Queime Tudo

Queime Tudo Andresa Rios




Resenhas - Queime Tudo


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Santrog 09/02/2023

Quando voltar, traga o inferno com você!
Um livro nacional que se passa em minha amada São Paulo, com um começo meio confuso e arrastado que tive dificuldade em ler, por não conseguir prender minha atenção.

Foi difícil pegar o ritmo da leitura. O que me fez insistir e continuar lendo, foi a minha curiosidade de saber como o livro se desenrrolaria.

Confesso que não conseguia levar o assassinato a sério no começo e que estive do lado de Silas por não conseguir entender o que estava rolando, até a metade do livro, onde comecei a entender e me empolgar com a narrativa.

O relacionamento nada saudável que é apresentado é assustadoramente real, quantas mulheres já não viveram uma história de terror assim? Quantas mulheres não perderam a vida pelo mesmo motivo? Quantas pessoas não romantizam esse ciúmes doentio?

Uma crítica social super atual. O foda do livro é que não existe lado certo, nenhum dos dois lados tem razão, mas me vi do lado de Elisa, torcendo para fazer da vida do Silas um inferno.

A verdade que fica é: Dependendo de quem você é filho terá um lugar de segurança, não será responsabilizado por nada que faça, inclusive um assassinato.

Muitas coisas que foram mostradas no livro foram pouco explorados, como os amigos do Silas que sabem o perigo que ele é e deixa por isso mesmo, a grávida que morreu por nada, a violência que a Rosa sofre, os pais da Elisa que são advogados mas só são mesmo porque isso nunca é verdadeiramente usado e o final que foi meio sei lá.

Existem tantas coisas que quero falar sobre o livro mas por algum motivo minha cabeça está uma confusão e não consigo organizar as ideias e colocá-las de maneira ordenada aqui.

Em um resumo grosseiro temos como protagonistas um tóxico e outra vingativa, uma narrativa que explora diversos pontos sensíveis como feminicídio e deixa outros vários pouco explorados, mas é um livro bem bacana vale a leitura.
Paulo 10/02/2023minha estante
Lendo sua resenha, me lembrei de um espetacular livro que li de uma autora mexicana que, 30 anos depois, resgata a história do feminicídio sofrido pela sua irmã (uma história real). Recomendo a leitura: ?O invencível verão de Liliana?, de Cristina Rivera Garza.


Santrog 10/02/2023minha estante
Eita, vou procurar.




@livresenhas 05/01/2022

AMAMOS UMA METIDA PEITUDA VINGATIVA
?GAROTA INFERNAL? porém NACIONAL porém em São Paulo porém a gente gosta da rica metida peituda.

O que dizer sobre essa história? Eu absolutamente amei o plot e até a metade do livro eu estava desesperada para continuar, o livro tava 100% viciante e eu só queria voltar a ler.

A escrita é muito boa mas, mesmo amando alternância entre passado e presente, eu me perdia em alguns momentos e isso me fez gostar um pouco menos do final.

Isso não desmerece em nada essa história incrível, um dos melhores nacionais que já li. Amo dizer que absolutamente NUNCA confiei no Slias!!

A autora é totalmente genial. Peguei pra ler só por causa da capa e agora já quero ler tudo dela.
@livresenhas 05/01/2022minha estante
Gente está 3,5 na resenha mas mudei pra 4? aqui no skoob! Pra mim foi exatamente um 3,8? e recomendo muito?




vanes.rc 29/03/2024

Direto do inferno
Queime Tudo é um livro insanamente bom, onde ninguém se salva de ter uma moral minimamente questionável e caótica. Durante a leitura, a todo momento você vai se perguntar: "Tá, mas que merda aconteceu?" Então temos o ponto de vista dos dois lados, mostrados em capítulos que seguem uma linha do tempo entre antes, na noite e depois de Elisa Vasconcellos não morrer.

Elisa, o demônio de saltos vermelhos e um batom tão escarlate quanto os seus cabelos, é morta pelo namorado e no dia seguinte está de volta com toda a sua postura poderosa e sorriso brutal. A garota está disposta a queimar tudo, fazer da terra o seu inferno para conseguir a vingança pela qual voltou ao plano meramente mortal.

Não é uma história de lados. Esquece isso de certo ou errado, ou politicamente correto. Elisa ou Silas. Sem essa, mas confesso e entrego que acompanhar a vingança da Elisa teve um gostinho muito, mas muito saboroso e nessa mesma medida a gente percebe como o Silas é patético.

