Lay 16/10/2021Para o que seria apenas um livro, a Trilogia Império das Armas só foi melhorando com o passar dos livros. Eu amei Joaquim e Maria, amei Tatiana e Rodrigo, mas confesso que Caio e Michele foram absolutamente maravilhosos! Cada personagem tem suas particularidades, mas Rodrigo, Caio e Michele viraram meus xodós nesta trilogia.
Desde Senhor das Armas que pudemos conhecer um pouco de Caio e Michele e vimos que, sexualmente falando, eles eram muito parecidos, não se envolviam romanticamente com ninguém, prova disso é que Joaquim fala que o irmão, com trinta e seis anos, não tivera qualquer relacionamento sério depois de Samanta enquanto Maria, Hilda e Jussara não chamam a atenção de Michele para onde está caminhando o relacionamento dela com Ricardo (segurança de Caio) para que ela não fuja da possibilidade de um relacionamento sério.
Quando chegamos em Princesa das Armas e Tati se acidentou lá no início quase ao mesmo tempo em que Jussara sai de férias e Michele assume também as funções da amiga, a gente teve um vislumbre de que havia algo entre ela e Caio e eu — que já estava com a pulga atrás da orelha desde o livro anterior — fiquei desesperada para saber o que estava acontecendo.
Reconhecidamente mulherengo, Caio nunca ultrapassou a linha entre misturar trabalho e prazer. Assim, relacionar-se com alguma funcionária nunca esteve no seu radar. Entretanto, em uma noite — depois de um dia particularmente difícil — o caminho dele cruzou com o de Michele e a atração e a bebida falou muito forte em seu sangue. O que quase os levou a passar do limite. Entretanto, com as férias de Jussara e o trabalho diário com Michele o levaram a perceber que o desejo por Michele na outra noite não foi algo motivado apenas pelo dia ruim ou pela bebida.
Michele, por outro lado, claro que sempre reparou em Caio, mas jamais imaginou que ele sequer olharia para ela, além de que no caso dela ainda haveria o agravante de possivelmente interferir em seu trabalho. Porém, mesmo assim esses dois têm um caso, que aparentemente deveria ser sem compromisso até que Caio fala o que não deve, Michele escuta e encerra definitivamente o caso entre eles.
Em Imperador das Armas Caio finalmente alcança o objetivo de sua vida: tornar-se o presidente da Miller e com isso ele também encerra o legado do Senhor das Armas, como prometeu ao pai como forma de vingança, mas chegar a essa posição também trará à tona as consequências de anos de vida desregrada: noitadas, bebedeiras, orgias, muitas mulheres. Agora, os diretores clientes mais conservadores não acreditam nele como presidente da empresa e a solução encontrada pela empresa é que ele seja visto em um relacionamento sério com uma mulher e, em vez de procurar alguém de fora, porque não fazer um acordo com Michele para que finja ser a namorada dele?
Neste livro temos a oportunidade de conhecer o passado de Caio e de Michele e posso dizer para vocês que algumas coisas eu suspeitava, mas aqui pude ter a confirmação e outras foi uma surpresa completa e ainda houve aquelas que destroçaram meu coração. Cada um dos seis protagonistas desta trilogia tiveram seus maus-bocados e não dá para comparar qual é pior, acredito que todos são ruins de uma maneira particular, mas eles souberam superar com ajuda. aqui vemos mais uma vez como os pais de Caio eram negligentes e como deixaram marcas nos filhos. Além disso, teremos os detalhes do relacionamento com a tal Samanta que eu já não gostara desde que vi o nome em Senhor das Armas.
Descobrir a história de Michele foi ainda mais doloroso, pois descobrimos que toda aquela alegria escondia uma passado muito difícil. Entretanto, para equilibrar essa parte dolorosa, temos nossas secretárias mais ativas do que nunca armando para que o casal fique junto no final do plano, temos Caio e os sobrinhos, mostrando mais uma vez como ele tem uma relação única com eles e principalmente com Miguel (leiam e vocês vão me entender) além de também mostrar a relação dele com Jussara, que eu já via de uma maneira única e percebi ainda mais como era mais do que uma relação profissional, era quase como a de uma mãe cuidando do filho para que ele encontrasse seu caminho para a felicidade.
Ainda que tenha tido suas partes dolorosas como os dois livros anteriores da trilogia, Imperador das Armas ainda foi o mais leve e isso se deve ao casal protagonista que é absolutamente incrível: Caio é um sem-vergonha de marca maior, está sempre muito bem-vestido, combinado carro e relógio como se fossem peças do vestuário; Michele penando para resistir a ele, pois ele sabe ser muito persuasivo , mas ela também dá o troco, deixando ele no sofrimento por muito tempo; Jussara e Hilda tramando e a gente torcendo para dar certo.
Preciso agradecer por este livro ter sido bem maior do que os anteriores porque era necessário; Caio e Michele precisavam deste caminho, a trilogia precisava deste caminho para chegar ao final com as pontas amarradas e eu me apaixonei pelos Miller e por todos os outros personagens que entraram em suas vidas: Maria, Miguel, Rodrigo, Clarice, Monique, Michele, Jussara, Hilda, Mario. Cada um teve seu papel de grande importância para que os irmãos percebessem que eram uma família unida, diferente do que o pai plantou durante muitos anos.
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