Resenhas - A Tempestade de Ecos

bibi 29/10/2021

Quanto mais eu penso, mais decepcionada eu fico.
Terminei esse livro ontem de noite. Levei exatamente um mês para terminar essa leitura. Um livro que foi aguardado por mim durante UM ANO INTEIRO.

Em 2020 eu me apaixonei por A Passa-Espelhos. O primeiro e o segundo livro foram muito especiais. Eu me apaixonei completamente pelo universo criado pela Christelle Dabos, os personagens, a trama-política, sua escrita... POR ABSOLUTAMENTE TUDO! O terceiro livro foi um livro bem bom. Eu percebi que algumas coisas estavam mudando, mas acreditei que fosse apenas para preparar a gente para uma finalização épica. Queria muito que tivesse sido isso. Mas, infelizmente, Tempestade de Ecos se tornou a minha maior decepção literária nesse ano (e quem sabe nos próximos).

Vamos começar enumerando alguns pontos bem importantes para que esse livro tenha chegado ao fundo do poço pra mim:

1. Nessa conclusão, temos uma mudança brusca na forma como a autora narra a história. Christelle escreveu tudo de forma extremamente complicada, confusa e arrastada. Com ideias demais, (ou de menos), ela utilizou cada linha desse livro pra jogar na nossa cara teorias, regras, situações absurdamente doidas. E não é aquela loucurinha gostosa que a gente conheceu nos primeiros livro, é uma doidera SEM PÉ NEM CABEÇA. Literalmente. A ideia de falar sobre os ecos era sempre carregada com uma narrativa que fazia o leitor achar que tava entendendo, mas no fim não entendia nada. Quando as coisas aconteciam, eram sempre muito rápidas, sendo enfiadas na goela do leitor. Era tipo: ACEITE ISSO, E SE NÃO ENTENDEU, PROBLEMA SEU. O humor sempre tão presente em Noivos do Inverno e Desaparecidos em Luz da Lua, sumiu nesse quarto livro. Afinal, eram tantas teorias para serem explicadas que faltou espaço e tempo pra desenvolver as relações com os personagens. Talvez, por metade do livro se passar dentro de um hospital, a autora quis dar um ar de tensão, mas isso só deixou a narrativa chata.

2. OS PERSONAGENS QUE AMAMOS NÃO APARECEM NUNCA. Me explica Christelle, como você pôde simplesmente ignorar a existência do Archie, Berenilde, Tia Rose, Raposa, Gaele????? Eles mal apareceram, acho que se for contabilizar todas as suas falas e cenas, não daria nem 2% da história. Nós nos apaixonamos por esses personagens, sentimos falta deles no 3° livro, mas acreditamos que eles iriam aparecer nesse encerramento. Infelizmente, você deu espaço para um zilhão de personagens que não eram importantes pra gente. Ok, eles precisavam aparecer na narrativa? Beleza! Mas tivesse construído arcos melhores para o restante dos personagens que a gente ama! Eu não tava nem aí pra aqueles dois douradinhos lá, pra os pesquisadores.... chatos chatos chatos chatos! SAUDADE ATÉ DO FAROUK VEI.

3. O plot da filha da Berenilde: O QUE ROLOU? A gente botou tanta expectativa nessa garotinha.... PRA NADA. Foram capítulos desnecessários, que só mostraram aquilo que a gente já sabia. Eulalie/Deos era foda, e dai? Já sabíamos disso. Não precisava de capítulos mostrando novamente através da pequena. Ela poderia ter feito tanta coisa mais! No fim, se mostrou filha do Farouk mesmo (no pior sentido)...

4. Ophélie e Thorn... A decepção, das decepções... O que aconteceu com esse casal? Eu sei que o foco do livro não é o romance. Mas, o que nos foi apresentado aqui foi a pior interação deles. Thorn nem parecia o mesmo dos dois primeiros livros. Ele correu e correu e correu de um lado pra o outro, mas não adiantou de nada. Os esforços dele sempre foram muito sagazes, sempre muito espertos. No fim, Thorn sempre estava um passo a frente. Porém, aqui, ele se mantinha completamente perdido. A Ophélie, nossa querida personagem, sempre teve uma grande evolução nos livros passados, o que não rolou aqui. Ela entrou numa sede absurda pra descobrir quem era O Outro, e pra isso ignorou até mesmo quem ela era. Parecia que a Christelle só queria ferrar com essa menina, percebemos até mesmo com o que acontece com os dedos da garota (O QUE FOI AQUILO?).