Quando ingressa em um relacionamento conturbado com Silas, com quem antes teve algumas desavenças, Elisa queria conhecer uma São Paulo pelo mundo do rapaz, sem os luxos com o qual está acostumada, mas quem diria que ela seria a próxima a ser enterrada pelos problemas do seu novo-quase-namorado?

A relação entre eles já começou toda e completamente errada e seguiu assim até o fatídico acontecimento. Tenho a impressão de que a mente do Silas traduziu "essa mulher quer acabar com a minha vida" para "eu preciso dessa mulher" lá no início porque (spoiler) ela o acusou de assédio e mesmo assim nasceu o desejo de estar com ela. OK, é inegável a química que rola entre os dois, os momentos que não estavam surtando um com o outro, quase te faz pensar "fofo", mas era coisa de segundos porque logo vinha a atitude mais babaca que poderia ser cometida, de ambas as partes. Tanto que a cada capítulo eu precisava parar, respirar profundamente e tentar, eu, não surtar.

O ciúme que sentem é doentio e tudo para eles se tornava uma competição pessoal, do tipo Elisa não pode ser melhor que Silas e Silas não pode ser melhor que Elisa. Uma coisa controladora, possessiva e muito, muito abusiva. Mesmo se "conhecendo" há tão pouco tempo, o sentimento que surgiu entre eles foi destrutivo e nada saudável. Em determinado momento, eu já pensava que, para o Silas, nunca houve um sentimento romântico pela Elisa, ele gostava da ideia de posse, de ter ela só para ele enquanto era indisponível para todo o resto. Já a garota realmente se apaixonou, a aproximação com o rapaz foi algo novo, uma descoberta de sentimentos e emoções para alguém que sempre esteve sozinha e seria facilmente manipulada por um cara bonito que sabe dizer as palavras certas.

A Andy foi extraordinária na criação dos personagens, na escrita, no desenvolvimento, nas referências. Eu gostei muito de como tudo foi ganhando um sentido ao decorrer dos capítulos até o momento que vem o "BOOM. Queime Tudo te faz passar muita raiva, entra na nossa cabeça de um jeito absurdo e isso não é ruim, pois o livro transmite muito bem a proposta dele. 


Enfim, sensacional.
amarxhi 29/03/2024minha estante
Amei a resenha!


debri 29/03/2024minha estante
amei a resenha amiga, tava sentindo falta já kkkkkkkkkkkk fazia um tempo que vc n postava uma


vanes.rc 30/03/2024minha estante
@amarxhi aaa obrigadaaa!!!!!!!


vanes.rc 30/03/2024minha estante
ai debri esse mês eu tive um bloqueio enorme tanto com a leitura quanto com a escrita, mesmo terminado outros dois livros n consegui escrever nada sobre eles. fico feliz que goste das resenhas, me motiva muito, muito mesmo. obrigada ?




Gabi 24/07/2021

Elisa Vasconcelos
Sinceramente achei que não fosse gostar tanto desse livro como eu gostei, até por que eu não leio muitos livros desse gênero, mais confesso que esse me surpreendeu positivamente e foi impossível não gostar.

A escrita da autora te prende do início ao fim, e você não consegue parar de ler até chegar ao final de cada capítulo!
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Bia 08/06/2022

Aviso de gatilhos: sangue, violência, feminicídio, relacionamento abusivo

Eu esperava gostar mais desse livro, talvez por estar esperando uma narrativa mais misteriosa ou policial, mas a maior parte é mais contando a história do relacionamento do SIlas e da Elisa e sobre a vingança dela. Acho que não é um livro ruim, e talvez por não fazer muito meu tipo eu não tenha gostado tanto.

Esse livro aborda um tema bem sério e muito sensível, e acho que não da maneira mais delicada (então cuidado quem for ler), porém de forma responsável. Várias coisas que a gente lê nessa história são angustiantes e revoltantes, mas eu gostei de como a autora deixou uma crítica clara ao tipo de comportamento do protagonista.

A trama tem uma proposta legal, mas a leitura não me cativou tanto e nem fluiu muito bem pra mim. Eu fiquei bem perdida na linha do tempo algumas vezes por causa da alternância dos capítulos, não sabia direito em que momento cada coisa tava se passando, e além disso achei que tiveram várias pontas soltas ou tópicos meio mal desenvolvidos.

