O desaparecimento dos rituais

O desaparecimento dos rituais Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas - O desaparecimento dos rituais


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Caio380 09/02/2023

Os rituais desritualizados
Os rituais tão sentido para a vida e nós ensinam como morrer. A ritualização da vida e morte é uma característica das sociedades tradicionais. É através dos rituais que o social é organizado e organiza os indivíduos. E é nesse sentido que a comunidade e a comunicação são criadas. A crítica de Han a sociedade moderna é que ela já não é mais capaz de criar, desenvolver e aplicar rituais. Dessa forma, estamos carentes de sentidos de vida e morte. Os likes, selfs e curtir's são formas ritualizadas de comunicação que não produzem comunidade (sociedade moderna). O silêncio, a fechar dos olhos e contemplação são formas de ritos de comunidade que não produzem comunicação(sociedade tradicional). Para Han, a sociedade moderna, passa por um processo de desritualização por causa do excesso de informação e transparência promovido pelo surgimento do mundo digital. Nesse sentido, o algoritmo é uma ameaça o coesão social. E a sociedade tradicional, é ritualizada devido o respeito rígido as regras do jogo social. Por isso, o silêncio, é fundamental para a manutenção da saúde coletiva.

site: https://socioabsurdo.medium.com/os-rituais-desritualizados-34c6daa9f080
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Isabelle Lopes 10/04/2022

Hic et nunc
"Os rituais estabilizam a vida.
(...)
Os rituais dão forma às passagens essenciais da vida. São formas de conclusão. Sem eles, deslizamos pela vida afora. Ganhamos idade sem que fiquemos velhos. Ou permanecemos consumidores infantis que nunca crescem. A descontinuidade do tempo próprio dá lugar à continuidade da produção e do consumo. Os ritos de passagem, Übergangsriten, rites de passage, estruturam a vida como épocas do ano. Quem ultrapassa um limiar concluiu uma fase da vida e adentra em uma nova. Limiares como passagens dão ritmo, articulam e até mesmo narram espaço e tempo. Tornam possível uma experiência profunda de ordem. Limiares são passagens intensivas de tempo".
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Fernanda.Kaschuk 07/09/2023

O vazio simbólico da contemporaneidade
Nessa obra Han disserta sobre o desaparecimento das tradições e signos ritualísticos que demarcam os limites do convívio social, que outrora construíam barreiras éticas e políticas. Hoje vivemos um tempo do igual, positivo e excessivamente expositivo, onde o mistério e o simbolismo perderam seu valor e sentido.
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Lôh 29/04/2023

O Desaparecimento dos Rituais
Esse foi um livro que escolhi ler para auxiliar na fundamentação do artigo da pós, mas acabou se tornando uma das leituras mais prazerosas e de sentido, até o momento.

Obra é dividia em 10 capítulos e traz reflexões e criticas frente ao mundo contemporâneo referente a como se vive o presente e seu códigos ritualísticos, além de refletir sobre como estruturamos a nossa consciência de acordo com o nosso tempo.
São discutidos temas como a produtividade, o trabalho, a autenticidade, os rituais, a produção de dados da era digital, entre outros assuntos conectados a como vivemos e nos manifestamos, e como o espirito da nossa época capitalista influencia nisso nessa manifestação.

E faz muito sentido quando o autor discorre sobre a compulsão ou pressão por produção que hoje temos atrelada a ideia de trabalho, em muitos momentos me trazia a mente clientes que chegam ao meu consultório sobrecarregados mas se sentindo culpados ou se cobrando continuar produzindo mesmo num dia de descanso, não permitindo a si mesmo ter pausas, se tornando seu próprio carrasco. Ou até momentos onde eu mesma tive dificuldade de me soltar e permitir relaxar por sentir que precisava produzir alguma coisa. Mostrar algum resultado. O autor nos apresenta então que a violência do século XXI não será neuronal, no sentindo que o próprio individuo se inflige essa autocobrança.

Refletindo numa sociedade hoje que passa a ser mais narcisista, isso porque as mídias sociais acentuam esse desenvolvimento a partir do momento em que incentivam a mercantilização das emoções e dos valores. Tudo precisa ser exposto e vira meio de comercialização. Dessa forma, são direcionados ao ego, o que aumenta a autoestima
narcisista buscando cada vez mais destaque, a pessoa não se relaciona mais com a comunidade, mas apenas com o que se refere ao seu próprio ego.

É uma obra que cita e expõem as ideias de vários pensadores e teóricos, sendo necessária uma certa base teórica para um compreensão mais aprofundada.
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Flavio 18/02/2024

Um retrato perfeito da atualidade em relação ao modo de como está estabelece um novo paradigma de relacionamento entre os sujeitos e a sociedade, conceitos como pornografia, produção, consumo e dataismo, recebem uma leitura esclarecedora.
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GiArgia.Gschwendtner 18/03/2024

Uma reflexão sobre rituais
Bem, eu ando lendo outras visões para além da eurocentrada o que me faz questionar vários tópicos dessa leitura, mas ainda penso que justamente pra esses contrapontos seja relevante, pois de modo geral a evolução antropocêntrica corre por essa direção.

