Madagascar,senti saudades do meu avô,que era tão meu amigo.Gostei demais e recomendo muito.
re.aforiori 23/10/2021minha estante
Já comprei o meu... Ha, ha! ??

Este Madagascar esta fazendo mesmo sucesso, hein!

????




DIRCE 03/01/2023

Família de quem?
Acidentalmente, caí na página da Ana Sá - nossa colega skoober e também escritora. Fiquei deslumbrada com as inúmeras resenhas que li e não hesitei em me aventurar no seu ebook Kindle intitulado “Família de quem” É assim mesmo : sem um ponto final ou de interrogação. A capa traz um DNA e a “sombra” de uma criança( espero não estar enganada), de modo que, esses dois elementos : o título sem pontuação e as gravuras, me levaram a intuir que se tratavam de Contos com mães solos. Não estava totalmente enganada. Bem, o eBook Kindle traz 5 contos. O primeiro (Cha) cota social, pareceu-me um livro de formação da menina Eliza , sua infância sofrida ( o pai ausente, claro), na qual ela era cometida de crises de asma até a sua juventude ( o que talvez justifique ser ele um pouco longo) . Se não tivesse, no final, o deslumbrar de dias melhores iria ficar muito brava. Gostei do título ( Cha) cota social, realmente uma chacota.
O segundo Conto : Mada-Gascar, não sei se o hífen se deu em virtude da separação de sílabas ou se tem alguma mensagem sublimar , que não consegui captar. Sobre esse conto, só vou dizer que apesar de uma passagem muito triste, é um conto que nos permite sonhar.
O terceiro conto Dia das Mães, outro caso de mãe solo, que enfrenta muitas dificuldades, mas acima de tudo de uma mãe que se preocupa com as opiniões alheias o que resultou em apenas lembranças.
Quarto Conto: Compota dos amores, outro conto terno e delicioso, tão delicioso como uma compota de amoras.
Quinto Conto: Mais um – esse... estória dolorida, é a estória do jovem José, um irmão amoroso, filho de uma mãe solo e que foi “carimbado” ao nascer com os 3 Ps: preto, pobre e pederasta. É a estória de um José, mas quantos José ele representa...
Chegando ao final do meu comentário, preciso dizer, que Ana Sá é uma escritora muito sensível e versátil, considerando que, mesmo diante da minha análise pragmática da capa, ela me levou, inúmeras vezes , a me emocionar e também a me ver espelhada em muitas passagens , e uma delas foi a da bicicleta.
Quanto ao título , seu eu acrescentasse um ponto interrogação, poderia afirmar que, em muitos pontos, poderia ser a minha família, a sua, a nossa, a deles.
Ana Sá 03/01/2023minha estante
Dirce, que delícia ter acesso a sua leitura!! ??? Eu fico tão feliz qdo gostam da cena da bicicleta rs, tenho um carinho especial por ela!!

Obs: a separação de sílabas em Madagascar se deu provavelmente pelo tamanho da fonte, pois o título original é sem hífen mesmo, igual ao do sumário!


DIRCE 06/01/2023minha estante
Que bom! Fico lisonjeada, e muito.


DIRCE 13/02/2023minha estante
Resenha editada para corrigir erros de gramática.




Diã 19/12/2021

Maravilhoso!
Comecei a ler o livro sem qualquer pretensão e me surpreendi muito. Livro bem escrito, nos levando a universos regados a dores cravadas pela exclusão social, mas com personagens que teimam em florescer.
Em cada conto um mundo e vários sentimentos despertados.
Ana Sá 19/12/2021minha estante
?


#Caju 01/01/2022minha estante
????????




