Cida Zientarski 25/12/2022
Quem Mexeu no Meu Queijo: Uma Maneira Fantástica de Lidar com as Mudanças em Seu Trabalho e sua Vida.
Sinopse: Quem mexeu no meu queijo, de Spencer Johnson, é uma parábola que retrata a vida e suas mudanças, bem como seus objetivos. Esses são retratados em forma de queijos, pois os personagens do livro são ratos. O labirinto é onde a história se passa e representa o local aonde ocorrem as buscas incessantes dos personagens pelos objetivos. A história é uma analogia ao cotidiano do ser humano, que está sujeito a mudanças intermináveis.
Os ratos Sniff e Scurry e os duendes Hem e Haw são os quatro personagens da fábula e eles representam características do ser humano. Sniff é aquele que percebe as mudanças rapidamente, já Scurry é mais pró-ativo e realiza as tarefas que precisam ser feitas. O duende Hem não aceita mudanças e resiste a elas, e Haw é aquele que adapta-se as mudanças e acredita que elas podem trazer algo bom.
Na história, os ratos e os duendes vivem um desafio em busca de seus queijos. O queijo é a representação daquilo que se almeja, é o que se gostaria de ter, ou seja, é o objetivo principal da busca dos personagens. O labirinto é o lugar onde essa busca acontece. Ele está cheio de corredores e divisórias e, em alguns lugares, existem queijos deliciosos, porém, em outros, existe escuridão e becos sem saída. Os personagens vivem correndo atrás dos queijos para se alimentarem e como prêmio ganhavam uma vida mais tranquila.
A analogia que se faz com a vida real é a de que um emprego, saúde, dinheiro, casa, carro novo, tudo o que queremos alcançar, são nossos queijos, ou seja, nossos objetivos. E a empresa onde se trabalha, a faculdade, a comunidade onde você está inserido, tudo isso é seu labirinto. Segundo o autor “A vida não é um corredor reto e tranquilo que nós percorremos livres e sem empecilhos, mas um labirinto de passagens, pelas quais nós devemos procurar nosso caminho, perdidos e confusos, de vez em quando presos em um beco sem saída”.
Todos os dias os ratos e duendes saíam pelo labirinto em busca de seus queijos. Sniff e Scurry, os ratos, saíam de corredor em corredor, procurando. Tinham uma boa memória, então lembravam dos locais onde já haviam passado, se não encontravam nada em um corredor, logo iam para outro. As vezes se perdiam e se batiam pelas paredes, mas logo achavam o caminho. O objetivo era encontrar o “Posto C”, que era um local dentro do labirinto onde os dois poderiam encontrar o queijo que cada um procurava. Eles já não se preocupavam mais, pois já tinham o que buscavam. Todo dia era a mesma coisa, eles acordavam cedo e iam procurar o “Posto C” para se alimentar. Antes de comer, cheiravam todo o lugar para ver se havia acontecido alguma mudança desde o dia anterior. Todo dia Sniff e Scurry seguiam a mesma rotina.
Os duendes tinham uma rotina um pouco diferente. Eles já sabiam onde estava o queijo e já sabiam o caminho que precisavam seguir, então passaram a acordar mais tarde. Arrumavam-se sem muita pressa, pois já sabiam o que fazer. Seguiam para o “Posto C”. Hem e Haw sentiam-se os donos do queijo, embora não soubessem quem o havia colocado ali.
Certo dia, ao chegarem ao “Posto C”, os ratos percebem que o queijo tinha sumido. Não foi uma surpresa, pois já tinham percebido que o estoque de queijo estava acabando e que isso poderia acontecer. Ao notar que a situação no “Posto C” mudou e que eles precisariam mudar também, Sniff fareja outra direção no labirinto e sinaliza para Scurry, que logo em seguida sai correndo do local rumo a outro lugar, em busca de um novo queijo.
Hem e Haw, que costumavam chegar mais tarde ao local, levam um susto ao perceber que o queijo não estava mais ali. Ao contrário dos ratos, eles não tinham percebido as pequenas mudanças que estavam acontecendo no posto no dia-a-dia. Eles sempre acreditam que o queijo estaria esperando por eles toda vez que chegassem ao posto. Inconformado com a situação, Hem começa a gritar: “Não há queijo? Quem Mexeu No Meu Queijo?”
