Como poeira ao vento

Como poeira ao vento Leonardo Padura




Resenhas - Como poeira ao vento


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Luiz Souza 22/02/2024

Clã de Amigos Cubanos
O livro começa com Adela e Marcos um casal que tem raízes cubanas mas que moram no Estados Unidos, a moça mostra uma foto no Facebook e Marcos identifica Elisa uma velha amiga de sua mãe que não verdade é mãe de Adela aí começa o desenrola de um mistério.

Depois nos vemos os amigos do clã nos capítulos seguintes Clara , Bernardo , Dario , Irving , Fabio e Liuba são figurantes de luxo kkkk.
Tem o maluco do Walter também que personagem chato.

A história é bem contada mas tem hora que fica um pouco repetida no enredo de Elisa e seu mistério do passado.

O autor também as vezes quebra a narrativa quando está numa parte boa , achei isso bem diferente.

Achei a história um pouco densa mas bem detalhada eu diria que foi quase o personagem fazendo terapia.

Ótima leitura.
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Vinder 07/06/2023

Excelente livro! Leonardo Padura constrói uma narrativa de um grupo de amigos cubanos que foi se desfazendo ao longo do tempo? muita informação histórica e política interessantes!
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Isabella 30/01/2022

Amigos, Cuba e muito suspense
Esta obra foi uma indicação de um vendedor de uma livraria em SP. Confesso que o entusiasmo do funcionário, ao meu ver, foi além do que o livro despertou em mim.
Um romance, que conta o desenrolar de um clã de amigos, todos cubanos, a maioria pertencente à uma classe social bastarda e todos insatisfeitos com a política vigente no país. (Década de 90)

Há um grande acontecimento, envolvendo Elisa e Bernardo, que irá permear todo o drama e suspense do livro. Fiquei presa em algumas partes e consegui fluir em outras. Não foi o meu favorito mas, valeu a leitura!
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Conrado 28/12/2023

Uma grande saga histórica sobre amizade e exílio escrita pelo cubano Leonardo Padura
Como Poeira ao Vento é mais um grande romance do cubano Leonardo Padura, autor de O Homem Que Amava os Cachorros.

A história deste livro acompanha um grupo de amigos cubanos idealistas, que se autodenominava clã, durante períodos históricos diferentes de suas vidas – com foco principal nos anos 90, o chamado período especial em Cuba, um tempo em que os moradores da ilha sofreram muito após o colapso da URSS, principal aliado econômico e político do país.

O enredo não se passa apenas em Cuba, mas também nos EUA, na Espanha e na França. Padura transporta o leitor a essas regiões junto com seus personagens. Além do mosaico de estações e locações diferentes que ele constrói, impressiona a construção de todos os personagens - principalmente os integrantes do grupo de amigos: Clara, Bernardo, Horacio, Dario e Irving. Todos são muito bem construídos e as vidas de cada um poderiam render vários livros distintos.

Como Poeira ao Vento é um relato sobre pessoas que escolhem ir embora e pessoas que escolhem ficar, mas em sua essência é uma história sobre amizade. Os caminhos da vida e da história espalharam esses amigos por todo o globo, mas eles conseguiram manter essa amizade de um jeito ou de outro. O modo como Padura constrói e retrata essa solidariedade é muito enternecedor.

O tom melancólico e de desilusão também está presente aqui como estava em O Homem que Amava os Cachorros (que também retrata um período difícil da história cubana), mas neste romance o tom tem uma nota mais otimista no sentido de mostrar o poder da amizade em uma sociedade em crise.

A narrativa também mostra as contradições internas da revolução cubana. Os personagens principais se beneficiaram do acesso universal à educação – todos eles fizeram faculdade graças aos avanços da revolução e por isso conseguiram ter recursos e conhecimento suficientes para poderem viver e se sustentar na sua área mesmo fora de Cuba. Ao mesmo tempo, o autor não poupa críticas as condições do socialismo realmente existente – apesar de esse não ser o ponto principal do livro. Padura mostra a corrupção, a burocracia, a paranoia e as dificuldades materiais a que boa parte da população cubana foi exposta durante esses anos e continua sendo até hoje.

Além do exílio, a busca da criação ou a recriação de uma identidade própria também é um dos temas principais do livro. Muitos dos personagens estão passando por crises de identidade, cada um por um motivo diferente.