5. O final: Preciso nem falar nada, né? Eu nem sei como começar a enumerar tudo de errado que deu ali. O personagem escolhido pela Christelle para ser o grande vilão da história (O Outro/Eulalie) foi uma escolha muito preguiçosa. Aquele personagem nem aparecia direito, não tinha conexão com os leitores. A gente sabia da sua existência, mas só isso. Algumas mortes de personagens queridos aconteceram e foram tão rápidas e sem sentido. Até agora não acredito que eles caíram da escada e ploft! Ela deixou subentendido, mas isso pode dar muitas interpretações. E PRA FINALIZAR: QUE MERDA FOI AQUELA COM O THORN? Ah não... Christelle? Eu não li 4 livros pra isso.

Tentei ao máximo resumir tudo o que eu senti, mas ainda teriam muitas outras coisas pra apontar. Vou parar por aqui pra não ficar ainda mais irritada com essa história.

Minhas DUAS estrelas foram apenas pelo reconhecimento de que essa série se tornou especial pra mim, porque de resto não senti conexão alguma.

Dizem que existe uma fanfic que é bem melhor que o livro (KKKKKKKK) vou aproveitar pra ler e fingir que esse final oficial nem existiu.

PRA SEMPRE VOU AMAR A PASSA-ESPELHOS. PRA SEMPRE VOU INDICAR ESSA SÉRIE. PRA SEMPRE VOU CARREGAR COMIGO OPHÉLIE, THORN E OS OUTROS PERSONAGENS. Mas, precisei expressar meus sentimentos sinceros (e decepcionados) através dessa sinopse.

bjs!!!!

site: www.twitch.tv/bibilendo

Folktolkien0 11/03/2024

O que tinha tudo pra ser uma das minhas séries favoritas da vida acabou me decepcionado bastante :(( eu custei a tentar entender o ponto do livro e até reconheço o trabalho impecável da autora na construção de mundo e criatividade, mas o final foi muito confuso, muitos personagens que eram importantes pra quem tava lendo foram deixados completamente de lado e esquecidos. E principalmente, acho que Thorn merecia um final muito melhor que esse considerando tudo o que ele sofreu

Queria Estar Lendo 18/10/2021

Resenha: A Tempestade de Ecos
A Tempestade de Ecos é o quarto e último volume da série Passa-espelhos, fantasia de origem francesa que conquistou milhares de leitores por todo o mundo. Christelle Dabos entrega pra gente um final impactante, com todas as respostas que precisávamos e com os surtos que podíamos (ou não) aguentar.

Esta resenha vai ter spoilers dos outros livros, leia com cuidado!

O poder do Outro está cada vez maior. Por todos os cantos, pedaços das arcas estão despencando em direção ao vazio, arrastando consigo milhares de vidas inocentes. Ophélie e Thorn, em sua missão para impedir Deus e de entender a verdade por trás desse destruidor de mundos, estão para viver sua maior e mais tenebrosa aventura juntos.

A busca pelo desconhecido, decifrar códigos antigos, entender memórias estilhaçadas e conexões sinistras, tudo isso os move por Babel e, Ophélie, principalmente, direção ao Observatório de Desvios, uma instituição misteriosa regida por nenhuma lei da arca que estuda pessoas invertidas - e que pode ter as respostas que ela precisa. Mas, uma vez lá dentro, será que ela vai sair a mesma pessoa?

Eu pensei, seriamente, em começar a resenha assim: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Porque foi o que eu senti no decorrer dessa leitura.

