Quaseromancista 31/08/2021
Uma antologia de tirar o fôlego
Vamos a resenha de Todos os Verbos Não Conjugados.
Eu ia fazer em vídeo, mas a qualidade da minha câmera não é tão boa assim, quando eu tiver um bom equipamento a gente migra pro YT. Mas vamos lá!
Hoje eu vou bater um papinho com vocês sobre minha leitura da semana passada, todo mundo (ou quase) viu que eu peguei um monte de nacionais para ler e que vou passar a resenhar deles, certo? E o grande escolhido foi: Todos os Verbos Não Conjugados — Nicolas Bastos. Porque o nome me deixou muito intrigada.
Por que o autor decidiu colocar esse nome? O que significa? Então peguei o livro e comecei a ler para esclarecer minhas dúvidas.
Tive uma grande surpresa ao descobrir que o nome tinha todo um contexto e se conecta perfeitamente ao enredo do livro que, acaba sim, conjugando cada título de capítulo. Porém isso ocorre de uma maneira inusitada, diferente daquela que aprendemos na escola.
O livro se trata de uma brincadeira do autor entre a prosa e a poesia, onde ele revela os sentidos de diversos sentimentos que estão muito bem descritos em cada um dos contos. Temos histórias curtas diversas que nos permite conhecer um pouco mais da forma de expressão do Nicolas e como ele molda sua vida sentimental em pequenos relatos dentro da história. Pois eu acredito, que alguns fatos ali, são um reflexo dele.
Embora eu não seja muito fã de histórias poéticas, pois sempre sou péssima para entender algo, eu me envolvi perfeitamente com esse livro e posso te garantir que é algo muito gostoso e fluido de se ler.
Não darei spoiler sobre o livro, pois sei que muita gente gosta de ter a surpresa da leitura, mas vou deixar registrado aqui que um dos contos me encheu de emoções, pois eu consegui sentir cada gota de sentimento que o autor quis passar naqueles trechos depressivos. Além dos relatos serem de pessoas as quais nós conseguimos encontrar facilmente em nossas vidas, fazendo os contos serem mais reais e profundos.
Um adento importante, é informar ao leitor que dentro da história existem alguns gatilhos como depressão, automutilação, álcool, suicídio, etc, que o próprio autor deixa registrado embaixo de cada um dos títulos. E o melhor é que os contos não precisam ser lidos em sequência, pois são relatos diferentes. Por isso, se você ver que se sentirá bem com o gatilho avisado no início de algum deles, você pode passar para o próximo.
Eu fiquei encantada com a leitura e recomendo para quem está atrás de um bom conto sobre amor e depressão que nos arranca os mais diversos sentimentos durante a leitura.
Eu li o livro em algumas horas, reli os contos que mais gostei e lerei sempre que sentir falta de algum relato. Com toda certeza vou ler mais livros do autor, pois amei sua escrita e ficarei feliz em encontrá-la novamente.
‘‘Vá embora ríspida, sem direito a me deixar carta de despedida, pois sou covarde demais para pedir que tu fiques e me queira (com a mesma imensidão que te quero).’’