Resenhas - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Andressa S. 23/07/2023

Universo Incrível
O livro é extremamente envolvente e aborda de forma excelente a evolução do personagem Snow em direção ao seu destino de se tornar uma pessoa cruel. A narrativa, feita pelo próprio Snow, parece ser uma grande justificativa para tudo o que ele fez e faz, mas também revela a perturbação da sua mente. Ele é incapaz de sentir amor e se sente desconfortável com essa ideia, mostrando-se tão insano quanto DR Gaul.

Em minha opinião, o desconforto dele surge ao perceber sua semelhança com ela, que se diverte com a destruição. Este é o primeiro livro que leio deste universo e da autora, e estou muito ansiosa para ler os demais livros. Mesmo em momentos em que a leitura fica um pouco lenta, a narrativa continua envolvente e me prendeu na história do início ao fim.

umdoslucas 21/05/2023

Snow, você é muito sonso, cara!
Entendo por que muitos não gostaram do livro, principalmente devido à sua narrativa lenta e aparentemente "parada". No entanto, devo admitir que, embora a leitura possa ser lenta, ela certamente não é estagnada. Através de cada detalhe e microexpressão, podemos perceber que Coriolanus Snow é um ser vil, determinado a triunfar acima de tudo e de todos.

Para os fãs da saga, este livro oferece uma visão aprofundada de aspectos que desconhecíamos, principalmente em relação à vida na Capital e à sobrevivência nos distritos. Aqui, testemunhamos as vítimas de ambos os lados, mas a perspectiva de Snow é a de prevalecer acima de tudo. A opressão é palpável e fica evidente que ninguém escapa das consequências de uma guerra. No entanto, apenas um Snow cai como neve, mas sempre acima de tudo.

dudaoliv 05/12/2023

"Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo"
Cara, posso ficar horas a fio falando sobre o quanto a saga de jogos vorazes é incrível e profunda, com críticas excelentes sobre a ganancia do governo e o próprio capitalismo.
A cantiga dos pássaros e das serpentes conta a história do Presidente Snow antes de virar presidente e a gente consegue saber tudo o que passa na cabeça dele, todas as ideias maldosas e, o principal, a sua ambição por poder. Isso fica claro quando ele ajuda a Lucy Gray (tributo do distrito 12 e "interesse romântico" do Snow) a ganhar os jogos. Ele não fez isso por estar apaixonado por ela, mas porque ele viu os benefícios que a vitória dela poderia proporcionar.
Não posso esquecer de mencionar a Lucy. Ela é incrível, cara. Muitos falam que ela é inocente, mas ela não é, não, ela é muito, muito esperta. Ela conseguiu ver quem o Snow realmente era e escapou dele, antes que ele fizesse algo com ela, e isso o deixou transtornado, tanto que 65 anos depois, ele viu a Lucy na Katniss e até no Cinna.
Enfim, eu amei esse livro, você consegue ver que o Snow sempre foi aquilo que vimos nos 3 primeiros livros, ele só precisou de um estopim para realmente fazer tudo o que fez.

"-Ainda está chovendo.
-Bem, ainda bem que não sou feita de açúcar."

Carol206 13/02/2023

A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
Ainda me encontro meio abalada e sem palavras para esse livro, quanto mais submerso na história você está mais intrigante e viciante fica. Começar a história gostando do Snow é um tanto controverso para os sentimentos que obtive a respeito dele durante toda a trilogia dos Jogos Vorazes, mas Suzanne Collins fez um trabalho impecável articulando a personalidade e as decisões do personagem, para chegar no final e encontrar o mesmo desgraçado que já conhecia. Lucy Gray é literalmente um mistério, adorei a personagem e sua história, achei um final digno para ela mesmo que só tenha me deixado com inúmeras perguntas, combina com ela. Esse livro foi uma grande surpresa, espero que a autora continue explorando o universo incrível que criou, as referências foram tudo para mim e me deixou morrendo de saudades.

