Ricardo Tavares 23/12/2021
Depois é nunca
Resenha da Editora BERTRAND BRASIL.
Nova obra do premiado autor Fabrício Carpinejar, Depois é nunca retrata a despedida e o luto em forma de crônicas sensíveis e emocionantes. Depois de focar na relação entre amigos, entre pais e filhos, entre marido e mulher, é chegada a hora de falar sobre aquela que é a única certeza que temos nessa vida: a morte. Em seu novo livro, Depois é nunca, Carpinejar tece envolventes e delicadas narrativas sobre o luto. Em crônicas que falam sobre o quanto não sabemos reagir ao luto, Carpinejar encontra palavras que possibilitam o fluxo nítido de pensamentos junto dos sentimentos, com a sabedoria de quem sabe mexer com a magia das palavras. Ele escreve como quem te escuta. As dores de amores perdidos, reparados, disfarçados, contidos, escondidos.Em Depois é nunca sua escrita é norteada pelo luto, pela saudade e pela esperança. Carpinejar trata dos sentimentos e das angústias de uma maneira tão única e leve que até assuntos considerados tabu, como a morte, ganham um significado especial em linguagem simples.Seus textos ponderam sobre a intuição de que a morte vai chegar, e sobre o esforço feito para evitar as duas: a intuição e a morte. As memórias guardadas do derradeiro momento em que chega a notícia da morte de alguém. A incredulidade daquilo que já aconteceu e se demora a aceitar. A gratidão pela companhia dos momentos em vida, da memória boa que resta em quem fica.Depois é nunca é uma leitura emocionante e leve que acompanha a saudade de quem perdeu alguém querido. É uma reflexão sobre a importância de não adiar afetos, afinal, depois é nunca.
Minha Opinião
Adorei ler esse livro. Junto com o livro de Ana Cláudia Quintana Arantes, A morte é um dia que vale a pena viver, Depois é nunca nos faz refletir acerca da morte e como enfrentar o luto e a perda de entes queridos.
A escrita de Carpinejar é envolvente e provoca imensa empatia. Senti uma emoção fortíssima ao ler os textos do prosador-poeta que captou com maestria a comoção provocada pela morte em nossa existência.
Recomendo muito esse livro que me provocou arrepios e lágrimas, mas no melhor dos sentidos.
Obrigado Carpinejar, por nós proporcionar esse bálsamo literário.