Não aguento mais não aguentar mais

Não aguento mais não aguentar mais Anne Helen Petersen
Anne Helen Petersen




Resenhas - Não aguento mais não aguentar mais


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Henggo 09/02/2024

Bom. MAAAAS...
Eu sou um Millenial "mais velho" (35 anos) e houve uma identificação com muitas partes do livro. Não tenho burnout e nunca sofri do problema, mas sinto essa pressão, mesmo há alguns anos tendo ligado o 🤬 #$%!& e passado a agir como eu quero. É nesse ponto que começou meu afastamento em relação ao livro: a medida que os capítulos se sucederam, eu fui percebendo o quanto minha índole de não me importar com a vida alheia e cada vez me afastar dessa vontade de fazer o que a sociedade deseja, o quanto isso me salvou do extremo descrito pela autora. E aí vem o meu erro de não entender o motivo de as pessoas se deixarem acorrentar a essa loucura de "vida ideal".

Quando notei que havia algo de errado ali, eu pedi demissão e decidi vivier minha vida. E fida-se. É claro que tenho meus privilégios para fazer isso (e o livro aponta esse fato), mas é curioso como muitas pessoas estão tão imersas nessa ideologia que, mesmo tendo as mesmas oportunidades que eu tive, se recusam a quebrar esses grilhões.

Por mais que na apresentação a tradutora diga que "apesar de se referir ao contexto dos Estados Unidos, há muita similaridade com o Brasil", acredito que essa equivalência tem mais a ver com o plano geral que todos nós, Millenials, sofremos, do que com aspectos mais específicos. Outro ponto é que a autora me pareceu a todo momento embarcar em um discurso panfletário, engajado, que me soou, sinceramente, cafona.

O final, então , consegui até imaginá-la em um púlpito discursando para uma plateia cheia de Millenials desesperados.

Sem contar que nós capítulos finais ela me pareceu mais disposta a justificar o porquê de não querer filhos do que exatamente a explanar os aspectos gerais. O livro se tornou quase uma petição de defesa dela.

"Não aguento mais não aguentar mais" é maravilhoso como introdução ao assunto, principalmente pela riqueza de aspectos históricos, culturais e sociais, traçando uma linha cronológica de como chegamos ao estágio atual. Mas, particularmente, foi me afastando na parte final.. Fiquei com burnout desse livro.
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Welington 31/01/2024

Uma visão triste e realista sobre a sociedade.
O que eu mais gostei deste livro, é que ele é bem "pé no chão". Ele não traz fórmulas e receitas mágicas para seguirmos e mudarmos nossa vida. Pelo contrário, ele expõe fatos e nos apresenta uma visão muito sincera e crua de nosso mundo capitalista e suas consequências desastrosas.
O legal é que a autora nos traz temas que estão escancarados em nossas caras e que por algum motivo, talvez por já estar tão intrínsecos em quem nós somos e fazemos, não os debatemos e nem os questionamos. Na minha opinião, deveria ter um segundo livro, retratando o mesmo tema, porém focado na consequência da pandemia e das IA.
O lado negativo deste livro, que fez com que eu não desse uma avaliação melhor, não sei se foi de propósito, a autora quis que realmente entrássemos no clima, mas os capítulos são grandes e não foi feito de uma forma dinâmica, por mais que o assunto esteja interessante, ele te cansa. E faltou retratar mais de nosso período atual, pós pandemia.
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Rosangela Max 17/01/2024

Faltou imparcialidade.
Acho duvidosa essa necessidade que alguns tem de criar rótulos e nos catalogar. Pra mim, esse livro prova que isso traz mais malefícios do que benefícios.
O tempo todo a autora parece buscar culpados para a situação atual dela. Colocou a visão pessoal dela, ao invés de ser imparcial. Embora o tema seja relevante e o conteúdo bem pesquisado, não me agradou tais posicionamentos.
Como ela mesma diz no livro, as pessoas possuem experiências diferentes de burnout e de vida. Isso resulta, as vezes, em pontos de vista diferentes.
O capítulo que achei mais coerente foi o sétimo ?Tecnologia faz tudo funcionar bem?.
Recomendo a leitura porque é um assunto atual e pode agregar em conhecimento sobre o tema. Mas não achei lá grande coisa.
bruna 17/01/2024minha estante
Hoje em dia, o papo é de "desconstruir" mas te obrigam a entrar em uma caixinha. E pra piorar, é só você nascer em uma década que já automaticamente vira isto, isso e aquilo. Praticamente a mesma situação dos signos, só que agora entra a ciência querer credibilizar estudos sociais sobre gerações e descredibilizar a astrologia pois é holístico... Curioso, no mínimo rss


