Vozes de batalha

Vozes de batalha Marina Colasanti




Resenhas - VOZES DE BATALHA


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Soliguetti 13/04/2023

Narrativa emocionante da sociedade carioca das décadas de 1920-40
"Vozes de Batalha", de Marina Colasanti, é uma obra que traz um relato muito interessante e bem escrito da vida do casal Henrique Lage e Gabriella Besanzoni, dois personagens marcantes da sociedade carioca das décadas de 1920-40. A autora, sobrinha-neta de Gabriella, escreveu o livro como um testemunho de gratidão à sua impressionante parente.

O livro tem como ponto forte a narrativa envolvente e emocionante da autora, que consegue resgatar trechos aleatórios da vida de seus personagens e transformá-los em uma história cativante. Além disso, a descrição dos eventos históricos e do ambiente social em que Henrique e Gabriella viveram é muito bem detalhada, o que permite ao leitor ter uma compreensão mais profunda do contexto em que se passa a narrativa.

No entanto, a obra tem algumas limitações que precisam ser mencionadas. Embora as biografias de Henrique e Gabriella sejam muito bem desenvolvidas, a narrativa da autora sobre sua própria vida acaba desviando um pouco o foco do livro, tornando a leitura um pouco desorganizada. Além disso, os longos capítulos que descrevem a casa podem se tornar cansativos em alguns momentos.

Apesar desses pontos negativos, "Vozes de Batalha" é uma boa obra, muito bem narrada e com momentos emocionantes. Se você se interessa por biografias e pela história da sociedade carioca das décadas de 1920-40, vale a pena ler este livro.
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MãeLiteratura 12/05/2022

Livro interessante
Eu estava muito curiosa para ler este livro, um misto de biografia com memórias da autora, lançado ano passado.

Marina nos apresenta Gabriella Besanzoni, famosa cantora lírica italiana, sua tia-avó paterna. Conhecida mundialmente, Gabriella se casa com Henrique Lage, um dos maiores empresários brasileiros e passa a viver no Rio de Janeiro.

Marina, seu irmão Arduino, seu pai Manfredo e a mãe Lisetta, chegam ao Brasil, em 1948, para morar na "Chácara", como a família chamava o Parque Lage, na época, Quinta Gabriella.

Fiquei morrendo de vontade de visitar o parque que ainda não conheço pessoalmente. Vi as fotos na internet e achei tudo muito bonito.

Gabriella e Henrique formavam um casal muito peculiar, ele lia muitos livros, em quatro idiomas e ela nunca foi vista com um livro nas mãos. Gabriella acordava sempre muito tarde e ia dormir de manhã. Sua turma de amigos e parentes, passava as noites jogando cartas e em pequenas reuniões.

Além da biografia desta mulher, que sempre se comportou como uma diva mesmo dentro de casa, vamos acompanhar a trajetória da família pelo olhar da autora.

E é este olhar, ingênuo e lúdico, de uma menina em plena infância, que cria uma história bem diferente e delicada. As travessuras com o seu irmão, a convivência com os animais que viviam no Parque, o contato com o mundo lírico. Chama a atenção a opulência da casa, o exército de empregados, as jóias da tia. Tudo é visto como algo até normal e corriqueiro, mas não era a realidade do seu núcleo familiar.

A escrita da autora é bonita e poética. O livro me trouxe impressões e reflexões interessantes sobre poder, riqueza, viver no luxo, mesmo sem ter dinheiro para isso e disputas judiciárias.

A capa é muito bonita e diferente. Gosto muito dos projetos gráficos da Editora Tusquets.⁣ Edição bonita da Planeta, mas senti falta de mais fotos da personagem principal e da família. Encontrei alguns erros de digitação.

Este é o primeiro livro que leio da autora e quero ler mais, afinal, Marina é autora de mais de 60 livros!
⁣⁣

site: https://www.maeliteratura.com/2022/05/vozes-de-batalha-12livrospara2022-maio.html
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Ladyce 04/09/2022

Durante minha infância e adolescência passei centenas de vezes em frente à propriedade que hoje chamamos de Parque Lage aqui no Rio de Janeiro, na ida e volta das escolas que frequentei. Naquela época era uma casa abandonada, circundada por um gigantesco terreno, coberto por mata tropical de tal forma densa, que não se conseguia ver a mansão que lá se escondia.  A propriedade, diziam na época, estava presa em litígio que não se resolvia por anos. Uma das razões desse terreno ser inesquecível, para quem passava pela rua Jardim Botânico naquela época, era que a mata era tão densa, tão densa, que a temperatura ambiente baixava significantemente à sua frente. Numa cidade calorenta como o Rio de Janeiro, a mudança de temperatura, em segundos, porque passamos em frente à uma residência com mata fechada que abaixa a temperatura ambiente é algo notório.  Mais tarde, a propriedade passou para o governo local por falta de pagamento de diversas dívidas da família e transformou-se  no que hoje conhecemos como  Parque Lage, local de acolhimento de diversas atividades inclusive uma escola de artes plásticas.