Aline 18/12/2023

O Tordo
Eu jurava que esse livro quatro não ia ser bom talvez por que eu nunca fui muito apegada ao livro três ou por que eu era muito fã da trilogia e tinha medo desse livro ser ruim.
Comecei relutante e terminei amando, felizmente ainda tem tempo de ver a adaptação no cinema.
Eu amei o livro e como ele é bem escrito e, por alguns momentos, eu simpatizei e gostei do Snow, o que é assustador por que ele é simplesmente o vilão, mas a narrativa é tão boa e bem escrita que simplesmente passa batido.
Foi uma ótima experiência e eu me senti voltando no tempo quando eu surtava e amava jogos vorazes.
É incrível como um passarinho incomoda tanto um homem a ponto dele odiar até os seus 70/80 anos, mesmo que não escute nada sobre ele por tanto tempo.

@asasde_pegasus 18/08/2020

O que achei de "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes"
Quando eu comprei esse livro, eu fiquei com bastante medo de me decepcionar. Isso porque os comentários que eu havia lido sobre esse livro não eram muito favoráveis. Mas, eu persisti. Afinal, Jogos Vorazes é uma das minhas sagas preferidas e a escrita da Suzanne Collins me conquistou durante a leitura da triologia.
Eu recebi uma surpresa quando notei que "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" era escrito na 3ª pessoa, e não na 1ª como foi nos livros da Katniss, apesar de acompanhar exclusivamente o Snow da mesma forma. Apesar de não ter achado ruim enquanto lia o livro, percebi, ao finalizá-lo, que gostaria que o narrador não tivesse se prendido exclusivamente em Snow, porque assim creio que teria mais conhecimento dos outros personagens e, dessa forma, teria me conectado de forma mais profunda com algum.
Na verdade, os personagens não me pareceram ruins. Pelo contrário, gostei de Sejanus e achei que ele era uma espécie de consciência do próprio leitor enquanto lia (apesar de que algumas das suas atitudes era extremamente impensadas e muitas vezes eu me via achando que ele estava realmente agindo de forma estúpida); Lucy Gray também me pareceu uma personagem extremamente interessante e enigmática; e, claro, a Tigris: gostaria de ter conseguido entender o que fez com que o Snow 'eliminasse' ela da vida dele, afinal os dois foram de certa forma muito próximos durante o livro. Porém, não foi possível conhecê-los da forma como eu gostaria justamente por causa do narrador. Claro que, pensando no que a autora queria mostrar das características do Snow, eu cheguei a conclusão de que essa foi a intenção, pois fica bem claro que o Snow obviamente não queria conhecer nenhum personagem de forma profunda. Ele analisava as coisas como um bom observador e tirava suas conclusões e pronto. Era essa a verdade. Mas isso deixa o questionamento aberto, principalmente sobre Lucy Gray. Ela realmente estava manipulando-o, como no final ele acredita? Será que ela realmente gostou do Snow e se decepcionou ao descobrir que ele não era o que ele tinha feito ela acreditar? Ela morreu ou apenas fugiu? Esses questionamentos ficaram na minha cabeça ao terminar "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes".
Apesar de achar o Snow um dos personagens mais desprezíveis da saga de Jogos Vorazes (brigando pelo pódio com a Coin, é claro), achei muito interessante a ideia de conhecer um pouco sobre a trajetória do Snow. Inclusive em como a autora me manipulou para, em alguns momentos, torcer pelo Snow (e aí eu tinha que me lembrar que ele era um personagem desprezível). Nas partes 1 e 2, eu confesso que acabei torcendo por ele (principalmente, pelo fato da Lucy Gray), mas também confesso que foi bem previsível que a Lucy Gray ia vencer os Jogos Vorazes (não que isso diminuiu a minha curiosidade sobre onde aquele livro queria me levar). E, então, com a parte 3, eu finalmente visualizei a construção da personalidade do Snow que a autora queria mostrar. Ele nunca tinha sido um personagem essencialmente puro ou bom, ele sempre havia sido movido pelo ego, pela glória do seu sobrenome e pela sua arrogância. E buscando sempre algo que favorecesse ele mesmo. Tanto que ele não hesitou (spoiler) a entregar o Sejanus para a Dra. Gaul (mesmo que ele tenha dito que achava que o Sejanus só ia ser advertido), porque ele não estava se importando em tentar salvar a pele do Sejanus, e sim em salvar a sua própria pele porque ele ainda tinha esperanças de ser alguém com poder e importância. A mesma coisa se mostrou com a Lucy Gray. Ele dizia amá-la, mas a única coisa que ele tinha importado para ele desde o início foi ele fazê-la ganhar os Jogos para ele ganhar o prêmio da Academia. Isso fica bem óbvio em uma parte em que o Snow chega a pensar o seguinte: “[...] Se ele não tinha se apaixonado por nenhuma das garotas da Capital, era improvável que uma do Distrito 12 pudesse ser uma tentação.” ou então quando ele menciona “[...] Ele nunca fora motivado por amor e nem por ambição, só queria receber seu prêmio e ter um emprego burocrático bom e tranquilo que só cuidasse de papelada e deixasse tempo de sobra para ir a chás.”
Outra coisa que notei foi em como ele passa de Coriolanus para Snow no epílogo do livro. Indicando que ele não era mais aquele garoto do início, que as vezes ficava confuso com os seus pensamentos e suas conclusões éticas e morais. Ali, ele se tornava aquele personagem já personalizado em Jogos Vorazes: aquele que eliminaria qualquer um que ficasse no seu caminho para o poder ou que ele achasse que estaria prejudicando a sua ideia de controle.
Jogos Vorazes, com certeza, é muito melhor. Principalmente porque eu consegui me apegar aos personagens e torcer legitimamente por eles. “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” por vezes foi meio lento e não tinha muitas viradas interessantes (com exceção da forma como a Lucy Gray descobriu a verdade sobre o Snow e tentou fugir dele – não sei se ela conseguiu, infelizmente). Mas, apesar dos questionamentos que ficam no ar ao fim do livro, achei uma leitura interessante, principalmente pelas referências à Katniss (que, provavelmente, lembrou o Snow da Lucy Gray no futuro) e do enredo de Jogos Vorazes. Há outros pontos que eu achei interessante, é claro, mas a resenha (se é que posso chamar esse texto assim) está ficando muito grande.

