Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha




Resenhas - Os Sertões


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Marcelo 18/03/2024

Narração extremamente importante para o Brasil
Acho q a importância deste livro esta toda carregada na parte "A Luta".
As outras partes são importantes, mas muito difíceis de ler, uma dica, vá direto para a Luta
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JanaAna90 25/01/2024

O livro é composto de três partes: a Terra, o homem e a luta. Embora no livro não conste essa divisão, ainda assim os estudiosos costumam sinalizar.
A primeira parte, como já foi dito, trata sobre a terra. aqui Euclides da Cunha descreve toda geografia da região. Como estou lendo a partir da edição do clube de literatura clássica percebo o quanto é importante os rodapés, porque nos ajuda a esclarecer e entender um pouco da escrita do autor, que já de início percebo o quanto vai ser desafiador a leitura, por ter palavras difíceis e que não fazem parte do meu vocabulário.
Nessa edição também encontramos subtemas ao longo dos capítulos, o que ajuda, e muito, o leitor.
Na parte sobre a Terra o autor descreve além da geografia o clima, a vegetação, as paisagens as caatingas, o sertão. Descrevendo de forma esmiuçada e rica em detalhes, toda a geografia do local; fazendo com que o leitor, de fato, se sinta no local e acompanhando com o narrador as paisagens.
Em algumas passagens, bastante significativas, o autor descreve a relação do homem com a natureza, nos mostrando que ao longo do tempo o homem já vinha destruindo a natureza de forma cruel, contínua e criminosamente.
A segunda parte sobre o homem, o autor Traz Uma visão histórica Sobre raças Brasileiras na sua formação inicial. Bastante interessante a análise crítica feita pelo mesmo. Destacou aqui um trecho Sobre a questões raciais no Brasil: ? teoricamente ele seria o pardo, para que convergem os cruzamentos sucessivos do mulato, cariboca e do cafuz?.
Euclides, nos fala sobre os vaqueiros, os jagunços, a religiosidade, as festas e de todas as figuras que fazem parte do sertão nordestino.
Vemos também trechos longos falando sobre Antônio Conselheiro, uma figura bastante controversa, amado por uns e odiado por muitos.
Sobre a parte três do livro onde fala sobre as lutas travadas no sertão da Bahia, recebemos ao ler que
foi entre Antônio Conselheiro e o Brasil. Visto que as forças do bando de Conselheiro mandava e desmandava no sertão de forma truculenta e perversa e que também fazia críticas ao governo, incitando o seu bando contra as leis regentes no país, O governo decide enviar tropas para dispersar e exterminar todos os jagunços e também Antônio Conselheiro.
Como vemos ao longo do livro, é isso foi a maior parte, a dura luta travada entre o ?Brasil? e os jagunços. Foram convocados soldados de toda parte do Brasil para acabar com os jagunços, mas desde o início perceberam que a empreitada seria dificílima. Os sertanejos resistiram até o último instante. Eram homens, mulheres e crianças lutando pelo Canudos. Mesmo com a morte de Antônio Conselheiro seus jagunços ainda lutaram bravamente para manter a posse de Canudos.
A leitura, para mim, foi difícil e arrastada, em muitos trechos achei cansativo e desnecessário as infinitas descrições do ambiente, da natureza, desde a vegetação até o clima. Essa descrição é recorrente até chegar ao que ele queria falar: seja sobre o homem, suas lutas, sobre política e todos os temas abordados. Senti vontade várias vezes de abandonar o livro.
Para quem gosta de história e geografia, o livro é um convite para conhecer o sertão e suas peculiaridades.
Pra mim, como toda forma de conhecimento é válida, fico feliz comigo pelo esforço empreendido, pois agora posso falar após conhecer a obra.
Matheus656 25/01/2024minha estante
Me interessei muito por esse livro depois de escutar um podcast sobre esse assunto. No momento estou bem focado em Jorge Amado, mas em breve pretendo ter contato com a obra de Euclides da Cunha também.


JanaAna90 26/01/2024minha estante
Se prepare para uma grande aula de história e geografia. Gosto da escrita de Euclides da Cunha. Espero que você goste. ?


Matheus656 26/01/2024minha estante
Sou graduado em Geografia Licenciatura. Acho que será uma boa pedida! ?


JanaAna90 27/01/2024minha estante
Matheus, então você vai gostar é muito. ?




Mey 22/11/2022

Cheguei ao fim da leitura mais desafiadora que tive até hoje na minha vida como leitora. “Os Sertões” de Euclides da Cunha é uma espécie de livro-reportagem, que narra um capítulo importante da história brasileira, a Revolta de Canudos. Sertanejos castigados pela fome, sede, calor e aridez do Sertão, seguem Antônio Conselheiro, figura pitoresca , que para muitos é visto como louco e para outros um homem santo. Que enxergou as dores daquele povo e os guiou nas batalhas que não passaram de um grande engano. Afinal, acreditava-se que aquele movimento era um ataque à República, mas não era por isso que os sertanejos lutavam.

