Gabriela 25/02/2023
Dissertação
A escrita da Woolf é como uma conversa, ela conta o início, o meio e termina sempre de forma dramática. Em "A Viagem", eu confesso ter me decepcionado com o fim, mas depois de muito refletir, compreendi que a essência da Virgínia é esta: te envolver, encher de expectativas e depois te empurrar ao abismo da ressaca literária. Eu li logo em seguida "Noite e dia" e como sempre, ela dissertou continuamente a diferença de classes inglesa e o simbolismo da sociedade. "O quarto de Jacob", confesso que é curto de mais pra ser compreendido, só dá pra sentir, sentir a narração melodramática assim como "A Sra. Dallowey", que meu Deus, como ela "tece as consciências em sintonia", um dia que parece não ter fim devido a riqueza de detalhes que não desvendam um único mistério de caráter, mas mesmo assim te faz compreender o que cada personagem representa, novamente, em suas críticas sociais. A Virgínia é única, moderna e eterna. É pra crítica, indutiva e criativa; minuciosa, maravilhosa.