As nove vidas de Rose Napolitano

As nove vidas de Rose Napolitano Donna Freitas




Resenhas - As nove vidas de Rose Napolitano


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Aione 27/10/2021

As Nove Vidas de Rose Napolitano é o mais recente lançamento de Donna Freitas e seu primeiro livro no Brasil, embora a autora já tenha várias outras obras. Publicada pela editora Paralela e com tradução de Lígia Azevedo, foi uma leitura que devorei em um dia e que não consegui não favoritar ao finalizá-la.

Rose e o marido discutem em uma manhã. Ela não está tomando as vitaminas que havia prometido após chegarem a um impasse: ele mudou de ideia quanto a ser pai e agora quer uma criança, mas ela segue firme em sua decisão de não ser mãe. Então, Donna Freitas trabalha a mesma discussão com nove conduções diferentes, que levam a consequências distintas, fazendo com que o livro retrate realidades alternativas e simultâneas.

Em primeira pessoa, As Nove Vidas de Rose Napolitano é extremamente envolvente. Somos jogados nas emoções e dúvidas de Rose, mergulhando em sua interioridade e seus questionamentos a respeito da própria identidade. Como as nove vidas são trabalhadas simultaneamente — e os capítulos sinalizam a qual vida se referem —, a leitura pode parecer confusa; em minha experiência, apenas deixou tudo mais dinâmico e interessante, mesmo que eu às vezes precisasse parar para me lembrar o que havia acontecido em cada vida. 

"A questão da maternidade, se vou me tornar mãe e, em caso positivo, quando, e, se eu não me tornar, o que vai acontecer; tudo isso intimamente relacionado a quem sou enquanto mulher, boa ou má, realizada ou não, egoísta ou abnegada, feliz ou infeliz, tudo isso ligado a casamento, trabalho, divórcio, constituía uma pedra gigantesca, pesada, que carreguei durante anos, rolando, empurrando, como um Sísifo formoso, de salto alto ou tênis de corrida, com as roupas do trabalho, pijama ou calça jeans.
Agora dou um toquinho nessa pedra, de leve, e a vejo rolar montanha abaixo e se despedaçar na ravina.
Gostaria de nunca a ter carregado."
página 327

Um dos pontos altos da leitura é o esmero e sensibilidade com que a protagonista é construída. Como típico de uma personagem esférica bem trabalhada e, portanto, complexa por definição, os diferentes encadeamentos retratados fazem sentido, mesmo que possam ser contraditórios entre si. Dessa maneira, Donna Freitas demonstra não só as possibilidades de escolhas que podemos fazer a partir de diferentes ponderações, como também a típica fragmentação identitária do sujeito pós-moderno. Ao mesmo tempo, se há essa fragmentação ao longo do enredo, adorei como o livro procura reunir as identidades, permitindo a leitura de que há um momento em que Rose pode compreender e aceitar melhor quem é, independentemente do caminho trilhado até ali.

Outro tema central em As Nove Vidas de Rose Napolitano é o debate sobre as questões de gênero. Para além do impasse criado pela contraposição dos desejos pessoais — Rose não quer ser mãe, seu marido quer ser pai —, o que adiciona camadas extras ao conflito é a pressão sócio-cultural exercida por uma sociedade patriarcal na qual os papéis de gênero são pré-estabelecidos. Se Rose quisesse ser mãe e seu marido não quisesse ser pai, boa parte do enredo não existiria, porque ela não enfrentaria os dilemas a que é submetida pela situação ser o contrário. Vale dizer que o romance se limita a retratar a perspectiva de uma mulher branca e cisgênero, considerando que pessoas não-binárias e homens trans também podem engravidar, mas a discussão presente ainda assim é válida.

