É sempre a hora da nossa morte amém

É sempre a hora da nossa morte amém Mariana Salomão Carrara




Resenhas - É sempre a hora da nossa morte amém


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Bookster Pedro Pacifico 11/04/2022

É sempre a hora da nossa morte amém, de Mariana Carrara
Junto com “Se Deus me chamar não vou”, os títulos dos livros de Mariana Carrara são uma experiência por si só. Já no seu conteúdo, a jovem paulistana me surpreendeu com a sua capacidade de escrever assuntos sensíveis sobre nossa condição e que exigem um alto nível de vivência e amadurecimento.

Nessa leitura, o tema central transita entre maternidade, morte e esquecimento. Aurora, a protagonista, é uma senhora que acaba sendo encontrada sem memória em uma estrada. De lá, é levada para um abrigo, onde fica aos cuidados de Rosa. As duas passam dias em longas conversas para tentar descobrir o passado de Aurora e os motivos do esquecimento. No entanto, de uma coisa a protagonista tem certeza: um dos personagens principais de sua vida é Camila.

O problema é que todo dia Aurora acorda com uma versão de sua história. Em algumas, Camila era uma grande amiga de infância que acabou escolhendo caminhos diferentes, que se distanciaram da trajetória de Aurora. Em outros, os momentos de lembrança são mais dolorosos: Camila foi sua filha. E o verbo está no passado, pois Aurora viveu a maior dor que um ser humano pode viver: a dor da perda de um filho.

É nesse ponto que talvez o esquecimento venha para aliviar as dores de Aurora. Vale a pena relembrar um momento terrível de sua história favorita? Apesar do sofrimento, a protagonista quer saber o que aconteceu. Só que a tarefa não é das mais fáceis, já que todo dia a versão muda. São muitas as versões da morte de uma filha. Uma mais triste e brutal que a outra. Também Aurora teria vivido muitos momentos diferentes com sua amiga Camila.

Eu gostei bastante da leitura! Acho que algumas pessoas não perceberam que cada capítulo era uma nova versão da possível história de Aurora sendo contada para Rosa. Esse fato pode ter deixado a experiência da leitura confusa para alguns. Para mim, essa criação da autora trouxe um aspecto experimental interessante na obra. Confesso que em alguns momentos senti a leitura um pouco repetitiva. Mas nada que atrapalhe ou prejudique a experiência! Mariana é, com certeza, um dos grandes nomes da ficção nacional.

Nota 9/10

site: http://instagram.com/book.ster
psimayandrade 18/10/2023minha estante
Acredito que esse incômodo com o repetitivo é justamente o incômodo de quem convive com uma pessoa cuja memória está deteriorando. Lembrei várias vezes da minha avó, que tinha Demência e como essas ondas de lembrança, esquecimento, repetição e confusão mexem com nossas emoções.




diennifercb 08/11/2022

Que chato!!!
Então, em minha defesa, eu gostei muito do enredo, e achei a premissa do livro genial, acredito que a autora teve uma intenção maravilhosa com essa obra. Porém, meu Deus, que leitura tão maçante. Eu sinceramente achei que não chegaria viva ao fim desse livro, quase morri de tédio em vários momentos, acho que ficou muito repetitivo para mim, e eu só pensava "mas quem DIABOS é essa desgraçada dessa Camila, descubra logo!". Enfim, é isso, mas no fim achei até bem legal.
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-Koraline 18/01/2024

#MLV2024 - Família Aurora - Um livro com temática de relações familiares
No ano passado eu li um outro livro da autora, e adorei, e imaginei que iria gostar ainda mais desse, mas não foi o caso. A história é sim emocionante, e parecia ter a intenção de abordar os medos e sentimentos de uma pessoa com alzheimer, mas não senti que isso foi feito, mas sim um foco obssessivo em duas Camilas, e como se misturavam em sua memória. Enfim, é um livro bom.
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sofiaforster 26/02/2024