O romance de Leonardo Padura é uma leitura prazerosa, tanto pelo estilo de escrita do cubano quanto pela companhia desses personagens que se tornam íntimos do leitor durante a leitura – você também se sente parte do clã e não quer abandoná-los.
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Sergio 30/12/2021

história de uma Cuba e vários destinos
O autor de " O homem que amava os cachorros" agora nos trás um livro que retrata uma geração que perdeu seu idealismo com a Revolução e tenta sobreviver no dia a dia da sua realidade e seus sonhos perdidos.
Mas um aspecto novo se apresenta: a diáspora cubana dos que se sentem sem perspectiva na sua vida na ilha e tentam se aventurar por outros países e, embora alguns tentem, sempre trazem a terra natal dentro de si
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Claudio 20/08/2022

História envolvente com a diáspora cubana como tema
Com a diáspora cubana como pano de fundo, Padura constrói uma trama que atravessa tempo, espaço e gerações, com personagens bem desenvolvidos e com histórias intimamente ligadas.

Essa estrutura lembra O Homem que amava os Cachorros e Hereges, ambos do mesmo autor, com essas idas e vindas temporais e personagens com ligação próxima mas não evidente.

O leitor é envolvido pela história até o fim, mesmo se o final tenha me decepcionado um pouco.
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Mary Manzolli 31/01/2023

Uma longa diáspora cubana que está longe de terminar.
Antes de iniciar esta resenha é preciso ambientar algumas pessoas sobre o autor, pois compreender a sua realidade é importante para evitarmos julgamentos baseados numa versão romantizada demais ou demonizada demais da vida cubana, a depender do espectro político em que se encontre. Leonardo Padura é um escritor cubano, que vive na Ilha, na mesma casa em que nasceu e a partir das suas vivências e dos contatos com as pessoas de lá, escreve estórias e cria seus personagens, mas ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, não é um ferrenho defensor do regime e em seus livros, tece muitas críticas às repressões impostas pela revolução, embora sem jamais levantar bandeira e sempre preservando os valores de uma nação que vive e se mantém forte em seus propósitos, apesar de todos os pesares.

Em Como Poeira ao Vento, a estória gira em torno de um pequeno grupo de amigos, que se conhecem ainda na juventude e todos os encontros, desencontros, amores, rivalidades, angustias e dissabores que se passam com eles até os dias atuais, quando já se encontram na meia idade. O livro começa com Adela, uma jovem americana que se envolve com o balseiro Marcos ( balseiros são os cubanos que chegam ilegalmente aos Estados Unidos) e ao deparar-se com uma foto antiga no facebook da mãe do namorado, é levada a confrontar o seu passado e a sua própria história familiar.

Conforme me aprofundava na narrativa, me dei conta que existem, ao menos, duas formas diferentes de encarar essa leitura: basta mergulhar na trama de mistério, suspense psicológico, reviravoltas, crimes, tráficos e traições que já seria o suficiente para uma boa experiência literária, mas aqueles que aproveitarem essas 540 páginas para se libertarem de visões deturpadas e se permitirem realizar uma imersão da realidade de Cuba, com certeza, absorverão informações importantes e que poderão mudar muitas certezas a respeito das condições de vida neste país que desperta tanta curiosidade e sentimentos conflitantes nas pessoas.

Eu mesma, que já estive em Cuba, e vi de perto um pouco das vivências contadas no livro, me senti, por muitas vezes, incomodada com o brusco rompimento das minhas próprias verdades, no entanto me lembrei de uma entrevista que li com Padura, alguns anos antes da minha viagem que dizia assim: "Fora de Cuba, da perspectiva política e ideológica que se imaginou, há duas tendências: a idealização de um paraíso socialista e a condenação de um inferno comunista. E isso corresponde mais a certos interesses do que à realidade propriamente dita. Porque Cuba não é um paraíso socialista nem um inferno comunista. É uma espécie de purgatório onde as coisas podem ser um pouco mais normais".