Talvez tenha faltado na leitura uma ou duas vidas para Rose — ou então que Donna Freitas fosse mais explícita nessa ideia em específico, já que ela está presente no livro —, que não sugerissem possíveis aceitações, advindas com o tempo, a respeito das transformações ao longo da vida. Ao mesmo tempo, fiquei satisfeita em como a autora conduziu a trama por brincar com a ideia de destino, sugerindo que, mesmo em caminhos e épocas diferentes, algumas coisas estão fadadas a estarem em nossa vida — algo que, se não funciona por completo em questionamentos fora da ficção, ficou interessante dentro dela, e que também me chamou a atenção em Em Outra Vida, Talvez?, de Taylor Jenkins Reid. Paralelamente ao destino, fica representada a sugestão de que os acontecimentos são fruto de estarmos ou não alinhados a quem somos, e a carga de leveza ou de sofrimento que carregamos pode variar conforme resistimos a aceitar nossa própria essência. Dessa forma, As Nove Vidas de Rose Napolitano é um livro sobretudo sobre identidade: o que a constitui e nossa constante busca por ela. Foi um livro que não consegui largar e que me envolveu por completo. Me vi imersa nas vidas de Rose, como se suas dúvidas e batalhas fossem minhas. Senti o poder da narrativa quando, talvez, sua vida que mais me impressionou foi aquela em que Rose seria a mais condenada, mas que demonstrou para mim com ainda mais intensidade sua luta pelo direito de ser quem é e sentir o que sente.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2021/10/27/resenha-as-nove-vidas-de-rose-napolitano-donna-freitas/
Débora 27/10/2021minha estante
Amei a resenha! Esse vai pra minha meta! Obrigada, Aione, por compartilhar suas impressões!?




bru 18/10/2021

Reflexivo, porém maçante
Tinha tudo para ser um baita livro.

Adorei o fato de a autora ter trazido um tema tão importante e pouco abordado como a questão da maternidade, infelizmente, mesmo em out/21 ainda vemos uma romatização massiva em cima da maternidade, porém, existem mulheres que não querem isso. A história poderia tomar um rumo muito feliz com essa abordagem, porém, ficou massivo, cansativo e exaustivo, e em algumas partes os personagens não foram bem construídos.

Um ponto que julguei super importante foi o incômodo que a autora me fez sentir em não conseguir esboçar nenhuma opinião sobre o que estava acontecendo.

Alerta de gatilho: luto e maternidade

E um PS grande: eu daria um murro na cara do Luke.
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Italo Bernardo | @wesleyliterario 23/08/2021

Excepcional
#WesResenha

"Quem tem amor, amizade e uma família tem o bastante para atravessar os períodos difíceis, os dias, os meses e anos de perda, o luto inevitável de se estar vivo. Há paz nisso, e uma espécie de felicidade. Isso é tudo que alguém pode esperar, acho, de uma única vida."

Uma das únicas certezas da vida de Rose Napolitano era que ela não teria filho. Apesar da maternidade ser um desejo de muitas mulheres, se tornar mãe não era uma possibilidade que ela cogitou. Não era fase, não era brincadeira, não mudaria com o tempo. Essa era a sua vida, e ela tinha o direito de não querer filho. Até que o seu marido exigi de Rose um bêbê, e ela vê o homem que amou indo embora, seu casamento prestes a acabar e um leque de futuros que se moldarão a partir de suas escolhas.

Uma leitura que me surpreendeu. Como o título nos mostra, a histótia de Rose mostra 9 possíveis vidas para as escolhas da protagonista e isso foi feito de maneira bem pensada, apesar do estranhamento no início, logo nos acostumamos com a narrativa e ficamos preso as escolhas e futuros que são contados.

A obra toca em um assunto que a sociedade insiste em reforçar: a maternidade. As mulheres são submetidas a constantes pressões, mesmo que subjetivamente, para se tornarem mãe, algo que é somente decisão delas mesmas, mas a herança do patriarcado e a dificuldade social de destruir determinados estigmas exige que a mulher se tornem mãe, como se o corpo feminino fosse de domínio público e devesse cumprir o desejo da sociedade. Ter ou não ter uma filho é decisão de cada indivíduo, ninguém tem o direito de interferir nessa decisão.

Donna Freitas discute essa temática com muita sensibilidade e ao apresentar as diversas vidas de Rose, nos faz entender como as cada decisão modifica nosso futuro e quem nos tornamos ao passar dos anos. Sobre luto, as nuances da maternidade, luto, sonhos, amizade, família e amor, "As Nove Vidas de Rose Napolitano" é uma história linda de reconhecimento e identidade, escrita de modo original, que revela como determinados acontecimentos estão destinados a acontecer e nenhuma de nossas escolhas poderá mudar isso.

"Eu gostaria muito que o mundo fosse diferente. Que as pessoas achassem tão normal uma mulher não querer ter filhos quanto querer. A pressão que eu sinto para ser alguém que não sou às vezes é forte demais."

PS: A leitura pode acionar gatilho para pessoas que tiveram/tem problemas com maternidade.
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@emcadacapa 27/08/2021

Reflexivo e para te fazer evoluir!
?Uma pergunta. Uma escolha. Nove caminhos para uma vida.?
Essa frase de capa foi uma das coisas que mais me chamou a atenção nesse livro, e acho eu, que dá uma boa idéia do que se esperar da história, mas estou me adiantando no que quero falar, deixa eu voltar um pouco?