A Tempestade de Ecos foi tudo que eu pedi para o final dessa série, e mais. Christelle Dabos não economiza em surtos e em causar taquicardia na gente, como já se provou bastante especialista nos livros anteriores. Aqui, no entanto, tem essa sensação de urgência sobrecarregada a mil, o que torna toda a investigação e busca por verdades ainda mais tensa.

"- Todos temos sombras que não podemos ver."

Toda a questão envolvendo Deus, o Outro, a queda dos pedaços das arcas e o que parece o apocalipse para aquele mundo é muito, muito interessante. Complexo, como todo o sistema mágico que ela construiu para essa série, mas com respostas satisfatórias e que se encaixam em todo o contexto. Conforme vamos entendendo, junto aos personagens, quem é, por que fez isso, como fez isso, as coisas fazem mais e mais sentido.

E parecem ainda mais e mais complicadas de resolver.

Tem toda uma discussão interessante sobre guerra e paz, sobre pertencimento e refúgio, sobre cultura e família nessa série. Nesse livro, em especial, fala-se muito sobre essa questão de humanidade se destruindo por questões ínfimas, causando o terror por desavenças, colapsando tudo que existe por guerras. Mas, junto com isso, também tem a parte empática, familiar, amorosa, querida, mostrando que mesmo extremos pacíficos ainda são extremos.

Ophélie está em seu ápice de força e nervosismo, especialmente depois de tudo que viveu. Não apenas as provações de A Memória de Babel, mas toda a sua jornada. A nossa protagonista é uma personagem muito bem construída, com suas falhas e pontos fortes, ciente dos sacrifícios que podem aparecer, mas disposta a tudo para impedi-los de acontecer.

Sua estadia no Observatório de Desvios é um dos motivos para termos tantas respostas, não só sobre o plot, mas também sobre a personagem. Entender Ophélie é essencial para entender essa série; entender suas fragilidades, suas qualidades, seus defeitos. Ela é tão real que, no passar desses quatro livros, se tornou muito querida. Uma amiga, praticamente. E me despedir dela foi mais difícil do que eu imaginava.

Thorn, igualmente, evoluiu tanto desde o brutamontes frio e monossilábico do primeiro livro! Aqui, ele está presente por Ophélie sempre que ela precisa - e até quando não precisa. Completamente entregue ao amor, ainda que demonstre do seu jeitinho desengonçado com emoções, Thorn se mostra um amigo, um companheiro, um marido leal.

"No instante em que os braços de Thorn a acolheram, alto, baixo, esquerda e direita voltaram aos respectivos lugares. Ela encontrara, finalmente, seu ponto de referência."

E sua história também encontra as respostas que precisa e os pontos finais necessários. Junto com Ophélie, ele se despede da gente fazendo o que sabe fazer de melhor: resolver problemas.

O relacionamento entre os dois é uma das coisas mais maravilhosas que eu já tive a alegria de ler. Em A Tempestade de Ecos, é tudo um pelo outro, descobrir as coisas juntos, buscar o olhar do outro na multidão.

Nossos coadjuvantes queridos têm seus grandes momentos, importantes e imprescindíveis para as reviravoltas e situações grandiosas da história. Archibald, Berenilde, tia Roseline, Ambroise, Elizabeth. O cachecol! Todos eles vivem suas jornadas individuais, mas em busca do mesmo fim: impedir que Deus e o Outro transformem aquele universo em uma completa catástrofe. E, do seu jeito, cada um deles se mostra essencial ao final que a autora nos entrega.

"Se todo mundo fosse capaz de realizar milagres, deixariam de temer ao próximo."

A Tempestade de Ecos lida muito bem com todos os mistérios que precisou resolver, e ainda entrega um final agridoce, mas muito bem-vindo para a história que construiu desde o começo. Eu, particularmente, não poderia ter pedido por encerramento melhor.

Com um leque de personagens e antagonistas carismáticos e impressionantes, Christelle Dabos finaliza a série Passa-espelhos da melhor maneira possível. Fica aqui o meu adeus a essa história que vou guardar para sempre no coração, e um convite para você que ainda não conhece a Ophélie e o Thorn: corra conhecer.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2021/10/resenha-tempestade-de-ecos-christelle.html

nat | @magicplaceofwords 24/09/2021

Eu me recuso que tenha acabado
É sério, Christelle Dabos. Eu preciso de mais!
Me dê uma spin-off sobre o Archibald. Me dê um livro de contos sobre Thorn e Ophélie. Faça alguma coisa. SE VIRE.

