Reflexões sobre a peste

Reflexões sobre a peste Autor
Giorgio Agamben




Resenhas - Reflexões sobre a peste: ensaios em tempos de pandemia


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Canuto 22/04/2021

O que é isso?
Já li trabalhos de Agamben, mas esta coleção de escritos do autor é terrível. Parece que um negacionista escreveu os textos.
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Érica 24/11/2021

Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão
Tinha internalizado em mim que os negacionistas seriam pessoas ignorantes e distantes da ciência, embora alguns casos tenham se revelado contrários, porém tomei por exceções. A Europa se revela cada vez mais como um continente arcaico, preso a ideais retrógrados incapazes de tomar a realidade coletiva. Não a toa são berços de sistemas imperialistas e fascistas, agem como se fossem o ápice da evolução humana. Giorgio Agamben é apenas uma amostra dos responsáveis pela 4ª onda de covid nessa pandemia.

site: https://www.instagram.com/ericanogui/
KKbarros82 24/11/2021minha estante
Brilhante seus apontamentos.


Érica 24/11/2021minha estante
muito obrigada




KKbarros82 10/05/2021

Esquizofrenia viral
Iniciar Reflexões Sobre a Peste do filósofo Italiano é como ler um livro do Olavo de Carvalho, se alguém já leu, deve ser assim.

O próprio prefácio da Boitempo tenta justificar o negacionismo e a tal "vida nua" do autor com justificativas infundadas.
Não é difícil clássicar esse artigo do Giorgio Agamben como desnecessário. Até as passagens destacadas por outros leitores no e-book é de espantar. Alguém concordo com esse autor?

Se esse pequeno artigo sobre a crise viral realmente traduz todo o pensamento do Agamben, provavelmente não lerei mas nada deste autor. Esquizofrenia, negacionismo, reliogidade extrema e um nacionalismo desnecessário é o que resume bem, IRreflexões sobre a peste.
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Amanda Bento 14/06/2020

Agamben delirante. Péssimo!
Que tristeza. Estudei Agamben na faculdade e adorei suas teorias sobre biopolítica, mas ele livro foi um absurdo. Uma coletânea de artigos do filósofo comentando sobre o isolamento social da pandemia e comparando isso a uma medida coersitiva do estado em reprimir seu povo. Compara a religião a ciência, incitando a ignorar as duas. Ele descarta todas as mortes e chega a ser um desrespeito a todos que perderam entes queridos durante a pandemia. Livro desnecessário e que não recomendo a ninguém. Na verdade, chego a ter medo desse livro cair em mãos mal intencionadas que ignoram o perigo da pandemia.
Eduardo313 14/06/2020minha estante
Olá Amanda. Há uma resenha crítica sobre ele feita pela filosófica Yara Frateschi no site da Boitempo: https://www.google.com/amp/s/blogdaboitempo.com.br/2020/05/12/agamben-sendo-agamben-o-filosofo-e-a-invencao-da-pandemia/amp/


Eduardo313 14/06/2020minha estante
E um vídeodo filósofo Paulo Ghiraldelli dando uma perspectiva diferente de leitura do artigo (criticando a leitura da Yara). O debate fica interessante com a leitura dos dois.


Eduardo313 14/06/2020minha estante
Mas concordo com sua resenha. Agamben fechou os olhos para os fatos para defender sua teoria. Seu pensamento parece ser o mesmo de nosso "lider": a liberdade é mais importante que a vida.


Amanda Bento 14/06/2020minha estante
Obrigad, Eduardo, vou conferir! Fiquei irritada com essa posição dele, vou conferir os dois links que mandou mas acho que já sei qual lado vou ficar hahahah


Eduardo313 14/06/2020minha estante
Concordo contigo, é indefensável. Mas, como historiador, sempre gosto de segundas opiniões. :)




Mabi21 27/05/2022

Reflexões pertinentes acerca da pandemia da Covid-19, principalmente dado o cenário do início da crise sanitária na Itália. As reflexões de Agamben dialogam com o negacionismo, mas são coesas diante do trabalho do autor na série Homo Sacer, em especial o volume sobre Estado de Exceção. São textos muito honestos do filósofo e, apesar de discordar de seu posicionamento, sua obra é acertada em alguns pontos.

Não recomendo a leitura para o público geral, mas é interessante para acadêmicos que estudam Estado de Exceção, medidas emergenciais e ditaduras constitucionais.
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Cardoso 10/09/2020

Saber errar nos liberta de toda sujeição e de toda constrição
É claro que o pensamento filosófico propõe debate — aliás, qualquer pensamento o produz. O delírio de um louco é pano pra manga para séculos de discussão, do xamanismo à psicanálise. Estamos loucos em perder nossa liberdade pelo vírus? Não, mas dá pra se argumentar.