Letícia.Lari 23/12/2022

Demorei um pouco pra ler o livro desde o seu lançamento. Primeiro pensei, "um novo livro de jogos vorazes, sobre o snow??, não deve ser tão legal". Bem, estava errada. O livro é um spin off digno de jogos vorazes, e bateu uma nostalgia de ler os primeiros. A história aborda o início dos jogos, como eles foram criados até chegar ao formato como Katniss os conheceu. E, ora, o Snow não era tão ruim assim, em vários momentos me peguei torcendo por ele e pra que tudo terminasse bem. Mas todos sabemos como essa história termina pra ele...

elisarss 13/05/2021

Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo.
A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes pode ser resumida em uma única palavra: controle.

Neste livro, a aurora abordou o passado do (futuro) presidente Coriolanus Snow. Admito que no comecinho gostei bastante do personagem, mas com o decorrer do livro suas ações foram se tornando odiosas.

Achei muito interessante a participação dele como mentor na 10° edição dos Jogos Vorazes, tendo como tributo a garota do distrito 12: Lucy Gray. Um Snow responsável pelo distrito 12; a ironia.

Analisar a história na perspectiva da Capital chegou a ser incômodo algumas vezes com toda aquela visão de que "somente nós somos dignos de uma vida confortável". Em certos momentos, deu pra perceber que o próprio Coriolanus questionou os valores apoiados pela Capital; mas isso não o impediu de agir de acordo com a sua sede pelo poder.

Outra coisa interessante é que neste livro dá pra entender um pouco mais todo aquele ódio que o Snow sente pela Katniss, além da origem da cantiga "A Árvore-Forca" - que eu, particularmente, achei incrível.

