Açúcar queimado

Açúcar queimado Avni Doshi




Resenhas - Açúcar queimado


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Dandara 23/03/2024

Açúcar queimado
Ler "Açúcar queimado" de Avni Doshi logo após ler "Afetos Colaterais", da brasileira Betina Bopp,é permitiu uma vivência peculiar durante a leitura. Ambos têm como temática o surgimento e desenvolvimento da demência na figura materna, sendo o primeiro uma ficção e o segundo o relato real da autora. Porém, deixando de lado esse abismo, embora enorme, foi muito interessante me deparar com duas formas totalmente distintas de se lidar com esse processo, e como ele pode afetar, de diferentes formas, toda uma estrutura familiar.
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Natacha.Bischoff 05/02/2024

Cansativo
Uma história narrada apenas na primeira pessoa e sem diálogos e interação com outros personagens me cansou. Uma confusão que era sempre apenas a cabeça da personagem principal.
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Bárbara Vargas 30/01/2024

Poderia ter aproveitado melhor os temas
Primeiramente, alguém pode me explicar porque o livro tem esse título? ?
O livro aborda temas super interessantes, porém não percebi uma abordagem eficaz. A personagem principal inicia de uma maneira e termina da mesma forma, sem passar por uma transformação. Na minha opinião, o livro contribuiu pouco e ainda deixou um "gosto" amargo. Ler esse livro foi, para mim, uma experiência de "sofrência" desnecessária. Só terminei a leitura por pura curiosidade sobre o final (que foi decepcionante também).
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Cristiane 15/01/2024

Açúcar Queimado
Antara não teve uma relação fácil com sua mãe.
Ela abandonou o marido e foi viver com um grupo religioso, tornou-se uma das esposas do líder deste grupo. Ele a abandonou, as duas, Antara e sua mãe abandonaram o grupo religioso e foram mendigar, pois Ma, é assim que Antara se refere a mãe, não aceitou as condições impostas pela família para retornar para casa.
Ela sai vencedora, é recolhida pelo marido, que leva as duas para casa de sua avó.
Antara foi levada para um colégio interno, e sofreu muita violência neste lugar. Adoeceu e voltou a viver com a mãe e a avó.
Agora, Antara está adulta, casada e percebe que sua mãe está perdendo a memória. Neste processo ela resgata seu passado e muitos misterios são revelados.
Antara precisa cuidar de sua mãe, pois ninguém está disposto a fazê-lo: seu pai, sua avó e até mesmo seu esposo.
Antara é artista plástica e seu trabalho é recriar o rosto de um homem, sua mãe detesta este trabalho.
O livro é intercalado entre tempo presente e as memórias de Antara.
A medida que ela vive as dificuldades do casamento, a relação com a sogra (as sogras indianas, misericórdia, que ruindade), a maternidade, ela consegue ter um olhar com empatia para mãe e para avó.
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angelita 26/11/2023

Na moral, ruinzinho. 'Entendi' o que a Avni quis fazer, mas não gostei da execução. Pouco menos de 300 páginas que se arrastam demais.
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Gabriella Araújo 18/10/2023

Leitura muito válida
Gostei muito da obra, narrativa madura e temas difíceis/tabus trabalhados com bastante franqueza, mas o final achei um pouco apressado e sem sentido... De modo geral, foi uma excelente leitura, senti falta apenas de notas de rodapé explicativas sobre as questões culturais/religiosas da Índia.
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Cristiana.Teodoro 07/10/2023

Repressão profunda
Penso que não é de todo um livro simples de ler, tem muita reflexão sobre o passado, muitos sentimentos negativos e violentos sobre mãe e filha... acho que é muita dor, muito remorso, muita coisa mal resolvida entre mãe, filha e avó, e demonstra que a vida tem certos problemas que nunca se resolvem por meio da vingança e mais tarde ou mais cedo tudo se descobre...

Honestamente não esperava uma história tão bruta, mas com o tempo vamos entender o ódio de Antara, a sua sensação de angústia e injustiça, a mãe que é um caco do seu passado e mesmo assim, destrói a sanidade de Antara ( a sua filha) até ao limite...

Vale muito a pena ler, mas é preciso guardar os nossos valores para mais tarde, porque não é um livro racional nem romântico, é uma realidade brutal e muito agressiva de uma relação entre mãe e filha.
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Ester71 07/10/2023

Achei a leitura bem difícil. A história é narrada em várias épocas e, isso, talvez tenha colaborado, aliado ao fato de se tratar de uma cultura e nomes diferentes, à complexidade do texto, para mim.
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Scheila.Lais 02/09/2023

Relações e afetos
Já dizia legião urbana: Você me diz que seus pais não entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer

O livro inteiro é sobre afetos, a relação entre mãe e filha. Alternando entre presente e passado. Foi uma leitura agradável, e me fez pensar muito na relação que tenho com a minha mãe.
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GiuLaganá 22/08/2023

Não sei porque, mas demorei para acabar
Acho que o livro não me tocou. Talvez no final, mas muito mais pelo desejo de acabar e saber como a autora terminaria a história.
História de Antara e sua mãe, que está em processo de aprofundamento de Alzheimer.
No fundo, ambas são iguais e vivem em busca de uma vida que não tiveram ou que não puderam ter. Desilusões amorosas e luta contra suas essências.
Poderia ser mais curto.
Não curti muito o final. Um encontro de todos que passaram pela vida de Antara, cantando juntos? Não curti.
Apesar disso, o livro traz reflexões importantes sobre a relação de mãe e filha e da maternidade.
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Vivi 03/08/2023