É claro que a posição de Agamben, em seu primeiro artigo, é compreensível: em fevereiro, sabia-se pouco sobre o coronavírus e havia muito medo quando, o certo, seria precaução e cuidado. O que vai tornando sua posição estúpida é firmemente mantê-la ao longo dos meses e das atitudes tomadas globalmente, inclusive dentro da própria Itália, que decidiu "bater de frente" com a pandemia, já que não se podia parar (parafraseando o lema da prefeitura de Milão que a tornaria uma das três cidades mais afetadas pelo COVID-19 na época). É claro que a filosofia deve nos permitir questionar e provocar, mas ela nos obriga rever nossos próprios erros e limitações, coisa que Giorgio negou fazer.

Lógico que muita de suas provocações não são estapafúrdias: estaríamos prontos a abandonar nossa liberdade num simples toque de recolher? Seríamos capazes de avaliar o que realmente está acontecendo? De que forma estamos lidando com o problema? São boas perguntas, mas feitas mal pelo italiano. E isso não o torna um neoliberal ou um bolsonarista, nem torna necessário ele citar Montaigne aos pobres (eis o melodrama do debate brasileiro!) — só, talvez, um idiota.

A biopolítica, conceito foucaultiano que não aprecio, amplamente desenvolvido ao longo de toda a obra de Agamben, nos permite avaliar, sim, de forma diferente a pandemia e os balanços que ela causa em nossa sociedade, sendo o caso do Brasil, e mesmo de Milão contra parar, bons exemplos: diante duma doença mortal, o Estado nos expõe à morte, de maneira hipócrita e irresponsável, obrigando-nos a seguir nossas vidas, mesmo que isso às ceife da maneira mais cruel e tola — já que facilmente evitável. A necropolítica de Mbembe (outra conceitualização descartável, em minha opinião) se encaixa bem neste contexto.

Cabe-nos questões: de que adianta a filosofia se não nos permitimos aceitar erros? E do que adianta interpretar o mundo sem a intenção de mudá-lo?

site: https://medium.com/reta-fechada/saber-errar-nos-liberta-de-toda-sujei%C3%A7%C3%A3o-e-de-toda-constri%C3%A7%C3%A3o-4103fe13cac4
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Masseroni 30/12/2020

Há Agabem melhor.
É preciso ter respeito pela carreira e trabalho filosófico de Agamben. Mas, esses pequenos textos são muito fracos. Yara Frateschi fez uma réplica destruidora a Agamben. O autor quer, a todo custo, submeter a realidade a seus conceitos de Vida Nua (redução da vida ao biológico) e Estado de Exceção. Ao contrário do que quis fazer crer, que pessoas haviam distorcido suas palavras, Agamben fala em "suposta epidemia", compara a Covid-19 à gripe comum. Evidente, existia, quando escreveu os primeiros textos, poucas informações sobre a real situação mas, ao que tudo indica, ele não abandonou essas teses. Enfim, o autor termina com um apelo ao irracionalismo, quando afirma que a nova religião é a ciência moderna. Obviamente, podemos ser críticos da (des)ideologização e as tendências que querem afirmas que a ciência é asséptica , neutra. Daí fazer crer que "ciência = ideologia" ou coisa que o valha, é um disparate. Enfim, acho uma reflexão que está mais preocupada com a filosofia do "Homo Sacer" do que com a realidade.
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Leandro 12/02/2021

Análise muito ruim
Uma análise quase delirante do autor sobre a pandemia. Fico imaginando se hoje, decorrido esse tempo de pandemia, ele mudaria o que escreveu?
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Thales Moreira 06/04/2021

Reflexões antecipadas
Reflexões muito antecipadas de algo ainda desconhecido no momento de sua escrita. Agamben pode ser um grande filósofo moderno, porém perde um pouco do bom senso ao criticar certas atitudes necessárias para a sobrevivência. Existe perigo nas imposições governamentais? Com certeza, contudo isso sempre existirá em situações que requerem atitudes extremas ou pouco amigáveis.
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willys 07/07/2020

Parte erro do autor e parte má interpretação dos leitores
Esses ensaios do Agamben circularam bastante e causaram muita polêmica, chegando a ser chamado de neoliberal, pela esquerda, e de ter cometido olavices de esquerda, pela direita.

Realmente, partes do livro são difíceis de defender, mas por outro lado algumas reflexões interessantes são trazidas. Agamben levanta o estado de medo que se instaurou na sociedade, a fragilização dos laços sociais diante do confinamento, o problema do pós-pandemia, no qual parte das medidas de urgência podem ser mantidas.

Como deixa claro no começo do quarto ensaio do livro, algumas reflexões não são sobre a epidemia, mas sobre a peste - a forma como os homens reagem à epidemia. O filósofo acerta ao afirmar que não é humana e politicamente vivível uma comunidade fundado sobre o ?distanciamento social?. Tendo isso em mente e observando as implicações políticas e éticas da pandemia, e essa é a preocupação do autor, os ensaio se salvam de parte das críticas.
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BetoOliveira_autor 26/09/2022

O FILÓSOFO DESPRECAVIDO
Nunca li qualquer obra de Agamben, a não ser essa compilação de artigos sobre a pandemia COVID. Entretanto, conheço basicamente os conceitos de biopolítica etc.

