Julio.Salinas 11/02/2024
Viagem no tempo é com certeza um dos assuntos que desperta muita curiosidade. Voltar ao tempo e/ou visitar o futuro permeia nosso imaginário com as inúmeras consequências que poderiam ocorrer. Seriam elas boas ou ruins?
Foi nesse contexto que descobri uma obra que se tornou referência e uma fonte de inspiração para inúmeras teorias, obras literárias, filmes, séries e etc, pois é a historia pioneira em falar sobre a viagem no tempo a partir de uma máquina criada e controlada pelo homem.
Estou falando de A Máquina do Tempo, do autor H.G. Wells, originalmente publicada no ano de 1895.
Nesta obra, H.G. Wells nos apresenta um cientista e estudioso chamado Viajante do Tempo, que discorrerá sobre a possibilidade de viajar no tempo e narrará a sua experiência de viajar para o futuro com o protótipo que ele mesmo construiu.
Mas não é uma viagenzinha qualquer, ele simplesmente vai para o ano 802.701!
Nesse futuro tão distante e inimaginável, o Viajante do Tempo se depara, além de um ambiente diverso, com duas raças distintas, adaptadas e descendentes dos humanos: os Elois, que são seres pequenos, infantilizados, que vivem na superfície de forma tranquila e possuem tudo fácil, sem obrigações e estresses; e os Morlocks, seres subterrâneos, pálidos, de olhos grandes, meio monstruosos, que possuem sensibilidade à luz e vivem para trabalhar. E ambas espécies se relacionam de forma cruel, representando uma evolução do que a luta de classes proporcionou aos homens.
É nesse contexto que o Viajante exprime suas observações sobre as diversas mudanças na superfície da Terra, nas interações sociais e de trabalho e principalmente na humanidade.
Ah! E como uma boa estória tem que desenrolar, diante dos perigos, o Viajante tem que planejar a sua sobrevivência e buscar um meio de retornar para o presente com poucos recursos disponíveis, logo após perceber que a máquina foi roubada.
Fiquei bastante surpreso com A Máquina do Tempo não ser apenas uma estória, pois nele se revelam críticas sociais e reflexões que são pertinentes em nosso tempo. Aqui, H.G. Wells mistura em um mesmo combo a teoria da evolução de Darwin, a luta de classes e a desigualdade social advindas do capitalismo e algumas discussões filosóficas sobre a sociedade, a decadência humana e o fim de todas as coisas.
Recomendo demais para quem pretende iniciar na ficção científica, pois é um livro curto e de leitura interessante e fácil.