Mari Canan 07/08/2020
Impossível não se apaixonar
Charlie Spancer, a arquiteta que detestava o seu nome, por isso se apresentava
como Chaly, largou tudo, quando digo tudo, foi tudo mesmo, após ser traída por
seu noivo. Pegou um avião e foi curar suas feridas com a sua amiga Eva em
Nova York. Decidida a recomeçar e esquecer o que aconteceu, encontrou
emprego na DLC.
Juan Elias, CEO da DLC, disposto a esquecer o seu casamento fracassado, só
queria um feriado de Natal onde pudesse colocar todas as suas frustrações para
fora e se divertir.
Chaly, incentivada por sua amiga, resolveu aceitar o convite para uma festa de
Natal da empresa, onde ela começaria a trabalhar logo depois do feriado. Não
conhecia ninguém e talvez por isso tinha resolvido embarcar nessa aventura.
Uma ilha, uma festa temática e um encontro explosivo, foi isso que aconteceu,
no entanto após uma noite tórrida com um desconhecido, acordou sozinha, com
um bilhete e um maço de notas. Jamais se sentira tão usada em sua vida.
E essa vida seguiria seu curso não fosse o resultado positivo de um teste de
gravidez.
Decidida a ter a criança, Chaly luta de todas as formas para não fracassar e tem
ao seu lado sua fiel escudeira Eva que junto com Ty, se tornaram o seu porto
seguro. Fariam tudo e mais um pouco pelo bem estar tanto dela quanto da
pequena Lupe.
Um ano se passou e embora não soubessem os nomes um do outro, nem ela e
nem Juan Elias conseguiam tirar um ao outro de suas mentes.
Ela tinha a desculpa de ainda estar indignada com a forma como a noite
terminou, ele mesmo fazendo inúmeras suposições erradas sobrea garota,
admitia que nenhuma outra em sua vida foi capaz de fazê-lo se sentir da maneira
como sentiu naquela noite.
Até que em um sábado o destino resolve colocá-los frente a frente e mesmo
sendo um encontro tumultuado, Chaly encontra ali, aquela que não saberia
ainda, mas seria a responsável por tudo o que viria a acontecer em sua vida dali
para frente.
Guada, a avó de Juan, assim que coloca os olhos na criança, tem certeza de
que é sua bisneta e começa aí uma jornada para aproximar esses dois cabeças
dura.
No entanto, Chaly não tem tanta certeza assim, mesmo torcendo, assim como
eu é claro, para que Juan seja o pai da pequena Lupe e, diga-se de passagem, a menina tem o mesmo nome de suas avós e bisavó, surge uma nova questão.
Questão essa que até então Chaly não havia contado para ninguém, ela havia
sido violentada pelo seu ex-noivo.
Ah, mas Chaly não poderia ter caído em melhores mãos, os De La Cruz são as
melhores pessoas que podemos imaginar, tirando é claro a mãe de Juan, que
eu tive vontade de esganá-la com minhas próprias mãos, assim com Christine.
Nem preciso dizer o tanto de emoções que eu senti com essa história. Fui
facilmente da alegria ao choro, me peguei suspirando com as cenas
protagonizadas pela família, dei muitas risadas com a avó de Chaly.
A autora nos apresenta uma trama rica em detalhes, onde nos remete facilmente
a viver cada cena, de uma leitura deliciosa, onde todos os personagens têm sua
grande importância para o desenrolar da trama.
Me peguei torcendo fervorosamente para que Chaly e Juan Elias se acertassem,
que Lupe fosse realmente filha dele, mesmo que a certa altura da história, ele
sabia que mesmo ela não sendo sua filha biológica, já a amava
irremediavelmente.
Foi lindo de ver como as famílias se aceitaram mutuamente e de cara se deram
bem, como Guada com sua sabedoria conseguia contornar todas as situações e
disseminar a esperança para todos.
Foi triunfante ver que todos aqueles que infernizaram a vida do nosso casal,
pagaram por suas atrocidades.
Enfim, terminei a leitura com o coração aquecido e cheio de alegria.
Parabéns Paloma por mais essa linda história.