b1ktwpas 23/08/2022
Os vírus.
Me lembro que, na minha adolescência, um dos temas mais interessantes que estudei na disciplina de biologia foram os vírus. É intrigante que algo, como diz o próprio autor, que parece mais um pen-drive com DNA ou RNA, possa causar tanto estrago mundo afora. É também intrigante como se adapta para continuar infectando e cada vez mais espécies diferentes, ainda que não pense e nem sequer seja considerado um ser vivo por boa parte dos biólogos.
Bem, este é um pequeno livro do ano de 2020, quando estávamos começando a sofrer com a crise do novo coronavírus. Apesar de toda a xenofobia contra os chineses e das diversas acusações de terem criado uma nova arma biológica que saiu do controle, não é só na China que surgem novas doenças. Não é um problema dos chineses, e sim da humanidade. A nossa forma de lidar com a natureza (destruindo-a), com os outros animais (invadindo seu espaço, colocando-os em nossa casa, apinhando-os num espaço pequeno) fabrica novas doenças anualmente. Até me espantei com o fato de que, em 2019, uma centena de brasileiros tenham morrido por haver consumido carne de tatu! Ou seja, nos espantamos com a sopa de morcego na China (porque sim, para mim é algo asqueroso), mas aqui no Brasil come-se tatu, pacas, cutias, capivaras e até bugios (que são macacos).
O tempo vai passando e a humanidade segue a cavar sua própria cova e a fabricar sua própria ruína.