sfmnz_ 27/01/2024
Nós dois sozinhos no éter
Hexágonos e abelhas..
Vi a capa desse livro por acaso e me apaixonei, precisava lê-lo. A história é um romance muito real, cheio de defeitos, singularidades, diferenças, problemas, mas acima de tudo: amor, em sua forma mais visceral.
?Não vá, fique um pouco mais. Coloque-se sobre mim como a maré, me cubra como uma manta,
se enrole em mim como o sol.?
Regan e Aldo se conhecem por acaso em um museu, ela é uma artista (e falsificadora) e ele, um gênio matemático (e péssimo professor), um vê no outro um ideal e se sentem curiosos para saberem mais sobre cada um. Aldo então faz uma proposta inusitada, ter 6 conversas com Regan; nem mais, nem menos, porém eles acabam se apaixonando um pelo outro.
Os personagens são muito bem construídos e com boas histórias secundárias, apresentam seus próprios problemas e querem saber como lidar com eles. A escrita é super fluida, porém cansativa em alguns momentos.
O livro nos faz refletir muito sobre relacionamentos, nossas emoções e problemas, desejos e obsessões. Tocante em muitas partes (sobretudo no final), e por falar nele.. tudo se encaminhava para um final triste, mas por algum motivo acaba não sendo, o que reforça ainda mais o ponto principal do livro, que é o amor e o que ele pode nos causar e as reviravoltas que faz!
"O que estava pintando? E ela responde, bastante
séria: Você, sempre você, não consigo evitar. E só você nesses últimos dias. Meu Deus, pensa ele, tem algo de errado com a gente, não estamos bem, ninguém nunca se sentiu assim sem levar à destruição. Impérios já chegaram à ruína desse mesmo jeito, pensa ele, mas isso só faz com que ele a deseje mais, que olhe para as próprias mãos e pense: Meu Deus, que desperdício de tempo fazer qualquer outra coisa que não seja tê-la em meus braços."