Henggo 09/02/2024minha estante
Nossa, Rosangela, sim! Usastes exatamente a expressão que não consegui desenvolver: "encontrar culpados para a situação dela". BINGO! Foi isso o que senti capítulo após capítulo desse livro. E o final, quando a autora usa os dois últimos blocos para justificar o porquê de não querer ter filhos, deixou ainda mais claro que a motivação desse livro era mais um "descarrego" do que necessariamente um estudo sobre o tema.




Lara 07/01/2024

Começando o ano com essa releitura. Esse livro sempre me faz refletir sobre a nossa condição de vida e como estamos perpetuamente presos em um sistema impossível. Para mim, é uma leitura obrigatória para todos que estão começando a construir suas vidas e carreiras, pois nos dá perspectiva dentro de um sistema feito para acabar com a gente, mas para o qual a resposta deve sempre ser "se esforce mais, trabalhe mais e consiga". Os recortes de gênero, classe e raça tornam tudo ainda mais complexo e difícil de escapar. As ponderações sobre maternidade, divisão de tarefas e as diferentes formas como as pressões sociais para performar afetam os mais diferentes recortes sociais colocam tudo em perspectiva. Esse livro é um soco no estômago, mas reconhecer o problema é parte do caminho para, se não solucioná-lo (algo impossível) pelo menos lidar com ele de for a menos estressante e assim tentar evitar (ou atenuar) o burnout que me parece inevitável.

Um parênteses: a edição tem alguns erros de tradução e problemas de concordância e edição do texto, mas ainda sim, nada que atrapalhe a mensagem.
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kleeticia 30/12/2023

Divisor de águas
Acho impossível ler este livro e não se questionar sobre as nossas relações com as mídias sociais, hobbies que viram obrigações, como tratamos nosso trabalho com tanta prioridade enquanto a vida passa.
A leitura tem um q de auto ajuda mas não vem trazendo soluções, pelo contrário é carregado de questionamentos abertos que cabem ao leitor chegar às suas conclusões.

Te conecta pela similaridade de problemas que estão tomando conta da mente e rotinas de todos mas só estão aumentando e ninguém faz nada em massa contra.

E não, não é um livro sobre bornout profissional e isso é oque mais me surpreendeu é sobre como nossa sociedade causa bornout em todas as suas esferas atuais.

Foi o meu favorito deste ano ?
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Esdras 23/12/2023

Leitura importantíssima, apesar de trazer muitos contextos dos EUA. Se você nasceu entre 1981 e 1996, recomendo ainda mais. Tem gente no mundo morrendo por excesso de trabalho, acredita?!
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Heloisa 21/12/2023

Contexto histórico com apelo vitimista e assistencialista
Não é um livro de auto-ajuda como o título sugere - e eu imaginava que seria.
A autora traz um panorama histórico sobre as gerações, contextualizando os motivos pelos quais cada geração age como age e os impactos nelas e entre elas.
É bem interessante ter essa perspectiva histórica, que faz sentido e te faz refletir em alguns pontos, porém me incomodou muito a visão extremamente vitimista e assistencialista da autora, colocando os indivíduo como meras "vítimas do sistema" e ignorando qualquer componente individual que coopere ou te afaste do burnout. Uma visão um tanto utópica que coloca toda a culpa e carga no sistema e isenta qualquer responsabilidade individual, o que na minha visão é um mindset um tanto quanto acomodado e imaturo.
Mas vale algumas reflexões, apenas isso.
Henggo 09/02/2024minha estante
Perfeita colocação. Também percebi esse aspecto de vitimismo usado pela autora. No final das contas, o livro parece mais uma tentativa dela de encontrar culpados para sua situação individual.




