Lôh 29/04/2023O Desaparecimento dos RituaisEsse foi um livro que escolhi ler para auxiliar na fundamentação do artigo da pós, mas acabou se tornando uma das leituras mais prazerosas e de sentido, até o momento.
Obra é dividia em 10 capítulos e traz reflexões e criticas frente ao mundo contemporâneo referente a como se vive o presente e seu códigos ritualísticos, além de refletir sobre como estruturamos a nossa consciência de acordo com o nosso tempo.
São discutidos temas como a produtividade, o trabalho, a autenticidade, os rituais, a produção de dados da era digital, entre outros assuntos conectados a como vivemos e nos manifestamos, e como o espirito da nossa época capitalista influencia nisso nessa manifestação.
E faz muito sentido quando o autor discorre sobre a compulsão ou pressão por produção que hoje temos atrelada a ideia de trabalho, em muitos momentos me trazia a mente clientes que chegam ao meu consultório sobrecarregados mas se sentindo culpados ou se cobrando continuar produzindo mesmo num dia de descanso, não permitindo a si mesmo ter pausas, se tornando seu próprio carrasco. Ou até momentos onde eu mesma tive dificuldade de me soltar e permitir relaxar por sentir que precisava produzir alguma coisa. Mostrar algum resultado. O autor nos apresenta então que a violência do século XXI não será neuronal, no sentindo que o próprio individuo se inflige essa autocobrança.
Refletindo numa sociedade hoje que passa a ser mais narcisista, isso porque as mídias sociais acentuam esse desenvolvimento a partir do momento em que incentivam a mercantilização das emoções e dos valores. Tudo precisa ser exposto e vira meio de comercialização. Dessa forma, são direcionados ao ego, o que aumenta a autoestima
narcisista buscando cada vez mais destaque, a pessoa não se relaciona mais com a comunidade, mas apenas com o que se refere ao seu próprio ego.
É uma obra que cita e expõem as ideias de vários pensadores e teóricos, sendo necessária uma certa base teórica para um compreensão mais aprofundada.