Não me conectei realmente com nenhum personagem então sei lá, não me empolguei tanto com a leitura quanto eu esperava. Passei muita raiva lendo, tinha umas horas que eu só não aguentava mais ter que ler os pensamentos e atitudes do babaca do Silas, mas eu entendo que essa era a intenção do livro.

Foi uma leitura até que legal, não faz muito meu estilo e não conseguiu me prender tanto, mas talvez funcione pra outras pessoas.
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Arquelana 28/11/2021

como a terra parece um lugar pior que o inferno nesse livro?
eu amo sutilezas, e encontrei MUITAS nesse livro. ?queime tudo? é pros leitores de evelyn hugo que se viam encurralados entre amar e odiar personagens com intensidades diferentes. na mesma pegada, esse livro mostra a realidade dolorida de vítimas de feminicídio e assédio, mas de uma maneira tão ?normal? (no sentido de como são coisas cotidianas) que você só percebe o que acontece de verdade quando o pior aparece.

eu recomendo de todas as formas pra todo mundo que tiver estômago pra aguentar o tranco que é esse livro. simplesmente maravilhoso!!! ????

obs: só tirei 0.5 ?? porque algumas situações no final me deixaram confusa e atrapalharam um pouco a leitura, mas nada que tire qualquer mérito dessa belezura
schkarol 21/08/2023minha estante
"como a terra parece um lugar pior que o inferno nesse livro?" MEU DEUS SIM!
Foi isso que fiquei refletindo enquanto lia. Demônios sendo menos horríveis o que humanos.




Laulisa 17/07/2021

Uma das melhores leituras do ano
Esse livro foi uma montanha-russa de emoções do começo ao fim.

Queime Tudo me interessou desde a sinopse, porque, apesar de não estar muito acostumada a histórias de terror, eu sempre gostei de uma boa trama de vingança. A premissa da mulher que voltou dos mortos para conseguir justiça pelo seu assassinato me chamou a atenção de cara, e eu decidi ler só porque achei que seria extremamente satisfatório.

Foi muito mais do que satisfatório.

Todas as certezas que eu achei que tivesse começaram a se dissipar já nos primeiros capítulos. Desenvolvida em três espaços temporais diferentes, toda a construção foi feita com muito cuidado; a narração me fez duvidar, muitas vezes, do papel de inocente e culpado (e talvez essa tenha sido mesmo a intenção, porque lá pelos capítulos finais, quando peguei nojo de quem deveria mesmo, o impacto foi grande até pela dúvida ter surgido.) Em momentos distintos, senti empatia e desconfiança tanto pelo Silas quanto pela Elisa. Criei várias teorias, principalmente em relação à presença recorrente daquele gatinho preto. Foi o equivalente literário de ficar na beira do assento, esperando o que ia acontecer a seguir.

O ritmo é frenético, mesmo com a narrativa não linear. Eu piscava e tinha lido mais 30% sem nem sentir. Na segunda metade, isso evoluiu ainda mais: eu estava ansiosa para descobrir o que, realmente, tinha acontecido na noite em que a Elisa (não) morreu, e, apesar de saber quem era o responsável, o modo como tudo se desenrolou ainda me chocou. Quase não consegui tirar a atenção do Kindle o dia inteiro. Quando cheguei no final, estava quase vibrando, porque, como eu disse: muito mais do que só satisfatório.

Uma das minhas partes favoritas foi o Inferno desse universo, os acordos e os demônios e o modo como tudo funcionava. E o Daniel, é claro, que me conquistou de jeito mesmo que só tenha aparecido mais tarde na narrativa.

Esse não é um livro para quem tem o estômago fraco; o teor dele é pesado, e tem cenas de violência tanto explícitas quanto implícitas. Mas, para aqueles que não são afetados por esses gatilhos, a leitura vale muito a pena. Posso ter começado sem saber, exatamente, o que esperar, mas foi definitivamente um dos melhores do ano até agora, e eu vou recomendar até cansar.
Ana Rita 17/07/2021minha estante
Uau, já quero ler


Laulisa 17/07/2021minha estante
vale muito a pena!




kissylasky 01/01/2022

Montanha russa
Complicado falar desse livro, viu?

Eu me apaixonei pela capa, li a sinopse e gostei, por isso peguei para ler pelo Kindle Unlimited com uma urgência que só Deus sabe.