Rose Napolitano é uma professora universitária, uma mulher com uma carreira brilhante, mas diferente de tantas outras mulheres, Rose não quer ser mãe. E é a partir desse principio que toda a trama vai se desenrolar. Acompanharemos nove possibilidades de vidas para as escolhas da Dra. Napolitano onde alguns poucos pontos se mantem imutáveis, como o seu casamento com Luke, protagonista do estopim de toda a narrativa, o questionamento sobre o frasco cheio de vitaminas que Rose prometeu tomar.

O ponto chave de discussão nessa história é o fato de Rose não querer ter filhos, a pressão que mulheres sofrem da sociedade quando vão de contra a ?natureza de toda mulher?. A autora soube narrar esse e diversos outros temas de uma forma incrível, passando por tantas nuances que é impossível você não se sentir tocado de alguma maneira. A narrativa é feita alternadamente entras as possíveis vidas de Rose, entregando em cada uma delas flashbacks que vão deixando tudo ainda mais palpável e imersivo.

Além da questão da maternidade, passamos também por casamento, traição, luto, amizade e amor. Muitos dos sentimentos que nos tornam nada mais e nada menos do que humanos. Temos aqui um drama contemporâneo sobre viver, sobre nossas escolhas e as suas consequências, e de como lidamos com isso.

Indico esse livro a todos que procuram evoluir, aprender sobre como o ser humano pode ser complexo e incrivelmente diverso.
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@leiturasdabah 28/10/2021

"SOU UMA MULHER, UMA ESPOSA, PARTIDA EM DUAS"
Rose consegue se formar no doutorado e tornar-se uma professora universitária de sucesso, que aprecia a própria companhia e não deseja ter filhos. Em um dia inesperado, ela conhece Luke; um fotógrafo iniciante que conquista seu coração.

Ambos tem interesses em comum e se casam apaixonados.
Mas os anos passam e os objetivos de Luke não são mais os mesmo, influenciado em grande parte pelos país. Ele não queria filhos, mas mudou de ideia, fazendo o casal chegar a um impasse. Quem cederá?

Rose buscando paz, promete começar a tomar vitaminas, mas para de ingeri-las no decorrer dos dias. Seu marido acaba descobrindo, gerando uma grande briga, que se repete nove vezes.

São duas opções : Ter ou não ter um bebê. E a partir delas, vivenciamos a mesma discussão 9 vezes, e cada uma delas termina em uma versão diferente, trazendo resultados diferentes para ambos.

"As Nove Vidas de Rose Napolitano" é um dos livros mais inteligentes, complexos e profundos que já li.

A narrativa é fluida, envolvente e difícil. Acompanhar todas as vidas que a protagonista vive a partir de diferentes decisões, pelo mesmo motivo, toca o coração desesperadamente. Vivenciar suas escolhas sendo certas, erradas ou equivocadas transbordam pura empatia, amor e comoção.

O drama de Rose é palpável e real como o de milhares de outras mulheres, que se vêem pressionadas a reproduzir ou nunca serão completas, enquanto os homens nunca são cobrados por priorizarem suas carreiras e escolhas.

Dói ver o sofrimento de Rose e o julgamento constante que é sujeitada, como também machuca conhecer seus defeitos e erros recorrentes.

Entre decisão de ser ou não mãe, a autora trabalha todas as possibilidades possíveis, e brilhantemente, faz com que a maioria delas se unifique, o que me impressionou e surpreendeu demais ♥️

Não era a história que estava esperando, mas a que eu estava urgentemente precisando.

Com uma mensagem poderosa sobre amor próprio, feminismo, união familiar e como se reinventar milhares de vezes, essa foi uma das minhas maiores e mais poderosas experiências literárias

site: https://www.instagram.com/p/CVjInHeLIWa/
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jAlia372 16/12/2021

Nem bom, nem ruim.
No começo tava adorando, só nas primeiras 30 páginas fiz umas 5 marcações e pensei "nossa vou amar esse livro", mas acabou que me enganei e depois só achei... chato, repetitivo.

