The Bonehunters

The Bonehunters Steven Erikson




Resenhas - The Bonehunters


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Allan 20/04/2022

Meu favorito até aqui!
Que jornada inacreditável! Antes de começar o livro, eu li algumas considerações do autor de que Bonehunters eram dois livros em um só e finalizando ele agora faz todo sentido.

Passamos aqui da metade da saga Malazan e estou mais empolgado do que nunca. Nesse livro desenvolvemos alguns personagens que até agora tinham sido meio ignorados apesar de sua importância.

To muuuuuito curioso para saber como essa história continua, mas vou dar uma pausa na saga, senão vou ficar o resto do ano nela hahahah
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Lit.em Pauta 04/05/2018

Literatura em Pauta: seu primeiro portal para críticas e notícias literárias!

"O passado é inquieto, agitado. Sofrendo constantes revisões históricas e políticas, ele não permanece inalterado e nem estático, revelando uma tendência preocupante de se estender para o futuro, repetindo-se. Ele é o ponto de partida, mas também o de chegada, negando o progresso. Em The Bonehunters, o sexto capítulo da série The Malazan Book of the Fallen, Steve Erikson trabalha com a ideia de que o passado é profecia: um inimigo implacável que é enfrentado tragicamente, concretizando-se com força de destino.

A história segue o 14º Regimento Militar do Império Malazano, liderado por Tavore Paran, que procura destruir o resto da rebelião de Shai’k eliminando seu líder Leoman, enquanto o persegue até a cidade de Y’ghatan, conhecida por ter sido palco de uma famosa derrota do Império. Enquanto isso, o historiador Herboric repete sua viagem com Felisin para cumprir uma missão que rejeita, Icarium e Mappo dão prosseguimento a sua cíclica jornada para recobrar as memórias do primeiro e Karsa procura cumprir seu papel de libertador, mas ainda preso pelas correntes de sua formação.

O grupo militar de Tavore é o centro narrativo do livro, protagonizando seus dois momentos climáticos mais importantes e possuindo o arco que melhor simboliza seu tema. A jornada do 14º Regimento é uma de gênese e desenvolvimento, que encontra na batalha em Y’ghatan a chave de sua criação e um símbolo da luta inútil contra o passado: o nome Bonehunters metaforiza justamente a sina do grupo de reviver tragédias históricas, como se estivesse perseguindo incansavelmente o passado.

O cerco a Y’ghatan, que dado seu escopo serviria muito bem como um clímax em outros livros, aqui é ponto de virada inicial. Primeiramente, Erikson prepara o confronto opondo os dois lados com relação a suas forças e fraquezas militares. O exército de Tavore detém uma vasta superioridade numérica e tecnológica, enquanto os soldados de Leoman têm mais experiência de batalha e a vantagem geográfica, além de lutarem por uma causa pela qual não somente estão preparados para morrer, como aguardam ansiosamente esse fim, considerando-o glorioso – não é a toa que são constantemente referidos como fanáticos pelo seu próprio comandante. O grupo de Tavore, por outro lado, parece perdido e sem rumo, continuando a luta meramente porque foi comandado. Para agravar a situação, Leoman claramente tem um plano, mas Tavore é fechada demais para demonstrar está tão desnorteada quanto seu exército ou se possui um contra-ataque pronto. Por outro lado, sua lealdade é inabalável, enquanto a de Leoman é questionada até mesmo pelo seu braço direito, Corabb.

Corabb, aliás, é o responsável por oferecer o ponto de vista da rebelião de Leoman. É um personagem fascinante que, em um momento surge filosofando sobre as estrelas revelando-se poético e otimista, e, em outro, ressentindo a amante de Leoman, mostrando-se mesquinho, carente e machista. Seu arco narrativo é direto e eficaz, envolvendo a desconstrução de sua visão unidimensional sobre seus inimigos: ao opor-se ao Império Malazano, Corabb inicialmente o vilaniza por completo, atribuindo-o defeitos exagerados, além de abraçar como verdade qualquer notícia ou rumor que confirme sua visão de mundo generalizante – e por isso limitada. Seu ódio é condição necessária para mascarar a natureza de suas próprias posições e atitudes violentas, constituindo um requisito mínimo para a formação do fanatismo que seu próprio líder condena, embora manipule. A trajetória de Corabb, todavia, é otimista, mostrando-o gradativamente desmantelando seu maniqueísmo ao ser atacado com indícios contrários e, assim, adquirindo uma visão multifacetada do mundo, que lhe permite enxergar a convicção como um veneno que corrompe a alma e bloqueia a empatia.

Poucos antagonistas em The Bonehunters não recebem algum traço de complexidade. Até mesmo uma criatura monstruosa demonstra ter seu próprio senso de justiça quando observamos o mundo pelo seu ponto de vista. O próprio Leoman passa longe de ser unidimensional. Ele pode ser gentil e sensato em um momento e justo em outro, enquanto sua amizade com Corabb o torna mais humano. Se em determinado momento é descrito como “pure evil“, isso não chega a vilanizá-lo, pois faz referência unicamente a sua tendência a cometer o ato considerado mais hediondo pela narrativa da série – e ponto central de Memories of Ice – que é a traição. Dessa forma, sua posição durante o confronto em Y’ghatan é central para a formação de sua personalidade.