Essa mansão, que já fora uma das mais conhecidas da cidade, hoje ponto alternativo de turismo, leva o nome de seu antigo proprietário, Henrique Lage, um dos grandes empreendedores e uma das grandes fortunas do país no período entre guerras.  A mansão dos Lage é foco central da escritora Marina Colasanti, que passou a infância usufruindo das delícias deste palacete, descendente que foi de Gabriela Besanzoni Lage, sua tia, casada com Henrique Lage em 1925. Vozes de Batalha, da autora, publicado este ano pela Tusquets, atraiu a atenção de dois grupos de leitura a que pertenço.  Interessante notar que as avaliações dessas leituras foram bastante divergentes. 

Trata-se das memórias de infância de Marina Colasanti, das aventuras dela e de seu irmão Arduíno, que exploraram o quanto quiseram a propriedade.  Filhos de Lisetta e Manfredo, chegam ao Brasil depois da Segunda Guerra Mundial, imigrantes, sem grandes perspectivas financeiras, que se estabelecem em 1948 na casa de Gabriela Besanzoni.  São os parentes pobres, da famosa cantora de ópera que havia arrebatado o coração de um dos maiores "partidos" para casamento do Rio de Janeiro no início do século XX.


Vemos a casa e a época através dos olhos dessa menina, hoje escritora.  Estas são memórias afetivas. Elas aparecem com muitos lapsos, e bastante ingenuidade quanto à realidade política e financeira dos tios.  Foi exatamente este ponto que fomentou a divergência de opinião sobre o livro entre os dois grupos de leitura. Um deles julgou ser uma excelente e divertida leitura [Encontros na Praça], outro grupo [Papalivros] esperava maior inserção da época, quer política, quer social, já que tão poucos de nossos escritores parecem se ater ao período.  Esperavam substância histórica mais densa, digamos assim, do Rio de Janeiro nos anos de brilho vividos pelo casal Lage. É importante lembrar que a cidade era a capital do país e, por isso, quase impossível separar os encontros políticos dos sociais.  Ainda que haja menções ao governo de Vargas, em diversas ocasiões, falta  ênfase na importância financeira da família e na interação das finanças com a política, claramente insinuada .  Essa foi a principal razão dos senões apontados pelos leitores, ainda que todos tenham entendido este não ser o principal objetivo de Colasanti.

Com a conhecida prosa fluida de Marina Colasanti estas memórias de criança são encantadoras. Além disso o livro abre o apetite para sabermos mais sobre os Lage, sobre a época entre guerras no Rio de Janeiro. É leitura boa e leve, ideal para um fim de semana prolongado.  Sou, no entanto, uma daquelas que apreciaria maior inserção histórica na obra.  Mas não me arrependo dos  momentos que passei acompanhada pelo livro.  Três estrelas, tendo cinco como máximo.
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Vicente 19/01/2022

Memórias de família
Marina Colasanti narra através de suas lembranças a vida de sua tia-avó, a cantora lírica Gabriela Besanzoni. Uma mulher extraordinária, que viveu uma bela história de amor com o empresário Henrique Lage. Ele construiu para ela o Parque Lage, um dos lugares mais bonitos do Rio. Para quem gosta de memórias familiares e histórias de amor, o livro é uma boa opção.
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Zeca 16/03/2022

Lindas memórias, mundo e realidade fascinantes. Bela escrita, uma escritora sábia e mulher madura, com a qual aprendemos. Impressionante ver o quanto o Brasil mudou, creio eu q provavelmente para pior. Lerei outros da Marina
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Fran Piva 27/11/2023

Curiosidades sobre o Parque lage
Coincidiu a leitura desse livro com uma viagem ao Rio de Janeiro. Não pude deixar de ir conhecer o Parque Lage,um do principais cenários onde se passa parte da história desse livro.
Marina, sobrinha neta de Gabriella Besanzoni, escreve este livro sobre a tia e o cruzamento de suas histórias.
O Parque Lage foi construído como moradia de Gabriela por seu esposo Henrique Lage, grande industrial do Rio.
Conta a história daquele local e de como ele deixou de ser do casal após a morte de Henrique...
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Evelize Volpi 16/08/2022

Marina Colasanti conta a convivência com sua tia Gabriela Besanzoni, musa inspiradora da criação do Parque Lage por seu marido Henrique Lage.
O livro mistura a história de Marina, com a da tia e sua vida no Brasil.
Amei essa leitura.
Recomendo o livro.
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