Thais Lima 31/08/2022
Muito bom... Mas eu poderia ter abandonado no começo
Eu sei que o título dessa resenha pode não fazer sentido, mas calma! Eu vou explicar o que eu quis dizer com isso.
Quando vi a capa de Duas Rainhas Bruxas, fiquei louca pra ler. Eu sou dessas que é atraída pela capa, então livros de fantasia com capa bonita sempre me deixam tentada. Não foi diferente com esse livro, visto que não dá pra negar que tem uma das capas mais bonitas que eu já vi dos livros independentes da Amazon. Acabou que eu demorei muito mais do que eu gostaria pra ler, mas finalmente veio aí.
A princípio, eu preciso ser sincera: estava achando o livro insuportavelmente chato! Sério, foi uma decepção que eu não conseguia descrever, porque estava cheia de expectativas com esse livro. A história era enrolada, nada fazia muito sentido, e a autora não soube exatamente como conduzir a curiosidade para que eu me sentisse tentada a entender o que estava acontecendo. De cara não gostei da mocinha, achei pura e boazinha demais. Enfim, o livro fica quase até a metade do livro sendo bastante cansativo, enrolado, e em 20% eu estava questionando se devia abandonar ou não. Como sou uma leitora que não gosta de abandonar livros, decidi continuar. Por isso digo que, se eu tivesse esse costume, eu teria abandonado Duas Rainhas Bruxas logo no começo da história.
O que teria sido um erro, e fico feliz de ter insistido na leitura, apesar de ter julgado logo no começo achando que ia odiar e ia fazer uma resenha escrachando o livro. Porque, no final das contas, o saldo dele é positivo! Sim, tem esse problema de começo enrolado, chato, e uma mocinha insossa que te faz revirar os olhos. Mas, quando as peças finalmente começam a se encaixar, o livro fica impossível de largar.
Duas Rainhas Bruxas é um claro retelling de A Bela Adormecida, e eu acho que nunca tinha lido uma história baseada nesse conto tão parecida, e ao mesmo tempo tão diferente. Gostei bastante da escolha de inspiração da autora, porque eu sou a louca dos retellings, eu amo retellings.
Quando o livro estava chegando na metade, finalmente a autora conseguiu prender minha atenção, fazer eu me interessar pela história que ela estava contando e me perguntar: "O que diabos está acontecendo?". Quando terminei, pra minha surpresa, meus sentimentos para com a história haviam mudado completamente do que eu pensava lá no começo dela.
Os dois protagonistas no começo não me despertaram interesse nem empatia no começo, embora eu cheguei a gostar um pouco do Ward logo de cara e a relação dele com a família. A Lavignia eu falei lá em cima: achei chata de tão doce, gentil e perfeita que ela é. Mas à medida que a história avançou, eu comecei a me interessar mais e mais por eles. A Lavignia me conquistou no seu ponto de virada, e o Ward foi aos poucos ganhando terreno no meu coração. O Dolph também foi assim; achei um personagem bobo, e no final estava totalmente rendida a ele.
A Isobel foi a personagem que eu amei de cara. Gostaria de ter visto muito mais dela, uma pena que eu acho que ela não vai ter grande participação na história. Mas, nas poucas vezes que apareceu, ela brilhou. Sou apaixonada por ela!
O conselho que eu dou é: leiam Duas Rainhas Bruxas, não desistam no começo. Sim, o começo dele é chato e pura encheção de linguiça, mas vai valer a pena. É um bom livro, vale o esforço. De pessoa que achou que ia dar uma estrela pro livro e acabar com ele na resenha, agora sou a pessoa ansiosa pela continuação. Cadê o segundo livro, Liv Salgado?!