A leitura fluiu bem de boa, mas eu comecei a achar algumas coisas meio repetitivas e incoerentes e isso quebrou um bocado minha empolgação.
A protagonista parece forte, mas dali a pouco ela parece uma completa idiota - tudo bem que a gente oscila mesmo, mas não é linear essa mudança no texto - e daqui a pouco ela volta a ser um mulherão.

Aí veio mais um momento "pera" [não se preocupem, não é spoiler, não tem relevância NENHUMA no texto]: o bendito gato preto, sobre o qual se lê uma, duas, três, quatro, zzz...
Do mesmo jeito que ele apareceu, ele sumiu na história. Veio do nada, para nada e foi pra lugar algum (imagino que na sequência talvez se explique, mas poxa, que furo).

A ideia de contar a história em tempos diferentes virou uma zona, teve hora que eu segurei o Kindle contra o peito, respirei fundo e precisei reorganizar as ideias olhando para o teto - me recusei a anotar, eu queria ler para me distrair, não fazer atividade.

Ainda assim, olhando por cima, a trama é boa.
O final é maravilhoso, mas (achei) o fim alternativo é um bônus desnecessário.
Parece uma tentativa de agradar a todo mundo oferecendo opções pra prender a atenção.

Terminei pensando que uma boa revisão e poucas mudanças poderiam mudar tudo do bom para o excelente, mas me deparei com os agradecimentos, onde a autora diz ter contado não apenas com uma, mas sim duas amigas para revisar o texto e isso me deixou incrédula.

Enfim, vale a leitura SE você não tem o hábito de ler muito.
Caso contrário, vai reparar que é tão baseado em outras tramas que inclusive até as menciona no próprio texto.

Como eu disse, difícil uma opinião direta.
Anaju 01/01/2022minha estante
Concordo com tudo, sem tirar nem pôr ??


Faby31 09/01/2022minha estante
Lendo sua resenha que lembrei do gato kjknkjk esqueci completamente dele


Faby31 09/01/2022minha estante
Você descreveu bem o que eu queria dizer sobre a Elisa, mas não tava encontrando as palavras certas


kissylasky 09/01/2022minha estante
Pois é... Esse gato me encheu. ?
E o tanto de vezes que a palavra "inferno" apareceu? Minha nossa...

Achei a Elisa bem forçada. Parecia forte, mas quando eu acreditava nisso ela parecia uma babaca molenga.
Oscilou demais.


Faby31 09/01/2022minha estante
Sim, exatamente. Pareceu que a autora quis usar um estereótipo, mais ou menos como aquele filme do "garota infernal".




Grazi.ela 11/02/2024

Não sei...
Não sei se gostei, mas quero ler a continuação.
Achei bem forçado a normalidade da situação, sabe? Mas simpatizei com a Elisa e quero saber mais dela.
No geral, me diverti com a leitura. Acho que é o que importa.
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Faby31 12/11/2021

Bom, mas poderia ser melhor
Primeiramente, quero deixar claro que o que me fez ter vontade de ler esse livro foi a capa, que é maravilhosa! Principalmente quando soube que foi a própria Andresa quem a ilustrou. Segundamente, Andresa conseguiu escrever uma sinopse que chama a atenção dos leitores, que também foi essencial pra eu ter o ímpeto de começar a lê-lo (ressaca literária é complicado skkss).

Agora, ao livro: como diz o título da resenha, ele é bom, mas poderia ser melhor. A ideia é maravilhosa: uma mulher, vítima de um relacionamento abusivo e de um assassinato pelo próprio namorado, volta do inferno em busca de vingança (não considero isso um spoiler, já que a Elisa nunca escondeu o que aconteceu e a autora também não, então vou considerar que a intenção era de construir um plot twist). Antes de comentar sobre o enredo, personagens e etc., gostaria de pontuar algo: algumas coisas passaram despercebidas na revisão, em especial a pontuação de diálogos e frases. A autora publicou de forma independente, e eu sei o quanto contratar um revisor pode ser caro, porém, os deslizes que percebi podem ser corrigidos facilmente em uma revisão mais atenta.

Vou dividir minha crítica em dois aspectos, primeiramente sobre a construção dos personagens e depois sobre o enredo em si.

Considerações sobre os personagens:
Não consegui gostar verdadeiramente de nenhum personagem, o que me deixou triste. Eu queria gostar da Elisa, mas no final eu não consegui sentir nada. Entendo que o propósito do livro fosse contar a vingança e o acontecido, mas senti muita falta de um pouco mais de Elisa sem Silas. A construção da personagem dela passou a impressão daquelas heroínas que são fodas apenas por serem fodas e é isso aí. Resumindo, achei a personagem forçada. Apesar disso, eu senti pena dela e raiva do Silas nos momentos de escrotisse dele, mas só isso.