Um livro muito bem escrito e com uma leitura bem dinâmica, cada detalhe da história me prendeu. Suzanne Collins sempre terá um espacinho especial no meu coração. ??

Lanadeoutrodimensao 13/11/2023

Épico e romanticamente trágico
Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo.
Realmente, esse homem, esse garoto fez de tudo para ter o que queria.
Eu não consegui ver quando o pobre garoto Snow com um futuro brilhante se tornou o cruel Assassino sangue frio que ele se tornou no final do livro.
O que mais me intrigou foi o fim trágico da passarinha Lucy Gray.
Morta a tiros de seu antigo amado? Vivendo sua vida triste e infeliz, mas livre na floresta ? Sua história foi um mistério, igual a sua morte.


Ver o desenrolar da história no ponto de vista do Snow foi uma experiência incrível. Ver como ele pensava, ver seu jeito manipulador e tentar justificar sua piores ações.
Snow matou 6 pessoas ao todo desse livro.
Bobbin
Mayfair
Sejanus
Possivelmente Lucy Gray
O reitor highbottom
E seu espírito.

Não teria como não dar 5 estrelas a esse livro.
Vou sentir falta!!!! Não vejo a hora ver essa adaptação, se ela for ruim eu me mato ?



Eu também adorei as referências a jogos vorazes. Quando mencionaram o nome Katniss eu surtei muito, tipo, muito. Também como o Snow odiava pássaros e em jogos vorazes é nós mostrado que o símbolo de Katniss era um tordo, fazendo referência a sua futura rivalidade.



? onde eu mandei você fugir para nós dois ficarmos livres?.

?Onde o homem morto clamou para que seu amor fugisse?.

?Usar um colar de corda e ficar ao meu lado.


Árvore-forca.

Amanda3913 21/12/2023

Suzanne Collins nunca decepciona né
Apesar de ter acabado com meu psicológico e me feito ficar lelé no final com mil teorias diferentes e um ódio sem igual pelo Coriolanus, eu amei esse livro, Suzanne entregou demais como eu esperei que ela faria. Obs: Vi o filme nos cinemas e que experiência, amo como jogos vorazes sempre consegue ser fiel aos livros

Pucca.Farion 13/06/2020

Voltamos ao mundo de Panem, mas ele é bem diferente do que Panem que nós conhecemos. A guerra acabou há 10 anos, a Capital ainda está tentando se reerguer, e os Jogos Vorazes são um fracasso de audiência.

Para tentar alterar aumentar a audiência do 10º Jogos Vorazes, foi decidido que um grupo de alunos da Capital atuaria como mentor dos tributos, detre os quais o nosso conhecido Coriolanus Snow, mas agora com 18 anos.

O sobrenome Snow, antes poderoso, agora está na completa ruína financeira, mantendo-se apenas de aparência. Assim como os tributos, Coriolanus vê nos Jogos sua única chance de sobrevivência. Se ganhar os jogos poderá ingressar na Faculdade e assim manter sua casa e sua família. Mas qual não é a sua surpresa dele ao descobrir que ele será o mentor da garota do 13º distrito, considerada a concorrente mais fraca.

Para que leu a trilogia Jogos Vorazes, é interessante fazer um paralelo entre a Katniss e Coriolanus. Ambos estão em uma situação difícil, são colocados numa situação ainda pior, e fazem coisas que não imaginariam tudo em nome da sobrevivência. Neste livros temos o lado dos mentores,e ele é quase tão perigoso como o dos tributos.

Sobre Coriolanus Snow, nosos protagonista, você sabe quem ele se tornou nos Jogos Vorazes. Neste livro, no entanto, a autora conseguiu a façanha de o tornar real e alguém por quem você torce. Ele é o Jaime Lannister na série Game of Thrones. Você lembra como se sentiu sobre Jaime na primeira temporada, e no meio da série, e no final? Meus sentimentos sobre Snow se alteraram durante todo o livro da mesma forma.