Parece-me que ele, ao tentar aplicar seus conceitos à crise pandêmica se desprendeu totalmente da realidade e produziu os textos mais imbecis que eu já li na minha vida.

A prefaciadora do livro, Carla Rodrigues (Professora de ética do Departamento de Filosofia da UFRJ), deve ter tido a mesma sensação de náusea que eu tive, mas ela tenta salvar alguns aspectos da ?boa filosofia? de Agamben, pois, escreve : ?não se trata tanto de estar certo ou errado, mas de levar o pensamento a limites críticos que são, por isso mesmo, tão necessários em tempos de crise?.

Não, longe disso. Ao menos nesses textos compilados não houve qualquer proximidade de ascensão ?do pensamento a limites críticos?. O que se vê, o que se lê é uma enxurrada de tolices, de estupidez. Um idealismo cuja ilustração é um velho senil correndo pelas ruas da Itália gritando ?liberdade, liberdade, liberdade ?... tal como assistimos até hoje no Brasil de Bolsonaro.

Segundo consta, Agamben seria um marxista, mas quando leio algo do tipo ?O que é uma sociedade que não tem outro valor que não seja a sobrevivência??, divago: quanto de Nietzsche, quanto de saudosismo romano, viking, carrega no coração esse filósofo?

O grande teste de um filósofo é quando ele, saindo do seu campo de conforto (reflexões genéricas e abstratas,digamos assim), passa a interpretar um fato real, um episódio, um acontecimento concreto. De forma pontual e determinada. É muito perigosa essa empreitada, e até deve ser evitada, sob pena de manchar toda a história como bom filósofo. Voltaire se propôs a tal aventura e se saiu muito bem quando escreveu o magistral Ensaio Sobre a Tolerância.
Dadas as devidas proporções ( Agamben é minúsculo diante de Voltaire), o nosso contemporâneo mostrou, ou toda a tolice da sua filosofia, ou, o mais provável, o declínio da sua capacidade filosófica.

Certamente, ele não é esse imbecil que lemos nesses artigos. Já no primeiro artigo, o qual ele escreveu de forma irrefletida diante da prematura situação pandêmica ( ao estilo do neófito), ele nos brinda com um prognóstico fracassado e desastroso. No alto de sua sabedoria e "conhecimento científico" (devemos rir?), ele escreve:

?Diante das frenéticas, irracionais e totalmente imotivadas medidas de emergência motivadas por uma suposta epidemia do coronavírus, (...)?

Como definir Agamben com base nessa e só por essa obra?

O FILÓSOFO DESPRECAVIDO. Um idealista tolo.
Perdemos, só no Brasil, em torno de 700.000 pessoas. Perdi um tio, acompanhei seu sofrimento até o fim, dia a dia. Foi naqueles meses em que o governo brasileiro defendia as mesmas ideias (embora com propósitos e argumentos gradualmente diferentes) do Agamben. A vacina só chegou nos braços dos brasileiros meses depois da morte do meu tio. Este meu comentário é, portanto, também é um dsyabafo contra um velho FILÓSOFO senil, que se embruteceu no apego da razão pela razão, e no desejo egoísta, no mal dos filósofos de buscarem distinção com uma suposta ?novidade?.

A única novidade da novidade: a tolice enviesada, a vontade de verdade cega e destrutiva. O uso do senso comum, do clichê, na filosofia. Aquela insensatez de quem já está sem energias e culpa o mundo pela velocidade do tempo. O "abraço do afogado", como dizemos por aqui. Você só salva o afogado, sem sofrer perigo, se o agarrar pelos cabelos. Mas Agamben já não tem mais cabelos.

Agamben foi incapaz de enxergar o óbvio: que a sua crítica biopolítica, que sua defesa à suposta liberdade individual, é exatamente a necropolítica que ocorreu no Brasil, vitimando esmagadoramente os pobres.
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Eduardo634 08/05/2023

Infelizmente ele não surtou
Assim como Zizek aponta que a aproximação de Heidegger com o nazismo não foi um desvio, uma coincidência, mas uma consequência natural de sua filosofia, o mesmo poderia ser dito sobre esse texto

Em suas análises sobre o Estado de exceção e, como consequência dele, a desintegração de um homo-duplex, fica evidente como busca sempre colocar a vida social no mesmo patamar da vida biológica e, com isso, vê no confinamento gerado pela Pandemia uma tentativa de colocar a vida nua como norma política universal

Agamben não teria como dizer algo diferente sobre o isolamento. Pro melhor ou pro pior
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