Pelo título imaginei que cada vida dela seria super diferente, um milhão de possibilidades, mas não, todas as vidas seguem de um mesmo ponto e ou ela tá grávida ou não tá. Sinceramente achei um saco, só não dei menos estrelas pela parte da mãe dela que foi o mais emocionante que teve aqui.
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Aninha @tolendomuito 25/08/2021

Um livro que aborda questões da maternidade, de ser mãe, de querer ter filhos estando ou não em um casamento. Toda mulher tem a obrigação de se tornar mãe como a sociedade determina? Não!

Através das nove, possíveis, vidas de Rose Napolitano o leitor irá perceber que nossas escolhas nem sempre determinam nossas vidas e o que o destino pode nos surpreender.

Leitura excelente!
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Diane Ramos 21/09/2021

AS NOVE VIDAS DE ROSE NAPOLITANO
As Nove Vidas de Rose Napolitano é um livro que me chamou a atenção desde que a Editora Paralela anunciou o seu lançamento nas redes sociais. O livro já me ganhou logo de cara com essa capa linda, depois me conquistou ainda mais com uma sinopse intrigante sobre o poder de nossas escolhas. Geralmente, livros que trazem essa questão das consequências de nossas escolhas ao longo da vida são leituras que me fazem refletir muito e são excelentes experiências. Sendo assim, assim que o pacotinho do Time de Leitores chegou aqui em casa já furei a fila e iniciei logo a leitura! Confesso que foi uma leitura com muuuuuitas reflexões, me fez reavaliar várias questões e já arrisco dizer que As Nove Vidas de Rose Napolitano estará na listinha de melhores do ano!

O livro se inicia com Rose Napolitano brigando com seu marido Luke, por causa das vitaminas que ela prometeu tomar quando tentassem engravidar, mas não o fez. Antes de se casarem, ele garantiu que nunca ia querer filhos, mas mudou de ideia. De repente, o casamento deles passa a depender de uma única resposta: Rose consegue encontrar dentro de si o desejo de ser mãe? Ela é uma professora e acadêmica de sucesso, e ter filhos nunca esteve em seus planos. O conflito acaba, junto com o casamento.

E então Rose briga com Luke sobre as vitaminas, de novo. Dessa vez, a discussão se desenvolve de outra forma, e Rose luta para entender se conseguiria desistir de uma certeza para salvar seu casamento, se conseguiria reimaginar a própria vida de uma maneira completamente diferente.

Uma manhã. Uma briga. Nove escolhas. Nove vidas diferentes. Através de uma escolha de vida decisiva em nove versões diferentes, Rose Napolitano nos leva por todos os caminhos que moldam a vida de uma pessoa, refletindo sobre trajetórias que ressignificam o que é ser mulher. Cada expectativa, cada decisão, cada jornada, cada resultado, cada pedaço de si mesma perdido e encontrado pelo caminho. Um romance profundo sobre uma mulher que nunca quis ser mãe e as diversas formas como a vida pode nos surpreender.



As Nove Vidas de Rose Napolitano é narrado em primeira pessoa pela protagonista Rose, o que possibilita uma aproximação bem forte entre o leitor, já que acompanhamos bem de pertinho todos os seus medos, receios e sentimentos que cercam todas as suas decisões. Donna Freitas escreve um romance baseado nas possíveis consequências de nove diferentes ações da protagonista em um momento específico. Cada "escolha" ramifica um leque de consequências e somos levados a conhecer nove possibilidades de futuro para Rose a partir do momento em que ela se vê pressionada a ser mãe contra sua vontade. A autora criou um ambiente familiar com tanta perfeição que a sensação que dava era que estava diante de um big brother, porém acompanhando a vida e as decisões de uma única família. Essa relação mãe/filha, marido/mulher, nora/sogra é muito presente em toda a narrativa e, assim, fica muito fácil adentrar a vida de Rose e acompanhar e compreender todas as suas escolhas e caminhos que a sua vida tomou.

A protagonista Rose Napolitano é uma mulher forte, independente, corajosa e que sempre teve uma certeza em sua vida: não queria ter filhos. Através de cada escolha feita por Rose acompanhamos a reinvenção de sua vida, como ela vai abdicando de si mesma e tornando cada vez uma mulher mais diferente do que ela sempre imaginou ser. Confesso que não concordei com todas as atitudes da protagonista, algumas realmente vão contra os meus valores, porém, independente da escolha de Rose, o que mais se sobressai em cada página é a falta de respeito com o corpo da mulher. Rose nunca teve desejo de ser mãe, sempre deixou isso bem claro, e, mesmo assim, tem que lidar com uma pressão da sociedade a fazendo renunciar a si mesma para cumprir um papel tradicional, que ela nunca desejou. Rose não é perfeita, comete erros e, ás vezes, até bagunça a sua vida, mas, acho que essas características é que deixam o livro tão real, tão verdadeiro, afinal, a vida é cheia de erros, dúvidas e incertezas e é justamente essa sensação que Rose Napolitano nos transmite.