Keyla.Deyanny 20/12/2023

Por ser o primeiro livro de psicologia que eu leio, demorou mais de um mês para concluir a leitura. Mas, mesmo assim, não deixou de ser muito interessante, além de ter adquirido mais conhecimento sobre o assunto.
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Suellen 06/11/2023

Que livro!!
A autora conseguiu transformar sua experiência em uma jornada de aprendizado sobre o que é o burnout, sua origem e suas possíveis causas no mundo atual. Consegui me identificar com muitas partes que ela aborda, principalmente naquilo de estar sempre fazendo algo produtivo, de não conseguir parar e simplesmente fazer "nada", eu não consigo pausar completamente. O Instagram para mim se tornou um vício - que estou combatendo - por ser uma válvula de escape de várias pressões que tanto o ambiente que estudo quanto minha mente colocam sobre mim, porém até mesmo a rede social me deixa angustiada por estar nela e não estudando como deveria. Decidi reduzir meu tempo nas redes sociais, em busca de talvez, melhorar minha relação com o mundo virtual, que está bem desequilibrada. Isso tudo me levou a um estado de esgotamento doido, mas que foi combatido a tempo de ser um burnout. Por isso li esse livro e não me arrependo, ele fala sobre o tema com maestria.

- Capítulo 01: Nossos pais com burnout
Um histórico de como a pressão do mercado de trabalho afetou os Boomers e de como isso influenciou a dinâmica trabalhistas dos Millennials. A autora dissecou alguns termos que foram cunhados para categorizar os Millenials e trouxe uma explicação histórica para muitos deles, principalmente a alcunha "Eu, tudo para mim" (não há essa frase no livro, é uma síntese) que rotula todos da geração y como egocêntricos.

- Capítulo 02: Miniadultos em crescimento
Uma visão sobre como a economia mudou afetando até mesmo casamentos na geração dos Boomers. Uma frase marcante é da autora sobre como vivenciar o fim do relacionameno dos pais e a mudança na dinâmica financeira da família trouxe insegurança e uma resolução de nunca deixar um relacionamento ditar sua carreira.
Meus pais me ensinaram a não deixar meu futuro de estudos ruir por qualquer pessoa e a nunca depender totalmente de um homem, entendo a autora.

- Capítulo 03: Faculdade a qualquer custo
A escolha da faculdade nessa época era essencial, não fazer uma não era nem uma opção, por conta disso os Millennials precisavam adquirir dívidas exorbitantes para financiar uma faculdade, principalmente se fosse uma de elite. Muitas pessoas após saírem da faculdade e perceberem que não achariam empregos no mesmo nível de estudo adquirido ficaram desiludidos e atolados de dívidas.
Acho interessante frisar que há uma diferença em relação as universidades americanas, pois no Brasil o ensino superior é público e gratuito, enquanto nos EUA para conseguirem estudar precisam acumular dívidas estudantis exorbitantes. Claro falando sobre universidades públicas, pois faculdades privadas podem gerar dívidas tão grandes quanto - pense no curso de medicina em uma particular pelo fies ou financiamento por banco.

- Capítulo 04: Faça o que você ama e ainda vai ter que trabalhar
No mundo atual não há uma separação do que é trabalho e do tempo fora do trabalho, somos tentados a todo momento por aplicativos de produtividade a manter o foco, além de sermos obrigados a utilizar aplicativos monitorados pelos chefes, que pressionam o trabalhador a ser a produtivo em todo momento, mesmo não refletindo em melhoria no trabalho, esses apps persistem tornando o ambiente cada vez mais tóxico.

- Capítulo 05: Como o trabalho ficou tão merda
Flexibilização do trabalho, terceirização, queda dos sindicatos, quebra de contratos... tudo isso engloba uma precarização da relação trabalho-trabalhador. As empresas esperam lucrar o máximo possível então preferem meios que gastem o menos possível com o trabalhador, isso enfraquece a relação trabalhista, e traz mais risco para quem fica na base da pirâmide, pois perdem direitos básicos.

- Capítulo 06: Como o trabalho continua tão merda
O estresse como fator resultante da relação emprego-trabalhador, apresentado como uma bomba relógio que a qualquer momento pode explodir no mais fraco. A contínua falta de leis para regulamentar o trabalho, como o de freelancers, tudo isso falado embasado em dados.

- Capítulo 07: Tecnologia faz tudo funcionar tão bem
O impacto da internet nessa geração e como afeta a produtividade e interfere nos momentos de lazer. Foi um dos capítulos que mais gostei de ler. Fala um pouco do surgimento do facebook e como isso moldou a vida social, e só consigo lembrar de criar uma conta lá em 2012 para poder conversar e descobrir que existiam páginas que regulavam sua popularidade, e sair nessas páginas (da sua cidade ou escola) definiria seu status, eram os "badalados". Lembrei e ri que não mudou muita coisa hoje.

