Thaiza.Vianna 01/05/2023
Excelente
Nem em suas férias o famoso detetive Hercole Poirot escapa de sua sina...
Escolheu o Egito para curtir seus dias de descanso, e vamos conhecendo com ele ao longo dos capítulos, todos os personagens que estarão presentes no local do crime, o que só acontece na metade do livro. Fato este que pode deixar a impressão de ser um início arrastado, entretanto no desfecho compreendemos os motivos desse excesso de detalhes, tanto para conexão com os personagens, e entendimento dos fatos, tanto para elucidar ou para confundir o leitor e com isso instigar à descobrirmos quem é o assassino e por que..
Uma boa tática para ajudar na leitura, é fazer anotações a respeito dos personagens, pois são muitos e hora são tratados pelo nome, hora pelo sobrenome, que pode acabar dificultando ainda mais nosso compreendimento pela narrativa.
A ambientação do livro é fantástica, depois que o crime acontece tudo flui de uma forma muito instigante e com enorme fluidez, sendo um excelente vira páginas daqueles que não queremos parar.
Só pontuaria que os crimes se parecem tão corriqueiros que achei que faltou um pouco de emoção e desespero por parte dos demais presentes nas situações em que na minha opinião deveriam conter um maior alvoroço, principalmente nas páginas finais.
E vale lembrar que, devido ao livro ter sido escrito em 1937, infelizmente precisamos lidar com diversos personagens preconceituosos, que dialogam com naturalidade o que hoje não é mais tolerado como gordofobia, machismo, xenofobia e diversas falas problemáticas de preconceitos sociais. Então, que bom que evoluímos!