Jackson 15/01/2022

ESSE LIVRO ACABOU COMIGO!
Ana Sá, acabei de ler seu livro. Você me fez chorar muito! Chorei e sorri, simultaneamente! Olha, não sei nem o que dizer! Essa obra é um acontecimento. Falei desse livro no meu canal, programei uma leitura de trechos do conto Madagascar num dos quadros semanais que tenho (Café com Livro). Essa obra precisa ser amplamente divulgada!!!
taisamavaz 15/01/2022minha estante
Olá, vc leu o livro físico ou E-Book ?


taisamavaz 15/01/2022minha estante
Parece ser bem interessante


Jackson 15/01/2022minha estante
Olá, eu acredito que só tem o E-book mesmo


Jackson 15/01/2022minha estante
É magnífico!


taisamavaz 15/01/2022minha estante
Vou ler então. Adorei a sinopse, parece de fato ser bem interessante.


Ana Sá 16/01/2022minha estante
Que alegria ter acesso a sua experiência de leitura, Jackson! Fiquei super feliz, obrigada por essa troca!! ?


Ana Sá 16/01/2022minha estante
Obs.: estou correndo atrás do seu canal já!! rs


Jackson 16/01/2022minha estante
Ana Sá ?? S2




João Pedro 18/11/2021

Palavras que tocam
Gosto de deixar espaços para as leituras que me atravessam. Aqueles livros que surgem repentinos, embaralhando a ordem de leitura pensada. Prezo por dar atenção ao chamado de uma leitura, ao chamado ao encontro. Leitura é um ritual de encontro entre o leitor e o livro. "Família de quem" chegou assim para mim. Não estava em lista alguma, sequer sabia de sua existência, mas graças a algum algoritmo engraçado tive a sorte de encontrá-lo e, tão logo li a sinopse e alguns comentários, senti a leitura me chamar.

Em cinco contos únicos, que se entrelaçam ao ter como tema central as famílias, Ana Sá, em sua brilhante estreia literária e corajosa empreitada de se lançar como autora independente, transmuda em palavras os sublimes e por vezes delicados sentimentos que permeiam as diversas relações familiares. Diversas também são as facetas e personagens de cada conto, que, cada uma a seu modo, tocam em um ponto diverso do coração. Ao final, não se sai ileso dessa experiência táctil. Ana Sá é autora de palavras que tocam.

Tenho panfletado bastante a obra entre amigos e costumo dizer que é uma leitura que agrada fácil a quem se encantou com "O filho de mil homens", de Valter Hugo Mãe, ou com "Olhos d'água", de Conceição Evaristo.

Apesar de meu conto favorito ser "Madagascar", com menção honrosa a "Dia das Mães", parece que foi o conto "Compotas de amor" que mais imprimiu em mim algo de profundo. Vez por outra me pego refletindo sobre o conceito inventado pela protagonista infante, os seus amigos de escolha. A vida é bem isso, cheia de amigos e parentes de escolha, com os quais nos unimos pelo afeto mais que por qualquer coisa.

"As manhãs da infância e da adolescência de Elisa sempre tiveram cheiro de alho, e não de pão. Alho de mãe que madruga para aprontar as marmitas da família. É por isso que o acordar das periferias tem aroma de arroz ou de feijão. Na cozinha que amanhece já ocupada pelo meio-dia, fartura é um copo de leite ou de café, puro e em pé. Sem tempo de sorrir ou de partilhar a margarina do modo como se ensina na televisão. Mas para Elisa nada disso era incômodo. A gente não sente falta daquilo que desconhece." (p. 5)
Ana Sá 18/11/2021minha estante
Que lindeza de resenha! Caiu um cisco aqui! ???


Kamyla.Maciel 19/11/2021minha estante
João, que resenha maravilhosa!!! Eu ja tinha me interessado pelo livro e pela autora, mas ver o que você sentiu me preencheu de vontade. Falar em filho de mil homens e olhos d?água? certeza que será incrível!!!! Um abraço.


João Pedro 19/11/2021minha estante
Ana ?

Kamyla, que massa! Pode se jogar que você vai gostar. Abraço! ?




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