Sobre o Silas agora: que ódio desse [*****]. E eu sentir ódio dele é bom, indica construção de personagem. Porém, eu só senti ódio, nada mais. Nos momentos em que tecnicamente era pra eu sentir pena, empatia ou nojo, eu não senti nada. Nem senti satisfação com a morte dele, pelo contrário, fiquei muito mais interessada no Daniel e no inferno do que no Silas.

Falando em Daniel, ele foi, pra mim, o personagem mais cativante da história. Não sei o exatamente me fez gostar tanto dele, foi natural. De repente eu estava shippando ele e a Elisa kjkjkj

Considerações sobre o enredo:

1 - Não sei se eu perdi essa parte, mas não vi o desfecho do assassinato da Valquíria. Apesar de ter ficado subentendido que o pai do Silas iria encobrir tudo, não houve menção ao caso por parte do pai dele. Silas poderia, sei lá, ter ficado nervoso ao descobrir que encontraram o sêmen dele, ou algo assim. Acho que ver ele todo nervoso seria muito mais satisfatório do que a Elisa simplesmente ter torturado ele;

2 - Senti falta de explorar mais o que aconteceu no inferno e os motivos pela Elisa ter voltado. O inferno poderia ter sido um cenário muito melhor explorado, assim como o personagem do Daniel. Afinal, por que ele é um demônio diferente? Por que ele ignorou o que o diabo ordena por uma mulher aleatória? E qual o sentido dela ter ido torturar ele na terra, sendo que de todo jeito ela voltaria pro inferno e iria torturá-lo pro resto a vida? Mesmo que fosse pra aproveitar ele vivo, de todo jeito, na primeira versão de final, ela mata ele.

Talvez eu mude de opinião em uma segunda leitura, mas é o que penso no momento. Agora, vamos aos elogios:

1 - A narrativa é fluída e se desenvolve de modo a não cansar o leitor, uma vez que os capítulos são intercalados entre presente, passado e futuro;

2 - A escrita da autora é muito gostosa de ler e fácil de entender;

3 - As artes dos banners de capítulos estão maravilhosas, e deram um charme. Adoraria ver o que a Andresa faria em um livro físico!

4 - Há uma ótima intercalação entre diálogos e narração;

5 - O desenvolver do relacionamento abusivo de Silas e Elisa é muito bem construído e sutil;

6 - As ações e motivações dos personagens, em sua maioria, têm boas justificativas e são mostradas muito sutilmente na história, como o ódio de Diana por Elisa;

7 - A ideia é maravilhosa, um novo modo de mostrar e falar sobre relacionamentos abusivos (tanto de pais, mães e filhos(as), quanto namorados), além de dar um gostinho de vingança que sempre quisemos ter nesses casos de injustiças.

Acredito que 99% das coisas que apontei seriam resolvidas com um acréscimo de alguns capítulos ou cenas. Apesar da intenção da autora possivelmente ter sido focar somente no relacionamento do Silas e da Elisa, como demonstra a divisão temporal do livro, acrescentar informações daria mais riqueza aos personagens e à história.

PS: nos gatilhos informados na sinopse, deveria ter sido colocado "canibalismo" também, já que é um tema que eu considero meio difícil de engolir. Ok, piada inapropriada, mas fica o aviso.
kissylasky 01/01/2022minha estante
Ufa, que alívio ler isso aqui.




ca 12/01/2022

Que livro PERFEITO!!!!!
A história me deixou curiosa desde o início, é tão bem contada que você por um momento até acredita no Silas e sente dó mesmo sabendo que ele é um assassino desde a primeira página, vou conforme vai passando você percebe como diversas atitudes eram extremamente tóxicas e uma pessoa que está num relacionamento desses mal consegue perceber, eu AMEI o final, e mal vejo a hora de sair o spin-off ? Elisa RAINHA, passei pano do início ao fim, tudo que ela fez com as pessoas foi super merecido, e o Daniel que aparece tão pouco e roubou meu coração, recomendo MUITO a história, mas se forem ler deem uma olhada nos gatilhos antes!!
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Rebeca Cristina 29/12/2021

"Diabólico, cruel e capaz de destruir almas."
Com capítulos divididos entre passado e presente, Queime Tudo é um livro que te deixa curioso para saber as respostas e te vicia conforme as páginas vão passando. Fiquei confusa algumas vezes durante a leitura, juntamente pela divisão dos capítulos mas não foi nada que realmente me atrapalhou.

