dieipi 14/07/2022
escrita poderosíssima
tudo o que você costumava subjugar, aquela pessoa ou coisa ou evento, se perde para você na morte, e nenhum memorial, nenhum in memoriam, nenhum monumento erigido em sua homenagem pode anular o fato de que na morte você é impotente para a ação, você não está mais no então e no agora, você não é mais nada e só existe à merçê da vontade das outras pessoas e só existe se elas desejaram que você exista (...)
e será agora mais uma vez, pois o agora é contínuo e nunca cessa, o agora é implacável, inacessível a tudo o que é conhecido, e até desconhecido, inacessível a tudo o que se pode agarrar e segurar firme a tudo o que se pode agarrar e segurar firme (...) agora, agora, agora, o que representa a vida em si, o que representa a vida em si, derrota você e te transforma num lixo, algo descartado, pego pelo vento em uma rua vazia, a esmo, a esmo.