Manoela173 30/05/2022

A Tempestade de Ecos
A minha pergunta depois desse final é: por que essa autora odeia tanto a protagonista que ela mesma criou? Porque, dada as circunstâncias, é impossível que ela nutra qualquer carinho ou empatia pela Ophélie.

Ophélie, que sofreu desde a primeira página até a última dessa saga, que foi espancada, humilhada, diminuída, subestimada, quase assassinada umas trinta vezes.
Ophélie, que depois de tudo isso ainda perdeu os dedos das mãos, sendo assim, perdendo o dom da leitura que ela tanto estimava e amava. Perdeu o homem que ela amava, perdeu amigos e até mesmo uma parte dela mesma.
De verdade, eu não entendo a razão de não dar um final feliz pra menina.

Além da minha indignação com o final dessa protagonista incrível, o final me indignou também. Pra ser sincera o livro todo me indignou.

Sabe toda aquela vibe de caos controlado e humor duvidoso e divertido que os outros livros tiveram? Então, aqui ele desapareceu completamente, simplesmente evaporou, do nada a história ficou com uma sensação muito diferente do que eu senti desde o começo. Ficou pesada. Aquele humor fez muita falta e eu só o sentia quando o Archibald aparecia, isso é, pouquíssimas vezes.

E o que foi essa história da Eulalie ser a Elizabeth? Que coisa mais sem pé nem cabeça, e foi simplesmente jogado ali, sem mais nem menos.
Durante o livro todo parecia que a autora queria fazer meus neurônios explodirem de tanto tentar fazer sentido com as informações que ela jogava, em certos momentos estava eu e a Ophélie pensando a mesma coisa e as mesmas teorias, só que do nada tudo mudava.
Só deu a percepção que ela tentou jogar tanta coisa nas páginas pro leitor ficar tonto e desnorteado.

Enfim, o sentimento que fica é que tudo foi muito corrido e rápido e confuso, e eu vou criar uma realidade na minha cabeça onde tudo aconteceu diferente :)

JUSTIÇA POR OPHÉLIE E THORN!!!!!

Tati lima 12/01/2022

um final agridoce, porém digno
Em termos de história e plots continuou impecável, sério eu não sei de onde essa mulher tirou tanta inspiração e conhecimento para inventar tudo isso, mas tá de parabéns.

Confesso que tinha alguns conceitos e explicações que me deixavam meio confusa, mas no geral acho que captei a essência da coisa.

Ophelie continua sendo uma personagem que me surpreende, ela é corajosa até demais as vezes (quem sofre é eu vendo ela sofrer) e o Thorn se consolidou mais do que nunca como meu personagem favorito dessa serie. Ver esses dois se apoiando, se abrindo um pro outro sem barreiras foi delicioso, surtei com as migalhas.

Achei todo plot surreal de maluco e bom, gostei das reviravoltas e passei muito nervoso pensando em como tudo ia se resolver, no fim foi um encerramento bom, acho os outros livros melhores, mas esse não fica muito atrás não.

Bom, não posso deixar de comentar sobre o final desse livro, até agora não processei direito e nem quero, eu ate curto finais em aberto, mas nesse caso ficou aberto demais, me incomodou, sem falar que eu me senti bem agustiada por alguns desfechos, acho que alguns arcos (em especial um) merecia mais, sabe?

(Sem falar que faltou um epílogo pra me deixar mais ok).

Foi aquele famoso final: "acabou, mas a que custo?"

Queria uma continuação ou um livro explorando todo esse universo, mas pelo andar da carruagem vou ficar na vontade mesmo.