Um livro que merece o título de obra de arte. Euclides da Cunha esmiúça os detalhes da Guerra de Canudos, descrevendo o ambiente, o povo e o contexto do país naquele momento. São páginas e mais páginas contando sobre a flora, o clima e sobre o homem que vive no Sertão que castiga. O que pode ser também castigador para o leitor dessa obra, que precisa lutar bravamente para desbravar suas páginas.

Mas apesar de essa ter sido uma leitura árdua, que demandou muito de mim e me fez questionar se eu tinha bagagem suficiente para enfrentar o vocabulário rebuscado de Euclides da Cunha e as mais de 600 páginas de aula de história, em vários momentos me via encantada pela narrativa desse livro e impressionada em como os anos passam e o povo ainda tem os mesmos traços de fanatismo que os seguidores de Conselheiro. Selecionei vários trechos da história, que tenho certeza que vão me acompanhar pelo resto da vida.

“Os Sertões” não é um livro fácil, não há como subestimá-lo, mas uma leitura fundamental, um retrato da história do Brasil e uma obra-prima da Literatura. É preciso resistir, tal como o vilarejo de Canudos resistiu às investidas do Exército, para que conheça um pouco mais da história de seu próprio país. Esse livro não tem heróis ou vilões, apenas um povo que se enfrentou e foram dizimados.

Leitura recomendadíssima!


site: https://www.instagram.com/p/ClPiQ4fMgu5/
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Gustavo.Henrique 08/03/2022

Um monumento da literatura brasileira. Euclides captura um retrato de tantas facetas da sociedade em que vive, as teorias raciais que permeavam os debates, sua tentativa de criar uma imagem sobre o brasileiro, seus flertes com os diversos campos das ciências naturais para alcançar uma descrição minuciosa sobre a arena deste conflito, e respingando nos outros campos deste país. Sua narrativa, por mais que prolixa, é encantadora, a escolha de cada palavra parece tecer uma trama maior, ele anseia pela grandiosidade, e a alcança. Não tenho razão em discorrer sobre as suas afirmativas quanto as discussões raciais, mas além dessas mazelas, a narrativa de todo esse jogo, é pontual, e uma denúncia.
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Leo 22/12/2021

Os Sertões é um livro do escritor e jornalista Euclides da Cunha, publicado em 1902. É considerado o primeiro livro-reportagem brasileiro.

A descrição do brasil feita pelo escritor é brilhante, apesar de lenta e arrastada, as críticas sociais e políticas são cirúrgicas, a quantidade de detalhes da descrição do combate é magnífica.
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Fernando 19/11/2021

Sertões
Um livro desafiador e ao mesmo tempo belíssimo. Uma obra que exalta o sertanejo e apresenta os sertões como poucas.
Mais do que um relato jornalístico é uma obra literaria de enorme valor.

Leitura obrigatória para quem quer conhecer o Brasil e a sua história.
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fabiofnobre 04/11/2021

O deserto da coragem
A obra-magna de Eculides da Cunha é um desafio. Vencê-lo é atravessar um deserto hostil e violento. Os Sertões é um documento histórico de valor imensurável, não apenas pela descrição detalhada da Campanha de Canudos e da ascensão de Antônio Conselheiro, mas também pelo estudo da alma do sertanejo e do brasileiro, em geral.

Os Sertões é, ainda, antinômico na essência. Formado por um emaranhado de contradições profundas no Espírito da República. O exército republicano, de quem se espera primor e galhardia, é uma confusão, um mosaico de erros, um aglomerado de almas em constante desespero. O sertanejo, isolado do país, perdido nos ermos do Brasil é, "acima de tudo, um forte", uma criatura em seu domínio, o dono do terreno, capaz de resistir à violência do invasor e ao temperamento cruel do sertão.

Outro paradoxo importante reside nos termos da racionalidade. Enquanto o suposto fanático, que representaria um animalesco ser preso no pensamento medieval, é um lutador astuto, um campeador que transforma o terreno em aliado, e repele uma transformação agressiva, de um país que sempre o deixou para trás, mas que pretende engoli-lo em movimentos rápidos de avanço político. O republicano, por sua vez, encontra-se tão perdido quanto qualquer fanático. O ideal republicano é um espectro desconhecido, mas que penetra os espíritos do soldado como se fosse um deus em si mesmo, representando uma entidade que jamais poderia ser traída, mesmo no pior da desolação sertaneja.

Por fim, o sertão. O Sertão. Eis o personagem central do texto de Euclides da Cunha. Enquanto o Conselheiro, o Marechal Bittencourt, os generais, comandantes, soldados e jagunços tomam o holofote eventualmente, todos caminham lastimavelmente sobre o terreno arenoso e violento do sertão. Os umbuzeiros, o poderoso vento Nordeste, os galhos e espinhaços, e, acima de tudo, o temeroso sol. Todas são características do ambiente que ocupa o espaço e reivindica para si o protagonismo da epopeia. Não há poder que subjugue o sertão, apenas adaptações numa busca desesperada pela sobrevivência. Ao fim, o sertão prevalece.
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