É sempre a hora da nossa morte amém
Esse livro me decepcionou um pouco. A construção dele é extremamente confusa o que pra mim faz muito sentido por ser um livro narrado por uma mulher com alzheimer. O grande problema pra mim foi a falta de conclusão do livro, porque a repetição de fatos e a desordem no meio da escrita fazem todo o sentido, mas a falta de uma conclusão foi o que pra mim deixou o livro sendo apenas uma grande bagunça.
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Soliguetti 07/03/2023

Uma reflexão poética sobre a identidade e a fragilidade da memória
Com uma narrativa poética e emocionante, Mariana Salomão Carrara nos presenteia com seu mais recente livro, "É sempre a hora da nossa morte amém". Desde as primeiras páginas, somos levados a uma confusão de memórias junto com a protagonista Aurora, uma septuagenária encontrada desmemoriada e descalça na beira da estrada, em busca de sua filha Camila. A obra é uma reflexão profunda sobre a importância das nossas lembranças na construção da nossa identidade e como é triste quando alguém não pode confiar nas próprias memórias.

Com uma linguagem própria, poética e gostosa de ler, Mariana Carrara nos faz mergulhar nas supostas lembranças de Aurora, que são, ao mesmo tempo, tão dolorosas. Aurora recorda-se de muitas coisas, desde a mãe que escovava seus cabelos até a própria covardia perante a ditadura militar. No entanto, não sabemos se essas lembranças são reais ou se ela as decorou dos livros que leu ou das notícias que assistiu.

Ao longo da história, somos levados a questionar a identidade de Camila, a filha de Aurora, que morreu várias vezes de formas diferentes. Seria ela realmente uma filha ou apenas uma amiga imaginária da protagonista? Essa incerteza permeia toda a obra, nos fazendo refletir sobre a fragilidade da nossa própria memória e como ela pode nos enganar.

O livro apresenta uma perspectiva singular sobre a morte, tratando-a de formas diversas e detalhadas, permitindo até mesmo um riso, por vezes, diante dela. Ao apresentar a história de Aurora, "É semprea a hora da nossa morte amém" nos leva a refletir sobre a importância de valorizarmos nossas lembranças enquanto estamos vivos e a inevitabilidade do fim da vida.
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João Paulo 09/03/2022

Uma escrita sensível, real e poética. Esse é meu segundo livro da autora e mais uma vez ela me surpreendeu. Os personagens tão comuns e grandiosos ao mesmo tempo. Não posso dizer que foi uma leitura fácil por falar de um assunto tão triste para muito que é a morte. Mas foi uma experiência inesquecível e sigo esperando por mais livros da autora.
Tay 18/03/2022minha estante
E tire uma dúvida? Esse livro é único, né? Ou é continuação de Se Deus me chamar, não vou?


João Paulo 18/03/2022minha estante
Não é continuação não! É único.




Sandro Borges - @Experiencia_Leitor 03/04/2022

Difícil decidir
Um um livro difícil falar sobre, pq se por um lado é extremamente poético, com temas profundos, com uma história que vai se construindo e que convida o leitor a ser responsável pelo quebra cabeça proposto. Por outro lado, as vezes demora mais do que precisa, dá alguns passos a mais e que namora com a exaustão do leitor em alguns momentos. Recomendo muito mesmo, mas prepare-se pode ser que as vezes vc canse.
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ANDER CELES 10/06/2022

Que coisa mais confusa...que viagem é essa?
Olha, a intenção é até boa, mas nem só de boa intenção vive o inferno kkkk. Teria sido tão legal se tivesse desenvolvido direito.

Uma repetição de ideias confusas, mas que não se ligam. E um final muito decepcionante.

Tem algumas coisas que são interessantes, algumas cotações reflexivas sobre a vida e tal. Mas em parágrafos gigantescos. Pra quê?
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Kamyla.Maciel 26/02/2023

Quem somos se não lembrarmos da nossa história?
Nunca tinha lido nada de Mariana Salomão e realmente ela é tudo o que falam, a escrita maravilhosa, devorei esse livro, estava ansiosa para saber o final, passei por muitas reflexões, angústias, esse livro é daqueles que têm esse poder.

Em resumo, a história é uma senhorinha que foi encontrada na beira da estrada perdida, sem saber quem é, chamando por uma tal de Camila. E quando passa a ser acompanhada por uma assistente social, a cada dia ela conta uma versão diferente da sua própria vida, ora Camila é filha, ora amiga?. É o que dá pra contar aqui.