A forma como a autora soube dosar o abuso do Silas pouco a pouco, até o seu limite e nos mostrar como o mesmo manipulava a Elisa de diversas formas, é incrível e real. Elisa não é uma mocinha sem defeitos mas ainda assim, é uma vítima e a forma como isso foi construído é excelente.

É um livro para se pensar e colocar a mão na consciência ao notar que está sendo manipulada da mesma forma que Elisa foi. Estou ansiosa para acompanhar Elisa e Daniel no spin-off que está por vir em 2022.
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Bru 07/12/2021

Viciante. Uma loucura de emoções, uma hora você torce por eles, depois concluí que uma terapia seria a melhor solução, e logo em seguida que a morte é a saída. O relato é intercalado em três períodos, a noite da morte, dias antes da morte e meses depois da morte. Não é exatamente um suspense, segundo a autora o livro é como se fosse uma sátira aos filmes de terror trash.
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Julia 20/09/2021

dolorsamente realista.
esses dias eu estava pensando em como estava com saudade de ler um livro e dar 5 estrelas para ele e, surpresa, aconteceu com esse. eu não poderia estar mais satisfeita.

é um livro rápido, com uma escrita que flui tão bem que, quando você percebe, já terminou e quer ler mais livros da autora.

a ambientação, a cidade São Paulo, não deixa a desejar. a autora traz perfeitamente seus detalhes, como os bares quentes, mas divertidos; as ruas sempre com as luzes acesas; os metrôs sempre lotados; e o melhor: o fato de que ali tudo é possível. infelizmente, isso também é um ponto ruim do lugar.

na história conhecemos elisa, uma ruiva de gênio forte e incrível, com frases prontas na ponta da língua e brilhantes olhos que parecem ler tudo que as pessoas pensam. no entanto, apesar de todo o poder financeiro e arrogância que ela esbanja, a garota não passa de uma pessoa inocente e sensível - e ela sabe disso. elisa é apenas uma garota quebrada, que pagou caro demais por nunca ter tido a chance de saber o que o amor é e até que ponto ele está ou não presente. foi vista por silas como uma pessoa fácil de manipular, desde o início, com essas mesmas palavras.

ah, o silas... a escrita da autora é tão boa que no início, mesmo o livro deixando claro o que ele havia feito com elisa, eu tinha que por vezes parar, respirar e me lembrar de que se tratava de um relacionamento abusivo. o por quê? bem, a escrita da autora é mesmo boa. ela não só lidou perfeitamente bem ao escrever um relacionamento abusivo, como também criou e moldou seus estágios assim como a vítima os vê ou sente (e isso é surreal, uma vez que o livro é contado em terceira pessoa).

no início, era um toque sutil, um aperto leve no braço, um puxão para tirar a garota do lugar. você não sabe se é porque o silas está aflito ou só porque ele é um bosta mesmo, assim como acontece com as vítimas. eu fui uma vítima. no início, a gente sempre tenta se convencer de que é coisa da nossa cabeça. e então, quando eu já estava brava comigo por quase romantizar aquela relação - quando ele era fofo com ela e parecia que tudo ia dar certo se os dois ficassem juntos -, passamos para o estágio em que tudo fica mais evidente: os puxões leves passaram a surtos. silas começou a bater nas pessoas. elisa passou a ter medo dele. e as cenas humilhantes vieram...

não vou me demorar muito nisso, mas a autora me tocou de uma forma que me fez chorar, algo que não acontece com muitos livros. ela não só aborda com excelência o relacionamento abusivo, como também a negligência familiar e a mãe narcizista. eu tenho, e me senti tocada com determinados trechos ali inseridos. por um momento, me senti acolhida e, por mais que aqueles trechos com quais eu me identifiquei deixassem claro a péssima situação que é ter uma mãe assim, eu me senti feliz. alguém entende que não é drama, alguém entende que isso existe e está tudo bem.

"era como se ela quisesse proteger elisa de tudo, inclusive do que a fazia feliz. era como se estivesse disposta a destruí-la só para depois juntar os pedaços e dizer que havia, de alguma forma, a consertado."
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