Lucy Grey, a tributo do distrito 12, também se destaca por sua inteligência e forma de se portar. Ela é uma cantora, e por isso acostumada a encantar a platéia, o que a torna bem diferente de Katniss. Como o livro é contato sobre o ponto de vista de Coriolanus, e isso reflete nos demais personagens. Nós conhecemos Lucy pela lente de Snow, então fica difícil saber quem ela realmente é.

Temos outros personagens importantes, os quais não item mencionar para não estragar a leitura.

Achei uma leitura maravilhosa, que me prendeu até o final com suas reviravoltas. Você sabe onde ele vai terminar, mas mesmo assim torce ao contrário. A autora conseguiu manter a estrutura do mundo que havia criado, com alterações que ficaram naturais em razão dos períodos diversos.

Existem várias canções descritas no livro, dentre elas algumas velhas conhecidas. também temos alguns easter eggs, que são jogados na sua cara descaradamente, mas nada que prejudique a leitura.

Para quem gostou de Jogos Vorazes, é uma leitura essencial.

skuser02844 05/07/2020

Acho que a decepção de muitas pessoas com esse livro vem da diferença entre a narração com muita ação e sobrevivência dos livros anteriores quando esse aborda tudo de forma mais calma. Se você não gosta de observar a construção e crescimento de personagens, talvez essa não seja uma leitura muito adequada, mas, na minha opinião, dizer que é uma perda de tempo e que outras pessoas não deveriam ler é ser extremamente ignorante.

Pra mim foi interessante ver o Snow como um ser humano e entender seus propósitos, mas obviamente não consigo gostar dele, e em momento nenhum o livro tentar te forçar a enxergar ele como vítima das circunstâncias ou injustiçado, apenas te dá uma perspectiva diferente e muito boa de se ler porque apesar de odiar o Snow não consegui deixar de ficar curiosa durante a leitura.

O livro teve alguns pontos baixos e momentos que você teve vontade de socar o protagonista mas acho que é normal de toda leitura.

Não posso dizer que fiquei chocada com o final porque de uma forma ou outra você sabe como acaba, mas foi um pouco surpreendente sim.

Também amei o fato de o livro trazer a origem de várias coisas dos livros anteriores e Lucy Gray é meu amor todinho :)

madrugueilendo 02/05/2022

fan service que não serviu
Acredito que, se você acompanhou o lançamento dos livros dos Jogos desde o início, a trajetória e lançamento dos filmes, tudinho, vai devorar o livro e amar cada frase dele.

É legal demais ter o Snow como protagonista, e ver o crescimento dele na história. Ver o ponto de vista dos Jogos como alguém de fora. A história da árvore forca, Lucy Gray. Tudo muito legal, mas porque tão massanteeee!

Além dos jogos em si terem sido pouco explorados (apesar de justificável), achei o livro em si fraco em questão de desenvolvimento. É um livro que se passa cerca de 50 anos antes dos jogos da Katniss, uma bagagem de história e de personagem gigante, mas que entregou pouco pra mim.

O final então, nem se fala. Normalmente amo finais em aberto, mas achei esse aqui sem cabimento nenhum.

Lucy foi uma das coisas que mais gostei no livro, mas ainda assim não achei que foi metade explorada como merecia.


No geral, um livro legal pra quem acompanhou o nascimento da saga, mas que tem um desenvolvimento fraco. :/

Queria Estar Lendo 28/12/2023

Resenha: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
Eu resolvi dar uma segunda chance para o livro do Snow, depois da minha releitura de Jogos Vorazes. Fui de mente aberta, sem lembrar muito da história. E qual foi a maior surpresa desse ano, e maior plot twist literário da minha vida, o fato de eu ter gostado muito de A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes.

A história se passa anos antes da revolução da Katniss. O presidente Snow é só Coriolanus Snow, um adolescente estudando na academia da Capital, prestes a ingressar um programa que vai colocá-lo como mentor de um tributo na décima edição dos Jogos Vorazes.