- Capítulo 08: O que é um fim de semana
A criação de um dia para descanso (a gente sabe de onde veio isso rs) e a necessidade de respirar pelo menos um dia na semana. Mas aqui é perceptível de como corrompemos até nossos momentos de descanso transformando em horas possivelmente produzidas, monetizando até nossos hobbies.

- Capítulo 09: Os pais Millennials exaustos
Esse capítulo é polêmico e trata da mudança nos pais com a chegada dos filhos e da jornada dupla da mulher - caberia bem para ser citado na redação do enem desse ano. Sinistro como até na maternidade há pressão, tentando fazer com que a mãe e o pai sintam a necessidade de fazer mil cursos, ler milhares de livros, ouvir conselhos de várias pessoas e tentar cumprir vários itens da lista de pré-requisitos para serem bons pais - no ideal dos outros, não do seus.
Enquanto cresci fui percebendo o quanto meus pais eram bons pais, mas que mesmo tentando fazer tudo certo, erraram em algumas coisas, porque não são perfeitos!!! Mas a maternidade nas redes sociais é tratada como algo perfeito e causam nos pais que não conseguem fazer mil coisas para seus filhos, a sensação de que estão falhando na criação de seus bebês. É triste e um ciclo vicioso.

- Conclusão: que arda
O capítulo em si não me agradou, principalmente o início. Deixar de ter filhos por conta da pressão externa e interna, do medo de perder a estabilidade financeira ou posição social, só mostra o quanto o sistema ganhou. E não é desse jeito que deve ser.


Opinião final: valeu muito a pena ler! recomendo fortemente.
"Os Millennials foram mal falados e desprezados, culpados por terem dificuldade em situações criadas para nos levar ao fracasso. Mas, se tivemos a resistência, a habilidade e os recursos para mergulharmos tão fundo nesse buraco, então também temos a força para lutar. Temos pouco dinheiro e ainda menos estabilidade. Mal conseguimos conter a raiva. Somos uma pilha de brasas fumegando, uma lembrança ruim das melhores versões de nós mesmos. Subestime-nos por sua conta e risco: temos muito, muito pouco a perder."
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Carina143 29/10/2023

"Temos muito, muito pouco a perder"
Que livro, minha gente. A autora traz muitas situações que alguns de nós certamente já pensamos (ou pensamos com frequência) e todo o contexto histórico para ter chegado ao ponto que chegamos. Ela fala do ponto de vista estadunidense, mas tudo é muito fácil de ser visto da ótica de outros países. Diferente de alguns comentários que vi por aqui, não achei a leitura arrastada ou repetitiva: cada capítulo fala de uma questão diferente (e eu, particularmente, li o livro bem rápido para os meus padrões).
O último parágrafo, olha... Muito bom!
Ler algumas das coisas aqui escritas foi quase um abraço, não por apresentar soluções ou prometer um futuro melhor mas por mostrar/confirmar que a culpa não é nossa e que não há nada de errado comigo.
Indico demais, principalmente àqueles que também tem se sentido cansados, desesperançosos e fracassados.
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Knots 22/10/2023

Resume bem quem é Millennium
O começo do livro é bem repetitivo entretanto nos capítulos finais a leitura flui.
Percebi, por ser millennium, que a maioria dos casos descritos veem de encontro com pensamentos constantes da minha cabeça como nossa relação com dinheiro, trabalho e pessoas!
Considero um livro com grande embasamento: com dados e depoimentos.
Recomendo leitura para ampliar sua percepção da relação de trabalho e exploração da classe trabalhadora.
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Carol 15/10/2023

Tema interessante, mas maçante
Acredito que o tema do livro é muito importante e interessante de fato, mas achei que a autora se arrasta demais no assunto, tornando a leitura cansativa.
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Carla 12/10/2023

Interessante
Livro até interessante mas acaba ficando um pouco entediante do meio pro final, demorei um pouco pra terminar a leitura.
Dani Veiga 12/10/2023minha estante
Também senti isso




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Rodolfo 30/09/2023

A sobrecarga que naturalizamos !!
Fomos criados para produzir e esse é o sentido que deram as nossas vidas, por isso nos culpamos tanto quando estamos de folga ou simplesmente sem produzir. As pressões que colocamos em nós mesmos vem de um sistema e uma criação familiar repleta de receitas de sucesso que nunca funcionam pra gente. O resultado final é o único possível; estamos em pleno burnout.
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