Lanny 19/12/2021

Pistola
Eu odeio livros abertos. Aqueles que dá a entender que algo vai acontecer, mas não mostra especificamente aquilo acontecendo... Esse livro é assim

Depois de confundir nossa cabeça por três livros e meio, finalmente podemos entender o Rasgo, o Outro, os Ecos e tudo mais... E pra que? Pra ficar uma interrogação se Ophélie vai conseguir cumprir sua última missão ou não. Saco!!!

Tem alguma chance da autora escrever um conto contando essa parte da história? Preciso

Thorn é o personagem marrento mais fofo que eu já li. Toda vez que eu achava que ele não poderia dizer ou fazer algo mais romântico, ele me soltava uma pérola ou agia de forma a deixar mocinhos de época no chinelo

Ophélie é uma baixinha invocada e mega inteligente que conseguiu resolver vários mistérios ao longo da série.

Desde já a série está na fila pra releitura pra melhor compreensão de várias coisas.

Hellen Cult 25/02/2023

Virou meu universo favorito
O que essa autora fez com minha mente vei? Imaginar mundos despedaçados, seres com poderes, objetos animados, mundos coexistindo.... Eu nem sabia que a imaginação humana podia ir tão longe.
Estou inconformada que acabou e que não tenha mais livros.
Tudo foi tão maravilhoso que eu estou decidida a ir atrás da autora e pedir uma continuação.
Eu entendo pq terminou assim mas veeeeiiii eu quero o resto ?
Por favor gente lêem essa saga, ela tem tudo absurdamente presente pra um leitor de fantasia.
Até agora eu estou me perguntando se eu entendi o livro certo kkkkkkk
Mas eu amei, provavelmente vou reler em um futuro próximo e panfletar pro resto da vida ??????

Samara.Alcantara 25/11/2021

Me destruiu, e não no bom sentido
Isso vai ser mais um desabafo do que uma resenha, mas eu precisava escrever isso.

Fazem minutos que estou encarando a tela branca do computador porque eu não tenho nenhuma ideia de por onde começar. Despejar as palavras do meu peito quando leio algo que me toca profundamente de alguma forma nunca foi difícil, escrever sempre foi um meio de poder enxergar com clareza os meus sentimentos, de esboçar de uma forma visível o turbilhão em meu peito. Mas, eu simplesmente não sei o que pensar, o que sentir.
Minha mente e meu peito estão agitados em uma confusão de ecos sem forma. Christelle Dabos, tinha o meu coração em suas mãos, completamente apaixonado pelo universo que ela criou e, assim como o Deus de seus livros, ela rasgou-o em vários pedaços.

Terminar uma série de livros nunca é fácil, ainda mais quando você se conecta tanto com cada detalhezinho da história. Com A Passa espelhos me conectei com cada pedacinho do universo, cada personagem conquistou um espaço muito especial no meu coração.

Em todos os livros de A Passa Espelhos uma das coisas que mais amei foi caos. Não existe paz por nenhum minuto durante a leitura, e desde a primeira página vários acontecimentos que prendem quem lê a todo instante. E nesse livro não foi diferente.

O livro que antecede a este teve um final bem ?fechado? e por mais o início desse teve um clima introdutório, o característico caos estava presente. Me mantive presa a todo instante e curiosa junto com a Ophélie para desvendar os mistérios de uma vez por todas.

Durante o desenvolvimento do livro eu ficava ainda mais confusa (do jeito positivo) e não tinha ideia de para onde tudo iria caminhar. As informações cresciam a cada página e confesso que tive que ler com calma para não me perder.

Eu amo Ophélie e Thorn e eles são um dos meus casais favoritos da literatura, os dois são construídos nos outros livros com migalhas e apenas isso já me deixou completamente rendida. Nesse livro teve muitas migalhinhas dos dois e a cada interação eu ficava mais rendida pelo casal e pela história que Christelle Dabos criou.

Mas tudo começou a desandar quando a história foi se aproximando do conflito final.

As informações, ao invés de serem esclarecidas, foram dobrando e eu ficando cada vez mais perdida.

Personagens que eu amava tanto foram colocados em um ?plot secundário? que no final não agregou em nada para a história. E o conflito final foi super corrido, confuso e com uma resolução preguiçosa.