Sendo assim, a ?modernidade? é o resultado dessa forma-pensamento que foi determinada por um ponto de vista econômico que centraliza a vida no trabalho e consumo. Dessa forma, os rituais perdem sua essência coletiva e prevalece a busca do indivíduo autêntico.

Ainda tenho muito a pensar e digerir sobre o tema, mas sem duvidas o contato com as filosofias africanas abre o campo pra um entendimento de que não vivemos só uma versão da história. E que bom!
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Lulu 10/03/2024

Queria fazer parte de uma comunidade
Fico muito feliz de não abandonar completamente a filosofia após sair da escola e seguir pra uma área de exatas? Byung-Chul Han tem esse poder de escrever para todo mundo, uma escrita mais fácil de ser compreendida e uma boa porta de entrada para a filosofia contemporânea. Gosto de refletir sobre a percepção do tempo e essa ideia de estarmos tão imersos numa rotina individualista a ponto de acharmos que não temos tempo para datas importantes o que acaba fazendo parecer que o tempo está passando rápido demais.
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Monica.Soares 16/01/2023

Um convite a refletir sobre o nosso tempo
Byung-Chul Han traz profundas reflexões sobre o quanto nos desconectamos com práticas e saberes profundos e essenciais para estarmos e sermos sociedade.

O quanto a prática de determinados rituais são essenciais para nos organizarmos neste mundo, para tornar o nosso espaço, um lugar confiável e acolhedor.

O autor nos convida a refletir sobre o quando o simbolismo dos rituais são afetados em uma realidade neoliberalista, que se interessa pelo produto e pelos resultados, abafando a força vital da ritualização dos processos.
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Fernanda.Lopes 17/02/2023

Byung-Chul sendo Byung-Chul
O tema do livro me interessou e logo peguei pra ler. De fato, o autor trata de problemas importantes sobre os rituais e como a nossa sociedade de produção os despreza, mas, a partir de certo ponto, a leitura ficou cansativa.
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Fatima.Fernandes 17/02/2023

Bom
O autor faz a gente refletir muito sobre alguns aspectos da nossa sociedade, mas ao mesmo tempo esse livro tem pontos em que a analogia usada não é a melhor ou do influenciar negativamente pessoas muito influenciáveis.
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pedro.cezar.142 30/10/2023

????
O autor Byung-Chul Han explora em seu texto o declínio dos rituais e o impacto da sociedade contemporânea em nossa comunicação, comunidade e valores. Han argumenta que os rituais são ações simbólicas que transmitem valores comunitários, mas estão sendo substituídos por uma comunicação sem comunidade. Ele destaca como a cultura contemporânea valoriza a novidade em vez da repetição, resultando em uma busca interminável pelo novo e na desvalorização das repetições, que estabilizam a vida. O autor critica a cultura do individualismo e da busca constante pelo novo, enfatizando a importância de rituais para criar comunidade e aliança. Han também discute a coação da comunicação e a pressão para sempre se comunicar e se exibir nas redes sociais.

Ele argumenta que a cultura do desempenho e da busca pelo novo está prejudicando nossa capacidade de encerrar as coisas e concluir ciclos, levando a uma falta de comunidade e à perda do sentido de coletividade. Han também explora a relação entre trabalho, autenticidade e produção de si mesmo, destacando como a autenticidade se tornou uma forma de culto ao ego. Ele argumenta que a cultura contemporânea valoriza a produção e o desempenho, levando a uma busca constante por inovação e autenticidade.

Han também analisa a influência das redes sociais e da tecnologia na sociedade contemporânea, argumentando que elas estão levando a uma comunicação descorporificada e à perda da magia e do encanto na vida. Ele enfatiza a importância de resgatar rituais e festas como formas de criar comunidade e restaurar o significado na linguagem e na vida. O autor também aborda a transformação das guerras e a substituição do duelo por métodos de combate que negam o ritual e o jogo. Ele examina como a cultura do trabalho e do desempenho está destruindo o jogo e o lúdico na vida e argumenta que é essencial reencantar o mundo. O texto de Han oferece uma crítica profunda da sociedade contemporânea e promove a importância de resgatar rituais, festas e o lúdico para restaurar o sentido e a comunidade em nossas vidas.
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eurenato 31/12/2023

É urgente viver encantado.
Rituais são no tempo o que uma habitação é no espaço. Fazem do mundo um lugar confiável. Ordenam o tempo, mobiliam-no. Numa sociedade sem rituais a descontinuidade do tempo próprio dá lugar à continuidade da produção e do consumo. Precisamos de conclusões. A incapacidade de concluir tem muito a ver com o narcisismo de querer estar sempre em continuidade. Chega uma hora que chega e os rituais nos colocam em relação com o mundo e com o que fazemos dele. Saiba escolher seus rituais, criar seus próprios se necessário e entender seus significados.
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