As Nove Vidas de Rose Napolitano é um livro que fala sobre o poder de nossas escolhas e a consequência que cada uma delas acarreta em nossa vida a longo prazo e como o destino pode interferir em nossos planos quando menos esperamos, nos fazendo encontrar um rumo para um futuro que não era programado. É um livro que fala sobre ser mulher, sobre lutar contra tabus e descobrir sua própria identidade. Mas, acima de tudo, As Nove Vidas de Rose Napolitano é um livro que nos mostra como a sociedade e a cultura vendem a ideia de que mulheres que não tem filhos são incompletas ou estranhas, como se tivesse que haver algo de errado com elas por não quererem ser mães.

Enfim, As Nove Vidas de Rose Napolitano é um romance incrível que traz a maternidade sem filtro e a cobrança da sociedade em cima da mulher que não quer filhos, como se ser mãe fosse uma obrigação feminina. Recomendo a leitura para todas as mulheres! Amigas, esse livro é uma leitura fundamental para todas nós!

site: http://coisasdediane.blogspot.com/2021/09/resenha-228-as-nove-vidas-de-rose.html
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Má Powzum- @entrelinhaslivros 29/10/2021

Uma leitura necessária!
Esse livro é muito doloroso, acho que acima de tudo ele é muito real descrevendo com maestria os dilemas e julgamentos que a sociedade faz a mulher moderna. Preciso alertar que talvez ele contenha gatilhos para algumas pessoas já que o seu principal tema é a maternidade. De qualquer forma, se você não tem problema com este assunto, leia! É uma leitura que vai te fazer pensar muito e mais ainda se você for mulher.

Preciso falar que a ideia desse livro é bastante original e diferente, percebemos que independente da escolha e da “vida” que Rose narra todas elas giram em torno da cobrança por se ter um filho. Rose começa a ficar extremamente infeliz e atormentada vendo seu casamento desabar e sendo forçada a fazer uma escolha que ela nunca quis, tudo isso me causou muita agonia. Eu senti muita empatia pela Rose e pude me colocar no lugar dela. Por vezes a leitura se tornou repetitiva, mas não tirou a mensagem importante da leitura.

Uma leitura nua e crua, com uma personagem muito real e que aborda temas muito contemporâneos como casamento, luto, amor, amizade, feminismo e maternidade.

"Eu gostaria muito que o mundo fosse diferente. Que as pessoas achassem tão normal uma mulher não querer ter filhos quanto querer. A pressão que eu sinto para ser alguém que não sou às vezes é forte demais."

site: https://www.instagram.com/p/CViS7UQJB4U/
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Nati Lìma 27/09/2021

Um marasmo só!
Um livro que aborda assuntos tabu, adorei a forma como a autora trouxe a maternidade e a forma como a protagonista via a mesma.

Porém, na minha humilde opinião, claro, os personagens não foram bem construídos! Tudo bem você defender uma causa, mas que a defenda direito, não com infantilidade! Acredito que nós estamos aqui com um único propósito, o de evoluir, e no caso da Rose, ela patinava como criança fazendo birra.

O livro se torna cansativo pois todos os capítulos são iguais, e pra mim logo no começo tudo foi bem previsível afinal, um casal para estar junto tem que sonhar o sonho um do outro.
Eu juro que esperava um plot, mas isso não acontece, o que me decepcionou um pouco!


Ele defende uma comunidade de mulheres fortes e determinadas que não querem ser mães, e mais ainda, mostra a maternidade de uma forma não romantizada.
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Wanessa Rastoldo 25/06/2022

as vezes, quase sempre, não tem como fugir de si mesmo e de quem você é. achei esse livro bem profundo. aborda um tema tão pouco debatido que é a maternidade ou melhor, o não desejo de ser mãe.

acompanhar aqui as 9 possíveis vidas de Rose e ver que todas levariam ao mesmo lugar, separada de seu marido e com o Thomás, nos mostra que não é pra insistir. Não é pra fingir ser quem não é. E não dá pra fugir de quem você verdadeiramente é.