A batalha em si começa repetindo a estratégica de balancear as forças envolvidas, imediatamente desconstruindo um dos trunfos do exército malazano. Ao seguir os engenheiros que manejam explosivos e que vão ser os responsáveis por derrubar a muralha da cidade, percebe-se que eles se dividem em dois grupos: aqueles que não sabem muito bem o que estão fazendo e aqueles que de fato sabem, mas são insanos e suicidas. Assim, quando a batalha começa, o que se vê em Y’ghatan é um puro caos de sangue, tripas e muito fogo.

Erikson, então, encurta os pontos de vista, pulando de um para o outro rapidamente, causando uma desorientação que reflete o caos da situação. No mesmo sentido, ele alonga a duração do próprio capítulo – talvez o maior da série até então – para sufocar o leitor com o mesmo desespero dos personagens, sem oferecer um momento para respirar. Na descrição das fatalidades, a narrativa ressalta o caráter humano envolvido, independentemente do lado do conflito: um soldado malazano morre pensando no que falhou com a mãe, sofrendo uma espécie de regressão até um estado infantil, e um fanático de Leoman, quando esfaqueado, profere o nome de uma mulher em angústia, o que ainda enche sua algoz de tristeza.

Contudo – e esse é um preço pela batalha se dar no início do romance – vários personagens pequenos que são abatidos não tiveram o desenvolvimento adequado até então e se confundem uns com os outros em personalidade. Entretanto, para compensar, a última parte do capítulo – focada em uma lenta e excruciante fuga – permite que vários personagens importantes tenham momentos mais íntimos de desenvolvimento – com destaque para a breve resposta “A welcome gift” de certo personagem, que completa seu arco narrativo nesse momento –, além de discutir temas caros à série, presenteando o leitor com passagens sobre comapaixão (“Compassion existed when and only when one could step outside oneself, to suddenly see the bars inside the cage”), e apresentar excelentes metáforas como a do parto que ocorre no final, marcando o nascimento não de uma pessoa, mas de um grupo. Isso tudo apenas no primeiro ponto de virada do livro."

Participe da discussão, conferindo a crítica completa em:

site: http://literaturaempauta.com.br/Livro-detail/bonehunters-critica/
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Newton Nitro 13/12/2013

Bonehunters (Malazan #6) – A Complexidade Épica de uma Obra Prima da Fantasia! #resenha
Com a série Malazan, o Livro dos Caídos, Steven Erikson criou uma obra que acredito resistirá ao tempo. Extremamente complexa e com um dos mais impressionantes trabalhos de criação de mundos que já vi na vida, a série Malazan supreende a cada livro.

A série tem dez volumes publicados e uma série de romances paralelos. A cada romance eu me surpreendo com a qualidade da escrita e com o esforço épico do autor.

Bonehunters é o sexto volume da série. Anteriormente, cada volume poderia ser lido supostamente de maneira independente, porém, neste sexto volume, é praticamente impossível. Dentro da saga esse é o primeiro volume em que é absolutamente necessário ter lido os volumes anteriores, principalmente os primeiros quatro volumes, visto que o quinto trata de eventos importantes do passado do mundo de Malazan.

Antes de falar de Bonehunters, reitero o que disse nos meus outros textos sobre a saga Malazan. Essa é uma saga de fantasia mais complexa e de difícil acesso. Erickson não explica muita coisa, os conceitos e os detalhes são jogados ao leitor seguindo a linha do “continue lendo para entender tudo”. Nas mãos de um autor menos experiente, isso poderia ser desastroso, mas Erickson demonstra um grande domínio dentro da complexidade dos milhares de personagens e narrativas que formam a saga.

Outro elemento interessante é como Erickson re-estrutura, desconstrói, critica e reescreve os temas tradicionais da fantasia épica. Ele tem uma maneira bem peculiar de lidar com os elementos fantásticos em suas histórias, não existe limite para sua imaginação e mesmo lidando com um altissimo nível de magia (armas capazes de destruir mundos, personagens capazes de derrotar exércitos inteiros, criaturas com mais de cem mil anos de idade, etc.), ele passa um enorme realismo psicológico nas suas histórias. Seus personagens, por mais fantásticos que sejam, são profundos e saltam das páginas.

A narrativa se entrelaça entre vários pontos de vista, e muitas vezes o autor confunde o leitor de propósito, exigindo que se confie em sua habilidade e domínio da trama para explicar os muitos mistérios que são levantados pelas histórias. E em Bonehunters, Erickson estabelece uma espécie de divisor de águas na saga Malazan, resolvendo e explicando muito dos mistérios plantados nos livros anteriores e revolucionando o cenário, abrindo o campo para uma nova fase na saga.

Em Bonehunters Erickson reúne tudo que aconteceu antes nos livros, as maquinações da campanha expansionista do império de Malazan (que é uma espécie de comentário sobre o expansionismo americano), as campanhas de Genabackis e Seven Cities, a conquista dos Tiste Edur do império de Leterii, os planos da Imperatriz dos Malazan, e quase todos os demais protagonistas dos romances anteriores aparecem nesse livro.