Imagina chegar aos 75 anos e esquecer o que viveu. Se somos resultado da nossa historia e das nossas experiências, como saber quem sou se não sei o que vivi?

Esse livro fala também sobre a velhice, a maternidade, a solidão, a morte e o medo dela. A personagem passa o livro todo contando historias que não sabemos ate que ponto aconteceram e ate que ponto fazia parte de uma vontade do que ela queria que tivesse acontecido. Ou o quanto aquelas histórias são medos da própria personagem.

É doloroso, não vou mentir que torci muito por outro final, fiquei angustiada. Mas bons livros fazem isso né, terminam e nos deixam pensando por dias, eu não estava preparada para a crueza da realidade e o que não era verdade de tudo que foi contado.

Achei legal como Mariana colocou alguns assuntos de fundo, como a ditadura militar e as desigualdades sociais/raciais, a culpa de conseguir sobreviver em um país de miséria.

Muito bom!
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Marcianeysa 13/06/2022

Muito bom
Primeiro contato com a autora e estou maravilhada. Escrita fluida, história cativante, nos faz questionar diversas coisas sobre a velhice. Amei.
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Débora Santos 26/03/2022

"É muito ruim ser devolvido onde quer que seja."
Que livro maravilhoso!!!! Mariana conseguiu juntar toda a vida em um só livro, vida, morte, medo, amizade, alegria, solidão, tudo de uma forma fluida, mas que pra mim trouxe reflexões profundas. E um final emocionante... Apenas leiam ??
Rafa 26/03/2022minha estante
Depois dessa vou querer ler.


Débora Santos 26/03/2022minha estante
Lê sim!!!!


Rafa 26/03/2022minha estante
Vc leu no Kindle?


Débora Santos 26/03/2022minha estante
Simmmm




Carla 18/06/2022

Sobre medos e esquecimentos
Nem sei como descrever o quanto essa obra é maravilhosa e me tocou fundo.

Nas palavras da idosa Aurora, desmemoriada e irônica, o texto vai descortinando medos e desejos de uma vida inteira.

O olhar aguçado de Aurora mostra que, mesmo na tristeza dos dias, é possível encontrar poesia e motivos para rir.

Esse é um livro sobre dores, amizades, esquecimento, amor e, principalmente, sobre maternidade ou não maternidade.

E sobre morte e vida, escolhas e mistérios do tal destino, escondidos nos vãos dos dias e noites em que se sonham caminhos diferentes.

A escrita da autora é fantástica, a forma como descreve os sentimentos e brinca com as palavras até para descrever um cachorro abanando o rabo...

Mas acredito que as notas desfavoráveis a esse livro são de almas muito jovens que ainda não conseguiram vislumbrar a finitude de tudo que vivemos.
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Fernanda.Malagutti 15/04/2022

Literatura de gatilhos
Primeiro livro que li da autora, confesso que a princípio achei um pouco cansativo e pouco fluido pois demorou alguns capítulos para eu entender a dinâmica e a intensão da quantidade de histórias aleatoriamente com diferenças de personagens.
Em cada capítulo a autora descreve histórias que relatam medos da vida das pessoas principalmente de mulheres. Alguns capítulos coloca medos de perder filhos outros capítulos medos de ter filhos, de perder os animais de estimação, de ser abandonada. É um livro que desperta muitos gatilhos é que muitas vezes você se identifica com Aurora que é a personagem principal em medos obscuros que você não quer revelar nem a si mesmo.
Para mim foi uma leitura pesada e densa por disparar vários gatilhos de medos sobre a vida. Uma leitura não muito fluida que deve ser lida com cautela principalmente por pessoas ansiosas.
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Luciano 13/10/2022

Muito bom
"A minha solidão era concreta: precisava jogar fora meio ovo para adequar um pudim ao tamanho da minha existência".
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Elane.Medeiross 18/06/2022

Adorei o livro, uma escrita maravilhosa, com reflexões, personagem interessante e lerei outros livros da autora.
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