O livro é bom, mas traz uma angústia crescente conforme a leitura progride. Conta a história de uma filha profundamente ressentida pela criação a que foi submetida. A filha teve uma infância muito difícil, com uma mãe extremamente perturbada. Na velhice, a mãe acaba desenvolvendo demência e a filha se sente na obrigação de acolher essa mãe. Por esse motivo a filha acaba revisitando todas as desgraças a que foi submetida na infância e tendo dificuldades de relacionamento com todas as outras pessoas a sua volta. É um livro bem triste e, apesar de ter uma narrativa excelente, é difícil de "digerir".
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Lisa 26/07/2023

É tão difícil ser mãe, quanto ser filha.
Em entrevista ao The Guardian, Avni Doshi revelou que ?a maternidade é uma palavra tão grande, tão expansiva ? quase não significa nada?. Em ?Açúcar Queimado? sintetiza o que quis dizer. Seu livro começa árido, desarma o leitor e o joga em uma posição de desconfiado receio, afinal sua protagonista sem rodeios nos atira a face que ?estaria mentindo se dissesse que o sofrimento da minha mãe nunca me deu prazer?, mas quem é essa que sequer conhecemos e já atira a mãe a fogueira? É preciso saber mais, é mesmo essa mãe um monstro indigno de pena a ponto de que ?a simpatia que ela desperta nos outros faz nascer algo acre? nessa personagem? Em seu primeiro parágrafo Doshi consegue nos prender instantaneamente e refletir em uma miscelânea de sentimentos confusos.

Miscelânea essa que se aprofundará cada vez mais à medida que a história se revela. Doshi toca em um tema sagrado sem medo de ser polêmica, dando voz e permissão a mulheres de serem polêmicas, imorais, irresponsáveis e, acima de tudo, complexas. Quebrando a narrativa da ?mulher boazinha? e da mãe ideal. Tanto Tara como Antara são faces de uma mesma moeda, a segunda forjada pela primeira, mas ambas forjadas pelo patriarcado indiano.

Tara ou Ma, como é chamada ao longo de todo o livro, revelando aqui a comum perda de identidade da mulher ao tornar-se mãe, é a primeira instância uma mulher rebelde, maliciosa, cruel e irresponsável. Oferecendo migalhas de afeto à medida que abandona sua filha em prol de um líder de uma seita religiosa, espaço para o qual leva essa criança e a força a chamar de casa, destituída de cuidado e afeto, rodeada de abusos e violência para então força-la a viver nas ruas, isso tudo para se manter livre das amarras do casamento que abandonou, da família que a queria fazer caber numa prisão, quando queria liberdade. E é aqui que a complexidade da área cinza começa a pesar.

Aos 3 anos vivendo no ashram, Antara relembra que ?não sabiam que, quando eu fechava os olhos, não conseguia identificar quem eu era, e que ficar acordada era a única maneira de conhecer os limites do meu próprio corpo?. Essa crise de identidade irá acompanhá-la por toda vida, quando Ma desenvolve Alzheimer e a esquece, relata que ?durante um momento, ela não sabia quem eu sou e, durante esse momento, eu não sou ninguém.?

É a partir desse apego ansioso ambivalente criado com sua mãe que se tece a complexidade dessa relação. Afinal a baixa disponibilidade afetiva dessa, os sucessivos abandonos e punições imotivados geram um ambiente de desamparo aprendido, de passividade, insegurança e baixa responsividade afetiva. O resultado é uma sequência de dualidades sobrepostas, ama e a odeia, quer ver-se livre dela e ainda assim não consegue ficar longe. Essa mãe vilanizada que nunca foi boa, nem maternal, mas que começa a esquecer, a ser digna de dó. Piedade que a desestrutura de medo e também de ódio, afinal, como pode esta mulher ruim ser agora perdoada e compreendida aos olhos dos outros? A Antara é exigido que dê amor e compreensão, que perdoe, que não maltrate essa mãe que já não se lembra, mas como ofertar tais sentimentos a alguém que lhe causou tanta dor?

Em seu livro de estreia, Doshi nos apresenta com primor a complexidade da maternidade e do ser mulher em uma sociedade que nos poda. Traz o realismo sincero, sem véus ou enfeites, ao passo que nos mostra que somos complexas demais para cabermos nos polos extremos de ?boas mulheres-mulheres ruins?. Por fim, traz um último recorte, a impossibilidade da liberdade, Açúcar Queimado é uma narrativa feminina, sobre vidas femininas, mas que dançam de acordo as vozes masculinas de suas histórias.
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Thais 20/07/2023

Um incômodo crescente
Comecei o livro achando que daria 5 estrelas pra leitura, mas logo no início do livro constatei que seria uma história cheia de pequenos gatilhos sobre maternidade (ou sobre a ausência dela e suas consequências). O livro é muito bom, cheio de referências culturais indianas que eu nunca tinha lido.
Mas fui afetada por esse incômodo crescente, ao ver a personagem cada vez mais desamparada e ao mesmo tempo amarrada na figura materna. Sufocante a situação.
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