Osório 31/07/2021
A linguagem desse livro é bem simplificada e não aborda somente o lado governamental. Demonstra a tentativa de implantação de uma saúde pública de qualidade desde a chegada da família real em 1808, se restringindo somente ao distrito federal, enquanto as localidades mais afastadas continuavam com péssimas condições de salubridade e sem assistência médica. Enquanto isso, a varíola assolava todas as cidades do país, mas a maior preocupação do governo era a febre amarela, que atingia diretamente a economia, maior preocupação da época. A vacinação obrigatória proposta por Oswaldo Cruz foi o estopim para uma série de protestos da população insatisfeita, levando a Revolta da Vacina em 1904, sendo combatida duramente pelo governo. Até a década de 1920, que a autora aborda, vemos uma lenta e gradual mudança nos aspectos da saúde pública, com uma tímida incorporação de uma cultura sanitarista, se consolidando somente no governo de Getúlio Vargas.