A construção de mim mesma

A construção de mim mesma Letícia Lanz




Resenhas - A construção de mim mesma


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Wellington.Pimente 21/01/2024

Ser
Letícia Lanz, que por muitas décadas se apresentou para a sociedade como Geraldo Eustáquio, casou, teve três filhos, netos e um trabalho estável como essa persona que não a definia totalmente. O livro é um relato muito sincero da realidade enfrentada por Geraldo em sua jornada de se libertar das amarras sociais de gênero e assim assumir a mulher transgênera somente aos 50 anos, quando foi parar numa cama da UTI, depois de toda sua vida permanentemente marcada pelo conflito entre ser ela mesma e o que a sociedade exigia que fosse.
É um relato honesto e comovente, que ao narrar suas experiências pessoais e as reflexões dos conflitos enfrentados, mesmo com pessoas tão próximas, como no caso da sua esposa, filhos e netos que claramente há muito amor nesse núcleo familiar, foi muito difícil, imagina para a sociedade em geral. Sua narrativa bem realista cumpre esse papel de nos levarmos a compreender o que é uma pessoa transgênera e a dificuldade de se aceitar numa sociedade que ainda demonstra incapacidade de conviver com as diferenças, apesar que há muito mais informações a respeito atualmente e essa obra é importante por elucidar muitas dúvidas, apesar da autora abordar obras de autores controverso sobre o tema (acusado de viés ideológico) que precisarei ler, ao falar a respeito de gêneros, acho muito confuso querermos reinvertar a binaridade do gênero masculino e feminino que é claramente visível biologicamente, porém ressalto a necessidade de respeitarmos o entendimento da identidade sexual individual do ser humano. Letícia Lanz dá o recado em sua obra: "Quem quiser me inscrever numa matriz cultural de inteligibilidade pode dizer que sou uma pessoa transgênera, com a identidade mais próxima de uma travesti ou transexual e orientação sexual lésbica. Meu aviso aos navegantes é que não me sinto nem um pouco responsável por eventuais contradições e desconfortos conceituais, lembrando que eu, pessoalmente, não tenho o menor interesse em me inscrever em nenhuma matriz cultural de inteligibilidade de gênero. Meu esforço é para me inscrever - e para me manter inscrita - numa matriz de sensibilidade social, na qual eu possa ser aceita, reconhecida, legitimada e amada pelas pessoas sendo tão unicamente a pessoa que eu sou."
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Elton.Oliveira 31/05/2023

Respeito
Como a autora fala em seu texto : " não nasci no corpo errado , nasci numa sociedade errada ! "

Sempre procuro entender e saber um pouco da história de pessoas que não representam o tal "padrão social" , pessoas que não se encaixam na imposição do "normal" !

São histórias tristes de supressão , de sufocamento , de tentar a todo custo , apagar uma coisa que não é apenas um desejo ... É sua liberdade, seu "eu" !!!

Infelizmente o tal do padrão binário, homem/mulher , macho/fêmea , imposta e rigidamente mantida, até os dias atuais, por religião e conservadores, da hipócrita sociedade.... massacram e condenam a morte ou suicídio social qualquer um que ouse ir contra esse princípio divino ....

É triste ver essas histórias de vida , de pessoas que não puderem ser quem realmente são, que tem que viver uma vida dupla para não provocar a ira dos cristãos/conservadores ou até mesmo serem mortos !!!

Recomendo a leitura, temos que evoluir como sociedade , buscar compreender as minorias e lutar pelos seus direitos!
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Andreia 19/06/2022

Livro pequeno, mas extremamente importante de ser lido, principalmente, no momento atual do Brasil, de tanta intolerância e preconceito. Neste livro, vamos acompanhar o relato autobiográfico de Letícia Lanz, que por décadas escondeu de todos seu verdadeiro eu, por receio de sofrer preconceito e rejeição.

Desde pequena, ainda quando tinha o nome de Geraldo Eustáquio, Letícia sabia que algo a incomodava, algo que não estava certo. Ela não conseguia ser por fora, o que ela sentia que era por dentro. Ela gostava de usar as roupas, maquiagens e sapatos da mãe e detestava as brincadeiras e brinquedos “de menino” que os adultos insistiam ser o mais adequado e correto.

Enquanto crescia e tentava entender esses sentimentos conflitantes, Geraldo se descobriu um mulher trans lésbica. Porém, entre o momento de descoberta, o momento de aceitação e exposição ao mundo do seu verdadeiro eu, muito tempo se passou. Com família formada - esposa e três filhos - e mais de 50 anos de idade, Geraldo finalmente apresentou ao mundo seu verdadeiro eu, Letícia Lanz.

Nesse livro, Letícia nos conta os preconceitos que enfrentou ao longo da vida, como foi se descobrir mulher trans e lésbica, em uma época em que pouco de falava sobre identidade de gênero e como foi revelar ao mundo Letícia. É uma história super emocionante! É um relato sensível e sincero que acredito que todos deveriam conhecer. Super recomendo a leitura!
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Renata Vaz 17/06/2022

Buscando conhecer mais sobre a temática me deparei com esse livro da Letícia na livraria. Curtinho, de leitura fácil, com uma relevância e sensibilidade imensa. Impossível não se emocionar com o capítulo em que ela fala do pai e depois da esposa.
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Willy 26/02/2022

Apesar de curtinho é um livro bem necessário, forte, triste por todos os anos sem ser livre mas no final muito feliz e libertador.
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Lara 22/02/2022

Leitura leve e profunda ao mesmo tempo
Achei a leitura extremamente profunda, e me identifiquei com vários relatos da autora sobre sua infância, família e rejeição por ser quem é.
O livro foi um presente de aniversário e eu não poderia ter gostado mais.
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MãeLiteratura 31/12/2021

Muito interessante
Apesar de estudar comportamento e sexualidade há quase 30 anos, percebo cada vez mais o pouco que sei e o quanto quero e preciso aprender.⁣

Letícia nos brinda com um livro muito interessante sobre seu processo de transição de gênero.

Geraldo era um profissional bem sucedido, casado, pai de três filhos e avô. Após enfartar, Letícia relata como foi se assumir mulher transgênera aos cinquenta anos de idade.⁣

Além das percepções da autora, o livro traz um elemento que eu achei fantástico, as observações da sua esposa, companheira de muitos anos.

Um livro honesto, sensível e bem escrito. Letícia é psicanalista e traz sua vivência neste livro, honesto e corajoso. ⁣

A autora propõe um diálogo importante e muito oportuno sobre o amor, sobre aceitação e diversidade. Gostei bastante e recomendo.⁣
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