Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis




Resenhas - Esaú e Jacó


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Renata98 25/02/2024

Sendo um dos últimos livros de Machado de Assis, é perceptível que muito dos sentimentos do autor foram colocas nas páginas desse livro.
Para mim, a leitura foi prazerosa, mas não rápida.
Não se tornou o meu Machadiano preferido, no entanto, gostei muito.
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AnneKelly1 25/01/2024

Esaú e Jacó
A clássica história de gêmeos fisicamente idênticos, mas de personalidades claramente distoantes. Ainda assim, a narrativa irônica de Machado de Assis torna o texto rico, apresentando a vida de Paulo e Pedro desde o ventre da mãe, ambientada no período de transição do império para a república e nos convida a analisar até que pontos são realmente distintos, gêmeos e governos.
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L Soares 23/03/2023

A história dos irmãos Pedro e Paulo. Gêmeos, filho de um negociante rico, que se torna nobre com aspirações políticas.

O livro se passa na virada do século XIX, passando pelos eventos da abolição e proclamação da República e os conflitos classistas decorrentes.

Os pais curiosos sobre só destino dos filhos, acabam por procurar a Cabocla conhecida por fazer previsões certeiras, visitada por todo tipo importante da época.

A cabocla prevê que ambos serão grandes, mas revela que desde a barriga vinham brigando. Deixando os pais curiosos sobre nós os assuntos sem dar mais detalhes.

Os filhos crescem em constante conflito. Apesar de idênticos, um parece fazer questão de ter opinião objetivamente contrária ao outro.

O estudante de direito republicano e o de medicina monarquista, diante dos acontecimentos da época, se vêem em constante atrito, para o desespero da mãe, que sonhava que ambos fossem amigos.

E divididos ainda pelo amor da mesma jovem, apesar das tentativas da mãe, do conselheiro Aires, amigo da família, os dois seguem a sua guerra.

A leitura pela forma de escrita é um pouco lenta. A história se arrasta lentamente pelos anos de vida dos gêmeos.

A história é interessante, e nos remete aos sentimentos conflitantes vividos à época dos eventos pelas pessoas de acordo com suas ideologias. É uma boa leitura.

E o conselheiro Aires que dizem ser um alter ego do Machado é o melhor personagem sem dúvida.
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Dani 29/11/2021

Refinamento da escrita machadiana
Esta é, na minha opinião, uma das melhores obras de Machado de Assis; fluída, satírica e com um senso de humor muito refinado. Além de ser muito atual, pois levanta questionamentos, sem, entretanto, discuti-los profunda e explicitamente, sobre poli amor, polarização política, face news, etc.
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aurora 01/11/2021

? esaú de jacó ?
recomendaria para alguém que tenha vontade de estudar para vestibular, porque ele é uma obra mais madura do Machado de Assis. para quem leu dom casmurro e entre outros antigos das obras machadianas, provavelmente não iam gostar muito pois ele escreve esta obra "esaú e jacó", na minha visão, MUITO oposto dos outros que ele já
havia escrito.
É uma obra chatinha (um pouco para mim) de se ler, demorei muito tempo para termina-lo. porém, caso quiserem estudar para vestibular é recomendável como eu já havia dito, ainda mais nesta versão da editora que tem questões de vestibular no final do livro.
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Nino 21/08/2021

Maturidade misturando toda a experiência literária produzida
Fui a este livro sem saber de nada e acabei me impressionando. Na verdade, vi alguns erros sim – por mais que seja difícil de admitir que Machado erre, dada sua posição de ícone –, mas que humano não está sujeito a eles? Jogarei as pedras para depois dar os remendos com curativos.

Alguns dos pontos principais da história já foram mostrados em outros escritos, refiro-me a alguns contos. A indecisão de Flora entre os gêmeos (Trio em lá menor); a adaptabilidade política do brasileiro, a qual não faz ele prender-se em nenhum ideal (Um homem célebre); um determinado acontecimento com o Conselheiro Aires (Mariana). Ainda assim, não desmereço a história, haja vista que, no romance, Machado trabalha tudo com uma maior profundidade que apenas com um espaço mais longo de texto é possível se executar.

A narrativa deixa a desejar em prender o leitor. A insistência no ponto dos amores de Pedro e Paulo com Flora é interessante, porém decai um pouco a partir do momento em que os gêmeos não são tão desenvolvidos ao longo da história quanto a moça, transformando isso em algo cansativo. Comparado aos ciclos da trilogia clássica (Bentinho e Capitu; Cubas e Virgília; Sofia e Rubião), Esaú e Jacó não chega a atingir um ápice que Machado demonstrou ter.

Contudo, é necessário salientar que é um caso de amor interessantíssimo: Machado tomou a insistência romântica – aquilo de permanecer querendo o mesmo amor mais e mais – e combinou às intempéries da realidade, à indecisão, ou, para ser breve, à imperfeição humana.

Os personagens apresentados são incríveis. Fizeram-me pensar, inclusive, que esse é um romance de alheios: não uma história sobre protagonistas, mas sobre o que cerca os protagonistas. Aliás, insisto neste ponto: o que cercava os protagonistas realmente foi comentado com avidez, ironia e uma boa dose de crítica séria. O livro aborda momentos históricos do Brasil, tais quais a promulgação da Lei Áurea(1888) e a Proclamação da República(1889), mostrando que o Bruxo do Cosme tinha, sim, opiniões políticas que entregava para a burguesia rir e, em sua genialidade, fazer a elite carioca gargalhar da própria cara e estupidez inumana.

A impressão final que tive – não posso afirmá-la como certeza, considerando que não li Memorial de Aires – é que Machado tinha uma nova trilogia realista em mente, sendo esta obra a introdutória. Entretanto, é apenas uma opinião: vai saber o que aconteceria se o homem vivesse por mais alguns anos, já que, como ele disse no próprio livro:

"Conte mais com o imprevisto. O imprevisto é uma espécie de deus avulso, ao qual é preciso dar algumas ações de graças..."

Caso alguém precise de comentários acerca da edição, ela tem alguns erros de digitação que não incomodam no ponto de compreensão textual, mas realmente deixa a desejar no cuidado que todo bom editor deve ter.

Boa leitura!
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