Ou seja, Bonehunters, para os fãs de Malazan, é fantástico pois resolve várias das narrativas que ficaram em aberto nos outros volumes. E tem muita ação, muita pancadaria, cenas dramáticas, as disgressões filosóficas sensacionais do Erickson sobre diversos assuntos, e as tradicionais cenas épicas de explodir a cabeça, que é meio que esperado nos livros da saga.

TRAMA:
A saga Malazan possui tramas complexas, planos dentro de planos, com cada personagem seguindo uma motivação diferente. Em Bonehunters, vários planos são revelados, e outros mistérios surgem. A trama é assim bem complexa (tirando o Karsa Orlong bárbaro gigante monstruoso de quatro pulmões e imune a magia que com sua espada indestruível só quer matar quem que passa pela sua frente hahahaha).

PERSONAGENS
Os personagens são bem construídos e variados, com personalidades inusitadas e bizarras. Malazan é um mundo de anti-heróis e vilões, e o compasso moral é definido pelo grau maior ou menor de crueldade. É um mundo de assassinos, onde a inocência é uma ilusão.

DIÁLOGO
Erickson é um mestre do diálogo entre soldados, é uma das fontes de humor dos seus livros. E o modo inusitado como os deuses do cenário falam quebra com a maneira tradicional e formal da fantasia arquetípica.

CENÁRIO
Malazan é impressionante em termos de cenário, é gigantesco. Em Bonehunters o cenário se expande mais ainda. Um dos aspectos mais legais para os fãs da saga é o foco nesse livro na cidade de Malazan, a sede do império.

AÇÃO
Bonehunters é cheio de cenas de ação, desde luta contra monstros, batalhas urbanas épicas, destruição, sobrevivência,etc.

TEMAS
A amoralidade das ações em função da sobrevivência, o desejo de poder aniquilando o que resta de humanidade em um ser, o medo como motivação da existência, e o tema geral da saga, a inexorável corrupção causada pelo poder, em qualquer de suas formas.

MAGIA
Bonehunters tem magia épica, daquela de destruir cidades, causar apocalipses, etc.. A magia é muito original, misteriosa e com grande influência lovecraftiana.

Fica a recomendação, para os fãs da série, Bonehunters é um presente do Erickson, um reencontro com os personagens mais legais da saga Malazan e um divisor de águas na narrativa.


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Gordenho 18/01/2013

The Bonehunters
Os Bonehunters é em grande parte a história do Exército 14, sob o comando da adjunta Tavore Paran, e sua busca dos restos da rebelião de 'Sha'ik "The Whirlwind" no continente das Sete Cidades". O cerco e a batalha na cidade de Y'Ghatan não é apenas alguma da ficção mais fascinante militar que você já leu, mas a recepção do Exército 14 recebe após a batalha da Imperatriz de Malazan Laseen em Malaz City é de cair o queixo em seu suspense. Os eventos geo-políticos / enigmas e mistérios que Erikson introduz neste romance são realmente nada menos que incrível. Há verdadeiramente mistérios sobre mistérios camadas aninhadas nesta novela, e eu só posso olhar para frente nos livros restantes para responder a todo o novo lote de perguntas que tenho agora.

Contrastando com o Midnight Tides antes dele o Bonehunters é um grande pacote de ação rompendo através da história do Império de Malazan. Estamos reunidos com Fiddler (Strings, o pior segredo mantido em todo o exército de acordo com a Adj. Paran), Paran Ganoes, Apsalar, Quick Ben e Kalam, bem como vários outros personagens novos e antigos.

O escopo deste livro é simplesmente surpreendente. O gigantesco e destruidor cerco ocorre dentro do primeiro terço do livro, deixando o resto do livro para Ganoes Paran e o XIV Exército tempo suficiente para arrumar mais dois problemas separados que - sem dúvida - vão ter consequências abrangentes.

E até o final do livro Ganoes está desaparecido, o XIV é o ultimo exército móvel e nem tudo está bem para em Malaz.

Várias vezes quando eu me dei conta, percebi que o relógio tinha passado duas horas e eu me perdi no livro. O cerco a Y'Ghatan, Kalam em Malaz Island, e Paran Ganoes dentro de uma das Sete Cidades, são apenas algumas das vezes em que um capítulo teve que acabar antes que eu pudesse largar o livro.

Se você gosta de boa ecrita, se você gosta de boas histórias, se você gosta de ambos, ou se você só quer ser legal e saber o que estamos todos falando a respeito, Steven Erikson é para você. Não tome minha palavra, olhe para os inúmeros comentários de 5 estrelas o livro recebe na Amazon e da aclamação da crítica que está vendo Steven Erikson se tornar o maior autor vivo do Inglês. A escrita não é nada menos que brilhante, cativante e surpreendente. Há uma razão para que ele recebe nota máxima para este livro!

Definitivamente recomendado, mas isso é totalmente uma série onde você tem que ler todos os livros que vêm antes do mais recente para que você não fique Totalmente perdido
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