Elle 03/07/2020Muito simplesDepois de muitos livros dos quais eu não gostei da escrita, finalmente encontrei um que me adaptei logo de cara. Já havia lido outros livros da Elissande, porém não me lembrava de gostar tanto da escrita dela! Me lembrou muito a escrita dos livros de romance de época "grandes", como os da Tessa Dare e os da Julia Quinn, pois a leitura é fácil.
A história aborda o típico clichê : homem com rosto deformado (que ainda assim é bonito), que ninguém vê a muito tempo, isolado em sua própria casa, não quer falar com ninguém e etc. Gostei da temática de viciado em jogo, nunca tinha lido nada assim, porém achei que falou desenvolvimento. Os personagens não foram bem abordados. Não ficamos sabendo do passado de Sarah, nem de Willian (sei que tem outro livro onde ele supostamente é o vilão, mas no livro onde ele é o principal deveria falar mais sobre sua história!) e achei que isso deixou a história rala.
Sobre os personagens : a Sarah é uma idiota, que aceita tudo o que o "marido" fala, exatamente como eram as mulheres daquela época, então isso é bom, porque a autora foi realística com o período em que se passa a história, mas é ruim, porque você quer entrar no livro e bater na Sarah. Ela aguenta todas as merdas do Willian calada, sempre com a cabeça baixa, falando "Sim, senhor" para tudo. Isso me deu um ódio que não é nem possível descrever!
O Willian foi um porre no começo, tratava a Sarah muito mal, porém ele tinha uns momentos de bipolaridade, onde tratava ela muito bem. Achei muito estranho ele ter mudado da água pro vinho quando ela o beijou. Numa linha ele odeia ela, na outra já a está tratando como se fosse sua esposa amada. Achei que faltou desenvolvimento. A mudança dele foi muito repentina e mal explicada.
Agora sobre aquela sem vergonhice dele ter uma amante e ficar julgando a Sarah pelo beijo forçado que ela recebeu? Eu quis matar ele! Eu senti um ódio enorme pelo Willian! Se eu fosse a Sarah já teria jogado na cara dele que ela o viu com a amante e aproveitado pra esfregar a cara dele na parede. Amante está, que teve a pachorra de ir até casa e desafiá-la!
O Clímax achei bem meia-boca, teria sido muito melhor se ela de fato tivesse largado dele e feito o homem se arrastar atrás dela. O papo de sequestro junto com espancamento, tudo resolvido com um monte de joia caindo no chão, foi meio simplório demais...
Apesar de todos esses problemas, eu gostei do livro. Achei ele divertido, um bom passatempo!