Além disso, ao final do livro, a autora colocou acontecimentos mal desenvolvidos apenas para destruir quem lê. Toda evolução de personagens que eu amava foi jogada no lixo.
A impressão que foi deixada é que Christelle se lembrou lá pelos 80% que esqueceu de colocar algumas coisas que tinha planejado e decidiu colocar de uma vez só.

E o que era para ser um final de série emocionante, apenas me deixou com raiva e decepcionada.

Mas tenho que admitir que algumas resoluções me agradaram, gostei de quem era o verdadeiro ?vilão?, amei o final dado aos espíritos familiares.
Mas a forma apressada com que tudo foi escrito (por mais que o roteiro do livro seja mesmo complexo) acabou com um final que poderia ter sido épico.?

Ainda amo muito ?A Passa Espelhos? e recomendo MUITOO a série, porque a triologia inicial é maravilhosa (juro, é mesmo, LEIAM), os personagens ainda são incríveis e o universo único.
Mas esse último livro destruiu meu coração, e não no bom sentido.

cxrolina 18/07/2023

?porque somos passa-espelhos.?
?eu comecei a ler esse livro em outubro de 2022. me causou uma ressaca literária e eu acabei abandonando. mas, há 3 dias, resolvi retomar e consegui acabar a saga passa-espelhos.

é incontestável que esse é o livro mais cansativo da saga. todas as explicações foram arrastadas para o final dele.
você passa o começo sem entender muita coisa e, além disso atrapalhar que a leitura flua, o deixa muito exaustivo.

entretanto, a partir de uns 60%, consegui engatar em um ritimo ótimo, fiquei extremamente curiosa e ansiosa.

gostei do final. entendo porque a maioria das pessoas diz ter se decepcionado. entretanto, desde o início, fica claro que o objetivo da autora não era escrever um conto de fadas. foi uma história verdadeira, emocionante e autêntica. ?mais que isso, até?.

4 livros originais, diferente de qualquer outra fantasia que eu já li. valeu a pena!

Kamy 06/05/2022

Esse livro foi extremamente envolvente, com um mistério muito instigante.
Aconteceram tantas coisas que ainda estou processando...
Até onde eu sei, era pra este livro ser o último dessa saga lindíssima, mas eu estou torcendo para que tenha uma continuação, não consigo aceitar esse final, TEM QUE TER UMA CONTINUAÇÃO!!!! Finais abertos me matam, ainda mais um final como esse, preciso de mais informações, mais respostas, mais aventuras através dos espelhos...
Quero ver a Ophélie indo atrás do Thorn, quero ver os dois felizes vivendo no "novo mundo". Quero saber mais sobre a filha da Berenilde e do Farouk (Victoire), ver o Archibald sendo feliz...
Não entendi o que aconteceu com o Raposa e a Gaelle...
Fiquei decepcionada com o fato de vários personagens maravilhosos não terem ganhado destaque, decepcionada com tanta correria pra ter um final aberto e confuso, mas ainda sim, EU AMEI ESSE LIVRO, eu amei todas as loucuras e reviravoltas, a atmosfera misteriosa, tudo muito envolvente. Essa saga tem um lugar especial na minha estante e no meu coração.

jAlia372 10/10/2021

Tudo certo mas a que custo
Primeiramente, meus sentimentos a quem não sabia nada do livro, eu fui sofreno aos poucos desde 2020 e me preparando para esse final da historia que mais marcou minha vida e que me trouxe de volta a vontade de ler.
Eu não me canso de enaltecer a construção de mundo da Christelle, ela me surpreende em cada capitulo como ela foi gênia conectando todos os livros, tudo sendo explicado e tendo motivo, todas as frases ditas terem efeito e como ela aplica criticas desse mundo destruído diretamente associado ao que a gente vive.
Mas ainda assim me sinto vazia.
A historia é extraordinária mas eu não consigo me sentir feliz pelos personagens. O final tem seu sentido e explicação (por mais que devastador e podendo ter seguido outra linha) mas para outros personagens, foi demais e desnecessário, parece que o leitor mais perdeu do que ganhou no final das contas.
Resumindo, não me caiu a ficha que estou dizendo adeus, que realmente acabou (ela ja disse que não vai continuar ). Parece que foi ontem, em 2019 que eu comprei um livrinho de capa azul e um castelo bonito esperando uma historia carinhosa de uma mulher que teria que conviver com o loiro mais desconcertante que já conhecera. Porem ela me levou a outro rumo, um que me mudou como pessoa...
mais que isso, até.