Haw também não estava preparado para essa situação e, ao invés de irem atrás de outro queijo, os dois ficaram parados no mesmo lugar por um bom tempo, pensando no queijo que havia sumido e esperando que alguém o colocasse de volta no mesmo lugar.
Enquanto Hem e Haw ficavam preocupados, esperando para tomar uma decisão e agir, Sniff e Scurry seguiram adiante em busca de um novo queijo. Lá ficaram os duendes, sofrendo com a perda daquele queijo do “Posto C”. Cansados e com fome, voltam para casa, com a esperança de que no outro dia alguém coloque o queijo de volta naquele lugar. Haw cai em si e percebe que nada iria mudar, e questiona a falta dos ratos. O que os ratos poderiam saber que os duendes não sabiam? Os dois ficam discutindo e comparando suas capacidades em relação as de Sniff e Scurry, que já estavam muito longe, a procura de outro queijo.
Durante muito tempo os ratos procuraram em muitos corredores, inclusive lugares que nunca tinham entrado antes e, de repente, encontraram o “Posto N”, com o maior estoque de queijo que já haviam encontrado. Enquanto isso, ainda no “Posto C”, Haw fica imaginando seus amigos saboreando um novo queijo, e também se imagina saindo pelo labirinto em busca de outros sabores. Esse sentimento desperta em Haw a vontade de sair procurar novos queijos pelo labirinto, porém Hem demonstra pouco interesse, desânimo, mostra que está acomodado e com medo do que pode encontrar lá fora. Haw então decide ir sozinho. Ele pensa que já que seus amigos ratos podem, ele também pode. Ele parte em busca de um novo queijo e finalmente encontra o que tanto procurava, porém se surpreende ao perceber que seus amigos ratos já haviam encontrado o queijo há algum tempo. E Haw fica pensando em seu amigo. Será que Hem mudou de ideia e entrou no labirinto?
O livro começa e termina com um grupo de antigos colegas de turma se reunindo para almoçar em Chicago, nos Estados Unidos - Chris, Melanie, Peter, Kerry, Ana, Carl, Josh. Todos estavam tentando lidar com as mudanças inesperadas que haviam acontecido nos últimos anos. A maioria admitia que não sabia como lidar com os problemas. Foi Michael, que possuía uma empresa e tinha grande medo de mudanças, que contou a história de “Quem mexeu no meu queijo” para o grupo.
Quando Michael termina de contar a história seus amigos estavam sorrindo, satisfeitos por a terem ouvido. Mais no fim da tarde, se reuniram novamente em uma sala de hotel para discutir a história. Ao fazerem isso perceberam que precisavam mudar os rumos de suas vidas, procurar novos objetivos, e assim o fizeram.
“Quem mexeu no meu queijo?” nos faz refletir sobre a maneira como lidamos com mudanças durante nossa vida. O queijo é uma metáfora para todos os objetivos que queremos alcançar, já o labirinto é a metáfora para a vida em si, ou seja, é o caminho onde as pessoas passam o tempo procurando seus objetivos.
A partir do desaparecimento do queijo, cada um dos personagens reage de uma maneira diferente de acordo com sua personalidade. As mudanças são inevitáveis, então devemos reagir e nos adaptar rapidamente.
Frases retiradas do livro:
🧀 Ter queijo deixa a gente feliz;
🧀 Quanto mais importante seu queijo é para você, menos você quer abrir mão dele;
🧀 Se você não mudar, pode ser extinto;
🧀 O que você faria se não tivesse medo?
🧀 Cheire o queijo com frequência para saber quando ele está ficando velho;
🧀 O movimento numa nova direção ajuda você a achar queijo novo;
🧀 Quando você vence o seu medo, se sente bem;
🧀 Imaginar que você saboreia queijo novo leva-o até ele;
🧀 Quanto mais rápido você abre mão do queijo velho, mais cedo acha o queijo novo;
🧀 É mais seguro procurar no labirinto do que ficar parado num lugar sem queijo;
🧀 Velhas crenças não levam a gente ao queijo novo;
🧀 Quando a gente vê que pode achar e apreciar queijo novo, muda de direção;
🧀 Notar cedo as pequenas mudanças ajuda a gente a se adaptar às grandes mudanças que virão.
🧀 Sair do lugar assim como o queijo e curtir isso!