@vcdisselivros 26/08/2021"Viver e morrer são mistérios e não dá para saber sobre eles até passar pelos dois"O COMEÇO
Lennie é uma adolescente de dezessete anos, dona de uma personalidade e carisma únicos. Vendo assim pode-se dizer que ela é uma jovem cheia de vida, exceto que, segundo os médicos, a garota está à beira da morte.
“Ensaiamos para a morte toda noite, deitados no escuro e escorregando para aquele espaço de nada entre o descanso e os sonhos onde não temos consciência, não temos ego e nada poderia se abater sobre nossos corpos vulneráveis. ”
CENTENÁRIAS
É no mesmo hospital que Lennie conhece Margot, uma senhora de oitenta e três anos, rica em experiência de vida e dona de um coração rebelde. O encontro entre elas é intenso e imediato.
Somando a idade de Lennie e Margot as duas possuem cem anos, para comemorar esse marco, elas combinam de usar as aulas de arte terapêutica para criar uma exposição de cem pinturas, cada uma retratando uma memória importante dos anos que passaram.
SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA
O protagonismo do livro fica por conta de Margot, pelos relatos de vida dela vivemos histórias de amor, amadurecimento, alegria e muitas situações que merecem ser compartilhadas.
POR FIM
A amizade entre pessoas de gerações tão diferentes são raras e quando acontecem se mostram belas e verdadeiras. A verdade é que talvez as duas nem tivessem se encontrado, não fosse o terrível acaso de irem parar no mesmo hospital.
No fundo sabemos que na vida nada acontece por acaso, Lennie encontrou em Margot a personalidade materna que sentia falta, enquanto Margot viu na menina a filha que nunca teve.
A obra de estreia da autora Marianne Cronin possui diálogos emocionantes, comoventes, mas com o passar das páginas o estilo “tranquilo” faz com que o livro não funcione para todos, deixando a sensação de uma leitura previsível e arrastada. Não se engane, ele diverte e entretém, porém fica por isso, deixando no ar que poderia ter sido algo mais.