Por tratar-se de uma estória que atravessa décadas, em que jovens cheios de esperança em fazer da Ilha um lugar prospero, justo e igualitário para todos, vivem as frustrações de tantas crises, algumas vezes muito dolorosas como o fim da União Soviética (principal parceiro econômico do país em sua defesa ao embargo americano), Como Poeira ao Vento traz à luz esclarecimentos interessantes e muito realistas da vida em Cuba sob o regime comunista e de como qualquer julgamento pode ser equivocado dada a complexidade desta realidade que poucos entendem, inclusive nas questões que levam muitas pessoas a partirem para viver como refugiados em outros países, em diferentes condições e é nessa seara do abandono de ideais, da desistência das suas vidas para rumar ao incerto é onde, na minha visão, nos surpreendemos ainda mais, já que nem todos aqueles que optam pelo desenraizamento, o fazem por discordâncias políticas com o regime socialista cubano. Muitas vezes o que os leva a buscarem uma nova identidade e outra cultura é a triste, perversa a consciente falta de melhores condições de exercerem suas profissões em razão do embargo econômico e, neste contexto, não é muito diferente do que temos visto no Brasil atual, em que profissionais tem partido para outros lugares buscando alternativas mais dignas.

Enfim, um romance de narrativa envolvente em que nos divertimos e aprendemos sobre o complexo país e as vitórias e misérias de uma diáspora Cubana que se prolonga desde os anos 50, mas sem esperar discursos binários, perpetuados pela mídia, de bem e mal, bom e ruim, podendo ser uma grande decepção para quem busca o maniqueísmo das visões simplistas nos empurradas por mais de meio século, afinal, Cuba é feita de gente que, assim como os personagens de Padura, se diferenciam em seus sentimentos, ideias e convicções e sempre haverá, como em muitos outros lugares do mundo, os que se foram para nunca mais; os que sonham, um dia, poder voltar; aqueles que retornam e os que permanecem e resistem "hasta la victoria final"!
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Carlos Padilha 28/02/2022

Escrita excelente, trama nem tanto
Este é o quinto livro de Padura que leio. Foi o que menos me agradou, mas isso está longe de significar que não é muito bom. Acho que se trata mais de uma questão de gosto pessoal, tenho certeza de que outros leitores irão gostar muito.
Como sempre, a escrita de Padura é magnífica. Porém, achei a trama bem menos interessante do que nas leituras anteriores, faltando a criatividade que marca as demais obras.
O livro tem três linhas principais. O primeiro aspecto que observamos é a descrição detalhada (às vezes, excessivamente...) das virtudes, falhas, anseios e medos de cada um dos integrantes do grupo de amigos, o Clã. O segundo foco é na apresentação dura (mais forte do que em qualquer das leituras anteriores) da situação deplorável da população cubana, especialmente na difícil década de 90, inclusive de parcela com nível superior, vivendo quase sempre com a dúvida sobre se haverá algo para comer no dia seguinte. Finalmente, trata da eterna saudade e das dúvidas daqueles que deixam o país em busca de uma vida melhor, a partir da realidade de diversos integrantes do Clã.
Enfim, um livro que merece ser lido, por suas inegáveis qualidades.
Beto Bavutti 06/03/2022minha estante
Oi Carlos, li sua resenha e você diz que gostou mais dos outros livros do Padura. Qual você me indica para começar a ler este autor? Parabéns pela resenha.


Carlos Padilha 21/03/2022minha estante
Obrigado!
Já li A neblina do passado, O homem que amava os cachorros, Hereges e A transparência do tempo. É muito difícil escolher um, são todos muito bons. Mas vou ousar recomendar o último, por ser, em minha opinião, o de mais "ação", ambientado no submundo de Havana e com um suspense que prende até o final. Já Hereges e O Homem que amava os cachorros poderão agradar muito aos interessados por História (como eu...)
Caso decida ler algum deles, não deixe de dizer o que achou. Um abraço.




Ana 28/01/2024

Mais uma ótima ficção num cenário de História real
Adoro o estilo do Leonardo Padura, que mistura história real, com H maiúsculo, e ficção.
Neste livro, mais uma vez ele une os dois elementos para contar a história de um grupo de amigos em que cada um segue seu rumo, tendo como cenário Cuba do fim do século XX e tantos problemas sociais e econômicos intrínsecos a este período na ilha.
Nunca tive muita vontade de ir a Cuba, mas 'Como Poeira no Vento' despertou uma curiosidade enorme sobre esse país tão cheio de história, problemas e belezas. Gostei muitíssimo!
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michelyvogel 30/01/2023

Comecei 2022 lendo este livrão. Gosto muito como o autor mistura História com sua narrativa. O mistério é intrigante, mas a atmosfera me acompanha até hoje. Vira e mexe lembro das cenas e personagens. Excelente
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