Gerson 23/01/2023
A neurociência esclarece mas também tem suas limitações.
Com uma linguagem acessível, que mistura relatos pessoais, análises de estudos recentes e referências históricas e literárias, o autor discorre sobre algumas das emoções mais importantes presentes nos seres humanos.
Com humildade, Giovanni Frazzetto deixa bastante claro que a neurociência tem suas limitações e de que nem sempre é a melhor fonte de conhecimento a ser acessada. A respeito do amor romântico por exemplo, ele faz questão de destacar a importância de escritos filosóficos e poéticos ao longo da história sobre o tema.
Minha parte favorita é a crítica feita ao aumento no consumo de remédios ansiolíticos e antidepressivos. Parece que com o acesso a essas drogas, qualquer nível de dor ou desconforto precisa de tratamento medicamentoso. O ideal seria o consumo restrito apenas aqueles que de fato precisam. Nem todo sofrimento, mesmo que prolongado, é sinônimo de transtorno mental.
Por fim, sublinho um dos trechos que mais gostei (que está presente no capítulo sobre ansiedade):
"Refletir sobre a vida é ser retirado do carrosel, do qual confortavelmente se faz parte e ser deixado no centro de um palco vazio com os holofotes apontados em sua direção".