Coriolanus quer se provar para a Academia. Mais do que isso, ele precisa. Sua família está à beira da falência, e perder tudo que os grandiosos Snow conquistaram é admitir uma derrota que ele jamais vai aceitar.

Quando a arredia e artística garota do Distrito 12 é designada para ele, Snow vê em Lucy Gray uma oportunidade de brilhar. Sem imaginar que se aproximar dela pode despertar sentimentos inesperados nele mesmo.

A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é um livro complexo. Assim como a minha relação com ele. Da primeira vez que li, seja a vibe errada ou a minha própria birra, acabei tendo uma péssima experiência de leitura. Eu li o e-book em inglês quando foi lançado lá fora, detestei quase tudo e jurei vingança a essa história.

Fiz uma maratona de releitura de Jogos Vorazes no fim desse ano para lembrar que gosto de ler, e acabei resolvendo dar uma nova chance para esse spin-off. Eis que eu me surpreendi de todas as maneiras possíveis com ele: gostei do que reli.

Ainda tenho algumas coisas contra as escolhas narrativa da Suzanne em certas partes da história - principalmente o terceiro ato. Ele é bem truncado e enroscado, de um jeito arrastado que beira o tédio. Acho que podia ter sido mais bem enxugado e, assim, entregaria a tensão que os últimos capítulos entregam tão bem.

Mas, num contexto geral, eu admito sim que mordi a língua e gostei de A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes.

O desenvolvimento das duas primeiras partes do livro é bem primoroso. Ainda que o ponto chave da história seja o Snow, por não estarmos presos à mente dele, temos margem para uma interpretação bem mais ampla. Conhecemos mais dos personagens através das reações deles, e não do que o Snow julga ser as reações deles (ainda que os pensamentos dele estejam ali para colocar o leitor a par de como funciona a sua cabeça).

Toda a questão com os Jogos Vorazes é bem interessante. Estamos vendo uma Capital recém-reerguida, mas ainda capenga, depois da guerra. Uma Capital que tem medo da violência, e não busca o espetáculo dela. Que teme os Distritos, vendo-os como monstros e não como as vítimas. Uma Capital que se coloca como a verdadeira vítima, escorrendo hipocrisia.

Tudo isso se mostra bastante na perspectiva do que o Snow viveu e está vivendo. A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é a história de como ele veio a se tornar o grande tirano que conhecemos na trilogia Jogos Vorazes. Aqui, ele não passa de um adolescente insuportável e reclamão - mas com potencial para os jogos de poder.

Os embates internos dele são amostras de alguém que tem a frieza do vilão que vai se tornar. São impulsos discretos, pensamentos perturbadores, questionamentos rígidos. Pequenos traços de uma personalidade inclinada ao poder a todo custo - não apenas o poder, mas também o controle.

O romance no livro ainda é uma coisa que não me desce, ainda que sirva o seu propósito para ilustrar como o Snow se aproveita de tudo e todos em seu caminho.

Lucy Gray é uma personagem interessante e complexa, cheia de vida e de energia e de medo, mas também de força e provações. É com ela que Coriolanus tem seus momentos mais frágeis, quando vemos que poderia existir outro tipo de pessoa dentro dele se não estivesse tão sedento por comando.

Não tem química nenhuma e é até um pouco irritante de acompanhar, mas dá para usar essa irritação em favor da narrativa - principalmente em momentos onde a futilidade do Snow, e da Capital, são exasperantes. Como quando a maior preocupação dele é se a Lucy Gray está pensando nele dentro da arena, durante os Jogos Vorazes.

Eu queria que esse livro tivesse existido quando a trilogia existiu. Acho sim que muita coisa que foi enfiada aqui foi conveniente pela falta de informação e de construção de passado que tínhamos na trilogia. A autora foi esperta em se aproveitar disso, mas queria muito que apagamentos não tivessem acontecido para o futuro acontecer.