Hanelore 07/10/2022

poderia ser dois livros
Já cansei de falar sobre como o mundo criado nessa série é fantástico e muito bem descrito. E também já falei sobre a leitura é cativante apesar de não ser das mais fluidas.

O que aconteceu nesse livro, foi que muitos conceitos novos foram apresentados na segunda metade do livro. Conceitos importantes pro desenrolar do final e também para o entendimento.

No final, ainda não sabemos exatamente o poder da Victoire, não sabemos o que aconteceu em Arca-da-Terra e eu não seria capaz de explicar o funcionamento da Cornucópia, Reverso e Anverso.

Se o livro tivesse sido dividido e apresentado esses conceitos com mais calma, além de engrandecer ainda mais o mundo, teríamos um final mais esperançoso, acreditando com mais convicção na possibilidade do final feliz depois depois do fim.

Jhenyfer 28/12/2021

Decepcionada...
Eu esperei um ano por esse livro e eu odiei esse final porcaria, pra mim a história de Ofhélie e Thorn terminou em A Memória de Babel.

lucas 07/11/2021

Eu não sei o que sentir
Eu terminei de ler agora o último livro da saga Noivos do inverno e eu estou em um misto de emoções e sentimentos.

Essa saga dos Noivos do inverno se tornou a minha favorita da vida, irei indicar para todo mundo, a Ophélie e o Thorn meus favs da vida ?

Mas venho aqui nessa resenha expressar meus sentimentos sobre essa saga, especificamente sobre os últimos dois livros (Memórias de Babel e Tempestade de ecos)

Vamos lá. Aviso de Spoiler!!

1- Os dois primeiros livros se tornaram meus favoritos logo de cara, todo o humor presente neles, o universo apresentado de forma clara e sucinta, me apaixonei. Até que chegamos em memórias de babel, um livro mais parado com não tanta ação, um pouco confuso as vezes, personagens novos e enfim, aceitável. Até que me deparo no último livro, tempestade de ecos, confuso é a palavra que descreve esse livro.

2- Muitas pontas soltas para um livro só, foi isso que eu senti lendo tempestade de ecos, a autora quis explicar muita coisa em um livro só, ou melhor dizendo, no livro que daria fim a saga, que tem o intuito de conduzir o leitor a um fechamento e não deixa-lo com mais dúvida kkkk que foi como eu me senti nos últimos 20% do livro, eu lia lia lia e não entendia nada, dava muita volta, batia na mesma tecla do "outro" toda hora, uma escrita confusa e complexa (não presente nos outros livros) enfim, foi uma bagunça e só.

3- Senti que a autora ficou perdida no fim, jogou as coisas e deixou acontecer apenas, do nada a Elizabeth era a Eulalie, a Eulalie era o Outro, tipo?? Aquela cena final da luta contra o Outro eu fiquei confuso de mais, eu nao entendi a ambientação, nao entendi o conceito dos espíritos familiares se reunirem ali, do nada o Archibald, Gaelle e Raposa surgem la sem mais nem menos, a família da Ophélie surgindo la também, tudo acontecendo junto e misturado, fiquei???

4- Cade o desfecho dos personagens? O que aconteceu com a Victorie? Todo aquele enredo dela para no fim nada?? Muitas pontas soltas que não deixam o leitor com aquela sensação eufórica de um fim épico, mas sim com arrependimento por nao ter uma continuação. Fiquei decepcionado com o fato de nao.ter entendido o que aconteceu de fato com os espiritos familiares.

Concluindo tudo: Terminei essa saga com muita felicidade e tristeza, minha favorita acima de tudo (gostaria muito de uma novel para conhecer as outras arcas e espiritos familiares)