Eu amei essa leitura e li em um dia! Não esperava nada e fui muito surpreendida.
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Mari Siqueira 24/08/2021

Faltou uma décima vida em que Rose, de fato, escolheu seu futuro.
Um romance de muito potencial, As Nove Vidas de Rose Napolitano quase foi uma das minhas melhores leituras do ano. Se houvesse mais uma vida, uma outra realidade para salvar essa história, eu teria gostado muito mais. No entanto, ainda que não tenha ficado feliz com os finais de Rose, cada uma de suas vidas foi, de fato, única e memorável.

Donna Freitas escreve um romance baseado nas possíveis consequências de nove diferentes ações da protagonista em um momento específico. Cada "escolha" ramifica um leque de consequências e somos levados a conhecer nove possibilidades de futuro para Rose a partir do momento em que ela se vê pressionada a ser mãe contra sua vontade.

A professora universitária nunca quis ter filhos e essa decisão foi discutida com seu marido muito antes do casamento, terminando em comum acordo. Após alguns anos, Luke, no entanto, muda de ideia e começa a tentar convencê-la a abrir mão da escolha que ela sempre deixou bem clara. Coagida por Luke e os sogros, Rose Napolitano precisa decidir o que sacrificar: seu único desejo ou o amor da sua vida.

A partir daí, cada capítulo nos mostra uma vida diferente de Rose. Em uma delas, ela e Luke se separaram, em outra, ela teve uma linda bebê chamada Addie e assim vai. A cada "escolha", uma consequência. Em algumas vidas, Rose conheceu outra pessoa. Foram nove destinos diferentes e em todos uma constante. E foi justamente esse o problema.

Se há algo que realmente me incomodou foi a percepção de que ainda que ela mudasse um detalhe, o destino a encontrava. Ao mesmo tempo que essa foi uma ideia brilhante, de certa forma, reproduz a ideia conservadora de que a mulher nasceu para ser mãe e de que, independentemente da forma como acontece, "a maternidade é um presente". Esse pensamento não leva em conta o poder de decisão da mulher sobre sua própria vida e até mesmo fatores genéticos como a infertilidade. Algumas de nós não querem ou não podem ser mães e a sociedade já nos coloca pressão suficiente, como se não fossemos mulheres completas sem um marido e filhos.

Donna Freitas tinha tudo para escrever um livro sobre uma mulher forte, empoderada, dona de suas decisões e que se mantém firme às suas crenças, mas não o fez. Como tantas mulheres, Rose não teve escolha. Quem sabe numa outra vida.

site: http://instagram.com/sobreamorelivros
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Kelly Midori @kemiroxtvliterario 11/10/2021

Resenha: As nove vidas de Rose Napolitano | Donna Freitas
As nove vidas de Rose Napolitano é um romance escrito pela Donna Freitas, corresponde a Editora Paralela sendo de literatura estrangeira. Eu consegui o ebook em parceria com a editora na plataforma Netgalley. A escritora repostou meu stories que eu escrevi em inglês que estava lendo o livro.

O livro cada capítulo representa uma vida ou duas da Rose Napolitano. Detalhes técnicos: Capa: Lynn Buckley, Preparação : Diogo Henrique, Revisão: Jasceline Honorato e Renato Potenza Rodrigues.

A obra é sobre Rose Napolitano uma moça que na primeira vida briga com o Luke por ela não querer filhos, a Rose no decorrer do livro mostra as nove vidas dela como se fosse a série Loki ou What if com diversas realidades alternativas de vidas diferentes dela. Ele poderia ter uma décima vida pois todas essas vidas ela acaba tendo a filha e gostando de ser mãe. Em meu ver poderia em uma vida sem ter uma filha e ser muito feliz com um gato , independente e com uma biblioteca em sua casa por exemplo. É bem interessante acompanhar as diferentes vidas da Rose. Donna aborda bem a temática de ser mãe ou não: Como não sou mãe, sou de um gato não posso entender o amor materno mas quem sabe no futuro, não sei.

Eu gostei do livro, foi uma leitura muito fluída. Essa leitura foi indicação da Mari do @sobreamorelivros e depois de eu terminar de ler conversamos sobre a leitura, foi muito legal. Se você curte obras assim como essa que a Donna Freitas escreveu, eu indico esse livro! Está disponível na Amazon e em outras lojas virtuais.

"Talvez tudo isso tenha valido a pena, talvez tudo acabe bem, talvez um dia eu olhe para trás, para este momento , e perceba que ter um filho foi a melhor decisão que eu tomei em toda a minha vida."

site: http://kemiroxtv.blogspot.com/2021/10/resenha-as-nove-vidas-de-rose.html
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