O leque de coadjuvantes que enche a trama em muito me agradou nessa releitura. Especialmente Sejanus e a dra. Gaul, peças tão essenciais para entendermos os extremos desse conflito sem fim.

Sejanus é outro aluno da academia. Amigo de Coriolanus (pelo menos da parte do coitado do Sejanus), ele veio do Distrito 2 depois da guerra, quando seu pai foi promovido a cidadão da Capital. Apesar disso, Sejanus carrega o espírito de um garoto de um Distrito. Ele vê injustiça e se indigna. Ele vê o coitadismo da Capital e aponta dedos. Ele é um espírito rebelde esperando pelo momento de pegar fogo com todos os absurdos que tem que conviver.

A dra. Gaul, por outro lado, é o espírito da perversidade. Ela é uma das Idealizadoras, trabalha para acrescentar crueldade nos jogos. Ela busca entender o cerne da humanidade e vê nas pessoas a violência e apenas isso. Ela é uma antagonista bem forte, porque ela não é, de maneira alguma, uma antagonista dentro da história.

Como eu disse, com exceção do terceiro ato, o livro tem um ritmo bem frenético e bem conduzido que, nessa releitura, me manteve vidrada do começo ao fim. Tem muita nuance e muito cuidado na composição de mundo da Suzanne, e muitos easter eggs que se conectam diretamente aos buracos convenientes encontrados na história da Katniss.

Eu tinha uma opinião forte de que a origem de algumas coisas não era necessária, mas, com a mente mais aberta nessa segunda tentativa, gostei de como ela usou algumas coisas icônicas aqui. Como é o caso da origem da música The Hanging Tree.

A tradução da Regiane Winarski me ajudou demais na imersão. Tá um primor.

A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes foi uma péssima leitura num primeiro momento, mas uma excelente releitura no momento certo. A história de origem certa para um dos maiores vilões que a literatura distópica já conheceu.


site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2020/06/resenha-cantiga-dos-passaros-e-das.html

Manu 22/08/2023

Nunca ajude um f*dido pq um dia ele vai f*der você!!!!!
Segundo livro que eu leio esse ano, pois ando uma mulher de poucos papos e poucas leituras. Escolhi esse não só porque ganhei de presente, mas porque gosto muito na franquia de jogos vorazes e fiquei ansiosa pelo filme que vai sair fim do ano. Agora só me resta esperar que o filme seja tão fiel a história. Mas o que eu posso dizer sobre o livro? O passado do Snow, caminhando pelo declínio financeiro da família, mais conhecido como pobreza, e a extrema alienação dele provando que ele é um bananão da Capital. No meio do livro você até se compadece com ele, que passa fome, que se apaixona pela Lucy Gray, que come o pão que o diabo amassou por causa dos amigos estúpidos e ricos dele. Você até entende porque ele odeia os rebeldes, o pai, os amigos estúpidos e ricos. Cara dá até pra gostar dele em uns momentos, mas aí acontece que você nota que está gostando do Mussolini de Panem, então vc para, pensa e diz: tá, vai acontecer uma merda aqui. E ACONTECE. Então assim, graças a deus o Snow morreu nas mãos do povo, assim como o Mussolini kkkkkkkkk PQ OLHA esse cara mereceu todo o fim dele. Mas enfim, tirando o Snow, o livro é marcado por personagens que são uns queridos. Lucy Gray é uma heroína na minha visão, e não mereceu esse fim que eu considerei até meio anticlimático, ou eu só não entendi mesmo. Sejanus, nosso camarada comunista, infelizmente teve uma história com um fim muito trágico, mas que era necessário pra fechar o arco. E pra mim Tigris, que vai ser interpretada pela maravilhosa da Hunter Schafer se destaca como o doce dos mais doces de pessoa. Há outros personagens que pra mim tomam atitudes fantásticas, como Reaper. A história vale e espero que valha meu ingresso em novembro também. Ela é bem contada, bem pensada e gera uma coisa que alimenta a minha vida: ÓDIO A HOMENS BRANCOS.